–Como assim-Marlyn rosnou ao invés de dar um passo para trás pela voz medonha de Estige.

A deusa deu um passo para frente e ergueu a cabeça.

–Você realmente acha que poderia parar a profecia?

Marlyn deixou de encarar as pupilas dilatadas de sua meia-irmã,e novamente encarou o chão.

Sentiu uma raiva explodir dentro do seu corpo.Em uma fração de segundo se viu chutando o ar com força até ouvir um estalo de dedos novamente e seu pé bater em uma quina.

Ela praguejava de dor enquanto pulava em um pé só e segurava com firmeza seu pé bom.

–Por que fez isso?-perguntou Percy indo ajudar Marlyn.

–Ela pareceu querer chutar alguma coisa-falou a deusa indiferente-E além disso precisava parar quieta.

Marlyn parou de pular e disse amargamente:

–Onde ela está?

Estige lhe lançou um olhar penetrante.De repente,sentiu uma dor aguda em seus ouvidos e,mesmo não vendo os companheiros,sentiu que eles se aprofundavam na dor tanto quanto ela.

A agonia percorreu seu corpo.Fechou os olhos e deitou-se por não aguentar mais.Seus olhos ardiam quando os abriu e viu uma espécie de caixão.E o mais importante: ela viu!

O ambiente não era claro,outrora escuro.

Parecia de um penetrante e profindo breu,irreconhecível por qualquer mortal.Agonizava qualquer um que ali estivesse.E era possível

Marlyn,apesar do medo,cambaleou até a enorme caixa de ferro estígio.

Sentiu todo seu sangue esvazir de sua face,tranformando em uma palidez incoparável e fantasmagórica.

Sua própria mãe,após tanto tempo,se encontrava ali.Usava um longo vestido de seda branca.Seus cabelos,antes de uma doce cor de mel e agora,se passava por preto com mechas grisalhas e um ar nevuoso.

A ponta de seus dedos estavam transparentes assim como abarra de seu vestido.Sua pele estava em um branco doentio.Suas mão de fantasma estvam posicionadas sobre seu vestido perolado.

–Mãe...-sua voz falhou-você...você está...O que fizeram com você?

Estige surgiu em meio à escuridão,posicionada em frente ao caixão.

Um rancor profundo cobriu o corpo de Marlyn ainda mais.

–QUER DIZER QUE TODA ESSA MISSÃO FOI FEITA EM VÃO?E TUDO O QUE FIZEMOS,HEIN?NÃO FEZ A EMNOR DIFERENÇA?

Marlyn não reconhecia sua própria voz,ela olhou para cima encarando a deusa morena pálida,ainda com um olhar penetrante.

–Não foi em vão-disse calmamente encarando a meio-sangue.

Algo se materializou em sua frente,ela posicionou as mãos em forma de concha enquanto a garrafinha caía em suas mãos.

–O que?-suspirou marlyn confusa olhando para a conchinha engarrafada.

–Sempre esteve com ela-disse semicerrando os olhos-Ela sempre a guardou para este momento-e entregou a garrafa à marlyn.

–O que fazemos agora?-perguntou Annabeth

Marlyn sentiu um sorriso maligno como o da irmã se formar em seus lábios.Ergueu a cabeça mirando a deusa.Não era como as outras ocêanides,frescas e delicadas.Estige tinha uma aura extremamente caótica.Não se importava realmente com o que pensavam,mas seguia conselhos espertos.

Ao notar seu sorriso , a deusa o retribuiu com um sentimento de orgulho.

–Venha com a gente!-exclamou Marlyn-Venha!Podemos precisar de você!

–Em breve-concluiu-Agora-ela apontou para seu pulso como se tivesse um relógio imaginário-Está ficando tarde.

Marlyn quebrou a garrafa no chão,que se partiu em milhões de cacos de vidro.

A concha se ergueu em uma névoa prateada e púrpura materializando-se em sua frente.

A concha se abriu demonstrando um interior rosa-bebê.

–Até-despediu-se Marlyn

–Até-conpletou a deusa

Assim,embarcaram na grande concha de marfim,a carruagem ameaçadora de Tétis.