Harry Potter E O Segredo Do Vira-tempo escrita por Valéria Snape Riddle


Capítulo 2
Em casa




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Capítulo 2 – Em casa

                      

-Lily?

Ninguém atendeu. “a casa esta silenciosa...” pensou. Será que ela saiu? De repente tudo ficou negro. – lumus! – disse, estendendo a varinha; e uma luz acendeu em sua ponta. sentiu uma angústia, como se algo, ou alguém estivesse se aproximando. Foi até a cozinha, e viu um bilhete grudado na geladeira. A medida em que lia, seus olhos se encheram de lágrimas. Correu pela sala, subiu as escadas e abriu a porta do quarto do menino. Ele está dormindo... olhou-o cheio de ternura. Merlin, o que foi que aconteceu, onde estava lily? Ela sabia que as sextas ele fazia serão. Porque tinha saído? E deixou o menino só? Ela o tinha deixado, pensou.

De repente sentiu um calafrio. Aquele Snape....  será?

-Desgraçado! Como ele pôde? Provavelmente ele a forçou a sair dali...

-Oh meu Deus! Mas e o Harry?

Sentiu que deveria proteger seu filho, que dormia tranquilamente...

Uma escuridão ainda maior envolveu a casa. Ele sentiu o perigo se aproximando. Harry.... uma voz sibilava baixo, como uma cobra, se aproximando. Pegou o menino no colo envolveu-o nos braços protegendo-o o máximo que pôde.

E eis que uma figura negra, como um vulto surge na sua frente. -Dê-me o menino! Ordenou.

-Não! Colocou o garoto no berço, e se pôs na frente dele. Nunca!

-Saia da frente!

-Não! Pegou sua varinha rapidamente e apontou num gesto rápido.

Mas o vulto negro riu. Abaixou o capuz, e uma figura horrível se mostrou a sua frente. Olhos vermelhos, com pupilas em forma de fenda, pele branco esverdeada, cabeça nua, sem cabelos e fendas no lugar das narinas. Seus lábios finos sorriam malignamente.

-Pensa que pode lutar comigo? Deu uma gargalhada fria.

-Saia agora da frente!

-Nunca! E começou a murmurar um feitiço, mas o lord foi mais rápido.

-AVADA KEDRAVA!!!

Um raio verde atingiu o peito de James, que caiu para trás, morto. de seus olhos abertos escorria uma única lágrima.

O menino chorava. O lord olhou pra ele. Sorriu perversamente. - Sua vez, disse num sussurro.

-AVADA KEDRAVA!!!

O menino foi lançado para trás, e bateu com as costas nas barras do berço, caindo no colchão, imóvel.

O lord deu uma gargalhada, olhou com desprezo pro berço, e como não viu nenhum movimento, virou-se e saiu, sinuoso como uma serpente, deixando tudo no mais completo caos e silêncio.

***

-São duas da manhã - disse ela ansiosa. A essa altura ele já passou por lá não é? Perguntou a snape, que estava de pé na frente da janela, olhando fixamente o nada. De repente a marca negra em seu antebraço começou a queimar. Esfregou a região, nervoso.

-Ele está te chamando não é? Ela disse olhando pra ele enquanto ele esfregava o braço.

-Sim... lily preciso que você fique aqui nesse quarto no mais completo silencio. Não saia, não fale, não faça nada até eu voltar ok?

-Mas Severus... aqui é sua casa não é? Será que ele vem aqui? Mais essa agora...

-Não...- ele disse olhando fixamente para o vazio, como se escutasse alguém. -Lily, por favor fique aqui trancada, por favor não faça nada até eu voltar, vou agora a uma convocação urgente dele, tenho que manter o meu disfarce, mas você, se não sair daqui, ficará em segurança. Por favor não saia desse quarto de jeito nenhum.

-Tudo bem... mas tenha cuidado Severus, por favor.

-Ele meio que sorriu, percebendo sua preocupação com ele.

-Pode deixar lily.

-E virou-se para sair; mas antes de sair pela porta, ela correu até ele e o abraçou.

-Por favor  Severus  tome cuidado.... não quero te perder....

Ele ficou surpreso; porque ela estava se preocupando tanto? Talvez se sentisse desamparada, sem o marido e o filho, e precisava de sua companhia...

-Tudo bem lily, eu não vou te deixar. Nunca deixarei você, lily.

Ela sorriu timidamente enquanto olhou em seus olhos. Lhe deu um beijo na bochecha.

-Obrigado Severus.

Ele corou um pouco, surpreendendo-se.

-Desculpe, tenho que ir... e fechou a porta atrás de si.

***

Ele olhou para o relógio: três da manhã. A noite ia ser longa... pousou sobre o caminho em frente da casa, circundada por muros altos e negros. Fez um gesto com a varinha acima da cabeça, e passou pelo portão grande, sem abri-lo. Continuou andando. Entrou na casa, subindo as escadas. olhou para a grande mesa  negra polida à sua frente, circundada por cadeiras negras, imponentes e altas, em estilo gótico. Só faltava ele. À cabeceira, o lorde das trevas.

