Irmãs Do Feitiço escrita por Bianca Gillies


Capítulo 1
Capítulo 1- ( Cayse )♪


Notas iniciais do capítulo

u.u espero que gostem !!



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Olá. Eu deveria começar dizendo meu nome, certo? Bem, acho que sim. Meu nome é Cayse, tenho 12 anos e moro em Los Angeles com meu pai e minha irmã que é... Bem, apenas digamos que ela é uma mala e rezemos para Deus que ela não me mate depois desta declaração. Antes de tomar alguma decisão: Eu te amo, Emma! Emma é minha irmã, ela é um ano mais velha que eu, mas não parece. Mas isso você só saberá por que depois. Quanto à aparência, nós somos muito diferentes também: Eu tenho cabelos castanhos cacheados, ela tem cabelos pretos, lisos e com mechas rosa choque nas pontinhas; eu tenho olhos verdes, ela tem olhos azuis. Acho que nossa única semelhança é a pele verdadeiramente pálida. Nosso pai nunca está em casa, ela fica o dia inteiro no escritório, desenhando edifícios novos e esquecendo mais ainda da palavra família. Ele é arquiteto, muito inteligente e talentoso, mas acho que fui a única que herdou isto, agora vamos a história antes que tenhamos uma Cayse em pedaços feita por Emma Miller.
Tudo começou enquanto voltávamos da escola, com passos lentos.
Emma falava algo sobre suor no seu sapato novo. A música tocando nos meus ouvidos sempre evitava a tagarelice dela chegar a mim totalmente. Nós atravessamos algumas ruas e chegamos à enorme mansão em que morávamos.
- Ei! - Emma gritou - Que tal me ajudar aqui?
Eu olhei para trás. Tentei evitar o riso, mas era impossível. Ela estava com o pé preso num buraco na calçada.
- Isso é o que as pessoas pagam por usar salto na escola - eu sussurrei.
- Cale a boca - Ela disse
Eu puxei sua perna para fora e nós caímos. Por sorte eu cai por cima dela, não vice-versa.
- Você tem que parar de comer chocolate! - Emma estava gritando novamente - Saia de cima!
Eu levantei-me e a ajudei a levantar.
- Chocolate me ajuda a pensar - Falei
- Pense menos!
- Vamos entrar, Miss Universo!
Nós adentramos na casa e apostamos uma corrida para o quarto, trocando cotoveladas e empurrões.
- Você sempre perde porque come muito chocolate! - Ela disse, enquanto batia na porta de seu quarto primeiro.
- Pelo menos eu como alguma coisa! Você deveria experimentar fazer isso um dia desses.
- Eu como! Só que prefiro coisas S-A-U-D-Á-V-E-I-S.
- Vá dormir e me deixe em paz, okay?
Eu entrei na porta vizinha - a do meu quarto - E me joguei na cama. O Sol entrava pela janela como um laser de algum cientista maníaco, fui para a janela, a fim de fechá-la. Resolvi dar uma olhada na rua antes de convidar o Sol a se retirar dali, gentilmente.
A rua estava deserta, a não ser por dois homens que conversavam do outro lado da rua
Eu poderia identificar o cabelo castanho avermelhado do meu pai e sua pele pálida. Mas o outro homem era... No mínimo, estranho: Seu cabelo era azul claro e ia até os ombros, seus olhos pareciam como o sol e eu poderia enxergá-los dali, sua roupa era um macacão simples laranja com uma capa que ia até os tornozelos amarela berrante. O cara de cabelo azul estava sorrindo e parecia argumentar com meu pai, que apenas ficava parado olhando para o céu, como se estivesse pensando. Eu não conseguia ouvir o que eles diziam, mas parecia tão importante que eu tive que ficar olhando. Depois de alguns minutos, meu pai finalmente se mexeu. Ele levantou a mão direita, como se para o homem esperar um pouco. Eu tentei ler seus lábios, pois ele falava muito devagar: "Não, não é necessário", ele parecia dizer. Depois disto ele caminhou para casa, com passos lentos. O homem estranho apenas ficou parado, olhando para meu pai como se ele fosse um otário
Assim que eu escutei o barulho da porta se fechando, eu disparei escada a baixo - Viu Emma? Chocolate não tem nada a ver com isso.
- Papai? - Eu disse, quando o vi caminhando em direção a biblioteca. - Quem era aquele homem de cabelo azul?
Ela pareceu pensar um pouco, dai eu sabia que ele iria mentir.
- Um cliente, tentando negociar um preço abaixo do normal para um edifício.
- Mas você está de folga hoje, e não recebe clientes em casa nunca...
- Ei, ei. Como sabia que eu estava falando com ele? Por acaso estava espionando?
- Eu ia fechar a janela e...
- Não me engane, vá para o quarto e pense no porque de você estar de fofoca na janela, eu já disse que não gosto disso!
O que?
- Mas, pai... Eu não estava...
- Eu disse: Para o quarto!
Eu olhei para ele mais alguns segundos e depois subi as escadas, não adiantaria discutir mesmo.
Chegando ao quarto, eu chequei mais uma vez a janela, o homem estava caminhando pesadamente para a esquina. Ele deu uma última olhada para trás. Ele olhou diretamente para a janela onde eu estava, acenou e virou na outra rua.
- Que diabos...? – Eu comecei a dizer, mas fui interrompida por uma Emma saltitante entrando pela porta do meu quarto.
- Olá... O que está fazendo? – Ela cantarolou.
Eu poderia dizer “Nada não, só observando um cara estranho de cabelo azul que conversava com o meu pai a alguns minutos e é o motivo de eu estar aqui de castigo”, mas apenas disse:
- Fechando a janela.
- Ah, ta. Bom, não importa! Vamos ao shopping!
- Não quero – menti.
- Lá tem uma livraria, sabia?
Aquilo estava torturante. Livrarias eram meus lugares favoritos, o cheiro dos livros era tão bom... E comprá-los era tão inesquecível.
- Não importa – Falei. Menti, quer dizer.
- Arg, você não presta.
- Vá sozinha!
- Não! Meu pai nunca deu a senha do cartão pra mim, só pra você!
- Sinto muito.
Ela saiu do quarto, bufando. Seu rosto estava rosa, assim como a ponta de seus cabelos.
Eu me joguei na cama; Ajustei-me entre os dois cobertores de lã e o travesseiro, afim de tirar uma soneca; mas pesadelos vieram...


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