Rachel

Eu acordei me sentindo estranha. Olhei em volta e reconheci meu quarto. Eu estava na casa do meu pai e ele, meu tio e o pessoal me encaravam.

- O que aconteceu? – perguntei.

- Você ta bem? – a Quinn perguntou sentando do meu lado.

- To. – respondi – O que aconteceu?

- Até onde você lembra? – o Kurt perguntou.

- Me lembro de ter discutido com vocês e vindo pra cá. O Brody tava aqui e... – eu os encarei por um segundo – O que ele fez?

- Com você nada demais. – meu tio respondeu – A Quinn chegou a tempo...

- Como assim, comigo nada demais? – eu o interrompi e todos me encaram por um segundo – Porque vocês estavam chorando? – perguntei, reparando que todos estavam com os olhos vermelhos – O que aconteceu?

- Ta tudo bem. – a Santana falou, tentando sorrir.

- Não dá pra esconder pra sempre. – Quinn disse.

- O que aconteceu? – gritei.

- Nos deixem sozinhas, por favor. – a Quinn pediu, e assim que todos saíram do quarto ela se virou para mim – Você ta sentindo alguma coisa?

- To. Uma vontade enorme de saber o que aconteceu. – falei e a Quinn respirou fundo.

- Rach, quando o Brody me viu, ele te empurrou. – ela começou a chorar – O K fez tudo o que pode, mas... Ela ainda era muito pequena, e quando você caiu, bateu a barriga...

- Não. – eu comecei a chorar – Por favor, me fala que não é verdade.

- Eu queria poder, mas seria mentira. – ela soluçou.

- Minha filha. – coloquei a mão na barriga – Eu... Me deixa sozinha. – pedi.

- Eu não vou te deixar sozinha. – ela me abraçou e eu escondi meu rosto na curva do pescoço dela, chorando – Nunca.

- Nossa menininha Q. – solucei – Eu... Eu não vou poder... Eu quero minha filha.

- Eu também Rach. – ela deu um beijo na minha testa.

- Cadê o Brody? – perguntei, tentando parar de chorar.

- Trancado no quarto aqui do lado. Por quê?

Eu levantei e sai do meu quarto.

No quarto a direita do meu, a chave estava na fechadura. Abri e vi o Brody sentado na cama.

- Eu vou te matar seu desgraçado. – balbuciei entrando no quarto.

- Rach, eu...

Não deixei ele terminar de falar.

O joguei com toda a minha força do outro lado do quarto.

- Rach, por favor...

- Cala a boca. Não quero ouvir sua voz. – falei dando socos nele – Era minha filha seu desgraçado. Eu perdi minha filha por sua culpa, seu infeliz. Sua! – gritei.

- Rach, por favor, para. – ele pedia.

- Me dá um bom motivo para eu parar! Você me fez brigar com a Quinn. Tentou me agarrar duas vezes. E me fez perder minha filha. – depois da ultima frase, os socos foram perdendo a força – Minha filha. – sussurrei chorando.

- Chega Rach. – a Quinn disse, me puxando para um abraço.

- Tira ela daqui Quinn. – eu ouvi meu pai pedir e olhei para trás. Todos estavam ali me olhando.

- Porque vocês deixaram ela me bater desse jeito? – ouvi o Brody reclamar.

- Ela só fez o que todo mundo aqui quer fazer. – meu tio disse – E se você não calar a boca, eu vou ser o próximo.

- Vem Rach. – a Quinn falou.

- Não. Espera. – eu me virei para o Brody, que estava caído no chão – Fica longe de mim. Fica longe da gente.

- Acho que não vai dar não. – ele riu.

- Como é?

- A Sue não vai deixar. – ele sorriu.

- Desgraçado! – gritei indo para cima dele, e percebi que meu pai, meu tio e a Santana fizeram o mesmo, porem, os outros nos seguraram.

- Quem é essa Sue? – a Quinn perguntou.

- É quem ta me ameaçando. – a Santana respondeu e a Britt a soltou, andando ate o Brody letamente.

- Onde ela ta? – balbuciou.

- Eu não vou falar. – ele riu.

- Quer saber, você não precisa. – falei me soltando da Quinn – Mas uma coisa você vai fazer.

- O que especificamente?

- O Johnson trabalha para vocês ou não? – fui direta.

- E porque você quer saber?

- Porque se você não me falar, a coisa vai ficar... Dolorosa para você. E divertida para mim.

- Você não...

- Você vai responder?

- Não.

- Ótimo. Se alguém tentar me impedir dessa vez, apanha junto. – falei me aproximando do Brody.

- Ele trabalha. – ele sussurrou – Por favor, para com isso. Eu não sei mais onde ta a Rachel que eu conhecia.

- Você matou ela junto com a minha filha. Que alias, só pra que você fique sabendo, era sua também.

- O que?

Fui ate a gaveta e peguei uma arma que eu guardava ali, ignorando a pergunta do idiota.

- Droga. – ouvi o Brody dizer.

- Rach, para. – meu pai segurou o meu braço – Você vai se arrepender depois.

- Brittany, sai da frente. – falei, mirando no Brody.

- Rach, não. – meu pai disse, quando a B saiu da minha frente.

- Essa é pela minha filha e essa outra, por trair a gente. – falei acertando dois tiros no Brody. Joguei a arma na cama e sai do quarto, deixando todos espantados.