-Severus! Estava começando a achar que você tinha se perdido... venha, sente-se conosco o comemore também o nosso triunfo!

Bellatrix e outros comensais riram maldosamente.

-O menino da profecia finalmente morreu! E foi até risível a fragilidade do “paizinho” dele de tentar defendê-lo! Hahahahaha!

-Os comensais gargalharam, e levantaram suas taças negras, brindando à vitória.

-Mas então o senhor conseguiu milord! Eu sabia que seria relativamente fácil para o senhor...

De repente uma figura maligna saiu da escuridão. Baixo, gordinho, os cabelos meio desgrenhados e os dentes da frente proeminentes. Uma mão meio que de metal, brilhante, e a outra com o dedinho mínimo faltando. Sorria malignamente.

-Petigrew, o fiel do segredo! Hahahahaha! – falou o lord debochado.

-Como aquele velho pode ser tão tolo? Confiar uma coisa tão importante a um aliado meu!

-Não foi o velho, milord – disse petigrew – foi o pai do menino. Tolo idiota!

-Há sim... – sibilou Voldemort – o papai que tentava defender o filhinho, entregou a mulher sangue-ruim e o garoto, à própria morte! Hahahaha!

Todos os comensais caíram na gargalhada

Snape tentou sorrir, e entrar no clima, praticando a oclumencia e ocultando sua mente e seus pensamentos ao seu mestre.

De repente Bellatrix perguntou:

-Querido milord, e a mulher, a sangue-ruim? Ela estava lá? – e olhou de soslaio para snape. Ele prendeu a respiração, mas assumiu o controle, friamente, parecendo indiferente.

-Não, Bella... não a vi na casa esta noite... deveria estar dormindo, ou colocando chifres na cabeça do idiota, enquanto ele cuidava do bebe!!!

Todos na mesa gargalharam. Snape fez um ar divertido, indiferente. e olhou para Bella que o olhava de lado, perscutando o seu rosto e seus olhos curiosa por algum detalhe. Olhou pra Narcisa rapidamente e riu. Narcisa e Lucius se olharam meio aflitos mas rapidamente riram, para entrar no clima de comemoração.

-Concerteza, milord ela o estava traindo... mas ele merecia uns chifres, por cometer o erro de se casar com uma sangue-ruim imunda como aquela! – falou Lucius rindo com deboche.

-A mim não me importa. O importante é que o garoto da profecia morreu, e todos quantos se levantarem contra mim também morrerão, porque sou extraordinário! Ninguém terá escapatória! Vamos brindar a isso! – todos levantaram suas taças.

-Ao reino e poder absoluto do lorde das trevas! – todos responderam à uníssono.

***

As cinco da manhã, todos estavam bêbados, caídos pelos cantos da casa. Snape se levantou e se dirigiu ao lord, que estava em um canto, numa poltrona, com Nagini do lado, enrolada, a cabeça posta no meio do próprio corpo, como se dormisse. Aos seus pés Bellatrix,  massageava os dedos pálidos e horríveis do mestre, enquanto lambia cada dedo de seus pés, parecendo extasiada de tanto prazer. O lorde a olhava sentado, também parecendo sentir prazer com aquilo, muito interessado.

-Com licença, milord, desculpe...

-Sim Severus...

-Eu preciso ir. Daqui a algumas horas tenho que estar em um jogo de quadribol  em Hogwarts.

-Sim Severus poder ir – e estendeu a mão para ele beijar.

Por um segundo ele olhou aquela mão com nojo. Branca, meio esverdeada, pálida, horrível. pegou-a e a beijou. fez uma reverencia.

-Obrigado milord.

-Por nada Severus. -  revirou os olhos, por que Bellatrix beijava e lambia seus tornozelos, dando sinais de que queria subir...

-Até logo. – ele disse, olhando nauseado rapidamente para Bellatrix, no chão, acariciando já as pernas de seu mestre. Se virou e desceu as escadas.

***

Aparataram em frente à casa dos Potter, ele e Dumbledore.  Se olharam  angustiados.

-O senhor já veio aqui?

-Não Severus; depois de ontem não.

-Pelo que ouvi do lord, Potter morreu. – À medida que se aproximaram da casa, ouviram um choro de criança, incessante e angustiado. Porque estava sozinho? Talvez.

Quando entraram no quarto, viram um completo caos. Tudo estava destruído; James jazia morto no chão, ao lado do berço; o menino chorava,  sentado no berço e olhava para o pai, com olhos tristes. Quando viu Severus  e  Dumbledore, seu rosto se animou, se levantou no berço, e estendeu os braços para Severus.

-Ele tem por volta de um ano e meio. – disse.

