Capitulo 13

Black is The Color Of Sin

Assim que meu vestido caiu no chão formando uma poça de tecido ao redor dos meus calcanhares, o quarto ficou em silêncio. Um completo e total silêncio onde só podia ser ouvido o som das nossas respirações, a dele leve e quente em minha nuca e a minha própria, saindo em lufadas descompassadas e nervosas. Minha barriga havia sido invadida por uma lufada de borboletas e meus joelhos não pareciam capazes de me manterem de pé.

"Feliz aniversário." sussurrei, quase inaudivelmente.

Ele permaneceu em silêncio, mas senti suas mãos passeando em meus quadris e em minha pele parecia se acender uma brasa onde ele me tocava. Senti Damon inclinar-se atrás de mim e um beijo doce foi depositado em meu ombro, depois outro em minha nuca e um terceiro atrás da minha orelha.

"Obrigada por essa noite." Damon sussurrou em meu ouvido, um leve sorriso se abrindo em seus lábios.

Virei-me para encará-lo e seus braços se fecharam a minha volta. Prendendo-me junto a ele.

"Eu não sabia o que te dar, então..." falei um pouco sem graça, ele colocou um dedo em minha boca.

"Esse é o melhor presente que só você poderia me dar." Disse suavemente e então me beijou. Um beijo quente e apaixonado, quando nossos lábios romperam contato eu olhei fixamente seus olhos, azul no castanho. Duas cores que, agora eu sabia, se completavam.

Damon levou suas mãos aos botões de sua camisa e começou a desabotoa-los, eu o interrompi e comecei a desabotoá-los eu mesma.

"Eu ainda sei como tirar minha roupa, Gilbert." falou erguendo as sobrancelhas.

"Sim, mas eu o faço melhor." respondi e seu rosto se iluminou em um sorriso de reconhecimento e diversão, vendo a situação se repetindo.

Suas mãos foram substituídas pelas minhas que trabalharam nos botões e logo a camisa estava ao chão indo de encontro ao meu vestido. Minhas mãos foram às suas calças e as tirei junto a sua boxer. Ele estava gloriosamente nu á minha frente. Um corpo que eu tinha visto e provado tantas vezes e que eu ainda queria e desejava provar tantas vezes mais. Eu o amava e agora, eu sabia qual era o verdadeiro significado dessas palavras.

"Eu ainda estou decidindo..." ele me deu um beijo leve nos lábios. "Se a prefiro com ou sem essa lingerie."

Eu sorri.

"Seria uma pena eu tê-la colocado se não houver ninguém para tirá-la." sussurrei.

"Você tem razão." sussurrou de volta, e seus dedos viajaram para as fitas de cetim preto do espartilho e as puxaram desfazendo o laço, pacientemente ele tirou fita por fita até que eu estava apenas de calcinha.

"É eu gosto mais dessa visão." ele murmurou me beijando mais uma vez. Suas mãos deslizaram até minha cintura e ele olhou para minha calcinha. "Olha só o que temos aqui." disse sorrindo ao vê-la, era presa aos meus quadris apenas por um laço. Damon me lançou um sorriso malicioso e o puxou de vez, o laço se desfez e a peça caiu ao chão se juntando ás outra peças de roupa já esquecidas.

Distribuindo uma série de beijos por meu pescoço e rosto, ele me deitou na cama. Suas mãos passeavam e exploravam meu corpo, desde meus seios até as minhas coxas. Com beijos realmente fortes em minha boca, ás vezes ele deixava escapar leves gemidos que eram abafados por mais beijos. Delicadamente ele me penetrou e um gemido rouco saiu da minha garganta.

"Eu amo você." sussurrei em seu ouvido, minhas mãos agarrando seus ombros, nossas testas coladas, seus olhos nos meus.

"E eu amo você." ele disse de volta. "Como nunca pensei que amaria alguém, você é a mulher que eu quero, á garota que eu amo, e a criança que eu sempre desejei mimar. Porque não importa quantas vezes mais nós briguemos, você é a mulher que eu sempre..." com os olhos gentis e doces, ele me beijou. "sempre, vou amar."

No dia seguinte...

"Ah! Droga..." eu desliguei o fogão frustrada. Acabara de queimar os ovos com bacon.

"O que está acontecendo aqui em baixo?" ouvi Damon antes de vê-lo entrar na cozinha terminando de vestir sua cueca. Bom, não antes de eu vislumbrar seu membro e bumbum.

"Bom dia, Damon." sorri para ele e dei-lhe um beijo nos lábios.

"Hum, bom dia." ele sorriu de volta com uma linda cara de sono.

"O que você está fazendo?" perguntou ele se empoleirando em uma cadeira.

"Café da manhã, mas, é claro que eu consegui queimar os ovos." disse frustrada. Ele riu.

"Deixe-me ver isso." ele pegou um garfo e comeu um pouco dos ovos com bacon, tentando não fazer careta. "Estão bons." respondeu por fim.

"Não precisa mentir. Eu sei que estão horríveis." eu ri.

"É, eles estão." ele riu. "Mas eu tenho outro cardápio em mente." disse puxando-me para seu colo, onde eu sentei e ele me deu alguns beijos no pescoço.

