Harry Potter E O Segredo Do Vira-tempo escrita por Valéria Snape Riddle


Capítulo 1
Uma atitude muda tudo


Notas iniciais do capítulo

é isso mesmo.



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Capítulo 1 – uma atitude muda tudo

“Eu não posso esperar mais...” dizia pra si mesmo. Eu não vou mais esperar, pensou. Naquela manhã de domingo, quando todos estavam em sua camas, sem vontade de levantar, pensando em passear, curtir suas famílias, ele foi mais coerente. Se levantou, foi até o armário. Olhou pra gaveta fechada. Pensou: é agora. Abriu a gaveta. Pegou aquele colar, levantou-o, segurando a corrente e olhou para o pingente dourado, um círculo com uma pequena ampulheta no centro; mais círculos circundavam a pequena ampulheta, e um pozinho muito fino e dourado estava em seu interior.”quantas voltas serão necessárias?” “acho que 20 está bom.” Pensou. “vou voltar exatamente naquele dia fatídico, pela manhã.” Disse. Pegou o colar, colocou no pescoço, apanhou a capa da invisibilidade, colocou sobre os ombros, amarrou o cordão com firmeza em volta do pescoço também; e girou o círculo que representava os anos, no sentido anti-horário,voltando no tempo; imediatamente em volta dele tudo começou a voltar, a se retorcer rapidamente, como se rebobina um filme, cada vez mai rápido, até voar....

Se viu então numa manhã de outono, em Godric’s Hollow. Folhas secas amarelas e vermelhas estavam espalhadas pelo chão. Arvores desfolhavam-se, com o balançar do vento, devagar, um vento leve mais persistente as balançavam. As casas estavam tranquilas, o tempo nublado. Um cachorro latia ao longe. Uma criança chorava. Estava em frente a casa dos Potter.

Andou devagar, sorrateiramente até a janela lateral, á frente um pequeno jardim a circundava, margaridas, rosas e pequenos lírios plantados ali. Sorriu. Lírios... muito óbvio não é? Hum...

Um perfume de flores inebriante invadiu seu nariz... bem familiar até. Olhou pela janela. Uma mulher brincava com o bebe, que estava todo molhado na banheira, a porta do banheiro aberta e brinquedos espalhados por todo lado. Ela sorria. A criança ria, com uma risada cristalina, e batia com as mãozinhas na água, jogando água nela e no banheiro todo... seus olhinhos verdes brilhavam de contentamento. A mulher de cabelos vermelhos, sorria maravilhada.

–Querida? Disse uma voz no interior da casa, mas precisamente do alto das escadas.

–Lily?

–Oi! Ela respondeu. -Estou aqui. - Gritou. -No banheiro!

–Oh, mais que bagunça hein? - disse o homem. Ele adora isso não?

–Pois é, ele adora! Mas já está na hora de sair... mamãe precisa te dar o leitinho, e o café pro papai! Vamos?

Inclinou-se e pegou a criança no colo; ao ser tirado da água, o bebe protestou, chorando. Ela rapidamente o envolveu com uma toalha, acalmando o menino.

–Está tudo bem, meu amor... depois você brinca mais, tá?

***

–Querida vou trabalhar. Disse ele, E a beijou na boca.

–Pelo menos termine seu café James!- Ela disse meio impaciente, enquanto colocava as roupas no bebe. O homem na janela sentiu um nó na garganta ao ver aquela cena. Se tudo tivesse sido diferente... mas agora ele iria mudar, pelo menos um pouco o rumo da história. E faria pelo menos alguém feliz. Alguém que realmente merecia.

Esperou o marido sair e aparatar. Só então aproximou-se e circundou a casa. Chegou até a porta dos fundos e bateu de leve: - Olá? - Ela apareceu com o bebe no colo. - Olá... Quem é você? - Ela disse preocupada. -Está tudo bem, - ele disse. Só vim lhe trazer um recado. Então diga! Estou um pouco ocupada agora...

Ela estava linda! Seus cabelos vermelhos, muito vivos, caíam sobre os ombros, ondulados do comprimento Às pontas. Usava um vestido fresco, confortável, parecido com uma camisola.

–Então, qual é o recado?

–Por favor é muito importante... vocês precisam sair daqui imediatamente! Vocês todos correm perigo!

–Co-como assim? Alguém revelou nosso endereço? Quem é você? Como sabia onde estou? Não estou te reconhecendo de lugar nenhum... - ela disse meio ansiosa. Alguma coisa nele era vagamente familiar... parecia um pouco com... James! Meu Deus, quem seria aquele homem, e o que fazia ali na casa dela Àquela hora, pela manhã?

O homem estremeceu. Ela o estava reconhecendo. Precisava falar logo e ir embora, antes que descobrisse quem ele era e de onde tinha vindo.

– Por favor sra Potter. Precisa me escutar agora! Preste atenção: o lord das trevas descobriu onde vocês estão escondidos! Vocês precisam sair daqui antes do anoitecer! Ele vem hoje, para matar a sra, seu marido e seu filho, na noite de halloween, daqui há pouco! Vim agora de manhã, para dar tempo de voces se prepararem. Por favor, é urgente! Precisam sair daqui até o anoitecer!

