A Filha Do Oceano escrita por O Milagre


Capítulo 32
Medo de campainha -Marlyn-




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Socos e pontapés enchiam o ar do ambiente junto a um enorme som de bater de metais.

O enorme leão escuro seguia em frente sem parar para ninguém,sendo defendido pelos soldados à sua volta.

Era extremamente difícil de alcança-lo,não apenas por ser rápido,mas também por que Marlyn desconfiasse que estava com hemorragia e seu cavalo,alejado.

Isso tudo no sentido figurado caso você,pessoa lenta,não tenha entendido.O cavalo arfava e ofegava.Marlyn denominou-o pulgueto.

Bem, pulgueto e ela seguiam o mais depressa que conseguiam,o que era um pouco mais que um caracol.

Oceano continuava com seu rosto firme e determinado.Não parecia mexer um centímetro.O leão apesar de não rugir,tinha seus olhos brancos tenebrosos postos em sinais de ameaça.

Percebeu que estavam seguindo em linha reta,a direção única do palácio de Poseidon.

Não foram apenas as distrações e lerdeza que afastaram do ponto de vista o leão albaçanado.

Tres ou quatro vezes foi derrubada de pulgueto, entre outras...talvez oito vezes que conseguiu escapar de convites para duelos sangrentos sendo bem aceita a resposta da corrida como um"Estou bem!Obrigada pelo convite!" Ou algo do gênero.

Certa vez dentre essas,um homem alvo e grande apontou um machado para seu torso,esquivava-se e caía,o duelo lhe causou um hematoma nas costas e corte no rosto,sua adrenalina subiu para o nível máximo ao perfurar títanon em seu peito.

Caminhava cemitério adentro passando pelos guerreiros mortos de ambos os lados,tendo perdido novamente seu alvo de vista.

–Cebo nas canelas,pulgueto!-dizia enquanto trotavam para o caminho que sabia onde daria.

Não muito longe viu uma pontinha azul,sendo seguido por paredes de corais e algas peroladas e forjadas com madrepérolas,colunas gregas e traços retos definiam bem o palácio do deus do mar.

Conseguiu finalmente ter uma corrida levada pelo desespero de que conseguissem entrar no palácio,os soldados e o titã.

Abaixou-se atrás de uma escadaria que fica logo em direção a porta de entrada após desmontar de seu cavalo pardo.

–Como vamos entrar?-perguntava um dos soldados que usava uma túnica encoberta por uma rede de prata.

O leão deu meia volta e posicionou-se em frente à porta,mostrando os dentes,ordenou para que os outros saíssem da frente.

Um soldado gordo e grande,armado com nada mais nada menos que uma faca de bronze e uma armadura superficial como a de Marlyn esquivou-se e talvez por sua enorme barriga,não tenha notado que seu traseiro encostara em um pequeno botãozinho ao lado da porta.Quando o leão fez posição de salto junto a Oceano,um som familiar e doce soou como ding dong.

Abaixaram-se todos como se estivessem a espera de bolas fé fogo e espinhos,cobriram-se com as armas e escudos,escondendo-se da campainha.

Oceano praguejava e xingava de nomes que Marlyn nunca havia ouvido o seu servo gordo.

–Vão saber que estamos aqui!-gritava cheio de rancor e raiva-Seu estúpido...miserável...Eu poderia agora mesmo cortar-lhe a garganta!

O gordo engoliu em seco,se é que isso seria possível de ver com o pescoço tão enorme que é iperceptível.

Segurou-se para não rir ao ver o desespero dos soldados ao ouvir a campainha.Gritavam o corriam como meninas ao verem um besouro.

–Silêncio!Imprestáveis!-gritava Oceano

Isso gerou uma quietação por completo.Retornaram aos seus lugares e ajeitaram as armaduras.Pararam em posição de sentido,esperando para serem liberados.

–É só uma campainha!-gritou mais uma vez como um líder de um exército de exparta.

Dado seus puxões de orelha,deu ordens para que o leão silencioso entrasse,quebrando a porta em centenas de pequenos pedacinhos,dando lugar até mesmo para o servo gordo passar.

–Minha deixa!-sussurrou Marlyn para pulgueto-Espere aqui!-e caminhou adentro do palácio.

Vários dos soldados mexiam no andar de baixo do palácio,revirando o que podiam a procura do olimpiano.

Torceu para que não deixasse um rastro de sangue pelo caminho ao andar pelo chão de mármore azul-pavão,o que não ocorreu felizmente,tendo sua missão sucedida,conseguindo subir para o andar seguinte,onde não avistou o titã novamente.

Conseguiu se esquivar por um bom tempo desviando do olhar dos soldados,mas foi parada por uma mão alva e leve,quase transparente.

–Leuce!-exclamou em silêncio

A oceânide levou o dedo indicador aos lábios em sinal de silêncio ao puxar Marlyn para um canto.

–Rápido!Não temos muito tempo!Ele acha que você foi ao banheiro!

–Hein?

–Ao banheiro-disse ela-você vai ao banheiro não vai?

–Ahn...sim...mas...ele acha que desde a hora em que saí do palácio eu estou...

–No banheiro-completou Leuce

–Que tipo de pessoa fica tanto tempo no banheiro?Fazendo o que?

–Bem certas vezes o intestino dos mortais...

–Não reponde!-gritei–Mas afinal onde está o papai?

–Venha comigo!

E assim seguimos pelo corredor obscuro.


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Notas finais do capítulo

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Espero que tenham gostado!



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