Já com 6 meses de Gestação...

Finalmente a barriga da Lucy já estava grande!

Depois de muito esperar, eu já conseguia vê-la como uma gestante de verdade! Ou como "uma baleia", que é como ela vive se chamando. Eu gosto disso... Gosto dessa gravidez dela. Esses bebês nos uniram mais ainda do que quando nos casamos. Happy também ficou muito animado por causa de nossos filhos que logo virão. Menos quando nós não podemos lhe dar atenção, aí ele fica muito bravo. -ri-

Eu sinto que eles não vão nascer parecidos comigo, acho que vão puxar um monte de coisas da Lucy... Há um tempo atrás eu queria muito que ele nascessem parecidos comigo, com os meus traços, com os meus costumes... Mas isso não importa mais, o que importa é que eles nascerão fortes e sadios, isso é o que eu quero.

Eu olhava Lucy direito... Ela estava linda. Agora Luce adotou o costume de dormir apenas de sutiã, por causa da barriga. Ela diz que dormir de blusa a irrita, e eu nem reclamo, melhor pra mim hehe. Não foi só a Lucy que adotou costumes estranhos durante essa gravidez, agora eu acordo toda noite apenas pra ficar observando-a, ela estava diferente. Claro que continuava com a mesma personalidade de adolescente estranha que conheci - por mais que um tanto mais irônica-. Mas estou falando de poder, ela estava bem mais poderosa, e seus espíritos celestias também.

— Lucy... - eu murmurei tentando acorda-la. Ela se mexeu um pouco, mas não acordou, então decidi chama-la de novo. - Lucy...!

— Hm...? Natsu...? - ela abriu os olhos devagar, e perguntou sonolenta. - Por que me acordou...?

— Pra te dizer uma coisa.

— Que coisa?

— Que eu te amo. - falei sorrindo. Ela pareceu se surpreender um pouco, acho que ficou brava... Claro, eu a acordo no meio da noite e você espera que ela fique feliz? Natsu seu burro!

— Obrigada. Também te amo... - me surpreendi um pouco com aquilo. Ela se aproximou de mim e me deu um beijo na testa, e se deitou de novo para dormir. Eu continuei ali, parado, tentando processar aquilo. Ela realmente gostou? Yeeeeeh mais um ponto pra mim! Estou empolgado!

Logo, voltei a dormir.

(...) 

No outro dia 

P.O.V Lucy

Natsu e eu chegamos na Fairy Tail como de costume. Me sentei no balcão e cumprimentei Mira. Ela retornou o sorriso, enquanto guardava alguns pratos. 

— Olá Mira-san, onde é que está a Mayumi-chan? - perguntei sorrido.

— O Laxus tá ali brincando com ela, ele é um pai babão... Nunca vi igual!- ela ri, começando a secar alguns copos, e coloca um pouco de suco num copo para mim. 

— Me pergunto se o Natsu será assim... - comentei, pegando o copo de suco e observando-o brigar com Gray.

— Então, vai querer algo além do suco? - ela perguntou após eu esvaziar o copo. 

— Agora que perguntou... Eu quero um sanduíche, sorvete, chocolates, algumas frutas, suco de maçã, chá, bana splite, ahh... Um cafézinho ia cair bem. - Mira nem se surpreendeu com o tanto de coisas que eu pedi. Acho que ela entendia a fome que eu sentia, afinal, até uns meses atrás ela estava na mesma situação que eu,

— Anotado! Eu já trago. - ela saiu e vi Levy chegar perto de mim. O que será que ela quer? Ela parece meio receosa...

— Lu-chan, tem um minuto? - disse Levy se sentando na cadeira ao lado.

— Claro que sim, pode falar.

— É que... sabe... Eu to com medo... - ela desviava o olhar, parece que não queria me encarar. O que será que aconteceu? Quando eu ia perguntar, Mira colocou toda a comida que eu pedi no balcão. Eu enfiei umas coisas na boca rapidamente. 

— Com medo de que? - perguntei de boca cheia. Péssimo costume que peguei do Natsu.

— É que sabe... Eu... - ela chegou perto de mim. E falou no meu ouvido o problema que tinha. Eu fiquei um pouco surpresa. Desde quando...?

— Desde quando isso Levy? - perguntei, mas agora já não estava mais de boca cheia.

— Há um mês e meio... Talvez dois. 

— Você acha que...?

— Sim, tenho quase certeza. - falava corada. Eu ri um pouco por dentro. Essa Levy era muito medrosa... Se bem que quando eu soube que estava grávida de um filho do Natsu fiquei com o mesmo receio que ela está agora. E alias, por que ela estava assim? Afinal, ela já tem o Metal-kun...

