Prova De Amor escrita por Pear Phone


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Estou aqui mais uma vez, agradeço os reviews de todos.

Vamos lá!



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[...]

Estava nervosa, reli todo aquele e-mail vezes e mais vezes. Meu avô morreu, e o Spencer não me contou. Em todos esses dias em que eu carecia tanto de sua presença para me ajudar, ele apenas fingiu que estava ao lado do vovô, mas ele já não pertencia ao mundo... Será que ele foi realmente capaz de me imaginar tão ingênua? Será mesmo que ele me achava tão incoerente à ponto de não aguentar perdê-lo, ou foi ele mesmo que mostrou-se o incoerente diante dos fatos?

Nem me dei o trabalho de responder o e-mail, mesmo vindo do papai. Submersa em tantas cognições, acho que só me restou chorar. Não era a primeira vez em que enterrava minhas emoções em uma almofada, e não seria a última. Perdi o vovô e fui enganada pelo meu próprio irmão. E agora, eu só tinha o Brad, a não ser que arranque explicações de meu irmão, mas nenhuma delas fará alguma relação com os fatos. O que ele fez, foi inconsequente. Eu nunca o faria algo como isso, porque eu aprendi - e foi com ele mesmo - que mentir nunca é o certo, sempre haverá outra forma de amenizar a situação. Não sou mais uma garota de quinze anos, sou uma adulta ajuizada.

Desci as escadas chegando até o porão. Era lá onde eu escondia aguardentes que o Brad vinha me proibindo de consumir, mas eu não me importava. Ele nunca saberia mesmo.

Não demorei muito até me sentar em qualquer parte do chão e levar o gargalo da vodka até minha garganta vorazmente, e não seriam duas ou três garrafas vazias após, sei que seriam mais. Todo aquele ardor era envolvente, eu sentia que precisava negar, mas não me cansava nunca. Todas aquelas situações, não continham uma sequer explicação, eu nem mais sentia à mim mesma, este era o maior prazer para mim.

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–CARLY! - Ouvi um grito bem alto e tentei abrir minhas pálpebras, porém quando as abri só via vultos embaçados. Era como se não tivesse o controle de minha visão. Nem sequer sabia o que eu estava fazendo naquele lugar.

–Está me ouvindo? - Uma voz persistia em ecoar. Era Brad, e mesmo se estivesse incapacitada eu saberia.

–Si-sim. - Tentei me levantar apoiando meus braços nele, não consegui. Era como se minhas pernas não estivessem junto a meu corpo.

–Preciso lhe levar ao hospital. - Afirmou ele aflito, me pegando no colo momentaneamente.

–Es-estou tão mal assim? - Percebi então a rouquidão de minha voz.

–Preciso fazer isso antes que o pior aconteça. - Foi a única coisa que disse.

...

Ponto de Vista - Geral

Brad chegara com Carly nos braços ao hospital, exasperado. Levou-a para a área de emergências e esperou que fosse atendida. A morena não parecia sensata, e ele já desconfiara a causa de tantos problemas.

Cerca de 45 minutos depois, o médico solicitara sua presença, assim o tirando do transe em que estava.

–Brad, você é o acompanhante da moça? - Perguntou-lhe assim que ele se sentou.

–Sim, sou o namorado dela. - Respondeu.

–Tenho notícias mais perto de ruins para você. - Afirmou. - E os familiares dela?

–Não estão disponíveis no momento. Moramos eu e ela no apartamento de Spencer Shay, seu irmão.

–Hum... - Murmurou o médico. - Terá um trabalho com a jovem. Preciso contar com você para a recuperação de Carly, assim quando sair daqui.

–Pode ser claro e me dizer o que ela tem? - Tentou não se mostrar impaciente diante dele, mas foi quase impossível.

–Uma palavra, apenas dez letras, mas um grande problema. Uma doença crônica que está afetando o psicológico da menina. Apenas o tradicional Alcoolismo. - Disse-lhe de uma maneira mais calma para que parecesse menos trágica aos olhos de Brad. - Ela anda exageradamente desnutrida, ainda mais porque não possui tanta tolerância a bebidas deste tipo.

–E-eu já sabia. - Falou nervoso, levando as mãos ao rosto. - Ficará internada por quanto tempo?

–Dependendo de sua recuperação, poderá levar duas semanas ou mais.

–Ela vai ficar bem doutor? Eu não aguentaria vê-la mal. Ela nunca mereceu isso.

–Acalme-se rapaz, lhe garanto que aprender a controlar os vícios é o primeiro passo. Você estará ao lado dela orientando-a e isso a fará melhorar. - Afirmou de maneira singela.

–Posso vê-la?

–Tem todo o direito.

Ele empurrou a porta e adentrou à sala, vendo Carly deitada em uma maca, pálida e com os lábios aparentemente secos. Queria saber porque ela deixou-se levar por desejos como este e não o ouviu. A observou de cima à baixo, freneticamente. Queria que a mesma estivesse deitada ao seu lado na cama, como se fosse um dia normal ou como se não houvessem de passar por isso. Era tudo que ele pedia a Deus entre pensamentos, naquele instante.

Seu olhar molhado se aproximava cada vez mais da namorada. Sentou bem perto dela e acariciou seus cabelos, mesmo sabendo que ela não poderia acordar naquele momento.

–Querida, você sabe que temos toda a vida pela frente. É apenas uma fase que você irá suportar. Eu estou aqui com você. - Firmou suas mãos nas da jovem de cabelos negros. - E nunca vou sair do seu lado... - A lágrima que caiu de seus olhos escorreu por suas mãos que se uniam com a de Carly.

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– Em Um Lugar, Não Muito Distante Dali -

A loira corria com certo pavor que nem ela mesma compreendia. O que estava feito, estava feito e não seria desfeito - pensara ela.

Quando viu que estava próxima de casa, não só viu a fachada do lugar, mas viu Freddie lhe esperar na porta. Se sentia perturbada por não poder confessá-lo nada desde que saiu, e unindo-se com o remorso, aquele sentimento estava a corroendo por dentro. Era apenas mais um estágio que havia ela de enfrentar.

Samantha limpou as lágrimas dos olhos antes que fosse tarde.

–Por que está me esperando aqui? - Perguntou ela, disfarçando ao máximo.

–Você sabe bem. Se não me disser onde estava, vou ser obrigado a descobrir. - Afirmou ele, ríspido.

–Freddie, eu já disse que está tudo bem.

–Mas não parecia quando você desligou o telefone sem me dar explicações... - Indagou com seriedade.

–E eu disse que já estava voltando, só isso. Agora vamos dormir, já está muito tarde.

–Por que não pode me dizer onde estava Sam?

–Já disse que não quero lhe intrometer nisso. Eu estou cansada... - Ela disse e adentrou à casa para fugir de mais interrogações que pudessem a comprometer.

[...]








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Notas finais do capítulo

Carly só sabe fazer merda, olha só no que foi se meter!
Até o próximo.

Estou esperando meus reviews, eu amo vocês ♥