–Por que eu deveria acreditar em você? Eu não te conheço! E se você for um dos aliados dele?

–Senhora, por favor! Precisa confiar em mim! Não posso lhe dizer quem eu sou, nem de onde eu venho, mas precisa acreditar realmente no grande perigo que está por vir! O fiel do segredo, na verdade é um traidor! Por favor tem que acreditar em mim! Não me faça perguntas agora, apenas escute o que eu digo, mas não conte nada, absolutamente a ninguém sobre isso, nem ao James, entendeu? Por favor fuja daqui agora!

–Como você sabe o nome do meu marido? - Realmente ele parecia com James... mas os olhos eram verdes, muito parecidos com os dela... o bebe dormia no seu colo e ela havia posto uma fralda sobre seu rosto, cobrindo também seu braço que o segurava e o ombro.

–Por favor não posso mais continuar aqui! É imperativo que a sra se arrume e saia daqui antes do anoitecer. Se seu marido voltar diga-lhe apenas que vcs correm perigo e precisam sair daqui com urgência! Bom, tenho que ir, adeus!

Com isso ele fez um gesto com a varinha e desapareceu.

***

Já eram seis horas da noite. As luzes do vilarejo começaram a ascender e com elas várias abóboras flutuavam iluminadas com vários sorrisos entalhados, olhos maus, perversos e bons também... as arvores já estavam quase desfolhadas, e dava um ar sombrio aquele início de noite. Crianças passeavam pelas ruas rindo, e paravam pelas casas de porta em porta, pedindo doces.

–Gostosuras ou travessuras?

–Olá crianças! Tenho uns doces pra vocês!- Lilian entrou dentro da casa e voltou com alguns chocolates. Colocou-os na sacola da menina, que usava um gorro preto comprido de veludo. Seus olhos azuis brilharam de contentamento.

–Muito obrigada sra Potter!

–Por nada minha querida!

–A sra está indo embora, está se mudando? Disse a menina, olhando para três malas postas na entrada do lado de dentro. A casa estava arrumada, tudo estava pronto.

–Talvez, minha querida, talvez...

–A menina lançou um olhar curioso e significativo para as malas e se virou:

–Adeus sra Potter! feliz haloween!

–Adeus Maggie!

–Quando ela já ia fechando a porta, um homem com uma longa capa negra aparatou bem a sua frente. Seus cabelos negros, estavam bagunçados em volta do seu rosto, ele a olhou bem em seus olhos, intensamente. Seus olhos negros pareciam pedir alguma coisa antes mesmo dele falar.

–Severus?

–Olá Lilian.

–O que o traz aqui?

–Acho que você deve imaginar por que eu vim.

–Sim, presumo que seja por causa da profecia...

–Sim, Lilian. O lord das trevas virá daqui a pouco para matar Harry. E todos vocês... Desculpe mas não tem outro jeito de dizer isso. Precisa sair daqui agora!

–Mas Severus, e James? Ele não sabe de nada ainda, não voltou do trabalho...

–Tudo bem acho que podemos esperar pelo menos uma hora.

–Bem, então vamos entrar... você aceita um chá?

–Claro...

Então Severus entrou na casa, mas rapidamente olhou para os lados para ver se alguém espiava. Ninguém, pensou.

–A situação é ruim eu sei, mas você precisa entender que aqui vão ficar expostos. Precisa sair daqui o mais rápido possível. Ele a olhava de pé, enquanto andava de um lado para o outro impaciente, a todo tempo olhando o relógio.

–Como vai a ordem? Eles já estão sabendo, não? Dumbledore...

–Sim. Dumbledore me pediu pra proteger você, er... quer dizer vocês, hoje pela manhã... - ele disse em tom misterioso. Mas ele disse também que recebeu uma mensagem também, de um estranho, dizendo pra a todo custo eu tirar você daqui... mesmo que o menino fique com... James.

–O quê? Você acha mesmo que eu vou deixar meu filho aqui, só com o pai, e seguir com você?

–Desculpe Lilian, mas a mensagem dizia que era garantido que....

–Que se dane essa mensagem! Eu não vou abandonar meu filho de jeito nenhum! Isso é um absurdo! Ela estava exasperada, as pupilas dilatadas, ofegante.

–De jeito nenhum, ouviu bem? Em hipótese nenhuma!

–Acalme-se lily.

–Ela se acalmou ao ouvi-lo chama-la pelo apelido... lembrou-se dos tempos de colégio. Sentou-se e relaxou um pouco olhando para ele.

–Lily, está garantido que o menino sobreviverá se você fizer exatamente como eu lhe disser...

–Que garantia é essa? E James, Severus? E o meu marido? Ele também vai sobreviver?

Severus não respondeu, mas olhou no relógio. E em seguida na direção das escadas pro quarto do menino, de onde veio um choro.

–Severus, ele acordou...

–Sim. Posso ir ao quarto dele com você?

–Claro, tudo bem...

