Boneca De Pano escrita por Daniella Rocha


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olááááááá! Bem, primeiramente eu peço desculpas pela demora. Meu aniversário foi ontem, mas a comemoração foi no dia 11, porém tive compromissos de sábado até ontem, me desculpem, sim? Amo-vos psokap'
Esse capítulo está mais para uma amostra de como vai se desenrolar o relacionamento pai/filha, ok? Espero que vocês gostem.
Boa leitura!



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Nicole vestia a mesma roupa de quando acordara na nave da S.H.I.E.L.D., uma calça de algodão preta, camisa a regara branca e a blusa de frio masculina cinza. Ela calçava um tênis e por incrível que pareça sonolenta, ela estava com a cabeça encostada na janela do carro, quem dirigia o veiculo era um agente chamado Dylan Gregory.
— Eu realmente sinto muito pelo ocorrido. — Dylan disse com a atenção na estrada, eles já estavam no Brooklyn e Nicole estava grata por estar de volta ao seu bairro.
— Eu sei. — Disse fracamente.
— Você vai ficar bem. — Não foi uma pergunta.
— Eu sempre fico. Não é a primeira vez que Tony Stark vira as costas para uma Faith.
Dylan assentiu. Ele ainda não havia engolido a forma fria com a qual Tony lidou com a situação — ele estava presente quando Tony apareceu no Quinjet.
— O Capitão mora aqui no Brooklyn também. Por isso o Nick pediu para ele ir atrás de você. Ele estava mais próximo. — Explicou de repente. — Se você precisar de qualquer coisa eu tenho certeza que ele não se importaria.
— Obrigada Dylan, mas eu consigo me virar. — Dylan viu quando Nicole piscou para ele através do retroviso e ele sorriu.
Enquanto olhava Nicole pelo pequeno espelho Dylan notara um carro preto na cola deles, a capota do veiculo estava aberta e ele conseguiu reconhecer quem era o homem por trás do volante, aqueles óculos de sol eram familiares demais para ter alguma duvida de quem era.
— Olha só — comentou chamando a atenção de Nicole que havia retornado a deitar a cabeça contra o vidro da janela.
— O que?
— O senhor Stark está na nossa cola. — Sorriu de canto.
— O que? — Repetiu a pergunta, mas dessa vez com ansiedade. Ela retirou o sinto de segurança e se virou para trás.
Não dava pra acreditar. Apesar do Sol já estar se pondo estava claro o bastante para ver Tony dirigindo o Acura.
— Vou estacionar. — Informou Dylan.
Nicole voltou a se sentar corretamente sobre o banco de couro e olhou para o teto da Mercedes preta como se dissesse “Por quê?”.
— Você não pode me emprestar sua arma? — Resolveu perguntar para Gregory na esperança de que sua resposta fosse positiva.
— Vai usá-la contra o senhor Stark suponho. — Divertiu-se com a impaciência contida na voz de Nicole.
— Supôs corretamente.
— Desculpe, mas a resposta será não.
— Presumi que fosse.
Um barulho de alguém dando leves batidas na janela da Mercedes fez com que Nicole olhasse para o lado oposto em que estava sentada e se deparasse com Tony retirando os óculos e os colocando no bolso interno de seu blazer marrom.
— Quer que eu aguarde? — Dylan perguntou antes que ela saísse ao encontro do Homem de Ferro.
— Por favor, sim. — Seu tom era agradecido.
Ao sair do carro Tony a olhou dos pés aos fios de seu cabelo louro.
— Você está péssima. Precisa de um banho e de roupas novas.
— E você precisa encontrar o caminho de volta para casa. — Cruzou os braços sobre os seios. — O que você quer?
— Quero que você venha comigo.
Nicole estreitou os olhos e deixou seus braços caírem ao lado de seu corpo.
— Qual é o seu problema? Nós já não conversamos? Tudo bem você me virar às costas, você já fez isso com a minha mãe, não se sinta mal por fazer com a sua filha também.
