Traumas Do Passado escrita por DarkReader15


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Tinha parado de atualizar aqui... Mas decidi voltar. Espero que alguém comente e acompanhe



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Quando Rony Weasley tinha apenas 7 anos, sua mãe nunca o deixava sair de casa. Ela dizia que homens maus estavam lá fora, vigiando, prontos para castigar as pessoas só por ainda possuírem inocência.

Rony possuía um ursinho que mesmo não tendo mais uma orelha e estando todo manchado era o seu preferido. Isso porque era a única coisa que ele tinha que não foram de um dos seus cinco irmãos mais velhos.

Fred e Jorge uma vez pegaram esse ursinho e na inocência de criança (que surpreendentemente eles ainda tinham) o jogaram pela janela. Molly não estava em casa, então sua mamãe não poderia pegar para ele.

_Você nunca cairá na Grifinória! Somos corajosos e você tem medo de ir lá fora pegar um urso? – Disse Fred, provocando.

_Eu sou um Grifinória!

E largando seu cobertor, abriu a porta da entrada e saiu.

Deu a volta e logo viu seu amado ursinho. Rindo baixinho e pensando que era fácil de mais para ser verdade ele se abaixou para pegar. Mas quando virou para voltar para casa seu corpo chocou-se contra o deu um homem alto, todo vestido de preto e com uma mascara cobrindo o rosto.

Sua mãe tinha contado historias sobre esses homens. Essa mascara queria dizer que ele era um dos que faziam mal as pessoas

Seus olhinhos de criança se arregalaram.

_Um mini-traidor de sangue passeando a essa hora? Sua mãe não te falou que é perigoso? – Disse o homem mascarado, rindo.

_Ela... Ela disse.

_Bem, quem vai lucrar com isso é o meu Senhor. Há muito tempo queremos deixar uma mensagenzinha para sua família imunda.

Rony só pode gritar quando o homem o agarrou forte, arrastando-o e aparatando logo depois. Os gritos de Fred e Jorge não puderam ser ouvidos por ninguém.

Rony foi largado na porta de casa dois dias de pois. Ele estava inconsciente, com costelas e uma das pernas quebradas, sem alguns dentes e com o olho direito arrancado.

Fred e Jorge nunca foram perdoados por Rony, Molly ou eles mesmos.

Seus dentes e seus ossos puderam ser concertados, mas seu olho direito se foi para sempre.

Rony Weasley aprendeu naquele dia, com apenas 7 anos, que homens maus eram reais. E ele queria fazer tudo o que fosse possível para se vingar. Ele entendeu, enquanto estava preso, o que era morte e dor. E foi obrigado a entender que hoje, a sociedade bruxa era separada por sangue.

Com apenas 7 anos, ele já queria se vingar.

E todo o dia ele podia ouvir como um eco gravado em sua mente os comensais da morte rindo e o seu torturador dizendo:

“é isso que traidores de sangue merecem”

–//-

Harry Potter ouviu a historia do seu amigo calado. Ele ficou surpreso que Rony não chorou enquanto contava. Mas ele podia sentir a amargura escorrendo pela língua como veneno.

_O que fizeram com você lá? – Perguntou o Harry.

_Nada que você queira saber. – Rony disse, se levantando. – O que importa para você não é a minha historia, ou se você me conhece no seu mundinho. Você veio aqui por uma razão: matar Voldemort. Ninguém aqui espera que você faça mais nada. Cumpra seu objetivo e volte para o seu mundo.- E com essas palavras, saiu do quarto.

O baque da porta foi seguido de um silencio, e depois um soluço de Harry ecoou pelo quarto.

Rony é seu melhor amigo, não importa aonde. Por que ele teve que sofrer tanto?

–-/--

Tiago e Lílian Potter não conseguia dormir. Suas mentes corriam a mil, muita informação foi adquirida em um único dia.

_Tiago... O que faremos? – Lílian perguntou, enquanto deitava sobre o peito do marido.

_Não faremos nada. Essa criança matará Voldemort e irá embora. Nunca mais o veremos de novo. – Tiago respondeu, correndo os dedos pelo cabelo ruivo de Lilian.

_mas...

_Sem mas. Ele não é nosso filho! Nosso Harry morreu há 17 anos, sem ao menos eu poder protege-lo!

_Mas Tiago... Você já parou pra pensar se existe um único céu?

Essa frase fez com que Tiago parasse. Onde sua esposa queria chegar?

_Já parou pra pensar que para todos esses mundo só existe um único céu? Isso significa que nosso Harry e os outros Tiago e Lilian estão em um único céu? – Ela disse, sentando-se na cama e olhando nos olhos do marido.

_Pare com essa merda, Lilian. Pare de arranjar desculpas para aceitar aquele adolescente como substituto do nosso filho! – Tiago disse, desviando o olhar e levantando totalmente da cama.

_Não é uma desculpa! É o que penso! E se isso realmente for o que aconteceu, espero que aquele Tiago e aquela Lilian estejam cuidando bem do nosso bebe! Como três anjos no céu...

_ Não fale besteiras. – Terminou Tiago, enquanto ia em direção à porta.

_Colloportus! – Lilian disse, apontando sua varinha para a porta.

A tranca fechou-se em um sonoro click, impedindo que Tiago saísse do quarto.

_ Lilian!

