Além Das Flores escrita por ThansyS, BiaSiqueira


Capítulo 4
Fuga e Sangue


Notas iniciais do capítulo

Wow...Acho que esse capitulo veio rápido e fervendo.
Obrigada mesmo pelos comentários de incentivo de vocês no capitulo passado. São vocês que me dão incentivo de escrever e postar!
Espero que gostem!
Alguém afim de me fazer feliz e recomendar essa fic heim?!rs'



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- ABAIXE A CABEÇA E CUBRA ALICE COM SEU CORPO. DEITE NO FUNDO DO CARRO E PUXE ELA COM VOCÊ.

Lilly acatou a ordem imediatamente. O carro tinha um minúsculo espaço na parte de trás, mas a garota abraçou Alice e se colocou sobre ela como uma espécie de escudo humano. A garotinha não havia dito mais que duas palavras desde que a confusão começou. Estava assustada e quando não chorava resmungava baixinho nos ombros da irmã ou do primo. Lilly sentiu um forte impulso e ouviu por entre os disparos o som dos pneus do carro do seu tio queimando no asfalto. Os vizinhos, mesmo sendo poucos, deveriam estar apavorados.

O barulho pareceu cessar. Agora eram pequenos ruídos que se ouviam de longe. O carro pareci prestes a voar. A estrada deserta poderia ser chamada de benção ou maldição. Tudo ia de encontro ao fato de um  possível novo ataque sem testemunhas ou uma possível fuga mais fácil.

- Vocês estão bem? – James perguntou ofegante assim que percebeu que não estavam sendo seguidos. Manteve o ritmo da direção que ia além de perigosa.

- Eu quero mamãe Lilly. – A voz de Alice soou assustada a ponto de quase provocar lagrimas de desespero nos dois mais velhos.

- Mamãe teve que sair com papai pequena, logo agente vai encontrar ela. –Lilly respondeu acariciando os cabelos da irmã enquanto se sentava de novo no banco do carro. – Nós estamos vivas James. – Ela respondeu amarga e ele apenas suspirou.

- Precisamos chegar a cidade o mais rápido possível. – Ele falou e Lilly lhe lançou um olhar sarcástico.

- Para ir mais rápido que isso só se fossemos diretamente tele transportados. – Ela disse e ele riu baixinho.

- Você queria que eu respeitasse a velocidade segura de 90 por hora e visse o nosso carro virar uma peneira assim como a nossa cara? – Ele falou e fez uma careta engraçada. – Não obrigado. Estou bem assim. Quem gosta de regras?

- O que vamos fazer na cidade? – Lilly perguntou e ele bufou em resposta.

- Vamos ver... – Ele começou o discurso que provavelmente pingaria o melhor de seu mau humor junto ao sarcasmo habitual fazendo Lilly revirar os olhos só com o seu tom de voz. – Primeiro, vamos buscar uma multidão no centro onde não sejamos alvos fáceis. Depois, o hospital que estamos procurando fica a dois km de lá e por ultimo, talvez possamos comprar uma balinha ou duas para a Alice.

- Sério Jaime? – A menina perguntou entusiasmada e Lilly riu do apelido afeminando que ela usava com ele.

- O Jaime só esta brincando Lice. Podemos comprar balas depois. – Lilly repetiu o apelido no intuito de irritar o primo. Esse parecia fora de órbita a ponto de ignorar o comentário da garota. Apenas dirigiu mais rápido. Menos de cinco minutos depois eles já estavam em meio a multidão de carros e pessoas, seguindo até o estacionamento do hospital St. Julio.

- Vou abrir a porta e ver se estamos seguros. Venham ao meu lado. – Ele falou e Lilly assentiu rindo baixinho.

 - Está rindo de que? – Ele perguntou quando voltou para abrir a porta para ela.

- Nada não. – Ela respondeu e vendo que a resposta não fora nada agradável para os nervos já saturados de James ela completou. – Eu só esperava que você diria “fiquem no carro” para completar o clichê.

- Se eu fizesse isso e abrisse o clichê que você diz, alguém deveria atacar o carro e causar o caos por aqui estou certo? – Ele respondeu e Lilly teve a certeza de que o humor de James não estava nos seus melhores dias.

Ele tomou Alice dos braços da menina vendo a dificuldade que ela tinha de andar com a garota no colo. A altura de Lilly era mediana, mas Alice já estava grandinha para ela carregar. Deixar a garota livre para andar no chão estava fora de cogitação. A manter no colo era como a manter em segurança. Andaram rapidamente pelo estacionamento. Lilly se preocupava em andar sempre atrás de James no intuo de esconder com o corpo as duas armas que ele guardava na cintura.

Estranho não era nem a palavra para se descrever a situação. James estava visivelmente soado e com respingos de sangue na camiseta branca. A aparência cansada e séria o deixavam uns bons anos mais velho. Lilly surpreendeu o rapaz antes que passassem pelo corredor do hospital o pedindo discretamente para que parasse.

- O que foi agora criança? – Ele perguntou irritado e ela bufou de raiva.

- Não se esqueça que sou mais velha que você. – Ela respondeu e ele riu sarcástico.