Cada palavra proferida por Nicole acertou em cheio ao Tony. Era a primeira vez que ela lhe deixava claro que de fato ela era sua filha. Ele ficou em silencio pelo o que pareceu um longo tempo. O peso das farras do passado havia surgido novamente nas costas de Tony — se é que já haviam surgido alguma vez. Ele saia com mulheres e na manha seguinte elas nem mesmo chegavam a vê-lo. Uma dessas mulheres era a mãe de Nicole, ele podia ter uma ideia de como Nicole se sentia a respeito dele, afinal, ele largara a mãe dela como se fosse qualquer uma, o que de fato para ele todas as mulheres com que ele dormira eram, todas, menos aquela na qual ele havia entregado seu coração. Pepper Potts.
— Vem comigo. — Ele estendeu a mão.
— Por quê? — Ela estava cansada de toda essa situação. Afinal, ele não disse que ia resolver? Então por que não resolvia de uma vez por todas?
— Eu não vou mentir para você. Eu tenho uma namorada e ela me acha um monstro por eu ter-te “virado as costas” — fez aspas com as mãos — e eu quero recuperar a imagem boa que ela tinha de mim, então você volta comigo e quando você for maior de idade você faz o que você quiser e nós nos veremos casualmente. A gente nem precisa se gostar. Você só precisa vir comigo. — Ele não podia ter sido mais sincero.
— Uau! Eu não sei o que me surpreende mais, a sua total sinceridade ou a sua cara de pau em me pedir ajuda depois de tudo o que você fez. — Cruzou os braços.
Tony fechou os olhos com força e suspirou.
— O que você quer em troca?
Nicole segurou a respiração. Ela não acreditava que ele estava propondo algo em troca de sua ida com ele, mas afinal, ele já fez tantas coisas naquele único dia que ele podia se fantasiar de galinha que não iria surpreender à loura.
— De você? Nada. Talvez se você tivesse me perguntado isso aos três anos de idade minha resposta fosse diferente.
— Um pônei? — Ironizou a fitando.
— Um pai. — Eles ficaram em silencio durante algum tempo.
— Eu sei que é hipocrisia isso que eu estou te pedindo. — Ele voltou a colocar os óculos e caminhou até seu carro. Aquela havia sido de fato uma péssima ideia. Ele não devia ter perdido tempo indo atrás da garota. Ele era Tony Stark e conseguiria reconquistar Pepper, com ou sem Nicole. Ele nunca soube trabalhar em equipe mesmo, sozinho seria até melhor. Seria o certo, concluiu.
De repente Nicole percebeu a que ponto chegara. Ela perdera sua mãe e agora ficaria sozinha, por um bom tempo, ela teria que trabalhar como garçonete na lanchonete que sua mãe trabalhara, ela teria que pagar as contas e mal daria para guardar dinheiro para pagar a faculdade. Quando pequena ela almejava um pai, mas isso já foi há bastante tempo. Seria sim difícil sua vida a partir daquele momento — a propósito, desde quando sua vida fora fácil? —, mas ela iria conseguir.
— Eu me viro. — Ela comentou de repente e Tony olhou para trás. — Sozinha, como sempre. — Ele assentiu e contornou seu carro, “claro que consegue”, pensou.
Droga! ela praguejou. Havia alguma coisa errada. Por que estava sendo tão difícil vê-lo partir? Ele já não havia feito isso na nave da S.H.I.E.L.D.? Ele já não provara que era um completo idiota? Que era uma péssima pessoa? Nicole fechou os olhos e respirou fundo. Ela era uma péssima pessoa também? Argh! Que ideia! pensou soltando o ar e abrindo os olhos. Ele havia sentado no banco do motorista e agora girava a chave na ignição. Certo, ela não sabe o que a tomou de súbito que a fez correr em direção ao carro.
— Tony! — Chamou e correu até o carro estacionado a certa distancia atrás da Mercedes. Felizmente ele ainda não havia pisado no acelerador. — Em troca — ela não sabia exatamente que desculpa dar para ter voltado atrás, nem ela mesma sabia o motivo real pela sua mudança de ideia — eu quero começar... — refletiu por mais alguns segundos, o que ela iria pedir em troca? Tony a olhava com uma sobrancelha levantada, aguardando uma resposta. — Eu quero começar a fazer faculdade e — conseguiu dizer. Ela tentou enxergar os olhos dele através dos óculos de sol. — quero um pônei.

