A conversa com a Jenny tinha sido esclarecedora. Eu precisava de algo a mais. A minha “transformação” em vampiro tinha feito de mim uma imitação do Robert Pattinson, que fingido ser um vampiro de filme baseando em um livro para garotas. Isso ajuda a conseguir a atenção mas não consegue prender o interesse por muito tempo.

            Vampiros são perigosos e misteriosos. Eu não sou perigoso e meu único mistério é que eu não sou vampiro. Um fato tão obvio que não se enquadra na categoria de mistério.

            Eu precisava de alguma coisa extra. Eu sou um nerd da literatura e isso não ajuda a impressionar. Fazer parte de equipe de corrida também não fazia muita diferença. Os atletas populares são os dos esportes populares. Futebol americano, basquete e basebol. Os caras mandam na escola. Quando o time passa pelos corredores e como um desfile do Império Romano. A multidão abra caminho. Os nerd se escondem. As garotas sorriem e gritam “gostoso”, “gato” e “Te amo”. Ninguém gritava assim para mim ou qualquer outro membro do time.

            A razão de me juntar a equipe é que pela primeira vez alguém me convidou para qualquer coisa relativa a esportes. Após tanto tempo sendo um dos últimos e serem escolhidos para queimada e de repente receber um convite do próprio treinador o “aceito” saiu da minha boca antes que percebe-se. O treinador sabia da fotodermatite e agendou todos os treinamos na pista coberta. A equipe era formada por caras que tinham desistido de outros esportes. Se não podiam ser os melhores nos esportes populares acharam que podiam ser os melhores nos esportes menos populares. O problema começou no campeonato. Nem todas as pistas eram cobertas e por isso não participava de todas as provas, mesmo sendo um dos melhores corredores. Dentro da equipe existia quem acha que a minha condição era um tipo de “frescura”. Que se eu realmente tentassem poderia superar a minha vulnerabilidade aos raios UV.Algo que ninguém jamais consegui.Todos somos vulnerais e afetados pelos UV. O caso é que sou mais vulneral do que a maioria.  Toda aquela mistura de filosofia oriental superficial e o poder de cura da fé. Como se pensamente positivo pudesse curar tudo. Mas não pode.

            Esportes não são a minha praia mas era melhorar voltar a me exercitar. Tinha vários halteres e aparelhos de exercício no porão de casa, onde o Luke montou uma academia improvisada. Ele mal usava o lugar, preferindo treinar no ginásio, onde havia mais equipamentos e garotas saradas.

            Entrar em forma seria um começo mas ainda não era o bastante. O que eu poderia fazer ter algo especial ? Muitos se juntavam a clubes.Um ambiente com pessoas que compartilham os mesmo interesses. Oferecia a chance de impressionar  as pessoas com algo em que se bom. Talvez eu devesse me associar a clube ou criar um.