The Dark escrita por Kahlinna


Capítulo 1
Fogo


Notas iniciais do capítulo

Então, né.
Eu sei que ninguém vai ler ( eu não sei fazer sinopse T-T )
Mas se alguma pessoa linda ( que vai ter meu amor eterno ) estiver lendo, eu prometo que fica melhor depois C:
é sério C:



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 Era realmente uma madrugada muito escura e silenciosa no dia em que tudo começou. Devia ser lá pelas duas da manhã ou algo assim. Era uma família italiana bem rica que morava naquela casa gigante e deslumbrante. Devia ser a maior e mais bela casa da região.

 Mas não parecia tão grande assim naquela madrugada, quando as chamas iam consumindo cada cômodo tão rapidamente como uma serpente voraz. As labaredas alaranjadas subiam cada vez mais, como se quisessem tocar o céu.

 Ninguém nunca soube o porquê nem como o fogo se originara. Segundo relatos dos vizinhos, começara na biblioteca da família e foi se alastrando pelo andar inferior. A Sra. Bordallo emitia gritos sufocados de desespero enquanto o Sr. Bordallo tentava achar um meio de escape com suas duas filhas mais velhas em seu encalce e a pequenina chorando em seu colo.

 Quando o corpo de bombeiros chegou, ainda levou muito tempo para o fogo cessar. O fogo é muito teimoso, ás vezes. Os vizinhos alegavam que não havia sobreviventes. Mais tarde se descobriria que as crianças estavam apenas desmaiadas.

 O Sr. Bordallo, porém, teve uma trágica morte, preso entre os escombros até que o fogo o engoliu. A Sra. Bordallo até conseguiu escapar, mas não levou mais do que alguns minutos para que a fumaça intoxicasse seus pulmões e assim, ela também se foi.

 Da fabulosa casa, só restaram as cinzas.

***

 Valerie tentava pensar positivo sempre. Apesar de tudo, aquele internato não poderia ser tão ruim, não é? Era grande e bonito, e havia tantos alunos... Poderia fazer amigos, certo?

 Valerie suspirou. Era difícil ser otimista depois de tudo que tinha acontecido nos últimos meses. Mas precisava tentar.

 Precisava tentar porque sabia que era a única que podia. Karinne, sua irmã mais velha, estava em uma espécie de estado de depressão depois da morte dos pais. Ela não falava uma palavra há semanas, e mal comia.

 Pietra tinha apenas nove anos, o que se podia esperar dela?

 Valerie tinha que ser forte, afinal.

 Era um internato para órfãos e abandonados pelos pais. Elas atravessaram o pátio principal. Pietra parecia um pouco assustada com a imensidão daquele lugar. Karinne observava tudo com indiferença.

 Pietra quase chorou quando a mulher, vestida de preto e com cara de poucos amigos, separou-a da irmã. Valerie viu sua careta de choro.

 - Ei, vai ficar tudo bem! – Valerie forçou um sorriso.

 Ela foi arrastada pela mulher para o dormitório infantil. Valerie caminhou para o seu.

 Era realmente bonito ali. As camas eram bem arrumadas com cobertores vermelhos e bordados, os travesseiros eram macios, e do lado de cada uma das infinitas camas havia uma pequena cômoda, para pequenos pertences.

 Valerie viu quando Karinne se dirigiu para a última cama em um dos cantos e se enterrou nos lençóis. Não valia a pena tentar falar com ela.

 Ela colocou sua mala ao lado de uma cama aleatória. Uma menina de cabelos negros estava lendo um livro na cama ao lado. Quando Valerie se aproximou, ela ergueu os olhos por trás dos óculos e a encarou.

 - Olá, estranha! Qual é a sua história? – Ela marcou a página e fechou o livro.

 A garota se apoiou em um dos cotovelos e olhou para Valerie com uma cara de sincero interesse.

 - Minha história...?

 - É. Como veio parar aqui? Seus pais, - ela sentou-se na cama- eles te abandonaram?

 - Não, eu sou órfã. Meus pais morreram em um incêndio. – Ela não gostava muito de falar sobre isso, mas a garota não parecia se importar.

 - Ah! Os meus bateram as botas em um acidente de carro. Meu pai costumava dirigir bêbado, sabe?

 Valerie não pôde evitar um espanto com a expressão “bateram as botas”, o que a deixou um pouco desconfortável.

 - Ah, eu sinto muito por você. – Ela falou.

 A garota encarou o chão por um momento e depois ergueu a cabeça com um sorriso forçado.

 - Eu também sinto muito por você. Todos sentimos muito aqui. Estamos todos sozinhos, não é? 


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Notas finais do capítulo

eu disse que fica MELHOR DEPOIS C:



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