Laranja, amarelo, rosa bebê, cinza com branco, branco com azul, azul com azul bebê, azul bebê com azul escuro, azul escuro com cinza preto — na parte cinza preto a rodela iluminada da lua cintilava como nunca —, cinza preto com preto azulado. Era essa a cor do céu naquele momento e Nicole o fitava com os olhos brilhantes, ela amava ver paisagens. Lembrava-se de quando andava pelo Brooklyn, ela parava no meio do caminho para admirar os grafites nas paredes, a maioria dessas artes eram rostos — tinha um com o rosto de seu pai —, mas também havia alguns — raros, até — que eram paisagens, ela amava aquelas paredes em particular.
— Antes de irmos para a Torre Stark vamos parar em algum lugar para comprarmos o que comer. — Tony comentou enquanto acelerava o carro — o sinal havia ficado verde.
— Por que não comemos o que tem na Torre? — Questionou sem o olhar.
— Comprar é mais pratico. — Girou o volante e seguiu em linha reta. — Hambúrguer ou pizza? — Ele queria mesmo pizza, então seria bem capaz de que caso Nicole escolhesse hambúrguer ele comprasse pizza.
— Sou vegetariana. — A resposta dela o surpreendeu e ele retirou os óculos e a fitou.
— Por quê?
— E por que não? — O olhou. Tony estreitou os olhos e voltou sua atenção para o transito.
— Porque na cadeia alimentar estamos no topo e abaixo de nós estão os animais.
— Não, acima de nós estão os zumbis. — Foi o primeiro comentário descontraído que Tony ouvira Nicole fazer. — Mas você está certo, essa é a cadeia alimentar, porém eu ando na contramão do mundo.
— Para mim isso é frescura. — Sua resposta fez Nicole revirar os olhos. Ela preferia economizar saliva ao explicar para Tony que não era frescura, era apenas... o costume. — Então vai ser pizza. — Disse satisfeito.
— Iria ser pizza mesmo se eu tivesse escolhido hambúrguer. — Entoou. — Antes de você me perguntar “hambúrguer ou pizza” você já estava trilhando o caminho da próxima pizzaria, enquanto o fat food mais próximo ficava antes da curva. — Olhou para Tony e ele para ela.
— Garota esperta. — Aquilo não soara como “parabéns, você é muito esperta”, não, aquilo soara mais como “que bom que você sabe como as coisas funcionam comigo”.
Tony estacionou o carro a alguns metros longe da pizzaria e pegou a carteira, retirando de lá algumas notas e entregando a Nicole, que o olhou com uma sobrancelha arqueada.
— Se eu entrar lá as pessoas vão me reconhecer e eu não estou a fim de criar tumultos. — Nicole recolheu a nota.
— Hoje, né? — Tony jogou de ombros, aquele assunto não era tão relevante assim. — Mas e as pessoas? Elas não vão me reconhecer?
— Sua foto não saiu no jornal.
— Ainda. — Abriu a porta do veiculo.
— Ainda. — Tony repetiu.
Nicole fechou a porta do carro e caminhou em direção à pizzaria. Apesar de ela andar bastante pela parte leste de Nova York aquela era uma região desconhecida por ela, talvez fosse pelo motivo de ali ser a parte mais nobre da cidade e onde havia os maiores prédios, entre eles a Torre Stark, se ela olhasse bem pra cima conseguiria ver o prédio com o nome berrante Stark o destacando entre todos os outros.
— Uma pizza de mussarela, por favor. — Ela pediu assim que a bancada ficou desocupada. Em seu intimo ela torcia para que Tony odiasse queijo ou que ele fosse alérgico e não soubesse desse fato o que o levaria a sentir dores.
— Bebida? — Perguntou a moça de óculos do outro lado.
— Hm. — Ela tentou se lembrar se já havia lido algo sobre “qual a bebida que você mais detesta, senhor Stark?”, mas ela não se lembrava. — Coca, por favor.
— Ok. Só aguardar, tudo bem?