— Conta pra ele, ora... - eu dei mais uma mordida no meu sanduíche.

— Mas... Não é tão fácil assim, quando ele soube que eu estava grávida do Metal, não foi por mim, foi pelo médico. Nós estávamos numa missão e... Eu desmaiei, ele me levou ao médico, e ele disse que eu estava grávida. Foi mais fácil. 

— Ai, Levy, você é muito medrosa. - brinquei com ela, que só bufou. - É simples, marca uma missão com ele, e depois você finge que desmaia, e logo após isso ele vai te levar no médico de novo e...

— Lu-chan! Pare de brincar! - ela exclamou, estava corada e frustrada. Eu mais uma vez ri baixinho dela, essa Levy...

— Tá tá... Eu paro. - ri. - Mas agora é sério, você tem que dizer a ele.

— Pra você é fácil falar, fui eu quem disse pro seu marido... - ela fez bico e eu logo soltei um sorriso sarcástico. 

— Se é assim... - não sei o que deu em mim: se eu me transformei numa louca ou foram só os hormônios, e levantei e dei um olhada na Guilda, buscando Gajeel. Logo o avistei tentando se livrar de Jet e Droy, que estavam insistentemente pedindo para segurar Metal. Gajeel podia não demonstrar, mas era muito ciumento. - GAJEEL!!! - gritei o chamando.

Ele se virou pra mim com aquela cara amarrada de sempre, mas eu nem liguei. Ele rugiu, se levantou e derrubou Jet e Droy no chão, colocando Metal em seus ombros. Levy estava cada vez mais corada e desesperada.

— O que é, Bunny Girl? - perguntou cruzando os braços. - Todos desse lugar adoram me perturbar mesmo né? Ge-he. - o pequena Metal viu o que seu pai fez e cruzou os braços o imitando.

— Ge-he. - o pequeno Metal disse sorrindo igual a ele, e eu quase vomitei arco-íris.

— Que fofo!!! - eu falei com os olhos brilhando.

— Nem. Brinque. Com. Isso! Homens não são fofos! - ele rugiu de novo, cruzando novamente os braços. - Fale logo, o que quer?

— Você vai ser pai de novo.

— Ah então era só isso... O QUE?

— Você vai ser pai de novo. - repeti. - Levy está gravida, certo, Levy?

Os olhares dos dois se cruzaram. Levy colocou a mão no rosto, tentando esconder o rosto corado e assentiu com a cabeça. Gajeel também corou, olhou pro chão, e do nada, desmaiou. Antes dele cair completamente no chão, eu peguei Metal no colo para impedi-lo de cair no chão com Gajeel e o coloquei no balcão. Metal-kun ficou encarando a situação e pra minha surpresa chegou a uma conclusão, e quebrou o silêncio instalado na guilda. 

— Papa moieu...!  - sorriu - Ge-he.

(...)

O tempo passou e já era noite. Depois que terminei de vomitar no vaso, eu voltei ao meu quarto -e de Natsu-, tirei a blusa, e como passei a fazer, me deitei na cama apenas de sutiã. Me virei e vi Natsu brincando com um pouco de fogo que estava em sua mão. Eu peguei um livro que estava na ali do lado, há um tempo estava tentando terminar de lê-lo.

— Lucy. - chamou Natsu, mas isso não tirou minha atenção do livro.

— Hm? - perguntei sem o fitar

— Eu te amo. - eu virei pro Natsu, e vi que era o mesmo jeito que ele estava quando me acordou de noite. Ai... ai... Ele acha que eu não sei...

— Vai dormir, Natsu. - ri. - é melhor você descansar, amanhã você vai sair em missão. - ele se tocou e deu um beijo em minha bochecha. Se passou uma hora e eu fiquei o olhando dormir. Deve ser estranho sabe... Essa sensação de que tem alguém te olhando a noite toda, eu sinto isso toda noite...

Ai ai... Esse Natsu... Ele fica me dizendo toda noite que me ama... Ele acha que eu não sei que ele, o Gray e o Gajeel apostaram quem é que dura mais tempo dizendo pra sua esposa que a ama exatamente vinte vezes com intervalos de uma hora todo dia...

Entretanto... Tenho que admitir... Nós até que estamos gostando disso... Aquele Natsu bobão...

— Ai ai crianças... Vamos ter bastante trabalho com essa missão, essa missão extremamente difícil... a Missão: Papai...— murmurei passando a mão em minha barriga. Me virei para Natsu, o olhando dormir calmo e sereno. Por enquanto ele não estava roncando, mas logo iria começar. - Te amo mil vezes mais... Salamander... - foi a ultima coisa que disse, antes de o abraçar, e dormir, daquele jeito mesmo.