Rachel

Trinta e um de dezembro. Normalmente, eu estaria em casa, deitada, lendo algum livro e ouvindo uma música, ou vendo um filme. Mas esse ano não.

Sei que pode parecer exagero, mas era importante pra mim. Eu tinha meu pai, a Quinn, a Santana... minha filha. Tudo o que era importante pra mim.

A maioria das pessoas que tinham ido para a festa que meu pai e meu tio tinham dado já havia ido embora. Eu estava conversando com a Quinn, a Britt e a Santana quando a Quinn se virou e me deu um selinho.

- Eu te amo. – sussurrei para ela.

- Também te amo. – ela disse – Vou pegar uma cerveja. Quer refrigerante?

- Não. Obrigada. – respondi rindo.

A Quinn se afastou e eu senti alguém me puxando pelos ombros.

O Brody – completamente bêbado – tentou me beijar. Eu o empurrei e, um segundo depois, a Quinn o segurou pela camisa.

- Quinn, para. – eu disse segurando ela.

- O cara tentou te agarrar. – ela balbuciou.

- Você não vai querer relar um dedo nele.

- Porque não?

- Porque ele esta completamente bêbado. – ela me encarou por um segundo – Q, larga ele. Ta tudo mundo olhando.

A Quinn empurrou o Brody, que caiu sentado, e saiu em direção à porta. Eu respirei fundo e fui atrás dela.

Quando sai, ela estava entrando no carro.

- Lucy! – eu gritei e ela saiu – Onde você acha que vai?

- Pra um hotel. – ela respondeu, seca.

- Quinn, por favor, para com isso.

- Porque você defendeu ele?

- Por que...

- Deixa que eu respondo. – ela praticamente gritou, bateu a porta do carro e foi ate mim, parando a alguns centímetros de distancia – Você defendeu ele porque queria que ele tivesse te beijado.

- Você ta ouvindo o que você ta dizendo? – eu gritei.

- Eu sei muito bem o que to falando! – ela gritou de volta.

- Ele tava bêbedo Quinn! Se você batesse nele, ia perder a razão!

- Deixa de desculpa sem sentindo!

- Sem sentido? Você é quem não sabe o que ta falando Fabray!

- Quer saber Barbra? Vai relembrar o tempo que você namorava aquele idiota que é o que você realmente quer fazer. Você deve ta mesmo muito a fim de relembrar como sua filha foi feita.

Eu fiquei estática por um segundo, a encarando.

- Você não disse isso. – sussurrei.

- Falei, e repito se precisar.

Eu dei um tapa na cara dela. Simplesmente não consegui me controlar.

Respirei fundo, tirei a aliança do dedo e coloquei na mão dela, que ainda olhava para o chão, sem mexer o rosto.

- Da isso pra alguém em quem você confia. – falei e entrei correndo, indo pro meu quarto.

Quinn

Eu apertei a aliança da Rach e olhei a tempo de ver ela entrar na casa chorando.

- O que foi que eu fiz? – sussurrei para mim mesma.