Traumas Do Passado escrita por DarkReader15


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

N/A: Sim, eu matei Gina Weasley xD não gosto muito dela e queria deixar claro que Harry não terminará com ela nesse mundo. Falaram-me que um romance ficaria legal nessa historia, e eu concordo. Mas não consigo pensar em alguém que ficaria bem com o Harry nesse mundo. Caso você tenha uma ideia me fale. Estou aceitando opiniões sempre!

E também coloquei o Rony aqui com um pouco mais de carga psicológica. No próximo capitulo vou explicar como ele perdeu um olho.

Recebi comentários fantásticos nessa fanfic e enquanto escrevia este capitulo (tentei ser o mais rápida possível) senti muito medo de decepcionar vocês. Então espero que tenha conseguido escrever um capitulo satisfatório

A fanfic será mais voltada para como o Harry se adaptará a sua nova família e como derrotará Voldemort nesse mundo. Também focarei em como um mundo onde Voldemort não foi morto pelo Harry quando bebe e como os personagens mudaram pelo sofrimento.

Enfim, espero que gostem e que continuem a ler.



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Ninguém que estava naquela sala saberia dizer quanto tempo se passou ate registrarem que não existia truque de espelhos e que os dois eram pessoas diferentes.

_Funcionou! – Dumbledore parecia ser o primeiro a sair da tensão.

_Como assim funcionou? Você trouxe outro Tiago para esse mundo! Droga, Albus, você prometeu que funcionaria!- Lilian Potter pela primeira vez falou

Após a morte de seu filho, Lilian jamais foi a mesma. Não por falta de tentativas do marido, mas porque sem seu menininho nada mais parecia ser o mesmo. Apesar de tentar varias vezes, a mesma nunca foi capaz de engravidar novamente e após varias visitas em médicos trouxas e bruxos, aceitou o fato que nunca mais teria um bebe para chamar de seu.

Para ela ver outro Tiago sentado no chão, onde deveria estar um homem que mudaria a historia foi... Decepcionante. O Salvador poderia trazer a paz para ela e para Tiago de novo. Talvez seu casamento voltasse a ter a mesma paixão ardente. Ela ainda amava o marido, e sempre amará, mas não existe espaço para o romantismo no meio da guerra.

_Mãe?

E foi nesse momento que Lilian realmente olhou para o corpo no centro da sala.

Os olhos dele eram como os seus...

Foi como um déjà vu, desses de filmes trouxas patéticos.

Ela por um segundo pode imaginar como seu filho seria se Voldemort não o tivesse tirado dela. Idêntico ao pai, mas com os olhos da mãe.

Antes que percebesse ela já tinha corrido para fora da sala. Não é necessário dizer que murmúrios ainda disparavam .

_Vamos acabar logo com essa palhaçada. Me diga quem é você, garoto! – Moody gritou, andando e empurrando Tiago que ainda estava parado com um olhar meio vago.

_Moody, você devia estar morto!- Alastor não vacilou, apesar de seu coração ter falhado uma batida. Não era essa a resposta que ele esperava, e se tem algo que ele aprendeu com a guerra (além de vigilância constante) é que devemos sempre conseguir prever as situações.

_Você deve estar confuso, entendo isso. Trouxemos você de sua casa porque precisamos de sua ajuda. Meu nome é Albus Dumbledore e eu realmente quero que você me de uma chance para explicar os fatos. Tenho certeza de que irá ajudar-nos.

_ Você... Você também devia estar morto!

Dumbledore sabia, naquele momento, quando olhou nos olhos do Salvador que aquela criança, apesar de nova, poderia salvar o mundo.

Eram olhos de adulto, de gente que sentiu dor e sobreviveu. Olhos de alguém que faria qualquer coisa para salvar quem ama.

Logico que ele não esperava que um Potter, provavelmente parente de Tiago, fosse o Salvador. E ele também esperava alguém mais forte, ou mais alto e mais velho. A reação de Lilian foi realmente perturbadora, mas ele não tem tempo de lidar com suas crises agora. Sua mente estava montando um plano que montasse ali, naquele mundo, um motivo para o garoto lutar.

E que melhor motivo seria do que o amor?

_Peço que vocês me deixem conversar com o garoto sozinho – Ele disse, sorrindo quase de modo fofo, paternal. Os óculos cobriam o brilho dos olhos.

A maioria Ordem, apesar de murmurar, já estava a meio caminho. Mas um ocupante não aceitaria sua saída sem uma explicação:

_Albus, que historia é essa? Esse garoto é como Tiago! Como você não esta perturbado com isso? – Sirius Black praticamente berrou, lembrando a todos de sua rebeldia quando adolescente.

E foi nesse momento que o ocupante extra da sala voltou a falar

_ Eu tenho um nome, Sirius. Harry Potter. E eu só quero descobrir por que estou em uma sala lotada de pessoas mortas.

Assim que ouviu o som do nome de seu filho morto soando da boca de alguém que é a mistura perfeita dele e de Lilian, Tiago que ainda estava em estado de choque se abaixou e vomitou em todo o piso. Não foi uma atitude máscula, mas...

... Melhor que a de Sirius, que deu um tapa no rosto do garoto. Forte o suficiente para o estalo ser ouvido pelos gêmeos Weasley, que tentavam escutar a conversa do outro lado da sala. Também foi forte o suficiente para o rosto de Harry virar e sua bochecha rapidamente ser tingida de vermelho.

