10-Dons Poderosos

Pov Selene

Isso tudo parece muito louco para mim, mas como isso pode ser possível, ver o futuro?! Como! Logo, Jane, Alec, Felix e eu chegamos ao salão principal, Aro olhou curioso para nós e falou:

– O que os trazem aqui? - Temos algo muito importante a disser mestre – Era a voz de Jane que falava agora.

– Pois então digam... – Falou Aro com curiosidade.

Fez um silencio estranho por um minuto e Felix falou:

– Selene consegue ver o futuro. Aro saiu numa velocidade vampiresca do seu trono e venho até mim, seus olhos pareciam estranhamente brilhantes, então ele disse:

– O que viu Selene querida? Pensei na Mulher que vi na aquela estranha visão e falei:

– Vi você colocar o colar Volturi em uma mulher.

Aro parecia muito curioso, e logo falou:

– Interessante... Selene você já conseguiu tirar o seu escudo de si mesma?

– Ainda não tentei – Falei calmamente.

Aro suspirou e falou:

– Seu dom parece muito bom, mas queria poder saber melhor o que aconteceu em sua visão minha querida, creio que será melhor você começar a treinar seu escudo, só assim poderei ler sua mente. Aro olhou rapidamente para o outro lado do salão e viu Renata, e disse:

– Renata quero que treine Selene e, por favor, sem reclamações vocês duas!

Ah que ótimo vou tem que treinar com aquela naja chupadora de sangue podre.

– Sim mestre – Falou Renata obediente.

De repente uma voz que me surpreendeu sai do trono, era a voz de Marcus que falava:

– Aro você tem certeza que vai deixar Renata treinar Selene?

– Porque algum problema irmão? – Perguntou Aro a Marcus.

Então se ouviu a voz de Caius:

– Simplesmente parece que elas se odeiam, parece que a qualquer momento vão se matar.

Eu tinha que fazer alguma coisa, eu tinha que pensar... Já sei. Logo olhei para Aro rapidamente ele parecia pensar muito, logo sem muita demora falei:

– Mestre deixe-me tentar treinar sozinha.

– Não sei se você ira conseguir...

– Deixe-me tentar, vou ler alguns livros vá que tenha algo do tipo lá, prometo se eu não conseguir deixo Renata me treinar e tento não matá-la.

Aro suspirou e falou:

– Tudo bem, mas só uma chance. Nesse momento tentei não pular de felicidade, alias me livrei de uma víbora tentando me treinar, mas logo me recompus.

– Obrigada vou começar agora!-Falei saindo correndo dali.

***** Enquanto isso*****

Pov Sophia

Quando cheguei a Idaho eu corri sem direção, acho que fui em direção ao noroeste. Agora estou em Seattle esperando chegar à noite para poder caçar, estou com muita sede, mas tenho que esperar. Se há uma coisa que eu conheço bem no mundo dos vampiros são as leis dos Volturi.

Assim que a noite chega eu vou para as ruas de Seattle, esvazio minha mente e sigo meus extintos.

Depois de drenar o sangue de cinco humanos, sendo dois bêbados e três mendigos, continuei correndo.

Entrei em uma clareira, era cercada por pinheiros enormes, e o chão era de terra batida. Apesar dos pinheiros, dentro da clareira tinha uma ótima visibilidade do céu. Era uma noite linda, o céu estava sem nuvens e estrelado.

Sinto um cheiro ruim, cheiro de cachorro.

Olho para frente e vejo dos olhos enormes me olhando, parecia ser um lobo. Um lobo bem maior que o normal e de pelagem negra.

Ele uivou e eu ouvi vários rosnados.

Eu fiquei tão fascinada com o lobo negro que não percebi que tinha uma dezena deles ao meu redor. Entre os 10 lobos se destacavam dois além do lobo negro, o lobo maior que todos os outros de pelagem marrom avermelhada, e o menor de pelagem cinzenta.

Percebendo que eu estava surpresa o lobo negro avançou em minha direção, me senti ameaçada.

Ameaçada como nunca me senti antes, nem quando fui mordida.

