Rachel

- Você não devia ter feito aquilo. – meu pai disse, dirigindo para a sede.

- Ele mereceu. – respondi.

- Tudo bem que foi culpa dele você ter perdido sua filha...

- Ela só garantiu que ele também não vai ter uma. – a Quinn riu.

- Foi engraçado. – a Britt riu – Tenho certeza que ele preferia ter morrido.

- Se ele quiser, posso cuidar disso. – meu tio falou, sentado ao lado do meu pai – Mas eu ainda acho que foi errado. – ele sorriu – Apesar de que a cara dele foi impagável.

- Aquilo deve ter doido. – Sam gargalhou.

- É, mas isso vai te arranjar problemas Rachel. – meu pai disse, serio.

- Eu posso agüentar. – suspirei.

- Vai falar que você não achou nem um pouco engraçado? – o Blaine o encarou.

- Eu não disse isso. – meu pai respondeu.

Eu encostei a cabeça na janela, respirei fundo, e fechei os olhos, tentando impedir as lagrimas que ameaçavam voltar.

Depois de eu ter atirado no Brody, todos pareciam ter esquecido a minha filha. Mas eu não.

Eu ainda queria a minha pequena comigo.

- Rach. – a Quinn me chamou.

- Fala. – sussurrei quando ela me abraçou.

- Vai ficar tudo bem Rach, não se preocupe.

- Uma coisa nunca vai ficar bem. – respondi pondo a mão na barriga.

- Eu também queria que isso não tivesse acontecido.

- Desculpa Rachel. – o Kurt sussurrou um banco a frente, só então percebi que todos prestavam atenção na gente – Eu fiz tudo o que pude.

- Eu sei K. E não te culpo. – tentei sorrir – O Brody é o único culpado.

- E ele já teve o que merecia.

- Ainda não. Eu não vou conseguir me sentir bem enquanto ele estiver vivo.

- Você deveria ter matado ele então. – a Britt disse.

- Não é assim tão fácil. – encostei a cabeça no ombro da Quinn e deixei que as lagrimas escorressem. Já não agüentava mais segura-las – Eu só queria minha filha de volta. Eu não deveria ter ido para lá.

- Para Rach. – a Quinn disse – Você mesma acabou de dizer que o Brody é o único culpado e agora ta ai, tentando se culpar.

- Eu não...

- A Quinn ta certa Rachel. – meu pai disse e estacionou o carro – Todo mundo para fora.

Nós descemos e eu encarei o Brody, entrando na sede, acompanhado dos pais.

- Como ele ta conseguindo andar? – o Sam sussurrou.

- Por favor, não faça pergunta difícil. – o Blaine riu.

Nós entramos e fomos direto para a sala do meu tio. Chegando lá, cada um sentou em um canto.

- E agora? – o Sam perguntou.

- Vamos cuidar do Johnson. – meu pai respondeu.

- Eu faço questão de interrogar ele. – pedi e meu tio deu de ombros.

- Berry, eu exijo explicações! – Penélope, a mãe do Brody gritou, entrando na sala do meu tio.

- Porque você não pergunta pro seu filho o que aconteceu?

- Rach, deixa isso comigo ok? – meu tio pediu.

- Eu sei o que aconteceu. – Penélope gritou.

- Então você sabe que ele tentou me agarrar e...

- Ele estava bêbado. – ela me interrompeu.

- Eu não estou falando da festa. Mas o pior disso tudo, é que perdi minha filha por causa daquele inútil. Pior ainda é saber que, por mais que eu não gostasse disso, ele era o pai dessa criança. Enquanto a coisa era entre eu e ele, eu me controlava, mas ele matou minha filha. Se põe no meu lugar. Ele já me atrapalhou de mais, e saber que ele estava trabalhando pra Sue... Eu não agüentei. – disse e sai batendo a porta.

Quinn

A Rachel saiu quase levando a porta junto.

- Eu vou atrás dela. A gente se vê em casa. – falei e sai correndo atrás dela.

Rachel

Eu estava sentada em um banco, chorando, quando a Quinn chegou e me abraçou.

- Vai ficar tudo bem. – ela sussurrou.

- Pelo menos agora você se livrou do casamento não é mesmo? – falei irônica e ela me encarou por um segundo.