Haruno Sakura, uma das jovens mais ricas do Japão, se encontrava sentada em um banco na praça mais movimentada do lugar onde morava, lendo um livro que julgou ser interessante. Sua atenção estava toda voltada para o livro, muitas pessoas passavam por ali, com cachorros latindo, crianças chorando e nada disso lhe tirava a concentração. Até que notou que uma sombra atrapalhava sua leitura. Seria uma pessoa? Ergueu os olhos, encontrou-se com uma ruiva.

- Olá... desculpe atrapalhar sua leitura, mas é que... estou perdida. – disse a ruiva juntando as sobrancelhas.

- Não atrapalha... como posso ajudá-la? – disse, simpática, a dona dos cabelos róseos com um leve sorriso nos lábios.

A jovem de 19 anos, apesar de ser rica, não é arrogante como muitos. Aprendeu com sua mãe a ser simpática para com os outros. Mesmo se não tivesse aprendido com a mesma, ela seria assim, é o seu jeito.

- Bom... – a ruiva retirou da bolsa um papel dobrado ao meio onde se encontrava o nome da rua que procurava – Sabe onde fica essa rua? Poderia me levar até lá, caso saiba?

Sakura pegou o papel e o leu.

- Oh! Sim, eu sei onde fica! – disse se levantando e fechando seu livro – Vamos, à levarei até lá.

A ruiva lhe mostrou um sorriso claramente feliz, ou satisfeita por ela saber a localidade da rua.

Caminharam a pé até a rua que não ficava muito longe.

Nesse período de caminhada, as duas trocaram algumas informações. Sakura descobriu que o nome da ruiva é Karin e que está passando um tempo no Japão, mas na verdade é norte-americana. Achou estranho ela ser americana sendo que não possuía nenhum sotaque.

- Não possui parentes ou amigos por aqui? – perguntou. Achou esse outro fato estranho. Estava visitando, mas não tinha amigos ou parentes?

 - Não, não... Acontece que eu sempre quis conhecer essa bela cidade, somente estava esperando a oportunidade...

- O que há nessa rua? – perguntou bruscamente.

- Um hotel.

Sakura silenciou-se, fitou novamente o papel que estava em sua mão.

Rua Hikari

(n/a: inventado por mim xD)

Conhecia sim essa rua e muito bem. É a rua onde se localiza seu restaurante preferido! Sempre que está cansada de sua mansão, pega seu carro e dirige-se até lá. Às vezes sozinha, às vezes acompanhada de sua madrinha Tsunade. Esta é uma senhora loira, de idade, porém bem cuidada. Sempre foi como amiga, mãe, tia, avó e irmã de Sakura, dependia do momento. Sendo na verdade somente a madrinha. Era aquela pessoa em que Sakura confiava firmemente.

Chegaram à rua. Não muito deserta não muito cheia. Um lugar fino, nem todos teriam condições de freqüentar as lojas caríssimas. Era isso o que se esperava de uma rua localizada em um bairro nobre.

Naquela rua se encontrava um hotel. Um Apart-hotel. Deveria ser aquele, já que era o único que se encontrava naquela rua.

- Então, é aqui que ficará?

- Sim, obrigada por me ajudar. Caso contrário não teria chego tão cedo.

- Por nada!

- Não quer meu telefone para que possamos combinar de sair algum dia? Você é a primeira pessoa simpática que conheci aqui...

- Claro.

Karin lhe passou o telefone e celular.

- Vou indo, me ligue! – ela entrou pelo portão e depois adentrou o apart-hotel.

Sakura aproveitou que estava ali para almoçar em seu restaurante.

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- E então? – perguntou um moreno fitando a ruiva que acabara de entrar no apartamento.

- Mamão com açúcar! – e sorriu maliciosamente.

Uchiha Sasuke retribuiu o sorriso da mesma forma.

- Karin, você não presta!

A ruiva, ainda sorrindo, sentou-se ao lado do moreno que já ficava excitado somente em vê-la soltando seus cabelos ruivos e os deixando cair sobre o decote ousado.

