Prova De Amor escrita por Pear Phone


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Uns avisos antes que leiam:

1.Boom, estamos chegando na reta final (considero que estamos no início da reta final a partir desse cap) da fic. Não se preocupem com NADA, porque todos os mistério (quase todos) serão solucionados. Faltam uns 5 ou 6 caps até o fim.

2. Para a alegria de todos, se possível aumentarei todos os capítulos daqui em diante, para que nada aconteça muito rápido ou que fique muito complexo o entendimento, ou o andamento dos fatos.

3. Como sempre, não posto sem reviews, quero saber o que estão achando :D

Boa leitura.



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[...]

-Como assim... O Spencer? Por que ele lhe esconderia a morte de seu próprio avô? Como sabe disso, Carly? - Brad perguntava meio perplexo. 

-Escondendo. Me fazendo a pessoa mais revoltada do mundo, mais magoada. Simples Brad! - Falei liberando minha fúria, ou ao menos tentando.

-Calma Carly. Você não está bem mesmo... Isso tudo que está inventando... Seu avô está em coma, e não morto - Ele indagou descaradamente, como se insinuasse que não estava sensata. Então, lembrei de uma maneira de provar a verdade. Meu celular estava com o e-mail que recebi de meu pai. Bastava fazê-lo ver. 

-Não estou mentindo, não estou inventando, é apenas a verdade. Porém, quero me poupar de tantos pensamentos absurdos que passarão por sua mente. Vou simplesmente pedir-lhe que pegue meu celular e verifique minha caixa de mensagens. Vai ter a certeza de que está equivocado... Equivocado! - Disse, aparentemente, tentando me controlar para não avançar nele ou sair daqueles aparelhos médicos e me levantar gritando. Ser dada como louca, mais do que já pareço.

-Farei isso. Ele está aqui em mãos - Afirmou mostrando que o pegava. Seus olhares mudavam conforme acompanhava o texto da mensagem. Tenho quase absoluta certeza de que agora me daria razão.

-Ca-Carly? Por que não me contou ontem? - Levantou da cadeira em que sentou-se rapidamente.

-Te conto agora. Estava cansado, não queria o preocupar. Mas e aí, estou mesmo maluca?

-Me desculpe. De verdade, e-eu não quis te magoar amor - Tentativa falha de tentar me fazer ceder à suas desculpas. 

-Não desculpo não. Passei de insensata para seu amor? Nossa Brad, não acha que era você que deveria estar aqui, internado por bipolaridade? - Ironizei o fuzilando com meu olhar.

-Carly, não se faça de difícil. Você não é insensata. O amor que eu sinto por você é - Acho que desta vez ele me pegou com suas chantagens emocionais. Sou mesmo muito frágil.

-Garanto que sim - Falei e ele depositou seus lábios nos meus de leve. Nos afastamos ouvindo o barulho da enfermeira na porta.

-Com licença, mas o horário de vocês acaba por aqui - Disse ríspida. - Abri uma exceção fora dos horários para um rapaz que consta ser o irmão da jovem. Parentes são autorizados em tal ocasião - Se desencostou da porta revelando Spencer. Não sabia como agir. Não sabia o que dizer.

-Irmã? - Indagou Spencer depressa, e Brad pretendia se retirar, mas eu o puxei.

-N-não, fique aqui me assegurando de que não faça uma loucura diante desse irmão inconveniente que tenho - Disse, logo em seguida sendo ultrajada pela enfermeira.

-Desculpe-me senhorita, só um deles permanecerá ao local - Vi então ela e ele me deixarem sozinha com Spencer.

-O que foi que aconteceu? Por que está me encarando e ofendendo assim...?

-Como assim o que foi que aconteceu? É óbvio que não estou feliz com a sua atitude inconsequente. Foi a pior pessoa do mundo, e jurei não o ver jamais - Indaguei receosa.

-Carly, eu não entendo. Me explique primeiro o que faz aqui e depois o que tem contra mim. Qual é a relação entre essas duas coisas? - Falou confuso.

-Acontece que você dizia estar cuidando do vovô, mas em nenhum momento me disse que ele está morto. Esconder a morte de um parente, de sua própria irmã? O que pensa que está fazendo comigo Spencer, o que pensa que eu sou? Agora, estou com problemas. Problemas causados por toda essa brincadeira que você fez comigo. Está vendo? Olhe em volta! Estou deitada em uma maca, nesse lugar, e sabe quem é o culpado? - Senti inúmeras lágrimas jorrarem de meus olhos enquanto meu coração batia acelerado de maneira incoercível, e então completei - Você. 

