- HARRY, VOLTA AQUI!

Olhei para a escada e ele descia engatinhando correndo e rindo, quando acabou de descer ele veio engatinhando para meu colo rindo, e eu o peguei. Já faz um tempo da morte de Lily e James. Harry já tem um ano e seis meses, e realmente era a cara  e o jeito de James, a esperteza da Lily.

 No começo de tudo, foi realmente difícil, pois Harry ficava com saudades e de vez enquanto chorava bastante, mas quando eu o pegava, ele parava.

- Harry, você tem que dormir – digo e ele nega gargalhando como se estivesse entendendo bem.

- Mas você não quer ser forte igual a mim? – perguntei e ele deu aquele grito de bebe concordando.

- Então tem que dormir – digo e ele faz bico, eu o levo até o quarto dele.

- Pode deixar que eu o coloco pra dormir – digo e Lene concorda, da um beijo na testa de Harry e sai do quarto.

- Vamos lá campeão – digo e o coloco no berço – Boa noite – digo lhe dando um beijo na testa.

- Papa – disse ele segurando meu dedo.

 Eu arregalo os olhos, com eles lacrimejando.

- LENE! – gritei sorrindo e o pegando no colo, e ele gargalha, eu sorrio entre as lagrimas.

- Que foi? – perguntou ela chegando correndo.

- Ele, ele disse papai – digo e ela coloca a mão na cabeça, e Harry ria divertidamente olhando minha reação.

- Ai meu deus – ela o pegou no colo.

- Ele disse papai Lene – digo exasperado.

- Ele está crescendo tão rápido – disse ela olhando para ele.

- Eu concordo – digo olhando para os olhos verdes iguais da mulher de meu melhor amigo.

- Lene – a chamo.

- Que foi?

- As vezes eu penso que... que eu estou roubando o lugar do James – digo baixo astral.

- Eu tambem penso nisso as vezes. Mas na verdade, ele tem que ter um pai. E James conifa em nós para isso – disse Lene.

Eu sorri para ela.

[...]

POV Harry

- MÃE!

- NA COZINHA – gritou ela de volta, e fui até a cozinha ela estava fazendo o jantar. Olhei para o relógio ainda era 3:00 da tarde.

- Essa hora Harry? - perguntou me olhando com a mão da cintura.

- Eu saio 14:00 mãe...

- E são 20 minutos pra chegar de carro.

Eu ri dela.

- Não se preocupada Srª Black, ninguem vai me sequestrar não - digo e ela me olha rindo.

- Eu não estava pensando nisso.

E ri dela.

- Oh! Claro que não, imagina - fui sarcastico e ela me deu um tapa no braço me fazendo rir.

Minha mãe sempre foi maluca com minha proteção, nunca gostava que eu saísse sozinho

- Cade o pai? – perguntei.

- Ainda não chegou – disse ela, e eu fui até minha irmãzinha. Ela tinha 1 anos e meio.

- Oi minha princesa – digo beijando a testa de Catherine. Ela estava na cadeira, aquelas para comer.

- Hally – disse ela rindo. Ela ainda não consegui falar meu nome certo.

- Um dia você acerta – digo para ela, e Cath da uma gargalhada gostosa.

Fui até a bancada peguei uma maça a jogando para o alto e depois a pegando novamente.

- Ei mãe, eu e a galera combinamos de jogar hóquei mais tarde. Posso ir? – perguntei.

- Pode sim querido. Mas quem vai? – disse ela e e sorri.

- Onde está as coisas? – perguntei.

- No porão – disse ela – Ah! Que horas vocês vão? – perguntou.

- Ainda não sei. Eu vou buscar Gina na casa da amiga dela mais tarde e vou encontrar o Rony – digo e ela sorriu concordando.

Eu fui para o porão, desci as escadas procurando o equipamento.

Eu nunca vinha aqui direito. No Maximo que eu vinha era até o final da escada.

Eu remexi e tudo, até que cai uma pasta, ela se abriu e tudo se esparramou. Eu bufei e me agaixei para recolher, e tinha uma sertidão de nascimento.

Harry James Potter

Harry James Potter são meus nomes, mas eu também tenho Black.

Pais:

James Potter

Lilian Evans

Potter. Eu já tinha ouvido meu pai falando com um tal de James Potter com minha mãe.

Data de Nascimento:

31 de julho

Eu gelei totalmente. Minha data de nascimento.

Tinha um monte de fotos expalhadas.

E peguei uma, tinha um homem, era idêntico ao meu pai, só que um pouco mais jovem, e um homem de cabelos pretos e olhos castanhos, com um bebê parecido comigo. Virei a foto.

Meu sobrinho Harry, com seu pai e meu melhor amigo James.

Primeiro: Quem escreve atrás de fotos? Segundo: Harry?

Calma, deve ser outro Harry.

Juntei a pasta e sai correndo para meu quarto.

Fechei a porta, e coloquei tudo na cama.

Uma foto de um homem me chamou a atenção. Ele era idêntico a mim, mas com os olhos castanhos, e ao lado tinha uma mulher linda, ruiva com os olhos verdes.

Virei a foto e estava escrito:

James e Lily.

São eles? Os tais James Potter e Lily Evans?

Peguei outra foto, tinha um cara parecido com meu pai, o tal James, e outro garoto parecido com meu tio Remus.

- O que eles são? – perguntei pra mim mesmo.

Virei a foto, e estava escrito.

Meus melhores amigos.

Vi uma foto da moça ruiva – Lilian – com um bebê no colo e estava em um hospital.