Lilian saiu pela porta da cozinha em direção a sala, Severus a seguindo. “meu Deus ela está maravilhosa!” pensou enquanto subia as escadas. Os cabelos ondulados balançavam enquanto ela subia. Estava de calça preta e um suéter azul escuro, preparada pra sair. A capa jazia sobre o sofá, pronta pra ser pega em qualquer momento... ela abriu a porta. Olhou pra ele. Seus olhos verdes brilhavam ao mostrar o quarto do filho, apontando para o berço. E no berço estava o menino que chorava. Ao ver a mãe, estendeu os braçinhos e se levantou, os olhos pedindo colo.

–Mamã?

–Oh meu querido... a mamãe está aqui...

–Lilian, já está na hora; preciso que você olhe nos olhos do seu filho, e diga:

–Harry, você é muito amado... Harry, a mamãe e o papai amam você... Harry fique seguro. Harry seja forte. Nada vai acontecer contigo, porque nós te amamos eu e o papai...

–Enquanto ela dizia, Snape fazia um gesto com a varinha em volta deles, e uma luz prateada os circundava, fazendo uma energia rosa claro se desprender dela e envolver o menino.

–Diga mais uma vez. Pense no quanto vocês o amam...

–O que você esta fazendo?

–Estou “Blindando” ele.

–O quê?

–Não importa... só faça o que eu te digo, por favor, já estamos atrasados!

Ela olhou para o menino, seus olhos se encheram de lágrimas. -Harry...

–Isso... assim mesmo... pronto!

Ele terminou de fazer o feitiço e abaixou a varinha. Ela abraçava o menino e chorava muito, por ter que deixá-lo. deu-lhe de mamar no peito, até ele adormecer. Severus ficou olhando aquela figura maravilhosa, uma mãe amamentando seu filho, metade do seio pra fora da blusa, mas devidamente coberto com uma fralda. Embalou-o até ele dormir. Com lágrimas nos olhos colocou ele no berço com cuidado, silenciosamente. Segurou um soluço emocionado enquanto olhava pra ele no berço, cobrindo-o com uma manta.

–Pronto. E agora Severus?

–Por favor, Lilian temos que ir! - A marca queimava em seu antebraço, ela percebeu.

–Ele está vindo! Rápido!

–Mas e o James? Deve ter resolvido fazer serão... hoje é sexta-feira não é?

–Sim... O perfeito Potter!.... sorriu meio torto, com ironia.

–Ele se esforça bastante, Sev.

–Sim... hum, pra mim não passa de um arrogante...

–Pára severus! Você sabe o que penso sobre isso!

–Tudo bem... então vamos.

– Oh Merlin, não acredito que estou indo com você! Disse, enquanto escrevia um bilhete ” Por favor, James, cuide do nosso menino... ele está no quarto dormindo. Amo você, querido. Lilian.”

Severus leu o bilhete meio de longe, e ficou muito contrariado, mas guardou silencio. Era o marido dela afinal. como poderia competir com ele? Eram casados. Diabos, como isso foi acontecer? Não acreditava que tinha deixado a sua lily escapar daquela forma, e se casar com seu pior inimigo... diabos. Não aguentava aquela situação... ela passou por ele para colocar o bilhete na porta da geladeira, na cozinha. Seu perfume... seus cabelos esvoaçavam porque ela estava com pressa. Que perfume maravilhoso, e que graça ao andar... Sim, ela era linda. Já era linda quando criança, seus olhos verdes muito brilhantes e cheios de vida... inocentes. Depois adolescente, como uma flor a desabrochar, frágil, uma menina mulher... e se revelou uma mulher mais linda e maravilhosa ainda, e mãe... estava quase plena. Passou por ele e pegou a capa de sobre o sofá. Enquanto a vestia, olhava pra ele. Algo em seus olhos mostrava tristeza. E por trás da tristeza um mistério... não sabia ao certo.

–Vamos? Disse, com tristeza.

–Sim já são dez horas...

Ela deu uma ultima olhada pela casa. Olhou em direção ao quarto do menino. Suspirou. Ele abriu a porta e olhou pra ela chamando. Ela saiu, ele fechou a porta. Ela trancou com a chave, e a pôs embaixo do capacho, na entrada.

–Nosso esconderijo. - Falou meio triste. - É a ultima vez.

–Talvez não lily. De repente você poderá voltar.

–Será? Ela disse, agora bem perto dele, ele podia sentir sua respiração. Seu lábio tremeu.

–Tomara que o feitiço do amor funcione.

–Esse vai funcionar, eu garanto. - disse num meio sorriso, tentando parecer otimista.

–Acredito em você severo. - E meio que sorriu também.

Ele se animou, por vê-la mais animada. Pegou sua mão.

–Vai dar certo lily. O amor é muito poderoso... - “eu que o diga”, pensou.

Conduziu-a para fora das cercas da casa.

–Pra onde você vai me levar?

Ele olhou pra ela, o semblante mais suave.

–São onze horas. Pra um lugar seguro. Segurou em sua mão. e aparataram.




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