-E-eu... Eu... Não queria nada disso. Só queria que não se machucasse - Terminou a breve frase, saindo de imediato porta à fora. Nesse momento, minhas mãos estavam trêmulas e sentia calafrios percorrerem todo o meu corpo como uma corrente congelante. Não me sentia bem, e urrava conforme a dor atingia-me. Em cerca de poucos segundos tudo em volta se apagou. Senti uma energia forte me constranger completamente.

.

.

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Ponto de Vista Spencer - Bônus* 

Não acreditava nas palavras que Carly havia dito. Segui meu rumo ainda atordoado por tudo aquilo. Entrei no carro ainda pensativo.

Voltei a lembrar de tudo e olhei para a janela bem rápido, vendo a paisagem escura. E o meu ser não contestava mais sentido, não sendo interpretado assim por ela, a pessoa por quem eu daria minha vida, a pessoa por quem eu faria tudo no mundo. Eu a escondi disso, mas foi pelo afeto que tenho por ela. Minha irmã mais nova, a quem eu sempre buscava proteger e amar. Uma perda na família, um abandono. Ela passou por tantas coisas difíceis, e eu desejava sempre estar presente. Seus olhos negros sempre espontâneos em todas as manhãs, que amanheciam já me cumprimentando serenamente. Para onde foi toda a alegria e a felicidade que rodeava nossas vidas? Na verdade, acho que o errado sou eu. Sou e sempre fui o culpado de tudo de ruim. Sou o motivo de tudo que a aconteceu. O motivo que a fez estar internada, o único motivo para que ela não sorria como antes.

Desci do carro em qualquer beco de beira de estrada. Andei até um dos bares impaciente e ainda comovido. Doía e não pararia de doer tão cedo.

-O que o senhor deseja? - O garçom perguntou aflito.

-Apenas uma garrafa de uma de suas melhores e mais fortes cachaças, por favor - fui direto no pedido.

-Tudo bem - Concordou ele. 

Minutos depois, meu pedido estava entregue. Demorou mais que o esperado. Paguei o homem e saí dali depressa, adentrando o carro.

A estrada era deserta, levava o gargalo da garrafa até a boca enquanto dirigia. Pouco me importava com o que fosse acontecer, já que minha morte não faria diferença, e eu não faria falta à ninguém. Nada me motivaria a não fazer o que eu bem-entendesse. 

Correndo à toda velocidade, arriscava minha vida sem mínima piedade na estrada. Um automóvel de grande extensão se aproximou, e eu, apenas conduzi o carro à sua direção.

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Ponto de Vista - Sam

Eu e Freddie estávamos passeando pelas ruas de Seattle. E eu não sabia, exatamente, onde iríamos ainda. Só quis sair com ele. 

-Está gostando do passeio? - Perguntei. 

-Nossa, o melhor da minha vida - Ironizou. 

-Não precisa ser tão sincero. Eu só queria que fizéssemos algo especial e livre hoje. Andarmos por aí juntos já foi um bom início. 

-Tudo bem, é legal olhar as ruas e me lembrar que em alguma delas nós nos conhecemos... - Afirmou o moreno.

-Nós nos conhecemos na Ridgeway - Falei incomodada. 

-Não exatamente - Sorriu.

-Como assim não exatamente?

-É que antes de começar a estudar lá, eu já via você caminhando por essas ruas. Você sempre foi o destaque de todas as outras meninas de doze anos dessa cidade. E eu pensava que era só a sua personalidade, mas não era... 

-E você foi o meu único amigo desde aquela época - Falei tentando disfarçar as lágrimas em meu olhar. Eu o amava desde aquela época, mas não era só por isso que estava quase chorando, também era por outra coisa. 

-Por que está chorando? - Nós paramos no meio da calçada. Estávamos em frente aquela casa, e eu não pudi me conter. Porque aquela casa, já foi minha. 

-Na-nada - Respondi nervosa. Ele rodeou seus olhos pelo cenário das ruas e pareceu notar o motivo do meu desespero. 

-Não precisa ficar assim por isso. Nós vamos dar um jeito. Eu estou aqui com você - Freddie me abraçou e chorei sobre seus ombros. Aquilo doía, e não pararia de doer tão cedo. 

[...]


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Notas finais do capítulo

Digam suas opiniões!

Obs: Se eu demorar mais de uma semana para o próximo, me desculpem. Mas saibam que não vou abandonar a fic nunca! ehueheuha, só vai demorar mais um pouquinho, mas prometo compensar... *-*

Kisses ♥