The Doctor Diaries escrita por Klaus Mikaelson, Luiza Holdford 2


Capítulo 1
Capítulo 1 - " Apenas um sonho parte 1"




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Se um pudesse definir as coisas em apenas uma palavra, confusão talvez fosse uma boa escolha. Em tão pouco tempo, tantas coisas boas e ruins aconteceram... E no fim tudo virou uma enorme bola de neve, confusa, embaralhada, carregando tudo consigo.


Stefan foi uma boa coisa, Damon foi outra boa coisa, e elas se misturaram de uma forma que virou uma grande coisa ruim. Eu amava o primeiro e amava o segundo, mas só poderia amar um. E cada vez mais eu me sentia como se tivesse traindo um deles.



E houve mortes, comemorações, riscos de vida e mais mortes. Aos poucos, todos que eu amava foram morrendo, bem aos poucos. Jenna, Alaric, Jeremy... Até não restar ninguém.



Até eu, olhando de um ponto de vista, morri. Vampirismo é uma espécie de morte, mesmo que depois se acorde para uma nova vida imortal. Sangue era o único preço.



E foi no vampirismo que houve uma luz no fim o túnel para toda aquela culpa e dor. Desligar todos os sentimentos e emoções, tornando-se um ser que sobreviver apenas com seus instintos mais primordiais e uma enorme sede, era uma forma de não sentir mais dor. Na verdade, de não sentir mais nada. Toda confusão ia-se.



Mas era cruel, maligno, e desesperado. Nenhuma dor comparava-se a religar tudo e ver, sentir, todo o mal que fez. Todas as vidas tiradas, pessoas torturadas, crueldades cometidas...



Quando eu liguei tudo aquilo, só pude sentir a dor e o arrependimento. E raiva, raiva da matriz culpada de tudo aquilo. Katherine.



E naquela noite, eu fui dormir pensando nisso, pensando em como eu me vingaria da Katherine e veria nossas vidas finalmente livres dela. Sim, porque com “vingança”, eu queria dizer “morte”.



Ela era culpada de meus amados serem vampiros, de todos aqueles vampiros serem liberados da tumba, de lobisomens em Mystic Falls, e isso incluía Tyler transformando-se em um, de Klaus na cidade, da morte do meu irmão... Tudo, de uma forma ou outra, voltava-se a Katherine.


***

A garota dormia na cama, os barulhos dos aparelhos quebravam o silêncio, o rapaz chegou, checou os aparelhos, aproximou da garota e beijou sua testa.


– E ai como vai dorminhoca? Não vai acordar hoje? – Stefan sorriu sem graça e se sentou. - Sabia que ser seu enfermeiro é o melhor emprego do mundo, seria mais perfeito se você me respondesse.



Stefan olhou para garota, não recebeu nada como resposta, estava acostumado, era assim a um ano, a um ano a garota estava em coma, todos dias, ou quase todos, ele estava ali, trocando o soro, checando os aparelhos, trocando o ar, e conversando com a garota ele revezava seu trabalho com Damon o outro enfermeiro.



– Tenho ciúmes do Damon, quando é ele que cuida de você, ele conversa com você e conta historia como eu? Pode até contar mas você me prefere, não?



Stefan se calou, e escutou o barulho do aparelho e da respiração da garota.



– Talvez um dia me responda. – “As pessoas devem me achar um louco” pensou Stefan.



A garota se chamava Elena Gilbert, sofreu o acidente de carro junto com os pais, que não sobreviveram, mas a garota persistia, algo a fazia viver, Stefan gostava de pensar que eram suas historias...



– Klaus falou com sua tia novamente e insistiu que desligasse os aparelhos, sério, eu vou matar aquele cara, porque é o diretor do hospital se acha o dono da razão, eu tenho esperança Elena, mas sua tia está quase desistindo, por favor, acorde!



Damon entrou na sala, Stefan se calou e fingiu que ajeitava a mão da garota em cima da cama.



– Alguma reação? – perguntou Damon.



– Nada. – disse Stefan com um sorriso triste.



– Meu turno, pode ir.



Stefan saiu...



– Como vai minha paciente favorita? – perguntou Damon sorrindo.



– Se você continuar me ignorando vou ficar bravo com você, estou avisando. – falou Damon. - Já sei, o Stefan fez você dormi com a conversinha dele chata, sempre assim né? – Bom eu cheguei pra dar uma animada aqui.



***


Elena caiu em um sono suave, e sem sonhos. Mas, em algum momento, uma voz começou a conversar com ela. Era uma voz familiar, acolhedora, que falava docemente com ela.


– Olhe, começou a chover lá fora... – a voz contava o que não podia enxergar, já que não conseguia de maneira alguma abrir os olhos. – Eu gosto da chuva, e você?



A voz... Parecia a voz do Damon, mas Elena não sabia o que ele estava fazendo. A chuva realmente importava? E por que ela não conseguia abrir os olhos?



– É uma pena que meu turno já esteja acabando, não? Mas não vamos ficar tristes, foi uma noite calma e eu pude passa-la quase toda aqui com você, e isso é ótimo, né? – ele deu um pequeno suspiro, e ela sentiu mãos quentes ajeitarem os lençóis que a cobriam – Espero que não morra de sono com o papinho chato do Stefan...



Stefan? Ele também estava ali? Foi no meio desse pensamento que passos puderam ser ouvidos, junto com o rangido de uma porta ao ser aberta.



– Bom dia Damon, meu turno. Pode ir para casa. – a voz de Stefan cumprimentou educada.



– Certo, deixe-me só despedir-me dessa senhorita adormecida – lábios macios foram pressionados em sua testa. – Até mais querida... – Damon sussurrou em seu ouvido.



Foi nesse momento que Elena sentiu o controle de seu corpo ser, aos poucos, devolvido. E, juntando todas as suas forças, conseguiu abrir lentamente os olhos, encarando o teto.



Era branco. Na verdade, tudo ao seu redor parecia branco. A chuva caía fina, ela podia ver com sua visão periférica pela janela, e a luminosidade indicava que ainda estava amanhecendo. Ela sentia sua boca seca, e seu estomago roncar.



– Ela acordou! – Damon e Stefan sobressaltaram-se juntos, e Elena finalmente desviou o olhar para eles.


Eles se vestiam estranhos, mas pareciam os mesmos de sempre. Seus amados Stefan e Damon...


– O que eu faço aqui? – ela sussurrou fracamente.


Continua...


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Notas finais do capítulo

Hey pessoal! Estamos aqui apresentando-lhes o final dessa nossa amada série, então nada mais justo recompensarem nossas longas pesquisas com um comentário, né?
Até o próximo capítulo!