"Damon, precisamos comer algo." fechei os olhos e inclinei a cabeça para o lado, dando-o mais acesso ao meu pescoço.

"Humrum..." ele continuou com os beijos.

"Eu falo sério, estamos sem comer desde ontem a noite e..." perdi minha linha de raciocínio.

"E..." ele murmurou ainda com a boca em meu pescoço.

"E eu não consigo pensar... com você fazendo isso." eu disse o fazendo sorrir.

"Okay, Srta. Gilbert por mais que eu queira te levar para o quarto e tirá-la dessa blusa, que por sinal a deixa sexy como o inferno..." ele disse me lançando um olhar de molhar qualquer calcinha. "eu também estou com fome. Então se sente aí que eu prepararei o café da manhã."

"Sim, chefe." sorri para ele, que me deu um beijo e foi em busca de ovos na geladeira. Enquanto ele se movia graciosamente pela cozinha, pegando uma coisa aqui e outra ali eu o observava e quando ele se virou para mim e sorriu jogando os ovos e bacon para o alto e depois os pegando com a frigideira, aquele sorriso de felicidade, aquele sorriso divertido... foi naquele momento que eu soube o porque de ter me apaixonado por ele. Minutos, anos ou décadas depois eu falei:

"Ah, Kol, Caroline, Bonnie, Jer e Nik nos chamaram para um piquenique no parque. Temos uma hora e meia."

"Uma hora e meia é tempo suficiente para eu te fazer vir pelo menos quatro vezes." Disse e me olhando com um sorriso cafajeste, se aproximando.

"Quem sabe cinco?" ergui as sobrancelhas, e seu sorriso se alargou.

"Ou você para de me provocar ou nós não tomaremos o café da manhã." ameaçou ele num tom rouco que me indicava que ele falava sério.

"Tudo bem, eu realmente quero comer." sorri novamente.

...

“Damon nós iremos no atrasar. Estamos tomando banho a mais de trinta minutos.” eu disse com um sorriso nos lábios enquanto Damon tinha sua boca em meu pescoço, e sua mão em meus seios. Estávamos no box do banheiro do meu quarto, o chuveiro ligado despejava uma cascata de água quente em nós dois.

“Quem se importa?” ele falou passando sua boca ao meu seio, eu abafei um gemido.

“Eu não me importo tanto quanto a dois segundos atrás... mas nós temos que ir.”

“Tudo bem, você tem razão.” me olhando, deu um ultimo beijo em minha boca com um sorriso brincalhão no rosto. “Vamos, deixe que eu a lave.” Damon pegou o sabonete liquido e o despejou em suas mãos começou a massagear minhas costas. Depois suas mãos foram para o sul, até meu bumbum e o massagearam, senti seu sorriso quando eu tive que buscar apoio na parede.

Eu me virei de frente para ele e Damon colocou mais sabonete em suas mãos, voltando a trabalhar agora em meus seios, os massageando e os apertando, fechei os olhos e lembrei de tentar manter minha boca fechada pra gemidos não saírem dela.

“Está gostando Gilbert?” Damon me perguntou em um tom brincalhão e divertido.

“Não se atreva a parar Salvatore.” Falei ainda de olhos fechados, mas soube que ele estava sorrindo.

...

“Vamos Elena, estamos vinte minutos atrasados.” Ouvi Damon gritar das escadas.

“Estou indo.” Falei aparecendo na escada, terminando de colocar a blusa. Damon riu com a visão de mim toda desajeitada.

“Chegaremos lá quando o pequeno Gilbert tiver acabado com toda a comida.” falou Damon com um amplo sorriso no rosto e estendeu a mão para mim.

“A culpa é toda sua por colocar suas mãos em mim enquanto eu estou sem roupa.” Falei pegando sua mão e nós fomos para fora da casa.

“O que posso dizer? Seu corpo implora para ser tocado por minhas mãos.” Ele respondeu enquanto abria a porta do carro para que eu entrasse. Segundos depois ele estava sentado ao meu lado.

“Você é bem convencido, não acha?” falei com uma falsa expressão de indignação.

“E você bem que gosta, não é?” Damon sorriu descaradamente para mim.

“Sim, eu amo.” Respondi o beijando calorosamente. Ele deu a partida no carro e nós fomos rumo ao parque. Alguns minutos depois, estacionamos do lado de fora do parque.

“Sim Caroline, nós já chegamos...” Nós dois caminhávamos de mãos dadas pelo parque e eu estava falando no celular com Caroline. “Aham, perto da macieira, okay estamos chegando aí.” Falei desligando o celular.

“Nós poderíamos dar uma volta e quem sabe...” Damon começou a falar, mas foi interrompido.

“Damon.” Uma voz feminina atrás de nós o chamou. Damon se virou e senti-o enrijecer a visão da mulher de cabelos castanhos que iam até um coupo abaixo de seus ombros. Ela tinha olhos castanhos expressivos, estava vestida elegantemente com saltos, um vestido bege e uma bolsa que pendia de seu antebraço.

“Meredith.” Damon disse com a mandíbula tensa.

“Sentiu minha falta?” ela sorriu para ele ignorando completamente minha presença. Ela era linda eu tinha que admitir e tinha um sorriso presunçosamente perigoso no rosto impecável.

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