Ligados Pelo Destino escrita por I am Gleek, Tori


Capítulo 33
32 - Ele merece ouvir até mais...




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Rachel


O meu pai e a Quinn já estavam conversando a um bom tempo, e eu estava começando a ficar preocupada.

Eu e o tio Will já tínhamos decidido tudo o que era preciso no momento sobre o neném – ele ia mandar uma enfermeira para cá, assim eu não precisaria sair da casa, e, de acordo com ele, tinham alguns aparelhos médicos aqui – e eu tinha chamado a Santana para conversar com ele.

Eu fiquei andando de um lado para o outro da sala até ouvirmos o barulho de alguma coisa se quebrando no andar de cima.

Eu paralisei e o tio Will e a Santana param de falar na hora. Quando o barulho se repetiu nós subimos correndo.

Paramos junto com o restante do pessoal, que estava em volta da porta de onde vinham os barulhos.

– Quem esta ai dentro? – a Britt perguntou.

– Meu pai e a Quinn. – respondi e olhei para o tio Will – Arromba.

– Não.

– Ou você arromba ou eu arrombo. – eu disse e o tio Will respirou fundo e abriu a porta com um chute.

Eu corri e entrei antes dos outros, procurando a Quinn e a achei em pé no meio de cacos de vidros e pedaços de madeira quebrados.

– Saiam daqui. – eu ouvi meu pai dizer e olhei para ele.

Eu paralisei por um segundo – o que ele achava que estava fazendo apontando aquela arma para a Q? – e depois corri ate onde ele estava, tirei a arma da mão dele – não sei como consegui – a descarreguei e joguei longe, depois corri até a Quinn.

– Você ta bem? – eu perguntei.

– To. – ela respondeu.

– Me larga. – meu pai gritou e eu me virei para olhá-lo, enquanto o tio Will o puxava para trás – Eu vou matar essa infeliz.

– Você ama deixar crianças sem família não é mesmo? – eu gritei e todos me olharam incrédulos.

– Como é? – meu pai perguntou.

– Rach, não faz isso. Você vai se arrepender depois. – a Quinn cochichou na minha orelha.

– Não. Já ta na hora dele ouvir umas verdades. – eu disse olhando para a Quinn e dei um passo na direção do meu pai – Primeiro você me abandona, – eu disse, um pouco mais controlada, mas isso não ia me impedir de falar o que ele merecia ouvir – e eu tenho certeza que você não sabe qual das três – eu apontei para a Santana, Brittany e a Demi – é a Santana. E, para finalizar sua ótima atuação como sogro, pai e avô, você tenta matar a mãe do meu filho.

– Essa história de mãe do meu filho ficou confusa. – ouvi Brittany resmungar.

– Não me julgue... – meu pai começou a falar, mas eu o interrompi.

– Por ser o pior pai do mundo? Acho que eu tenho esse direito. Não. Na verdade eu não tenho, porque nem pai você é. Se você realmente fosse um pai, se importasse, teria tentado pegar a guarda da Santana quando éramos pequenas. Se realmente se importasse você estaria comigo quando precisei. Deixaria de ir fazer alguma coisa importante para cuidar de mim quando eu ficasse doente. E o melhor: se você se importasse o mínimo que fosse, teria cuidado de mim.

– Eu me importo filha.

– Não me chama de filha! Você perdeu esse direito quando me abandonou.

– Eu não te abandonei!

– Verdade? Bom, quando seu pai some da sua vida por quatorze anos eu acho que é considerado abandono.

– Mas eu não te deixei na mão.

– Deixou sim! O tio Will sempre cuidou de mim, mas isso não me impediu de sentir sua falta. – eu gritava em meio às lagrimas – Nunca me impediu de chorar todo dia dos pais. Não me impediu de sentir falta de chamar alguém de pai. O tio Will cuidava de mim, mas isso nunca me impediu de sofrer por causa da sua suposta morte! Você me deixou na mão quando eu precisei de um pai! – eu olhei para o tio Will – Não que eu esteja reclamando tio, mas...

– Tudo bem Rach. – ele disse.

– Você não pode me julgar sem antes saber os meus motivos Barbra! – meu pai gritou.

– Então me fala quais são eles! – eu gritei ainda mais alto.

– Eu... Eu não posso. – ele gaguejou.

– Porque não tem um bom o suficiente não é mesmo?

– Rach...

– Some daqui! – eu gritei, o interrompendo e apontei para a porta – Vai embora e desaparece de novo, mas não volta dessa vez. Eu cresci sem um pai, então não vai fazer diferença para o meu filho crescer sem um avô. Afinal ele vai ter duas mães. Porque eu tenho certeza que comigo e com a Quinn cuidando dele, ele não vai sentir falta de um pai. Se bem que apesar de idiota, o pai dessa criança ainda seria um pai melhor que você. Você nem mesmo foi um pai!

– Eu...

– Vai embora. – ele me encarou por um segundo – Por favor, sai daqui. Esquece que eu existo e me deixa em paz.

– Você ainda vai saber um dia Rach. Você ainda vai entender.

– Sai. Por favor.

– Vem cara. – o tio Will disse com a mão no ombro do meu pai – Não força a barra.

– Você ainda vai me entender.

– Nunca. E mesmo se eu entender, te perdoar é outra história. Agora, por favor, sai.

Meu pai e meu tio saíram, me deixando com o pessoal.

Todos me encararão por um tempo, até que eu ouvi a porta se fechando e então eu senti tudo a minha volta girar e minha visão ficou embaçada.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Como a Rachel deveria agir em relação ao pai agora? Lembrem-se que vocês podem mudar o rumo da historia (mesmo que ela ja esteja quase pronta. E sim! Ja escrevemos quase tudo).
Quem ai quer Brittana? Tem Brittana no proximo capitulo!
E por ultimo: Reviews?