Dumbledore misturou os ingredientes lentamente, a poção estava parecendo prata líquida, e emanava fumaça cinza com cheiro de ferro, o diretor murmurava frases repetidas em diversas línguas, cada palavra surtia um efeito na poção a deixando mais brilhante.
-Dumbledore! Slughorn está na ala hospitalar e Potter e Black enfrentaram o Duque! Você tem que acabar com isso Alvo! – a voz da professora Minerva MacGonagall foi ouvida atrás da porta.
-Como? Os garotos disseram que o Horácio que deu o sangue para eles! – Dumbledore falou abrindo a porta com um aceno rápido da varinha e voltando para a poção.
-Não, eles disseram que o vampiro apareceu com o professor Slughorn muito machucado, e ele disse que um deles podia o levar para um lugar seguro, Potter e Black mandaram o Pettigrew o trazer, e o vampiro e os garotos duelaram, e por um golpe de sorte os dois acabaram ganhando, mas não me disseram como conseguiram o sangue – a professora explicou preocupada.
-Não importa, em algumas horas a poção estará pronta, e este pesadelo acabado – Dumbledore respondeu sem olhar para a mulher.
-Mas... Alvo! Em algumas horas estará de noite! – MacGonagall recamou.
-Traga o Potter e o Black aqui – ele ordenou enquanto colocava a poção em vários frascos e os lacrava.
A professora saiu e começou a andar com passos apressados pelo castelo, os fantasmas a cumprimentavam, mas ela só acenava com a cabeça, sabia que Dumbledore estava preocupado, e o pior, para ele estar tão sério significava que a situação era mais caótica do que ele gostaria, mas o que ela não entendia era o porquê do diretor estar tão alterado, afinal nenhum aluno foi morto... A menos que tenha algo a mais na história.
-Potter, Black, o Diretor quer falar com vocês! – ela chamou entrando no salão e quando os meninos passaram por ela, ela segurou o braço do Potter e cochichou – Sorvete de Passas ao Rum – e depois o soltou.
Os garotos foram correndo para a sala do diretor, não queriam arriscar um encontro com o vampiro, mesmo que a noite ainda estivesse começando, não confiam muito no vampiro, mesmo com o voto perpétuo.
-Ei! Será que o Dumbledore quer saber como pegamos o sangue? – Sirius perguntou.
-Acho que não, mas se ele perguntar receio que teremos que contar, não é mesmo? – Tiago comentou preocupado.
-Sei lá, Dumbledore é meio estranho, não dá para saber o que ele vai fazer – Sirius respondeu e eles pararam na frente da gárgula.
-Sorvete de passas ao rum – Tiago falou e as estátuas deram a passagem.
Os garotos subiram a escada circular e bateram na porta.
-Entre – a voz cansada do diretor foi ouvida e os garotos abriram a porta e entraram.
-Me contem tudo – o velho pediu olhando diretamente para os garotos.
-Tudo o que? – Ele perguntaram se fazendo de desentendidos.
-Ontem, eu sei que o sangue de dragão não foi o professor Slughorn que mandou vocês trazerem, não quero saber onde vocês arranjaram, só quero saber, como vocês ganharam o duelo contra o vampiro – ele explicou calmamente.
-Bem... Foi meio difícil, sabe, os feitiços dele davam medo, eu realmente achei que íamos perder, mas ai tivemos a brilhante idéia de um distrair o vampiro e outro o desarmar, então eu comecei a provocar ele, atacar com meus feitiços que julgava mais eficientes, etc. Aí numa fantástica demonstração de feitiço não-verbal o Pontas conseguiu desarma-lo e como esse duelo foi uma aposta e o vampiro perdeu ele vai deixar a escola em paz até o dia amanhecer – Sirius contou de uma vez.
-Certo... Como era os feitiços dele? – Dumbledore perguntou.
-Nossa! era uns feitiços que eu nunca sonhei em ver1 eles davam muito medo! – Tiago exclamou e começou a contar como eram os feitiços.
-Interessante... Simplesmente perturbador – Dumbledore começou a falar mais para ele do que para os garotos – agora preciso agir rápido... Mas como?
-Er...Professor, o senhor está bem? – Sirius perguntou confuso, não entendendo nada do que o velho dizia.
-Claro, claro – ele respondeu – Como está o senhor Lupin? – perguntou saindo dos devaneios.
-Vai bem... Sabe ele está em um quarto especial, mas já está acordado, o problema maior é a ferida no ombro que está ainda bem feia – Tiago falou.
-Vocês viram se ele se transformou? – Dumbledore perguntou do nada.
-Não... Agora que você falou, nós não reparamos, porque a Madame Pomfrey meio que nos proibiu de chegar perto do nosso melhor amigo sabe... – Sirius comentou sarcástico.
-Por que a pergunta professor? – Tiago questionou curioso.
-Por que eu estava pensando em uma teoria mirabolante, mas não importa agora – o diretor respondeu.
-Diretor onde você arranjou o veneno de basilisco? – Sirius falou lembrando que eles tinham esquecido desse ingrediente.
-Fawkes trouxe para mim a pedido do professor Slughorn, por isso que eu achei que vocês trouxeram o sangue a pedido dele – Dumbledore explicou vagamente – senhores, Potter e Black, vamos visitar o senhor Lupin – anunciou e se levantou.
Os garotos olharam para ele confusos, estavam achando seu diretor muito estranho.
-Tenho que conferir se uma das minhas teorias está certa – ele explicou e foi até a porta com os garotos o seguindo.