- O principal está em suas mãos! Ela é uma garota influenciável... coitada. Cairá na sua lábia fácil, fácil... Aconselho que vá até o Ichiraku agora mesmo. É o restaurante preferido dela.

- Agora? – perguntou ele se aproximando.

- Sim – a ruiva agüentou firme, não poderia ceder agora! Se eles começassem seriam tomados pelo desejo, não conseguiriam parar, como sempre fora.

- Quando eu voltar... – Sasuke começou, mas não terminou a frase, sabia que Karin entenderia o que ele queria dizer.

Saiu do apartamento. Poria em prática seu plano a partir daquele momento.

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No Ichiraku, encontrou aquela que seria sua “vítima” sentada a uma mesa, sozinha, lendo um livro com um copo de suco de laranja sobre a mesa. De segundos em segundos pegava-o e sorvia um pouco do suco natural.

Que maluca! Que tipo de garota vai a um restaurante para tomar suco de laranja e ler um livro? Ainda mais sendo rica!

Notava olhares em direção a ela. Claro! Ela é conhecida! A mais rica do Japão!

E ele? Um jovem de classe média, nem isso. Não possuía nem um quarto do dinheiro daquela garota.

Aproximou-se a fitando. Bonita, não há dúvidas! Mas, não fazia seu estilo! Seus seios não eram grandes o suficiente para que o excitasse. Nem possuía um corpo esplêndido, de deusa, como ele gosta. Claro que tem suas curvas, mas não o agradaria. Sempre foi assim. Nunca quis conhecer sobre a vida de uma mulher ou nem mesmo seu nome quando ia a boates. O que queria mesmo era sexo! Queria saber das loucuras que cometeria tendo aquele corpo maravilhoso colado ao seu, aqueles corpos, corrigindo.

- Posso interromper sua leitura? – sabia ser gentil, mas não o fazia. Guardava sua gentileza para momentos como aquele. Nunca havia feito isso com uma mulher... a enganado. Mas com a chegada de Karin à sua vida e sua ideia, seu plano maravilhoso, ele havia aceitado fazer isso com a mais rica do Japão. Ambicioso, o que ele é realmente no momento e na verdade sempre foi! Pretende enganar Sakura e depois, apagar também Karin de sua vida. Esta é uma irritante, a única coisa que salva é seu corpo, talvez fosse silicone por todo o canto!

Sakura largou seu livro sobre a mesa e fitou o moreno que lhe admirava com um sorriso de canto. 

- Claro – respondeu admirada. O moreno era de outro mundo! Onde já se viu rapaz com tamanha beleza?

Sasuke sentou-se à mesa na frente da garota que agora se encontrava num tom rosado. Sasuke sentiu-se o maior. Estava conseguindo o que queria em menos de minutos! É mais fácil que matar formiga (?)!

Olhou aqueles olhos verdes. São muito belos! Notou na face dela que era uma menina. Uma criança. Apesar dos 19 anos, parecia mais jovem. Seria certo enganá-la assim? Será que ele não se arrependeria mais tarde? Sabia que não era certo, mas por si mesmo fazia tudo. Teria uma das coisas que mais gostava nesse mundo: dinheiro. Todo o dinheiro de Haruno Sakura! As empresas! Lojas! Casas em cada país da América... da Europa!

Ainda se perguntava por que a garota lia um livro naquele restaurante e vestia um vestido rosa com uma fita branca marcando a cintura. Uma roupa tão simples! Ficava mais infantil ainda. E mais linda. Talvez fosse esse ar de criança que a deixava mais bela. Mas, por que lia se tinha o mundo aos seus pés? Poderia viajar pelo mundo, fazer compras... poderia ter o que quer, mas parece que não quer nada mais além de terminar seu livro.

- Mora por aqui? – perguntou Sasuke mesmo sabendo a resposta. Quem não sabia onde morava a herdeira dos Haruno?

- Não nessa rua. Mas creio que saiba onde moro – disse levando o copo de suco aos lábios.

- Evidentemente... – ele riu levemente, até que era esperta!

- Posso saber o seu nome? – perguntou com sua suave voz de criança. Era muito bom ouvir sua voz. Sasuke pensou que talvez fosse mesmo divertido “brincar” com ela.

