Pokemon Journey escrita por Espiador Multiversal


Capítulo 2
Chapter 2 - New Guest!


Notas iniciais do capítulo

Mais alguém entrou junto com Leandro no novo mundo Pokemon!



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E então eu acordei. Acordei de verdade. Vi meu quarto com meus próprios olhos. Minha cama. Minha televisão. A janela que dava para a rua. Tudo estava onde deveria estar. Perguntei-me o que havia acontecido. Será que tudo foi um sonho?

Corri para ver meu relógio. Haviam se passado quatro horas. Meus pais já estavam dormindo. Só havia uma pessoa que estaria acordada. E era essa pessoa que eu deveria consultar. Peguei meu Game Boy com o jogo.

Percorri a sala lentamente como uma sombra e fui em direção à porta de saída. Abri lentamente e a luz do corredor entrou na sala, formando uma pequena linha de luminosidade. Outros dois apartamentos se encontravam no meu andar. Caminhei até a porta da esquerda e bati na porta. Bati quatro vezes, a primeira e a última de forma mais forte. Era nosso código secreto. Consegui ouvir seus passos dentro do apartamento, correndo para atender a porta.

– Que foi Leandro? – Ela viu meu jogo de Pokemon na mão e logo deslizou o olhar ao meu antigo vídeo game. – O que você veio fazer com esse dinossauro?

Kat era minha vizinha. Ficava a noite inteira jogando vídeo game. Considero isso uma das coisas que gosto nela. Ela tem cabelos castanhos perfeitos e olhos cor de âmbar, mas com grandes olheiras roxas na face. Tinha a minha idade e também adorava Pokemon.

– Tá vendo isso aqui? – Levantei o jogo e ela resolveu pegá-lo de minhas mãos. – Você já ouviu falar?

– Já joguei todos os jogos de Pokemon da sua lata velha... – Falou examinando melhor. – Mas nunca vi um desses. Venha, entre.

Entrei dentro de sua casa escura. Nunca perguntei por que ela morava só com a avó, que pegava no sono às seis da tarde e não acordava mais. Quando chegamos ao seu quarto, ela pegou meu Game Boy Advanced e ligou o jogo. Preencheu todas as perguntas e também comentou que elas estavam sendo detalhadas demais.

Pouco antes de ela chegar ao ponto que cheguei horas atrás, segurei sua mão. Ela protestou me chamando de gordo e idiota (não, não sou gordo), mas suas palavras se perderam enquanto nós dois entrávamos no jogo.

Eu acordei em minha confortável caminha Pokemon. Olhei para minhas mãos amarelas e concluí que estava lá dentro novamente. Olhei ao redor e levantei em um salto. Kat não estava lá. Levantei-me em um salto e corri para fora de casa, dessa vez sem tropeçar. Lifa acordou com minha barulheira e correu atrás de mim.

– O que foi Landro?

– Uma amiga minha... – Olhei com meus olhos confusos para Lifa. – Ela está aqui!

– Outro humano perdido como você?

– Sim! A Kat deve estar maluca por aí sem saber o que fazer!

– Tudo bem! Essa é nossa primeira missão!

– Primeira missão do que?

– Nossa primeira missão como uma equipe de salvamento Pokemon!

Não preciso nem perguntar o que isso significa. Uma equipe de salvamento Pokemon, que ajuda todos os Pokemons desesperados! Eu já joguei isso! Lifa começou a correr enquanto dizia:

– Vamos ver se essa sua amiga humana não está no mesmo lugar onde o encontrei ontem!

Passamos por parte da pequena vila Pokemon novamente. Lifa corria muito mais rápido que eu. Aos tropeços, a seguia a uns dez passos atrás. Uma vez ou outra, Lifa olhava para trás e gritava palavras de incentivo e em seguida continuava a correr. Conseguimos chegar ao local onde eu havia surgido. Não havia nada lá. Nada além de uma Purrloin!

