Elesis One Bizarre History escrita por Sei


Capítulo 5
A escolha.


Notas iniciais do capítulo

Aqui estamos ao capitulo final, eu gostaria de agradecer a todos que comentaram e acompanharam a fic ao longo do caminho. Nessa fic eu tentei escrever algo diferente, tanto é a idéia e os capítulos foram feitos enquanto eu ficava de acompanhante a um parente meu no hospital (acreditem o corredor a noite de um hospital eleva a imaginação).

Bem sem mais delongas aproveitem o capitulo, mais notas ao final.



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A Escolha.

               

                O barulho de algo se arrastando chamou minha atenção e então me virei rapidamente para a porta trancando a mesma, por um momento eu respirei aliviada focando a chave negra em minha mão esquerda, mas especificamente o chaveiro, em apenas um momento meu coração pulsou mais rápido, porém não foi devido ao medo, mas sim pela emoção que ele me representava. Levei até meu ouvido e balacei certificando que ainda havia um líquido dentro. A confirmação tornou minha respiração mais pesada e a ídeia de usar seu conteudo aumentou o suor em minha testa. Coloquei uma base do cilindro sobre a veia no meu braço esquerdo da melhor forma que minha tremedeira me permetiu, apertando a base oposta senti agulha penetra em minha pele injetando o líquido. Confesso que podia parecer uma escolha covarde, porém no momento eu só queria me livrar dos sentimentos negativos que corroiam meu ser.

                O efeito no meu corpo foi quase que imediato, minha tremedeira parou e meu coração começou a se regular à medida que o medo parecia uma emoção distante de outra pessoa, o único contra foi minha temperatura aumentar de forma febril, eu tinha a sensação que fui jogada numa sauna. O que eu havia injetado se tratava de um tipo de chá, assim eu deduzira pelos ingredientes que usara na preparação, consegui criar através de anotações de minha amiga mais próxima, antiga responsável pelo quarto o qual eu me econtrava.

                Virei-me encarando o cômodo, o qual eu havia evitado por 3 anos e um sorriso natural e nostálgico surgiu em meus lábios, após sua morte eu herdara quase tudo que a ela pertencia. Nada havia mudado, o teto continuava com a pintura de um céu azulado, mas eu não me lembrava que as nuvens se moviam, a parede direita representava uma colina na primavera com fadas voando, aos pés delas havia várias pelúcias, coelhos, ursinhos, raposas, macaquinhos, leões, tigres, golfinhos, cachorrinhos e gatinhos, todos sorriam para mim e acenavam com suas mãozinha, eu acabei retribuindo o gesto mudando minha atenção para a parede da frente onde se encontrava uma escrivaninha de estudo e a janela oculta pela cortina dupla, a primeira era um branco impecável e a segunda um rosa berrante assim como os cabelos dela....me peguei caminhado para frente apenas para me maravilhar com as luzes que acendiam ao meus pés no tapete felpudo o qual possuía um tom de rosa mais ameno. Senti-me maravilhada e não resisti a rodopiar minha mente parecia flutuar num mar psicodélico até ser pega pela tontura e cair de forma risonha na cama dela que se encontrava na parede da esquerda.

                - Ainda tem o cheiro dela. – Mumurrei para mim mesma puxando os lençois para mais próximo de meu rosto.

                Qualquer indício do meu pânico anterior havia desaparecido do meu corpo, agora só existia eu e os resquícios da precensa dela, a minha amiga de infância que junto a meu irmão morreu 3 anos atrás em um acidente, apesar que eu estava junto  não consigo me lembrar de absolutamente nada, mas uma coisa havia ficado gravada em minha mente, o beijo de despedida que ela me dera, é a única recordação daquele dia trágico que minha memória se recusava a esquecer, talvez porque não tenha sido um beijo de amigas e sim um beijo de uma mulher para outra como amantes.