- Sasuke. Uchiha Sasuke.

- Uchiha... – ela pensou se conhecia o nome de algum lugar. Porém não conseguiu se lembrar.

- Você só vem aqui para tomar suco de laranja? – perguntou Sasuke pegando seu copo sem permissão e bebendo um gole de seu suco.

- Não. – respondeu rubra – Eu quase sempre almoço aqui. E você? Nunca te vi por aqui...

- De certo... nunca vim aqui. É a primeira vez.

- Mora por aqui? – ela fez a mesma pergunta que Sasuke.

- Sim. Aqui perto. – não estava mentindo. Morava perto mesmo. Mas agora passava mais tempo no apart-hotel planejando tudo com Karin.

Por um momento enquanto fitava o rosto da garota, achou que devia desistir. Mas que droga estava pensando? Iria desistir? Não! Era o que queria, e como sempre conseguiria! Com o tempo conseguiria, no momento exato. Notou que poderia realmente ter uma grande influência sobre a garota.

- Gosta muito de ler, né? Posso perceber isso. – disse fitando o livro.

- Sim. Agatha Christie escreve como ninguém.

- Agatha Christie? Gosta dos livros dela? – perguntou surpreso. Pensava que gostava mais de romances “melosos” e não desse gênero que Agatha costuma escrever. Mas percebeu que ela gostava mesmo, não tirava os olhos do livro antes dele chegar.

- Ahan, são ótimos.

- Então deve ser chato quando alguém interrompe...

- Não. Nunca interrompem, não tenho amigos para conversar então eu prefiro ler livros. Mas quando se tem alguém pra bater papo, eu o deixo de lado.

- Isso é muito bom. Mas agora você tem um amigo. – ele olhou para a mesa – Não imaginava que era tão doce. Geralmente as garotinhas ricas não são assim – ele riu.

Sakura estava mesmo caindo em sua lábia. Notou sinceridade quando o moreno falava, não devia ser má pessoa, pensava. 

- Não vejo razão para isso.

- Virá almoçar aqui amanhã novamente? – perguntou enquanto a observava terminar seu suco.

- Se tiver uma companhia.

Sasuke sorriu de canto.

- Treze horas?

- Combinado.

- Até amanhã – permaneceu sorrindo e se levantou, dirigindo-se até a saída do estabelecimento.

Sakura arqueou uma sobrancelha e tornou a ler seu livro.

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Sasuke chegou em sua casa. Não retornara ao apart-hotel, pois era quase ao lado do restaurante, Sakura poderia ver quando ele entrasse lá e desconfiar de algo.

Seu celular vibrou, logo reconheceu o número.

- Por que me liga agora? Eu poderia estar ainda com ela...

- Sei que não está mais, Sasuke, eu vi você saindo do Ichiraku. – disse Karin pelo telefone. – Como foi?

- Fácil demais. Nem tem graça.

- Calma, é só o começo. Marcou um encontro com ela?

- Sim. Um almoço amanhã no Ichiraku.

- Maravilha, Sasuke! Mas, vai me deixar sozinha aqui?

- É melhor por enquanto não ficarmos nos encontrando, Karin.

- Nada! É só termos cuidado.

- Todo cuidado é pouco.

- Nossa, Sasuke, não to te reconhecendo. Vou desligar, preciso tomar um banho... pena que hoje dormirei sozinha... talvez eu use a camisola de seda vermelha que você tanto gosta. – ela o provocou – Até mais.

Sasuke estava quase indo no hotel, mas não podia. Não ia! Ficaria na sua casa mesmo.

Uma casa não muito grande, nem tão moderna. Não gostava dali. Gostava de tudo o que era luxuoso, que era caro. Porém, sabia que logo teria o que queria.

Não imaginava o que iria fazer. Na verdade já estava tudo planejado. Porém quando viu aquele rosto de menina, não achou que teria coragem de fazer o que havia planejado, talvez ficasse com ela e desse o golpe em Karin. Seria muito engraçado! Riu-se enquanto tomava banho. Mas trocar Karin por ela seria mesmo um grande desperdício. Descartou essa ideia absurda e continuou com seu banho.