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–Larguem suas canetas, acabou a prova - O professor falou já estendendo a mão para pegar a prova que eu tinha acabado naquele minuto. [ Mal eu sabia que seria minha última prova ... e provavelmente de todos os alunos presentes naquela sala ]. Depois de recolher todos se viraram e começaram com aquele discussão básica, " O que você marcou em tal questão ..." ou bla bla bla.

–Calem a boca! - O professor gritou, - Arrumem as carteiras!

–Mas... faltam só 2 minutos para sermos liberados - Alguém reclamou.

–Eu não quero saber, arrumem isso e rápido - O professor de biologia como sempre, a paciência dele estourava só de alguém falar um "Oi". Ele tinha uns 1,80, cabelo marrom liso curto, e olhos verdes, usava um óculos de grau de vez em quando.

Arrumamos as carteiras e fomos liberados.

–Finalmente! - Saí da sala e alguém já tinha puxado meu braço.

–Preciso que venha comigo Carol. - Era meu amigo intercambista Will, ele era da Coréia do Sul, [ Não, não tem o mínimo sentido, e eu nunca fiz questão de entender do porque o nome dele ser Will se é da asia ] Ele me empurrou ate a janela do andar e apontou para a rua, um homem cambaleando seguindo um grupo de pessoas com o que parecia ser sangue espalhado pelo corpo, todos com rostos palidos, e os olhos revirados pelo o que eu conseguia avistar.

–Hum... esta tendo algum evento de resident evil ou the walking dead - Pergunto brincando, Will ficou com raiva e ao mesmo tempo não queria acreditar no que ele via.

–Não vê??? C-como eles estão desta forma?

–Fala sério - Dei alguns passos para trás e então escutei um grito... e vinha da rua. Tive que voltar para a janela e ver do que se tratava, aquele grupo se juntou e estava atacando um grupo de alunos da minha escola...

E então esse grupo começou a machucar-los... podia-se se ver o sangue no chão.

–W-will, do que se trata... - Ele apontou para o outro lado da rua, tinha mais pessoas assim. -Pera, - Eu ri - Isso é uma pegadinha não é?

–Vamos ver então - Ele me segurou pelo pulso e invadiu o laboratório de ciência no mesmo andar que estávamos e começou a procurar algo, revirando o laboratório inteiro.

–Will!, o que pensa que esta fazendo! - Ele falou algo em coreano, parecia com raiva... [ E eu prefiro não saber o que ele tenha dito .. ].

–Nada que sirva por aqui - Ele começou a ir de sala em sala, ate chegarmos a uma sala que estava passando por faxina. Com a servente distraída, ele pegou a vassora e correu comigo longe dali.

–O QUE TÁ ACONTECENDO WILL, PRA QUE ESSA VASSOURA? - Ele a quebrou ao meio, e entregou a metade para mim. - Ham..?

Corremos então para as janelas em frente ao banheiro e o bebedouro, tinha um tumulto la em baixo, e pessoas gritando.

Ele parecia pensar em mil coisas ao mesmo tempo... e eu também. Afinal, o que esta acontecendo?, pessoas atacando umas as outras?.

–Vamos chamar a polícia então! - Peguei meu celular, e a linha parecia congestionada. Depois de umas três tentativas... a mesma coisa - N-não dá...

Uma garota subiu a rampa com a perna jorrando sangue. Assim que chegou na nossa frente ela caiu -F-fujam... - Um pouco tempo depois ela parou de se mexer assim que caiu no chão, estava... morta.

–W-will....

Ele já não estava mais assustado. Ele segurou no meu pulso mais forte ainda e me empurrou para trás, umas 5 pessoas subiram a rampa desesperadas.

A menina que parecia morta, ate então, se levantou.

Ela não apenas se levantou, mas também, correu na direção daquele grupo e começou a feri-los.

Will correu atingiu a cabeça dela com o cabo da vassora, na cabeça, tamanha força que fez parte da cabeça ser destruida e começar a jorrar sangue na direção dele.

Eu me aproximei e fiquei espantada com o que vi, todos daquele grupo estavam com partes feridas.

Eu não podia crer naquela situação que eu só via em filmes, quadrinhos, animes, games...

Mas eu tinha que lutar.

–Vamos Will, pra quadra - A quadra se localizava no último andar, no lado direito, em uma parede, tinha uma passagem bloqueada por uma madeira que dava para o terraço, um pouco acima do chão.

A primeira coisa que fizemos ao chegar a quadra foi bloquear a porta jogando todos os matérias pesados em cima dela, mas sabíamos que não duraria muito tempo, afinal, o que nós tínhamos visto era uma garota morta correndo, se podiam correr, imagine a força deles.

Peguei uma corda dentro da sala do professor de educação física e uma mochila também, joguei tudo que o necessário, inclusive alguns remédios que estavam ali. Peguei uma garrafinha e enchi de água pelo bebedouro de vestiário e joguei na mochila também.

Algumas estacas de madeira poderiam nos ajudar, pareciam mais resistentes que os cabos que usamos.

–Ok... - Respirei fundo, e chutei a madeira que bloqueava a passagem, Will pareceu impressionado com a minha força, sempre fui fraca, mas nessas horas vi que precisava fazer algo. Destruindo aquela madeira, podíamos passar por ali e chegar ao telhado sem problema nenhum. Eu fui a primeira a passar em seguida Will, escalamos ate o ponto mais alto, e aonde achávamos que estávamos mais seguros...

Mas o fato é que não estávamos.

* * *

Era aqui aonde eu queria chegar, aqui estou eu.

Já eram praticamente 16 horas da tarde, e ainda estávamos no topo do prédio da escola, sem direção e rumo, em baixo de nós apenas zumbis e mais massacres. Ao nosso redor, escutávamos batidas de carros, gritos, e podíamos ver lojas pegando fogo, pessoas desesperadas.

Estávamos um bom tempo sem dizer nada apenas observando tudo aquilo, sem poder fazer algo.

–Será que meus pais estão vivos? - Acabei pensando alto demais, Will apenas ficou quieto, estava o mais sério possível.

–As pessoas pensavam que seria divertido sair por ai matando essas criaturas - Ele riu - Mas só eu não vejo graça, perdemos parentes amigos, ou somos obrigados a matar eles se forem infectados...

Não deixava de ser verdade, quem nunca pensou :: ah, estou aqui pronto para o apocalipse zumbi!, eu vou sobreviver, vai ser tão divertido..

Ninguém estava pronto, muitos estão morrendo, e não é divertido.