Apocalipse Zumbi (interativa) escrita por Nymeria


Capítulo 22
Tudo vai bem... Bem mal


Notas iniciais do capítulo

FELIZ ANO NOVO SOBREVIVENTES! Atrasado, claro. Se não fosse atrasado não seria eu! =^.^=
Bom, lembram que eu prometi aquela maquina do tempo pra três anos adiante na história? Pois é, isso ainda está de pé, porém só no próximo capítulo. Esse capítulo, na verdade, foi postado meses atrás, só que alguma coisa aconteceu e ele não foi salvo. Fiquei com raiva durante um tempo daí parei de escrever de birra mesmo. Desculpem.
Um obrigada especial ao meu anjo, Domitilla Angel por recomendar essa fic junto com o nosso tão querido Gaspar! Esse capítulo é pra vocês em especial! Curtinho, mas tá valendo! Arrumei uma parte pra vocês dois por que eu sou muito legal ^^
Boa leitura! =^.^=



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Triz se agachou e, pela décima vez naquele mês, vomitou o pouco de refeição que havia sido ingerida. Todos do grupo a observavam com cautela havia algumas semanas, porém ninguém ousou direcionar uma única palavra sobre isso com a loira até então.

Triz limpou a boca com as costas da mão direita, respirou por alguns segundos e se levantou. "Devo estar muito estressada", pensou Triz. Sendo médica, a loira sabia que era muito possível que o estresse fizesse uma pessoa se sentir tonta e querer vomitar e, de fato, Triz andava muito estressada ultimamente. Desde que matara Troy daquele jeito cruel e perdera Kaio ela se sentia um monstro. Acabava se oferecendo para fazer qualquer coisa que fosse e voltar a ficar com a mente ocupada.

Triz chorava todas as noites desde então.

Andou de volta a fogueira. O acampamento era rodeado por arvores e as cabanas se encontravam numa formação em circulo ao redor da fogueira. Triz pegou alguns pedaços de madeira e ajudou os garotos a levarem para cima das arvores, aonde o grupo de Lucie pretendia fazer uma casa da arvore temporária ou coisa do gênero.

Andou com as toras nos ombros até Gaspar, que agradeceu e levou as toras para cima.

– Tudo bem, Gaspar. Eu posso leva-las sozinha - disse Triz.

Gaspar se sentiu um tanto quanto incomodado, porém apenas respondeu:

– Não, pode deixar. Eu e os meninos assumimos daqui pra frente. Você precisa descansar.

– Não, é sério! Eu posso...

– Vá, Triz.

A loira suspirou e deu meia volta. Estava a caminho de sua barraca, mesmo contra a sua vontade. Então pensou que se não fosse isso seria a) conversar com as outras meninas ou b) encostar numa arvore e chorar por lá. A loira quase sentiu náuseas uma segunda vez só de pensar em chorar na frente de alguém naquele momento, e ela simplesmente não estava afim de conversar.

Continuou seu caminho, até que foi interrompida por três figuras femininas a sua frente. Kath, Clear e Cristina se colocaram no caminho da loira e cruzaram os braços. Triz parou por um momento, atordoada.

– Sim? - ela perguntou.

– Precisamos falar com você - respondeu Cristina.

– Precisamos, e é sério - continuou Kath.

A loira suspirou e abaixou a cabeça.

– Olhem, eu simplesmente não estou no modo de conversar hoje, está bem? Outro dia a gente tem essa conversa tão tão importante, mas hoje não dá e...

– Beatriz! - interrompeu Clear, com um tom subitamente superior - Precisamos conversar. Agora! É importante.

Triz estava com os obres azuis arregalados pela surpresa. Ela apenas assentiu e indicou a barraca com calma. As quatro entraram, uma após a outra, na barraca de Triz. Na lona ainda havia gotas do sangue de Kaio. Katherine entendeu o por que de Triz não conseguir parar de chorar a noite. Sempre havia alguma coisa pra lembrar dele e Triz não conseguia deixar pra lá. As quatro se sentaram.

– Tudo bem - começou Triz - O que houve? Qual é a urgência?

Cristina respirou fundo e Kath abraçou seu ursinho com força. Havia algo que ela segurava no peito, junto ao ursinho, mas Triz deixou pra lá.

– Você tem... Se sentido bem ultimamente? - perguntou Cristina. Clear deu um tapa na própria testa - Não! Quer dizer... Morfologicamente... Ahn... Fisicamente! Não... Droga Clear, esqueci a palavra.

