Rachel

- Droga. – eu balançava a garotinha no meu colo, tentando fazê-la parar de chorar – Eu não devia ter atirado com você no colo. O que essa mulher fazia pra você ficar quieta? Nem mamadeira ou chupeta tem nessa casa.

Eu sai pra fora da casa resmungando comigo mesma. A garotinha chorava menos, mas ela ainda chorava muito. Provavelmente com fome.

- O que é isso? – me assustei ao ver pelo menos cinco carros parados em frente à casa – Pai, tio, mandem eles abaixarem as armas. – resmunguei quando os vi parados e andei até eles.

- Rachel! – Kurt gritou praticamente pulando em cima de mim e a menina no meu colo chorou mais auto.

- Kurt. – disse colando a criança mais ao meu corpo.

- Cadê a Sue? – meu tio perguntou depois de me abraçar.

- Lá em cima.

- Vamos antes que ela fuja. – meu pai falou.

- Tiros na perna a impedem de fazer isso. – sorri.

- Nesse caso. – meu pai deu de ombros e apontou para dois dos, pelo menos, vinte caras parados ali – Sobe e pega ela. Depois podem ir embora. A gente vai pro hotel e pega um vôo amanha.

- Sim senhor. – ambos responderam e desapareceram dentro da casa.

- Que criança é essa? – Kurt perguntou.

- A filha do Johnson. – respondi simplesmente – Podemos ir embora? Ou melhor, em uma loja que venda coisas pra criança? Não quero ficar aqui. E acho melhor vocês descobrirem onde esta o corpo da mãe da criança antes de mandarem a Sue embora.

- Eu to confuso. – Kurt me encarou.

- Explico depois. Preciso descansar um pouco. Minha cabeça ainda dói. – murmurei.

- Dói? – meu tio se aproximou – O que aconteceu?

O tio Will mexeu no meu cabelo, próximo do lugar onde doía e suspirou.

- Droga Rachel, sua cabeça ta sangrando. Vamos ao medico.

- Não. – pedi – Eu só...

- Vamos pro medico e fim da história. – meu pai disse me empurrando pra dentro do carro.

Quinn

- Você ta bem? – Sam perguntou.

- To. Foi só uma sensação ruim. Já passou.

- Eu vou ligar pra Rachel. – Santana disse – To preocupada com ela, e essa história de “sensação ruim” não ajuda em nada.

- Não. Eu ligo.

Eu peguei o telefone e disquei pra Rachel. Antes do terceiro toque ela atendeu.

- Hey Q! – ela murmurou.

- Hey Rach. Como você ta?

- Eu to bem. E você?

- Só se for bem mal. – eu ouvi a voz do Kurt.

- Rachel, o que aconteceu?

- A adrenalina passou. – ela deu uma risada fraca – Eu to bem Q, de verdade.

- Rach...

- Já prendi a Sue. – ela disse – Vou voltar logo.

- Espera, você esteve com a Sue? – eu praticamente gritei.

- Sim.

- E o que...

- Me da isso aqui. – Santana disse pegando o telefone da minha mão e pondo no viva voz – Rachel Barbra Berry!

- Oi Sant. – a Rachel riu.

- Não me vem com essa de “oi Sant”. Onde, como e com quem você está?

- Estou bem. No hospital, mas só porque o tio, o pai e o Kurt me obrigaram a vir.

- Hospital? – resmunguei.

- Me deixa falar com um deles.

- San...

- Agora!

- Ta bem, estressada.

- Fala Santana. – o Kurt disse alguns minutos depois.

- Primeiramente: onde você estava quando ela foi encontrar a Sue seu incompetente?

- Não começa Santana.

- San, tenho certeza que não foi culpa dele. – Brittany repreendeu a namorada.

- Como ela ta? – perguntei pegando o telefone da mão da Santana.

- Viva. – ele suspirou – Saiu de manhã atrás de um endereço que encontramos na casa do Dwayne. Era quase certeza que a Sue estava lá. Eu não vi ela saindo.

- Vá direto ao ponto Kurt. – Santana pediu.

- Ela encontrou a Sue e o filho do Dwayne. A Sue acertou alguma coisa na cabeça dela. Ela desmaiou e quando acordou, basicamente, brigou com a Sue.

- Como ela ta agora?

- Ta melhor. Levou dois pontos na cabeça, mas esta bem. Vai ficar de observação hoje a noite, mas amanha ou depois poderemos voltar para a casa.

- Ótimo. Me mantenha informada. – pedi.

- Tudo bem. E Quinn... Acho que você vai ter problemas.

- Do que você...

- Tenho que desligar. A gente se fala outra hora.

Antes que eu pudesse responder ele desligou.

- Do que ele tava falando?

- Não sei. – Sam deu de ombros.

- Bem, temos dois dias pra terminar de resolver isso. – Santana sorriu – Vamos logo. Quero que esteja tudo pronto quando ela voltar.