– O que é isso? O que você fez Leandro?

Por mais que ela falasse de forma histérica, não parecia estar realmente desesperada. Parecia estar maravilhada. Então surgiu a minha pergunta:

– Como você sabia que era eu?

– Seu nome... está escrito logo acima de sua cabeça.

Kat tinha razão! Ela também tinha um nome. Ao lado de um número. O número de Lifa era 9. O de Kat era 5.

– Está na hora de você me dar algumas explicações! - Kat falou.

– Queria que você visse isso de perto, Kat! Vai dizer que não achou legal?

– Bom... – Falou hesitante. – Achei! E você sabe que esse é o Pokemon que eu mais gosto.

Lifa, que estava perdida, resolveu entrar na conversa:

– Número? Que número?

– Você não consegue ver? – Perguntei.

– Não...

– Quem é ela? – Interrompeu Kat.

– Ela é Lifa! Ela me salvou quando eu cheguei aqui.

Lifa se apresentou animadamente para a nova companheira. Depois que expliquei como tudo chegou até onde estávamos agora, fomos andando para a vila Pokemon. A Chikorita foi explicando como as coisas funcionavam por ali. Explicou que havia terras longínquas com Pokemons estranhos e inimagináveis, mas que eu e Kat conhecíamos. Explicou que Pokemons lendários governavam cada região e protegiam todos os Pokemons com suas maiores forças. Mas o mais importante de tudo que Lifa falou foi que um sequestro havia ocorrido. O sequestro do grande Pokemon lendário protetor daquela região. Lugia havia sido sequestrado.

– O que? – Perguntei com indignação.

– Sim! – Concordou Lifa. – Lugia foi sequestrado! Agora a Associação de Equipes de Salvamento Pokemon está oferecendo uma recompensa. A equipe que conseguir encontrar o paradeiro do Mestre Lugia e libertá-lo do que quer que o capturou receberá uma grande recompensa!

– Você não está pensando em... – Começou Kat.

Mas foi a própria Lifa quem terminou:

– Em resgatá-lo? Sim! E vocês vão me ajudar!

Olhei para Kat. Inesperadamente, ela estava animada! Sem nem me consultar, ela concordou imediatamente. Só depois foi olhar para mim e dizer:

– Isso vai ser loucura!

Sinceramente, também achava. E também achava que havia algo muito errado, mas não acho que teríamos outra escolha e nem outra oportunidade como aquela outra vez. Passamos o resto do dia aprendendo como funcionava o comércio no mundo Pokemon e fomos para casa com vários cestos de maçã. A noite chegou rapidamente.

– Que casa incrível! – Falou Kat com seus olhos de gatinha brilhando. – Lifa, você mora aqui?

– Sim! – Respondeu com seus olhos de planta (planta?) brilhando.

Ela preparou um ensopado de maçãs que eu nunca havia comido na vida para restaurar as energias e logo o sono começou a bater. Cada um foi para seus quartos e pegamos no sono rapidamente.

Eu fui o primeiro a acordar na vida real. Kat ainda estava dormindo. Quando acordei, ela estava deitada com sua cabeça em meu colo. Poucos instantes depois, ela acordou. Olhou diretamente em meus olhos e berrou:

– O que você está fazendo? Seu tarado! Tarado gordo!

– Não foi culpa minha, sua besta! Quando eu acordei isso já estava... Assim!

Percebemos que estávamos falando alto demais e abaixamos o tom de voz. Discutimos por mais algum tempo e acabei levando um tapa na cara. Ela é assim: me bate com motivo, sem motivo ou quando está entediada. Nos conhecemos há quatro anos e sempre foi assim. Antes que meus pais acordassem, resolvi voltar para meu apartamento. Instantes antes da porta se fechar atrás de mim, Kat disse:

– Volte aqui amanhã, Leandro. Nesse mesmo horário!

Quem me dera que eu acabei voltando.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado! Comentem :D