_ Eu espero que os outros Tiago e Lilian estejam cuidando bem do nosso Harry! E eu sei, aliás, eu sinto isso em meu coração, que eles esperam que façamos o mesmo com o filho deles! Eu não vou ignorar essa chance, Tiago! Eu não posso fazer isso!

_ Isso é uma grande fala vindo de quem a poucas horas a traz fugiu do garoto como se o mesmo fosse peste. Pare de hipocrisia! – Tiago disse, enquanto pegava sua varinha do bolso do pijama.- Alohomora! – Ele completou, abrindo a porta e já se preparando para sair do quarto.

_Ah, não, oh auror perfeito. Não precisa sair do quarto. Eu faço isso por você. – Lilian se levantou da cama e parou lado a lado de Tiago. Suas palavras eram cheias de sarcasmo, mas venenosa do que Tiago ouviu em anos. – Eu tenho um cérebro e o usei para pensar. Decidi não desperdiçar essa chance. E você, em? O que esta fazendo com o seu cérebro?

_Não existe chance aqui. Esse filho não é meu.

_Pense o que quiser. – Ela finalizou, saindo do quarto.

Tiago suspirou e voltou para a cama. Sentou-se encostou suas costas no cabeceira, logo depois arrastou suas pernas junto ao corpo e embrulhou seus braços em volta delas. Por que, de todas as pessoas, justo um Harry Potter tinha que ter vindo?

–-//--

Harry Potter não conseguia dormir. Apesar de os roncos do Rony ter deixado o ambiente familiar seu cérebro não conseguia parar de jogar com ideias.

Agora que ele parava pra pensar... Ele sempre tinha imaginado seus pais. E agora todas as suas duvidas estavam sendo sanadas.

Sua mãe fugia quando tinha problemas e seu pai berrava tanto quanto uma garota em TPM.

De fato, não era essa a personalidade que ele montou para seus pais. E vê-los tendo esses defeitos os tornou ainda mais... Reais.

Quando ele ouviu o rangido da porta do quarto imediatamente fechou os olhos, fingindo que estava dormindo. Ninguém tinha entrado no quarto, mas alguém parecia estar encostado na porta, observando.

Harry decidiu ter coragem e encarar, seja lá quem fosse. Os olhos dele se encontraram com os de Lilian Potter.

Lilian pensou seriamente em recuar quando notou que Harry estava acordado. Ela pensou que ele estaria dormindo, então ela observaria o seu sono e depois voltaria para o quarto para lidar com o jegue que é seu marido na verdade. Mas quando ela viu os olhos do que poderia ser o do seu bebe hoje, ela não resistiu.

_ Olá...? – Ela disse

Harry pensou seriamente em não responder. Nada de bom viria disso. Ela só o usaria para sanar a curiosidade do que seria seu filho se Voldemort não o tivesse tirado a vida.

_Oi. – Mesmo assim, ele respondeu. Ele sentou na cama e a encarou, esperando para ver o que ela queria.

_ Esta confortável?

Ela riu depois disso. Foi a primeira vez que ele ouviu a rizada da sua mãe...

_ Você é monossilábico? Quem diria.- Ela disse, entrando no quarto. Não era um espaço grande, então com um passo ela conseguiu ficar frente à cama que Harry ocupava sem tomar-lhe o espaço pessoal.

_ O que você quer? – Harry foi direto ao ponto.

_Será que eu posso...

Ela não teve coragem de terminar. Era uma ideia doente, não fazia sentido ela pedir isso. Era obvio que receberia um grande não, já que Harry parecia ter uma espécie de antipatia por ela. Mas ele continuou olhando para ela, parecendo perguntar com os olhos “o que você quer de mim?”

_Será que eu posso te abraçar? – Ela tomou coragem e disse.

Os olhos do Harry se arregalaram. Essa pergunta sim era uma surpresa!

Mas antes que ele pudesse pensar em uma resposta um estrondo pode ser ouvido, vindo obviamente do primeiro andar.

_Ataque de Comensais! – Alguém lá de baixo gritou.

Lilian soltou um suspiro.

_ Tenho que ir – ela disse, já tirando a varinha do bolso e se preparando para mais uma de muitas batalhas que já teve.

_Não, nos temos que ir. – Harry disse, levantando-se.

Lilian estava preparada para ter um “Ataque Molly Weasley” e tentar impedir que essa criança fosse para guerra, mas Harry já tinha saído do quarto rápido como um raio.

Suspirando, ela o seguiu. É para isso que ele veio a esse mundo afinal. Mas ela garantiria que nada o atingisse.

_ Aonde é esse ataque? – ele a perguntou quando desceram ao primeiro andar e entraram na fila do Flú

Quem respondeu foi Moody enquanto agarrava o Pó de Flú e o jogava nas chamas:

_ Escola Preparatória.

Lilian viu a cara de duvida do seu filho e decidiu explicar

_ É a única escola disponível para sangue-ruins. Pensávamos que Voldemort não sabia da existência dela... Até agora.

_Por que eles não estudam em Hogwards? A escola ainda existe, ne? – Harry perguntou, já preocupado. Será que aqui a sua única casa além da Toca não existiria?

_Quando Voldemort tomou o poder completamente levou Hogwards com ele. Os únicos que tem permissão de estudar lá são os puro-sangue. Os sangue-ruins são mortos, mas quando nós da Ordem conseguimos resgatar um o mandamos para a Escola Preparatória.

Harry parou pra pensar... E como um estalo sua mente o fez lembrar. E a Hermione? Ela foi morta ou a mandaram para a Escola Preparatória?


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