Amores Distantes escrita por Karina Barbosa
Notas iniciais do capítulo
Preciso confessar umas coisas.
1- Quando eu estava para começar a escrever fic, eu não fazia ideia de como escrever a sinopse, o título e que foto colocar de capa! A sinopse ficou mais ou menos, a capa não tem muito a ver com a história e eu detestava o título "Amores Distantes". Mas aos poucos eu fui me acostumando a gostar. Nesse cap. eu tentei encaixar a capa e o título na história!
2- A fic está chegando ao fim! :'( estou terminando de escrever os últimos capítulos!
Boa leitura!
Fiquei deitada na minha cama de solteiro com Jonas também deitado de frente para mim. Ele ficava só distribuindo beijos na minha boca. Já tínhamos jantado. Escuto o telefone tocar.
– Deixa cair na caixa-postal! – disse Jonas.
– E se for algo importante? – falei.
– Isso quer dizer que eu não sou importante para você? – perguntou ele com cara de decepção. Colocou a mão no peito e balançou a cabeça negativamente. Dei um tapinha na cabeça dele.
– Pare de ser bobo!
Retirei o telefone do gancho e apertei no botão de atender.
– Alô? – falei.
– Mãe a senhora esqueceu que tem um filho? – disse Ferris com a voz irritada.
– Ah, Ferris! – eu não sabia o que dizer – Isso é pergunta que se faça para uma mãe?
– Não! Não é! A não ser que a mãe tenha arrastado um garçom para o hotel e tenha deixado o filho num restaurante que tem um universitário que não para de fazer pergunta sobre a irmã do menino. Sem contar com o homem de cinquenta anos de sexo indiscutível que fica para cima e para baixo contando músicas da Britney Spears e da Rihanna. – retrucou.
– É o Ferris? – perguntou Jonas.
– Sim. – respondi.
Jonas tomou o telefone de mim.
– Alô? Ferris? – disse Jonas – E aí garoto? Eu tenho uma proposta para você! Quero que você durma na minha casa. – deu para escutar um “O QUE?” do Ferris – Eu vou dormir aqui com a Liz e sei que você não vai querer ficar assistindo de camarote nós dois trocando carícias. – ele sorriu para mim – O que você ganha em me deixar dormir com sua mãe e você dormir na minha casa? Eu te dou... Cinco pesos argentinos. É pouco? Te dou vinte. Vinte e cinco é a minha última oferta! Que bom que aceitou. Boa noite.
Ele passou o telefone para mim.
– Boa noite filho! – falei de forma estranha.
– TENHA UMA BOA NOITE MAMÃE! – falou Ferris animado. Ele desligou. Olhei para Jonas com um cara de: “você merece uma surra de tão gaiato que é”!
– Que foi? – perguntou ingenuamente.
– Você ficou negociando com meu filho para dormir comigo! – respondi.
Ele sorriu. Ficamos nos olhando.
– Eu preciso voltar para casa. – informei. Ele ficou sério. – Amanda está sozinha e eu tenho medo que o Erick apareça...
– Eu vou com você. – afirmou.
– Isso vai ser complicado! Eu só tenho dinheiro para pagar duas passagens, a minha e a do meu filho. Sem contar que eu prometi para o Nicolas que eu ia leva-lo para ver a Amanda. – como eu ia levar os dois?
– Eu dou um jeito de pagar a minha passagem!
– E quanto ao Nicolas?
Ficamos calados por um breve momento.
– O Ferris já sabe que foi o Erick que matou a irmã dele? – perguntou.
– Sim.
– Então, ele não vai querer ver o pai! Ele pode ficar aqui na Argentina com o meu tio.
– Jonas, eu não vou deixar meu filho aqui na Argentina!
– Por que não? Ele e a Guilhermina se dão tão bem, vão gostar de ficar juntos! Eu, você e o Nicolas vamos para os Estados Unidos, recuperamos sua filha e eu aproveito a oportunidade para dar uma bela de uma surra no Erick por ter te torturado todos esses anos e por tentar atirar no meu filho.
Ele me beijou.
– Eu preciso pensar! – falei.
– Eu sei. Pense bem, reflita. Só não se esqueça de que eu vou com você custe o que custar.
Ele beijou minha testa e nós dormimos.
Acordei, mas não abri os olhos. Passei a mão pela cama em busca de Jonas. Ele não estava.
Minhas pálpebras se abriram aos poucos. Cadê ele?
Fui tomar banho. Despi-me e fiquei em baixo do chuveiro. A água quente se chocou contra o meu corpo, fazendo meus músculos relaxarem. Escovei meus dentes e vesti uma calça de tecido leve e quentinho, uma blusa de mangas longas cor goiaba e um casaco azul-marinho. Nós pés apenas um par de meias de algodão branco. Fiquei sentada na cama e peguei um livro que estava em cima do criado-mudo. Eu tinha começado a lê-lo quando estava no avião, vindo para cá. Já estava na metade.
Escutei a porta abrir.
– Bom dia Liz! – disse Jonas com sacolas nas mãos – Comprei nosso café-da-manhã!
Ele me deu um selinho. Percebi que ele estava de roupa trocada. Agora, usava uma calça jeans, tênis e um casaco jeans. Ele pôs as coisas em cima da cama e tirou o casaco expondo uma camisa branca. Ele me deu um beijo de tirar o fôlego.
– Jonas... – tentei, mas os lábios dele não deixavam – Pare! – ele nem me deu ouvidos.
Afastei o de mim. Nossas respirações estavam ofegantes.
– Você está... Animado! – falei.
– Eu sei! – disse ele abrindo um sorriso – Mas também, passamos muito tempo separados. – ele sentou ao meu lado – A gente namorou quando éramos adolescentes, o Erick te comprou e passamos vinte anos separados. – peguei um porta-copos circular de vidro vermelho e o usei para marcar a página do livro – Quando nos reencontramos, só podemos passar dois dias juntos. Depois, ficamos meses longes um do outro. Voltamos a ficar juntos, o Erick nos separou de novo me fazendo perder a memória e foram mais meses separados.
Ele me fitou.
– Eu moro nos Estados Unidos, você na Argentina. – acrescentei.
– São... Amores distantes. – disse ele.
Encaramo-nos e rimos.
– Amores distantes? De onde você tirou isso?
– Sei lá! Foi uma coisa do momento!
Eu abri o livro. A luz bateu no porta-copos e isso criou o desenho de um coração vermelho.
– Vamos tomar o café-da-manhã. – disse Jonas – E você já decidiu sobre Ferris?
– Sim.
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Obs.: 1 peso argentino= 100 centavos.
O que acharam???
Talvez eu consiga terminar a fic antes do finalzinho do ano.
Comentem, por favor!