Quando Sirius bateu no rosto do garoto Tiago pareceu voltar a vida.

_Você não tem o direito de fingir ser o Harry!

"Isso vai dar trabalho..." foi o que Dumbledore pensou.

-/-

_Isso definitivamente foi um tapa! – Fred Weasley sussurrou para seu irmão gêmeo, Jorge. Os dois tiram os ouvidos grudados na porta.

_Será que o Salvador esta tentando fugir? – Tonks perguntou, seu cabelo indo de rosa a vermelho fogo. Ela não daria o luxo para o garoto. Eles passaram por muita coisa. Ele não teria escolha a não ser a de salvar este mundo

_Não seja ridícula Tonks! Ele é só um garoto! – Molly Weasley gritou. Todos sabia que para ela crianças são os seres mais preciosos da terra. Tanto que seus sete filhos são a prova viva de todo seu amor por crianças.

Ou melhor, seis filhos...

Desde que ela perdeu sua filha mais nova em um ataque de Comensais da Morte seu protecionismo foi ainda maior. Ela sentia falta do sorriso de Gina, da forma como ela colocava o cabelo atrás da orelha e da forma como seu temperamento queimava como brasa.

Pela porta pode ser ouvido berros de vozes masculinas e então a porta foi aberta raivosamente por Sirius que arrastava um Tiago frenético com ele.

_Quem é o menino? _ Moody perguntou.

E com um sorriso de deboche Tiago disse:

_ Aparentemente, é o meu filho.

Digamos que constrangedor é o melhor adjetivo para o silencio que seguiu após essa frase.

-/-

Depois do que Dumbledore descreveria como um pequeno contratempo, Tiago e Sirius saíram da sala.

Essa descoberta de parentesco foi extremamente útil.

Ele curaria psicologicamente quatro dos melhores integrantes da ordem e ainda daria ao garoto um motivo para lutar. Tudo parecia se encaixar perfeitamente ate agora.

Ele tentou falar com o menino sobre a missão dele aqui. Explicou sobre o que era esperado dele e tudo isso sem nunca ser interrompido. Parecia que o Harry era acostumado a ouvi-lo.

O garoto o olhava como um verdadeiro lutador. Ele tinha que admitir que ele a criança tinha fibra.

E após contar a historia e a forma como o ritual funciona a única coisa que Harry disse foi "será que um dia eu irei voltar?"

_O Ritual não foi feito recentemente, mas segundo os registros você voltará quando cumprir a missão para qual você veio. – Dumbledore o respondeu.

Para Harry Potter essa era a situação mais estranhamente fodida que ele já esteve envolvido. E olha que ele esteve em muitas situações!

Ele, como qualquer órfão, já se imaginou descobrindo que os pais estão milagrosamente vivos e que tudo não passou de um mal entendido. Mas nesses pequenos sonhos a primeira reação de Tiago não seria agachar-se e vomitar para logo depois gritar furiosamente.

Pelo que Harry entendeu ele não era vivo nesse mundo.

E apesar de sempre querer conhecer seus pais, agora que ele os tinha tão próximos e finalmente começou a entender o que seriam suas personalidades ele só queria ir para casa.

E nossa, como ele sentia falta de Sirius! Mas o Sirius que ele conheceu, que era seu padrinho, não é parecido psicologicamente com este. Porque o Sirius do mundo dele nunca o teria dado uma tapa na cara como este deu.

Esse Sirius nunca substituiria o dele. Esse Tiago não era o pai dele e sim o de um Harry que teve a infelicidade de morrer. Essa Lilian não era a mãe dele também. Aqui ele não tinha lar.

E pensar nisso o estava destruindo por dentro.

_Por que você não tenta conhecer pessoas da sua idade? Seus pais logo estarão se acostumando a você – Dumbredore disse colocando a mão no ombro de Harry.

_ Eles não são meus pais. – Harry apenas murmurou enquanto tentava disfarçar seu nervosismo olhando para a parede.

Dumbledore não sabia como responder a isso.

_ Vou orientar Molly Weasley para te acomodar em um quarto. Conheceu ela em seu mundo?

_ Molly esta viva aqui? – Harry disse enquanto sorria. Se existia alguém que podia o fazer sentir bem, esse alguém seria Molly. Ela foi para ele a mãe que nunca teve.

Ele só esperava que ela o tratasse bem como em seu mundo. A negação dela doeria tanto quanto a de Tiago.

-/-

Não importa o mundo, Molly Weasley sempre será a mesma. Talvez não exista universo que possa tirar toda a bondade que aquele coração carrega.

Enquanto todos os adultos olhavam para Harry como se o mesmo tivesse três cabeças, Molly só saiu do lado do seu marido e já foi o abraçando daquele jeito que só ela sabia: apertando tanto que a respiração era impedida e o amor parecia sair dos poros.

_ Querido... Olha para esse cabelo! Precisa de um corte!

Durante um segundo Harry ate mesmo se sentiu em casa.

_ As crianças estão lá em cima. Seu tamanho é parecido com o do meu filho mais novo, Rony! Tenho certeza que ele te emprestará alguma roupa!

Só de ouvir o nome do seu melhor amigo o humor de Harry melhorou. Existe um Rony aqui!

Quando ele subia as escadas atrás da Sra. Weasley ele sorriu. Mas seu sorriso sumiu rapidamente quando a senhora Weasles bateu em um porta e um adolescente ruivo atendeu.

Esse adolescente ruivo era Rony...

... E ele não tinha o olho direito.


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