                Ainda hoje eu consigo lembrar-me da textura de seus lábios, de seu hálito em minha face, do gosto de cereja que havia em sua boca, hoje eu posso dizer claramente que Amy Aruha foi meu primeiro amor, algo que eu nunca havia percebido antes. Fechei meus olhos visualizando sua imagem angelical, seu sorriso inocente seus olhos incomuns com uma tonalidade quase rosa, a forma como seu cabelo rosado caiam em seu rosto pela menor brisa, seu estilo preguiçoso quase todas as manhas, o gosto por roupas exóticas, sua genialidade única, e acima de tudo sua voz que pronunciava meu nome todos os dias.

                - Amy, por que você me deixou. – Questionei o quarto vazio.

                 Comentei rolando na cama tentando ao máximo me empreguinar com seu cheiro, era estranho como ele me excitava, fazia minha respiração ofegar entre gemidos, deixava meus seios eretos e provocava um formigamento no meio de minhas pernas, não pude evitar o meu toque imaginando os dedos como os lábios carnudos dela, comecei descendo ambas as mãos dos meus peitos até minhas coxas e involuntariamente ergui minha cintura para o ar mordendo os lábios, o movimento não demoro muito e logo eu estava usando minha mão esqueda em meus seios e a direita entre minhas pernas.

                Mesmo o arrombamento violento da porta não me impediu de continuar, virei minha cabeça em sua direção, apesar de meu corpo ver e ouvir o que acontecia em meu redor, eu própria não conseguia me concentrar em nada além, era como se eu estivesse vendo isso tudo de fora de meu corpo, eu pudia ver a mim mesma me tocando freneticamente com a excitação crescente que corria em minhas veias levando o calor infernal aos mais intimo de meu ser, tudo era como um estranho filme erótico macabro, eu era uma entidade separade de mim mesma.

                A neblina de outra hora já tomava todo o corredor pintando o ambiente numa tonalidade cinza, o vulto com a forma humana saiu da mesma caminhado até o quarto deixando-se iluminar. Sua pele pálida me lembrava um cadáver de tão branco, o cabelo rosa não mais tão vivos possuia suas pontas sujas de lama, o vestido gótico negro estava rasgado na parte da barriga onde um ferimento fora aberto, seus pés descalço traziam a lama e a terra de onde passaram talvez do próprio cemitério, seu sorriso meigo passava uma sensação macabra pelo baton negro,  em direção a seus olhos e pude ver a própria imagem da mortes nos orbes brancos que me focavam, seus passos eram pesados como se os musculos estivessem duros, talvez pudessem ser robóticos se não fosse tão horripilante.

                - Como vai Elesis?  

                A coisa pronunciou meu nome e senti meus olhos se encherem de água, não de medo pela sua voz metálica, mas sim de felicidade em ouvi-la novamente a pronunciando, meu corpo esticou a mão esquerda como um convite já que a outra ainda trabalhava de forma fervente em meu corpo. Ela não recusou meu convite e se aproximou tocando minha face com seus dedos gélidos, toquei-a por cima, esboçando um sorriso ao mesmo tempo em que o pânico retomava seu direito de fazer parte a minha consciência misturando-se com a excitação provocando-me uma tsunami de sensações embriagantes para minha mente suportar.

                - Você sabe o que eu vim fazer aqui? – Eu sacudi minha cabeça em negação. – Bobinha, eu vim te buscar, te levar para inferno para fica ao meu lado por toda a eternidade.

                Ela veio por mim. Parecia meio bobo, mas eu havia ficado feliz com isso, e por mais que meus instintos de autopreservação gritassem comigo, eu não conseguia reagir, meu corpo não era mais meu era apenas uma mistura de intensas sensções, de alguma forma o pavor da morte pareceu ser um afrodisiaco para meu ser consumido e embriagado pelo narcótico que a luxúria era.

                Pelo menos ficaremos juntas e ninguém mais irá morre.            

                Esse pensamento marcou minha desistência e rendimento a esse ser horripilante, com uma leve concordância de minha cabeça eu havia dado o sinal para ela aperta meu pescoço com a força desumana que só um monstro poderia ter, a medida que mais o ar faltava em meus pulmões, meus lábios se moviam em protesto criando sons incoerentes meus dedos me traziam mais perto do extase produzido pelo climax que chegou me levando ao nirvana assim como o fim de minha existência. Ao final eu mesma aprtava meu proprio pescoço por cima de suas mãos gelidas até fiquei em paz, nada mais me importava minha mente não perdeu a luz pelo contrário tudo ficou branco...minha consciência havia se esvaído.