— Claro. — Nicole se sentou ali e olhou o movimento relativamente baixo do local, o que a fez pensar que sua pizza não demoraria muito a sair. Talvez aquele lugar enchesse quando ficasse mais tarde, afinal era uma sexta-feira.
Nicole sentiu alguém tocar suas costas, aquele tipo de toque que você sente que não foi sem querer.
— Desculpe. — A voz grave do homem soou baixa. Nicole olhou para ele, mas conseguiu visualizar apenas suas costas. Ele usava um boné preto com detalhes abstratos na aba que estava virada para trás, vestia uma blusa de moletom cinza — parecia com a que ela própria usava —, calça jeans e tênis.
— Está desculpado. — Disse para si mesma, pois o homem já havia saído. Nicole ignorou o ocorrido e se virou para o outro lado da pizzaria — a parte oposta da porta — e encontrou uma TV ligada no canal que ela costumava assistir de segunda a sexta naquele mesmo horário “Ótimo, algo com o qual eu possa me entreter.” pensou.
— Demorou, hein? — Tony abriu a porta para Nicole, visto que ela estava com as duas mãos ocupadas. Ela entrou no carro e colocou o refrigerante entre os pés e fechou a porta.
— Não sei por que você não ligou para a pizzaria quando chegássemos a sua casa. Seria mais pratico. — Repetiu suas palavras.
— Ou eu ou você teria que receber o entregador e nenhuma das opções me parece boa. — Ligou o carro e o arrancou dali.
— Com todo seu luxo você não tem um porteiro? — Abriu a caixa da pizza e inalou o cheiro do queijo e da massa quente. Sua boca encheu d’água.
— Não, não tenho. — Respondeu jogando de ombros. — Ei, espere até chegar a Torre. — A advertiu após olhar para a loura e ver que ela comia um pedaço de pizza.
— Não. — Disse enquanto dava outra mordida.
—Hm. —Aquele pedaço de pizza parecia chamar por Tony. — Me dá aqui. — Pediu enquanto se inclinava um pouco para a direção dela, sem desviar sua atenção da estrada.
— Não. — Repetiu sua resposta, divertida.
— Eu te dei água. — A lembrou.
Nicole estreitou os olhos e esticou o braço, chegando à pizza próxima aos lábios de Tony.
— Caramba você quase mordeu minha mão. — Queixou-se ao perceber que Tony havia comido metade da pizza.
— Hm, isso está muito bom. — Ignorou a reclamação de Nicole. — Apesar de eu preferir pizza de calabresa.
— Sou vegetariana. — Repetiu, comendo o resto do pedaço que sobrara.
— Desde quando calabresa é carne?
— Desde que a origem da calabresa é o porco? — Sua resposta saiu como se fosse um pergunta. — E ainda te chamam de gênio? — Provocou, porém não funcionou, pois Tony esboçou apenas um pequeno sorriso e exigiu por mais um pedaço de pizza.

A parede que ficava na vertical de Nicole — a sua frente, há uns dez a quinze metros de distancia — era toda de vidro, a visão era de toda Nova York, com as luzes acesas, era uma paisagem muito bonita. Ela lembrava de imaginar uma paisagem como aquela quando sua mãe lhe contava a mesma história toda noite até seus cinco anos de idade, sobre quando ela havia conhecido Tony Stark. Hannah dizia que parecia estar em um conto de fadas. Nicole sentiu seus olhos se enxerem de lágrimas. Hannah. Por que coisas terríveis acontecem? Por que a morte chega? Por que sua mãe tivera que partir? “Tudo vai ficar bem”, fora o que Hannah dissera antes de fechar os olhos e nunca mais abri-los.
Na parte esquerda havia uma espécie de bar e o atravessando se chegaria à varanda, onde teria a visão mais viva da paisagem “conto de fadas”. No centro da sala havia um sofá branco e duas poltronas da mesma cor, havia uma mesa de centro entre os estofados de couro. O chão era liso e branco. As paredes nos cantos eram brancas e enfeitadas com quadros e portas retratos, de Tony e uma ruiva, a tão famosa Pepper Potts, a presidente das Indústrias Stark.