Meu pequeno filho

Harry James Potter

Senti o ar sair dos meus pulmões.

Peguei outra foto, era uma minha quando era bebê.

Harry James Potter

- Que palhaçada e essa? – perguntei olhando.

Tinha uma carta ali peguei e comecei a ler. Ela estava digitada, praticamente pode ser um e-mail.

Querida Lily.

Harry e um nome tão lindo,vai combinar muito com ele.

 Eu fiquei tão animada quando vocês chamaram a mim e Sirius para sermos padrinhos de Harry. Sirius saiu correndo pelo hotel gritando que ia ser padrinho, um vexame, mas foi bonitinho.

Eu e Sirius estamos aproveitando as férias aqui no Caribe, aqui e um sonho.

Como e que vocês estão? James ainda e aquela coisa chata? Claro que é! Ele não muda nunca.

Voltamos em 4 dias, estou doida para ver a ultra-som de meu afilhado.

Cuide-se bem em!

Beijos amiga.

Marlene McKinnon.

Minha respiração estada compassa, eu tinha uma opinião, mas queria estar errado. Até que eu vi uma foto que comprovou tudo.

Uma foto estava, um eu bebê no colo da tal Lilian e com o James Potter. Eu respirei fundo e virei.

Meu filho Harry James Potter, com minha noiva Lilian Evans.

E depois dessa comecei a chorar. Me levantei com a foto na mão chorando, passei a mão por meus cabelos nervoso.

Minha mãe entrou no quarto.

- Harry, você conseguiu as coisas?

Ela me olhou e arregalou os olhos.

- Harry o que acon...

Ela não terminou e seus olhos foram para as coisas espalhadas pela cama. E seus olhos encheram de lagrimas..

- Harry – começou ela.

- E verdade? – perguntei e ela começou a chorar.

- Harry por favor...

- ISSO E VERDADE? EM? ME DIZ CARALHO! VOCÊ NÃO SÃO MEUS PAIS?

Ela não respondeu e eu coloquei a mão na cabeça puxando meus cabelos.

- ME RESPONDE! VOCÊS NÃO SÃO MEUS PAIS?

Eu nunca avia chorado tanto em minha vida, em tão pouco tempo.

Ela me olhou.

- Harry...

TUDO QUE EU VIVI E MENTIRA, VOCÊS NÃO SÃO MEUS PAIS? – gritei.

- Harry, você e meu filho sim, eu te amo – disse ela chorando.

- EU NÃO SOU SEU FILHO! – gritei.

- O que está acontecendo aqui? – entrou Sirius de pressa no quarto. Ele olhou para minha cama, e ofegou.

- Harry, me deixa explicar – disse ele.

- EXPLICAR O QUE? QUE EU NÃO SOU FILHO DE VOCÊS? NÃO PRECISA, POIS ISSO EU JÁ SEI – gritei para eles.

- Harry nos não somos seus pais biológico, mas você e nosso filho sim...

- EU NÃO SOU NÃO – gritei.

Marlene estava chorando, e Sirius estava a beira disso, mas se manteve forte.

- Harry por favor, deixa pelo menos agente te contar – disse ele e eu suspirei limpando as lagrimas.

Droga! Droga! Droga! MENTIROSOS!

- O que vocês são deles?  - perguntei com os dentes trincados.

- Amigos – respondeu Marlene tentando ficar mais calma.

- Eu e James, somos melhores amigos desde os 10 anos de idade quando entramos na quinta serie, junto com Remus – disse ele. Até meu tio Remus sabia de tudo.

- Vocês são o que meus? – reformulei a pergunta.

- Seus padrinhos – respondeu Sirius.

Eu ofeguei.

- Quando você tinha ainda um ano de idade, Lily e James, foram mortos por um bandido, ele deixou sua guarda para mim Harry.

Agora a pior parte, eles estavam mortos.

Não deixei o terminar, sai dali, desci as escadas correndo e abri a porta direto para meu carro e o acelerei.

Eu queria não acreditar em tudo aquilo que estava acontecendo, meu pai não era meu pai, minha mãe não era minha mãe. Minha vida inteira foi uma mentira.

Continuei com o carro até o bar onde eu sempre costumava a ir, limpei minhas lagrimas e sai do carro colocando o casaco.

Entrando lá pude ver Simas no balcão. Ele estudava com agente e trabalhava aqui.

- Ei Harry – disse ele sorrindo e eu forcei um sorrindo.

- E ai Simas.

- Aconteceu alguma coisa cara? – perguntou.

- Nada... é... me vê uma garrafa de absinto – digo e ele arregala os olhos.

- Que se matar? – perguntou.

- Pretendo – murmuro e ele arregala mais ainda os olhos – To zuando – tentei fazer a melhor cara possível.

- Ah bem... eu até daria, mas não vende em garrafa. Só vodka – disse ele.

- Então me vê uma garrafa da mais forte que você tiver – digo e ele concorda e pega uma delas e coloca em um pacote.

- Dá 25.00 – disse ele e eu lhe entreguei o dinheiro.

- Valeu.

Saio dali e vou para o carro e não agüento mais e começo a chorar novamente e apartir dali vou para praia, e para minha sorte estava fazia.

Sai do carro com a garrafa na mão e corri até a pedra, subi nela e me sentei e chorei. Chorei como nunca chorei na minha vida.

Abri a garrafa e bebi uns 6 goles seguintos, e senti aqulo descer queimando minha garganta. Fui bebendo até chegar no meio da garrafa. E eu com certeza já estava bêbado. Tudo rodava.

[...]