Hagrid entrou. Olhou os dois homens, e viu o corpo de James no chão, ao lado do berço, os olhos ainda estavam abertos. Inclinou-se e fechou aqueles olhos, para sempre.

-Para onde levarão o menino? – pegou o menino no colo.

-Para a mãe dele, é claro. – respondeu Dumbledore.

-Mas ela ainda vai continuar por aqui? – indagou Hagrid.

Dumbledore olhou para Snape. – Não; já falei com sua irmã ,Petúnia. Ela ficará em uma casa vizinha , na Rua dos Alfeneiros, número três... – Snape soltou um ruído. Era melhor assim, lily ir para um bairro trouxa, pelo menos por enquanto. Quando o lord soubesse que o menino ainda vivia, viria atrás com toda a fúria, mas não o poderia tocar, já que o amor de Lilian e Thiago por Harry era imenso, e o feitiço de proteção reforçava ainda mais essa “Blindagem” nele; e ainda havia a cicatriz...

-E essa cicatriz, professor?

-Bem... ela acaba de “blindar” ainda mais a vida de Harry contra Voldemort, deixando-o praticamente imune aos ataques de Tom...

-Essa história vai deixá-lo popular...

-Sim, Severus.

-Espero que ele não tenha herdado a arrogância do pai. – disse Snape com ironia, enquanto olhava para o bebe no colo de Hagrid.

Dumbledore olhou para Snape. – você vê aquilo que quer ver, Severus.

Snape fez um muxoxo, parecendo indiferente. – tenho que ir. Fique com ele por hoje, ok Hagrid? – tenho que preparar a mãe dele, e depois vou buscá- lo em sua casa mais tarde, com ela está bem?

-Sim, tudo bem. – disse Hagrid.

-Mas não se demore,  Severus, não queremos “prepará-la” demais, ok? – Dumbledore  olhou para ele enigmático, estreitando os olhos.

-Pode deixar professor – disse com um meio sorriso significativo – ela está bem “segura” em minhas mãos...

-Hum... - fez Dumbledore  maliciosamente, enquanto saíam os três da casa. Estava amanhecendo. Hagrid montou na sua moto voadora, e colocou o menino cuidadosamente num pequeno berço, dentro do carona da moto, ao lado. Fez um gesto com a varinha e levantou vôo, desaparecendo ao longe. Dumbledore olhou para Snape, agora fora da casa, prontos para aparatarem.

-Eu sei que você não vai aguentar estar sozinho com ela por muito tempo, não é Severus? – disse Dumbledore, estreitando os olhos e olhando por cima dos óculos de meia-lua – e sei também que está muito satisfeito com essa situação, já que o Thiago morreu...

-Pode ser, professor – disse Snape – mas eu não vou forçá-la a fazer nada que ela não queira. Não seria justo com ela, que acabou de ficar viúva, e sozinha com um filho para criar...

-Eu sei que você vai ampará- la Severus, confio em você. Não queria que Thiago morresse desse jeito, mas não tivemos alternativas... ou tivemos? – Dumbledore olhava pra Severus, meio acusador, como se quisesse saber se Snape tinha deixado Thiago ali de propósito ou não.

-Eu tentei salvá-lo diretor – disse Snape surpreendentemente calmo – mas já eram onze horas da noite, e ele não aparecia; não iria arriscar a vida de lily, nem o meu disfarce, deixando o lord me ver ali com lily – disse Snape friamente.

-E você também não fez nenhuma questão de me avisar sobre isso Severus? Eu poderia mandar aurores aqui buscarem o Thiago, ou avisarem ele no trabalho...

-Sabe de uma coisa diretor? Não fiz mesmo nenhuma questão. O senhor sabe perfeitamente que eu a amo e a quero com todas as minhas forças desde que éramos crianças. Cometi muitos erros na minha vida, e não iria falhar outra vez.

-Mas Severus, talvez ela não te ame – disse Dumbledore meio triste.

-Sim diretor. Mas eu a prefiro viva, e só,  mesmo com Harry para criar. Sinceramente tenho esperanças de fazê-la me amar... ou ressuscitar algum amor que já existiu dentro dela por mim, quando namorávamos no colégio. Não vou forçá-la. Mas como antes, vou ser seu amigo até o fim, cuidando dela e do filho, protegendo-os com a minha própria vida, mesmo que em troca só consiga sua amizade. O senhor não faz idéia do amor que sinto por ela. Não me importa muito o que ela sinta por mim... mesmo  que eu só tenha seu olhar, seu sorriso, sua companhia descompromissada, ou sua gratidão por cuidar dela e protegê-la... mesmo assim vou fazer isso. Esse parece ser meu destino, o sentido da minha vida. E vou amá-la, e sonhar com ela todos os dias até a minha morte.

-Severus... – Dumbledore não conseguiu dizer mais nada diante daquelas palavras. Realmente ele a amava, e esse amor era o que o fazia viver. Não havia nada mais a ser dito.

Olharam um para o outro significativamente. E aparataram.


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