Havia também um piano de calda preto, uma estante com livros ou CDs, talvez os dois, uma enorme TV que dava umas dez da que estava na sua casa, umas dez? Talvez vinte. Tinha um DVD, um som mais moderno que ela poderia se lembrar de ter visto. O teto era alto e cheio de lâmpadas florescentes tubular. Havia uma escada que levava ao andar de baixo e ao lado um corredor que ela presumiu que levasse ao resto dos cômodos do enorme prédio, casa, torre, seja lá o que aquilo de fato fosse.
— Bem-vinda ao lar. — Tony disse abrindo os braços e depois passando por ela e atravessando quase totalmente a sala de estar, ele parou perto do bar e começou a se servir com Whisky.
Aquele não era seu lar, aquele era um lugar grande demais para apenas duas pessoas — em breve três, pois ela faria Potts retornar para Tony — viverem. O lar dela estava no Brooklyn.
— Sinta-se em casa. Vamos lá, não se acanhe querida. — Ele caminhou até o sofá e se esparramou nele, bebericando sua bebida, degustando o gosto enriquecido. Ele fitou aquela figura pequena e tão deslocada vestindo roupas desproporcionais para seu tamanho. Tony reparou que suas mãos enfaixadas estavam avermelhadas e que todo seu rosto e pescoço estavam arranhados. Antes que ele pudesse lhe fazer alguma pergunta a respeito de seus ferimentos ela perguntou:
— Que dia é hoje? — Ela estava perdida no tempo, pois já era noite em Nova York, o que era estranho porque uma vez ela acordara e estava de noite, e outra vez e agora. Em seu mundo parecia haver apenas as trevas.
— Dia dois. — Respondeu automaticamente.
É, sua mãe havia partido dia trinta, suas contas estavam corretas.
— O que aconteceu com você? — Tony perguntou.
Nicole de inicio não entendera sua pergunta, mas depois olhou para suas próprias mãos.
— Bati em uma porta de metal.
— Parece divertido. — Virou o copo na boca e depois o colocou sobre a mesa, a sua frente. — E com seu rosto e pescoço?
Ela não se lembrava muito bem como conseguira aqueles arranhões, tudo parecia muito confuso em sua cabeça, até que ela se lembrou que fora ela própria que fizera aquilo. Ela mesma se machucou. Fez isso depois de descobrir que toda Nova York sabia de seu segredo podre — Tony Stark era seu pai.
Tony ainda aguardava por uma resposta, mas chegara à conclusão de que não a teria. Desde que Nicole entrara na sala de estar não havia se movido um centímetro.
— Sente-se. — Ele pediu, mas ela não se moveu. Seu olhar estava na escadaria que levava ao andar de baixo.
— Eu estou cansada. — Queixou-se e passou a mão pelos fios do cabelo louro e ao fazer isso sentiu sua mão latejar. Ela soltou um gemido de dor e olhou para a mão.
— Vem. — Ele se levantou e caminhou até o corredor. — Vamos cuidar da sua mão e depois você vai dormir. Amanha de manhã nós conversamos.
Aquela noticia não animava Nicole nenhum um pouco, mas lá no fundo ela sentia como se fosse muito melhor ela estar ali, com o seu pai desconhecido do que sozinha em uma casa de tijolos.
Ela o seguiu pelo corredor e ele entrou em um lugar, era o banheiro. Ele pediu que ela se sentasse sobre a tampa do vaso sanitário fechada e depois se ajoelhou ao seu lado, recolheu sua mão esquerda e tirou a faixa. A situação de sua mão estava horrível.
— O que a fez socar uma porta de metal, garota? — Ele perguntou enquanto jogava na lixeira a faixa ensanguentada. A partir do momento que Tony pegou a mão dela fora como se ela estivesse anestesiada, ela não conseguia sentir nada, uma vertigem a tomou e tudo o que ela conseguiu sentir antes de a escuridão a dominar foi seu corpo se inclinando para a esquerda e caindo sobre algo quente. Ela ouviu a voz de Tony chamando-a, mas ela já estava longe para conseguir responder. 


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Notas finais do capítulo

O próximo sai em breve! ;)
Espero que estejam gostando!
Beijoos e fiquem com Deus! ;**



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