Olhei a minha volta, não tinha como eu fugir. Aqueles olhos enormes e estranhamente humanos do lobo negro se aproximavam lentamente me fitando. Um arrepio percorreu minha espinha, vampiros não deviam ter arrepios.

Um forte instinto de proteção me dominou, senti uma leve brisa balançar meus cabelos.

De repente essa brisa se tornou mais e mais intensa até que se tornou uma ventania. Os pinheiros sacudiam violentamente. Olhei para o céu e não havia mais estrelas, elas estavam cobertas por enormes nuvens negras.

Estava acontecendo mais uma vez, eu estava mudando o clima involuntariamente.

Os lobos olharam rapidamente para o céu todos estão surpresos, mas logo voltam sua atenção pra mim.

Eu tenho que aprender a controlar isso, concentra...

–Quem são vocês?-grito tentando ganhar tempo

Em reposta recebo vários rosnados.

O lobo marrom avermelhado fixa o olhar no meu colar Volturi, sim eu ainda o uso. Não por respeito, mas sim porque eu o acho muito bonito.

Como se fosse um movimento combinado todos os lobos imitaram o maior e fixaram seus olhos no meu colar.

–Conhecem os Volturis?-perguntei inutilmente não esperando obter resposta.

Para minha surpresa um lobo de pelagem cor de areia assentiu o lobo acinzentado ao lado dele rosnou.

–Eu não sou uma deles, acreditem. Eu estou fugindo, só quero passar.

Eles rosnaram e o lobo negro voltou a se aproximar. Meu corpo ficou em posição de ataque, quando o lobo negro se preparou para saltar em minha direção um raio atingiu uma árvore que caiu entre ele e mim acertando sua pata dianteira.

Depois disso tudo se tornou uma enorme confusão, árvores caindo, rosnados, ganidos, eu estava fora de controle.

Senti um cheiro de vampiro, um cheiro conhecido.

Minha visão ficou turva, fui perdendo o equilíbrio, estava ficando inconsciente, eu só tinha consciência de uma coisa, vampiros não perdem o equilíbrio.

E depois disso apaguei.

*****Alguns minutos antes*****

Pov Selene

Já esta quase amanhecendo e eu aqui treinando já havia feito de tudo para conseguir tirar meu escudo, aparentemente parecia que saia porque eu me sentia mais leve, me sentia diferente, mas eu tinha que testar para ver se estava dando certo.

Corri todo o castelo rapidamente e achei Jane e Alec, e falei:

– Jane, preciso de sua ajuda, vamos comigo até o Jardim.

– Para que você quer minha ajuda?

– Quero testar meu escudo.

– Ok

Rapidamente Jane veio andando comigo, deixando Alec para trás.

Logo chegamos ao Jardim e falei para Jane:

– Jane quando eu disser já, quero que faça sentir dor.

– Pode deixar vou fazer isso.

Concentrei-me por alguns mínimos minutos e logo falei:

– Jane agora!

Comecei a sentir uma dor insuportável que me fez gritar muito, e de vagar ela foi diminuindo.

Levantei-me do chão ofegante e falei:

– Funcionou!

Jane deu um sorriso e falou:

– Parabéns agora, vamos falar para Aro.

– Espere Jane ainda quero tentar outra coisa.

– Que coisa Selene?

– Quero ver se consigo ter uma visão com Sophia, Lê em um livro que se eu me concentrar eu consigo.

– Tudo bem – Falou Jane parecendo impaciente – Então, vamos logo acabar com isso.

Concentrei-me novamente, pensei na Sophia e logo minha visão foi coberta por um nevoeiro.

Estava havendo uma tempestade, e sim Sophia estava lá, mas ela parecia com medo, apreensiva. Mas tudo estava embaçado, a única coisa que acho que vi foi algo preto pular na Sophia. Sem nem mesmo percebe gritei:

– AH! NÃO!

Não consegui sentir minhas pernas meus olhos estavam entre abertos e estava caída nos braços de alguém de olhos vermelhos rubis.

– Selene o que ouve? – A voz era de Alec.

Ele me segurava no colo, eu já não consegui falar e em meio de sussurro falei:

– Sophia ela está...

E nesse momento minhas pálpebras pesaram e eu apaguei.