– Enfim! - exclamou Clear - Respire fundo e vá direto ao ponto.

– Tá, tá! Triz, nós notamos que você não está exatamente esbanjando saúde. Alguma idéia do que seja?

– Sim - disse Triz - Estou muito estressada ultimamente, então acabo vomitando muito, ficando enjoada e tento, sem vontade de comer muito e...

– Espera! - interrompeu Clear - Você não está comendo muito... Por acaso você se pega chorando sem motivo nenhum?

– Claro que sim! - exclamou Triz - Quer dizer, por Cristo, meu melhor amigo foi assassinado na minha frente e eu matei o assassino dele! Eu diria que tenho muita sorte de não estar em depressão ou qualquer coisa do gênero por que... Por que... - Triz começou a chorar. O clima ficou um tanto quanto desconfortável quando a loira começou a falar de novo, entre soluços - Eu só queria que as coisas fossem como antes! Queria minha irmã, Mey, comigo. Minha mãe, minha casa, meu trabalho e... E... E esse urso de pelúcia está sorrindo pra mim! Por que você está sorrindo pra mim?

A loira caiu num choro sem fim, como se o mundo ao redor dela estivesse em colapso, quando, na verdade, o fato de um ursinho de pelúcia (que sempre sorri) estava sorrindo pra ela fez com que o choro evoluísse de um choro propriamente dito para um maremoto. Kath se encolheu e Clear tremeu em desgosto. Cristina estendeu a mão e tocou o ombro da amiga. Os olhos verdes numa estranha mistura de divertimento e compaixão.

– Viu? É disso que a gente tá falando. Bem, o que viemos perguntar pra você é... Bom...

Clear revirou os olhos em tom de impaciencia.

– Viemos perguntar como é que vão as regras. Tá tudo nos conformes? Nada atrasado no seu sistema? - Clear perguntou, fazendo um "joinha" com as duas mãos. Kath e Cristina começaram a rir e Triz ainda parecia confusa. Uma criança de cinco anos bem confusa - Quer dizer, o "Grande Mar Vermelho" já deu o ar de sua graça nesse mês?

Um estalo ecoou na cabeça de Triz.

– Espera... Vocês não acham que é realmente possivel que eu esteja...

– Por que não? - perguntou Kath - Já faz quase dois meses desde que esse tal de Troy... Bom, você sabe.

Kath puxou a caixinha escondida no seu peito e estendeu-a para a loira.

– Não custa tentar - disse Cristina.

– O + é quando você está na incrivel condição de amendoim humano e o - é quando você ainda está oca - disse Clear - Mal não faz.

E as três deixaram a barraca. Deixaram também a enorme dúvida na cabeça de Triz. "É verdade ou não? Será mesmo possível?"

– Bom - disse Triz abrindo a caixinha com o título "Teste para Gravidez" - Mal não vai fazer...

~#~#~

– CRISTINA! CRISTINAAAA! - gritou Triz da barraca.

A jovem apareceu o mais rápido que pode, na condição de ainda um pouco debilitada por causa da perna.

– O que? O que houve?

– Entra! Rápido!

Cristina obedeceu e se sentou na frente da loira. Havia um teste de gravidez nas mãos de Triz. Cristina sorriu amarelo.

– E então? - perguntou ela.

– Eu... Eu ainda não olhei... Quero que olhe pra mim. Estou com medo. E se eu realmente estiver grávida? E se eu não gostar do meu filho? E se ele atrapalhar tudo por causa do choro? E se ele passar fome? E se tiver complicações no parto? Eu nem mesmo sei se eu não quero esse bebe... e se eu quiser? E se...

– Se tudo isso acontecer - interrompeu Cristina - Estamos aqui por você. Vamos fazer o possível para te ajudar com o bebe ou com a perda dele, se for o caso, está bem?

Triz respirou fundo e fez que sim com a cabeça. Cristina pegou o teste de gravidez e a loira tampou a respiração. Cristina deu uma boa olhada nele com uma "Poker Face" de dar inveja.

– E... E então? - perguntou Triz.

– O que você acha? - perguntou Cristina.

– Ora! Como assim o que eu acho? Eu não acho nada! Não tenho a menor ideia do que pode estar aí e estou completamente angustiada e você me pergunta isso?! Eu não sei, simplesmente não...

– Você acha que é menino ou menina?


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Notas finais do capítulo

Agora sim podemos pular mais pra frente! Espero que tenham gostado!