- Eu falava de desenvolvimento mental Lírio. – Ele falou e ela optou por ignorar o comentário. Era melhor estar perto de um James armado e irônico do que perto de um James armado e sombrio.

- Deixe eu arrumar um pouco você, se não ao invés de nos atender eles vão é chamar a policia. – Ela falou e pela primeira vez ele analisou seu reflexo na vidraça. Se uma garota o visse daquele jeito pensaria imediatamente em um ator bonito de filmes de ação que arrancava suspiros mesmo desarrumado e com marcas de sangue. Aquilo era alarmante.

Ele concordou com um aceno de abeca e viu a menina passar as mãos rapidamente em seus cabelos arrumando o emaranhado de fios confusos. Ela trocou Alice de lado no colo do rapaz tampando as manchas de sangue com o corpo da menina. Passou os braços ao redor da cintura dele fingindo um abraço desajeitado, que fez James segurar a risada e escondeu um pouco mais as duas armas.

- Você não tinha uma calça mais apertada não? Ou um cinto talvez? – Ela reclamou já que empurrar as pistolas significava fazer com que uma delas caísse pelas pernas da calça de James.

- Desculpe Lilly querida, na próxima eu peço aos assassinos para esperarem eu trocar de calça antes de tentarem nos matar. Simples assim. – Ele respondeu e Lilly se xingou por preferir o James sarcástico.

Ele recomeçou a andar subitamente e logo estava perto do balcão de atendimento principal. Lilly se recostou lá e a moça fez um discreto sinal para que ela esperasse ela terminar a ligação. Lilly pigarreou chamando mais uma vez a atenção da moça que insistiu em ignorar a menina.  A sorte da recepcionista era de que as pistolas estavam em posse de James e não de Lilly.

- Poderia nos ajudar, por favor. – A voz de James soou fazendo a garota recepcionista levantar os olhos imediatamente. O ponto palpável de irritação na voz dele talvez tenha ajudado um pouco. A mulher demorou alguns segundos ara se ajeitar na cadeira e analisar as próprias vestes antes de voltar um olhar galante para o rapaz. Agora Lilly tinha certeza que caras malvados chamavam a atenção. Talvez se tivesse uma cabeça humana como pingente no colar dele a mulher tivesse suspirado mais alto. Lilly revirou os olhos categoricamente.

- Preciso de informações sobre Laraine Madison e Patrícia Carter. Quanto é necessário para a transferência? Onde estão os médicos responsáveis? – Ele perguntou rápido e sério e a garota voltou a suspirar mais um pouco.

- Preciso saber seu nome senhor. É parente de alguma delas? – Ela perguntou se apoiando no balcão e Lilly viu um lampejo de fúria nos olhos do primo. Aquela situação o estava enfurecendo.

- Somo netos delas senhorita, agora, por favor, queira colaborar. – Ela falou e James a agradeceu com um olhar.

- Não posso fazer nada sem um documento de identificação dos dois. – Ela respondeu e Lilly se perguntou se as duas armas de James serviriam bem. Mas talvez não fosse uma boa ideia matar a recepcionista vadia.

- Veja bem... – James começou e Lilly achou melhor se certificar de manter as mãos dele longe das armas. – Eu sou James Madison e ela e Lilly Carter. A garotinha é Alice Carter. Eu tenho todo o dinheiro que você quiser para transferir as duas senhoras para o Alasca e você está atrapalhando a minha vida. Então, por favor, chame o médico responsável para eu conversar com ele e prepare a documentação para a tal transferência.

A mulher mantinha os olhos arregalados e assim que James terminou de falar dois seguranças se aproximaram do local. James virou os olhos na direção deles assim que notou que Lilly segurava firme em seu braço. Ele apertou Alice em seu peito e encarou os dois homens. Praguejou em todas as línguas que sabia quando o fez. Eram dois dos mesmos homens que os haviam atacado em sua casa.

- Permita que acompanhemos o senhor até a saída. Este é um hospital e o senhor está causando desordem. – O mais alto deles falou chamando a atenção dos outros ocupantes da sala.

Assim que o segundo homem se aproximou James fez um movimento rápido puxando Lilly para trás de si e escondendo Alice entre os dois. No segundo seguinte ele tirava as duas armas do esconderijo e os dois homens a usa frente faziam o mesmo.

- Não faça besteiras garoto. Abaixe essa arma. – A grandalhão numero um pediu e James trincou o maxilar. Os ocupantes da sala estavam em pânico e bastou um deles se mover para que o caos estivesse instaurado. Pessoas gritavam e corriam esbarrando uns nos outros.

- Corra para fora Lilly. Entre no carro e me espere lá. – Ele gritou para a prima e ela assentiu dando passos entre a multidão desesperada. O barulho a seguir foi pior. Tiros ecoavam enquanto James tentava impedir que um dos homens alcançasse as duas primas. Uma das pessoas que corria esbarrou no braço de um dos atiradores fazendo o homem perder a direção do tiro que daria. A arma estava apontada para James e assim que disparou uma mancha vermelha se espalhou no branco da camisa do rapaz. Era sangue. 


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Notas finais do capítulo

E então?
Espero que tenham gostado!
Comentem pro favor.
Love u
Até breve!
mas comentários, capítulos mais rápidos!
Beijo Beijo e fiquem com Deus!