                A volta foi mais dificil que a partida tranzendo consigo uma dor alucinante como um forte coice de algum animal selvagem e por maior que tenha sido minha vontade de gritar minha voz não saia. Algo nesse mudo de luz branca me impedia de gritar ou até mesmo de se mover, meus olhos em panico se moveram para todos os lugares procurando a causa, mas eu não via nada além de uma forte luz vindo de um lugar acima de mim. Atordoada e desorientada senti o medo crescer com força em meu interior trazendo água até meus olhos.

                - Vai ficar tudo bem. – A voz era doce como uma melodia, vinha de trás.

                Novamente forcei meu movimento, virei meu pescoço e procurei a dona de tal voz, infelizmente foi em vão, as amarras invisiveis faziam bem seu trabalho, para minha sorte ou azar o ser se moveu por vontade própria,  ficando frente a frente, meus olhos se arregalam em surpresa, eu não conseguia destinguir o que era tal ser, possuia uma forma humanóide, usava um vestido todo branco, mas seu corpo era negro não como carvão, mas sim um negro absoluto como o mais denso dos ambismo poderia ser, sem olhos, boca ou orelhas, era apenas uma forma negra trajando uma roupa, o mais estranho era a sensação de segurança que me passava, algo me dizia que eu não precisava ter medo que ela estava aqui para me ajudar, mas ao mesmo tempo eu sentia que perderia algo.

                O estranho ser com aura de tranquilidade se virou de costas, eu sabia disso por causa do vestido e nesse meio tempo mãos geladas me agarraram pela cintura e logo uma criatura horripilante com a forma de meu primeiro amor estava diante de mim.

                - Eles não vão me deixar ter você tão facil, isso não é tão injusto?       

                Perguntou-me com um sorriso, que transmitia a própria face da morte. Minha confusão aumentou o suficiente para transparecer em meus olhos já que afagou meus cabelos de forma carinhosa.

                - Shiu ! Não precisa ficar preocupada eu não vou deixar ninguém me tirar você !

                Sua risada me lembrou o som de uma hiena que uma vez assistira na televisão em algum momento de minha vida. Eu a olhava sem entender o que ela pretendia até o momento quando colocou sua mão sobre meus lábios, o gosto de ferro prencheu minha boca a medida que o sangue dela escorria até minha garganta bloqueando o ar em meus pulmões em seguida invadindo os mesmo. A dor dilacerava minha garganta, mesmo presa pela força invisivel meu corpo tentava de todas as formas se debater em agonia, meus olhos rolavam para trás da minha cabeça em resultado do desespero e o fim iminente, varias vozes ecoavam desesperadas ao meu redor me insentivando a não desistir. 

                - Logo vai parar de dor, e vamos ficar juntas para sempre no inferno. 

                Eu não sei por quanto tempo durou, talvez alguns minutos? Mas para minha pespectiva pareceu que minha vida inteira passou diante de mim. Como o prometido a dor havia parado, tudo havia parado, tudo que restava de mim estava mergulhando numa escuridão sem fim, por mais triste que isso possa parecer eu estava em paz, dessa vez eu estava caindo nas trevas absolutas e sabia que não haveria volta.   

Vamos juntas passar a eternidade no abismo mais profundo do inferno.

        Fim


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Notas finais do capítulo


Eu gostaria de pergunta se gostaram da historia e qual foi a verdade que você obtiveram?

Existe duas formas de se ler a fic, logo existe dois pontos de vista para se entender a historia, caso queiram saber dos dois e só tenha chegado a uma conclusão, deixarei o link de uma outra fic que talvez possa ajudar a entender.

http://fanfiction.com.br/historia/29818/Amy_Um_Maravilhoso_Mundo/

Se mesmo assim ainda não consegui e estive interessado, basta me perguntar eu explicarei.

Bem eu gostei muito de explora essa nova forma de escrita, obrigado a todos por ler minha fic.



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