Inesperável escrita por Juliana


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

James é ARTILHEIRO, por que eu li uma entrevista em que J.K. fala isso (não lembro onde), então, por favor, aceitem o fato.

Boa leitura, espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/362216/chapter/1

– DISPUSTA ESTÁ ASSIRRADA, SONSERINA VS GRIFINÓRIA, É A GRANDE FINAL! - Gritava o narrador do último jogo de Quadribol do ano. Seu nome era alguma coisa com "D", Daryl? Dilan? Dakan? Lily não lembrava, só sabia que era algo com "D" e que seu sobrenome era Zusak... Devia ser Daryl Zusak, sim. Ele usava vestes lufanas e estava no quinto ano. Disso ela sabia.


Lily levou as mãos a boca tapando-a, estava morrendo de nervosismo. Tanto pelo jogo quanto pelo que decidira fazer depois dele. O jogo já começara apertado e estava assim até então, faltando trinta minutos para o final (sua última olhada para o placar lhe informara que estava 250 para a Grifinória e 270 para a Sonserina, infelizmente).


Estava disposta a falar com James depois do jogo, e "acertar" as coisas com ele. Fazia tempo que havia planejado isso e estava ansiosíssima para tal, além de muito nervosa. Qual é? Aquele deveria ser o ato mais importante de sua vida.


Céus, aquele era o ato mais importante da sua vida.


Não aguentava mais aquela lenga-lenga de troca de olhares nos corredores e nas salas de aulas, no salão comunal e no principal, nos jardins e... enfim, em todos os lugares. Também tinha aqueles esbarrões sempre que possível, que fazia suas peles roçarem e James abrir aquele sorriso de canto dizendo: "mil perdões, Evans". Só de pensar um arrepio subiu a espinha da ruiva chegando a nuca e a fazendo tremer. Ou então, aquelas piscadelas marotas que ele dava em sua direção sempre que a via e, novamente, acontecia aquela troca de olhares. Tudo aquilo fazia seu coração acelerar tanto quanto a voz rouca do maroto chegava-lhe ao ouvidos e tanto quanto qualquer gesto que ele fizesse como, por exemplo, bagunçar os fios já rebeldes (ato que antigamente ela repudiava). Merlin, ela estava perdida!


Lily viu James passar na sua frente gritando ordens e xingamentos para os companheiros do time, ela suspirou. Até assim, com a expressão compenetrada e furiosa por estar perdendo, os cabelos voando para todas as direções e o uniforme de Quadribol, ele ficava lindo. Lindo, lindo, lindo! Era incrível antes daquilo tudo Lily só era capaz de achar defeitos no moreno, agora, ele parecia a cada dia mais perfeito.


Com aquilo tudo ela queria dizer paixão, mas não sabia se aquela era a palavra certa. Já estivera apaixonada por outros caras, sim, mas com James era tudo tão diferente. Tão mais intenso, tão melhor! Isso sem nunca ao menos terem se beijado, às vezes ficava imaginando como seria beijar os lábios de James Potter, cada vez que pensava nisso o resultado de sua mente fértil era ainda melhor.


Não sabia se estava arrependida por ter negado tantas vezes sair com o maroto, talvez se tivesse aceitado não teria se apaixonado por ele, ou teria feito isso mais cedo e eles estariam juntos desde então. Mas talvez o amadurecimento de ambos tivesse ajudado muito para ficha de Lily cair realmente. James por ter parado de ser tão infantil e ter se tornado um tanto quanto mais aguentável - adorável, apertável, amável, beijável - e todas aquelas coisas aquelas coisas que Lily admirava. Tá, aí, James também era incrivelmente admirável. Quanto por parte de Lily que acabou percebendo que James era muito mais do que aparentava e aprender a ver o lado bom de todo mundo e parar de ser tão manipulada e ir de acordo com a opinião de terceiros (de terceiros sonserinos, ensebados, ranhosos, comensais, enfim! Não é hora para isso).


O que mais havia surpreendido Lily foi James ter parado de chamá-la para sair seis vezes por hora, dezesseis horas por dia (as outras oito eles usavam para fazer uma coisa chamada dormir), sete dias por semana, trinta dias por mês e assim vai... Lily sempre teve a ideia clara de que ele parou de chamá-la para sair, mas continuava apaixonado por ela, talvez essa clareza toda devesse ao fato de ela ter pagado a um quintanista para perguntar sobre isso ao Potter, mas ninguém precisa saber disso.


Voltou seus olhos para o jogo rapidamente. Sempre apreciou Quadribol, só que no início ela relutava contra isso por que achava que o esporte bruxo tomaria conta, também, de uma de suas grandes paixões trouxas: o futebol. Sim, Lily Evans sempre gostou muito de futebol, seu pai a levava aos jogos sempre que esses aconteciam em sua cidade, e ela sabia tudo sobre o esporte e agora que fora para Hogwarts e não podia acompanhar mantinha-se informada trocando cartas com seu pai. Com o passar dos anos acabou se entregando ao Quadribol também. E percebeu que ambos os esportes tinham um grande espaço em seu coração, mesmo ela ainda preferindo futebol, mas isso é detalhe.


Os gritos da torcida ao seu redor e o anúncio de outro ponto feito pela Grifinória tirou Lily de suas divagações.

– FALTANDO APENAS QUINZE MINUTOS PARA O TÉRMINO DO JOGO, JAMES POTTER METE A GOLES NO ARO CENTRAL. É ISSO AI, QUEREMOS VER JOGO!


Se juntou aos gritos desvairados da torcida Grifinória, sorrindo ao ver a alegria no rosto de James quando ele passou rente da onde ela estava.


Foi ai que percebeu que não seria capaz de esperar até o fim do jogo, não seria capaz de esperar nem mais meio minuto. Antes que pudesse se conter estendeu a mão e agarrou-se ao cabo da vassoura de Potter, na parte de trás, e a puxou. James olhou para ela surpreso e voltou com a vassoura:

– Está louca, Evans? - Ele gritou para se sobrepor aos gritos, a intenção dele provavelmente fora ralhar com ela, não foi o resultado já que foi só olhar para seus olhos e ele sorriu. - Poderia ter caído e...


Antes que pudesse terminar ela o puxou para ainda mais perto e o beijou. James ficou estático nos primeiros milésimos, mas ele não era tonto e logo retribuiu e... nossa! Era melhor do que qualquer um dos dois poderia ter esperado. Por mais que estivessem totalmente entregues ao beijo eles puderam "ouvir" o estádio inteiro silenciar ao prestar atenção naquilo e logo depois o narrador dizer:

– Wow! Aquele dali não é o casal–briga? Pessoal, pessoal, altas revelações nesse jogo hoje, hein? E... wow! - Dessa vez ao invés de animado ele parecia surpreso.


Logo em seguida ali perto alguém assobiou e uivou feito um cão, Sirius... E o circo estava armado, foi uma ovação sem motivos nenhum mas todos começaram a gritar e festejar. Lily deu pequenos selinhos em James antes se se separarem. James pareceu meio desnorteado.

– Oh, Lily isso foi...

– Inesperável? Eu sei. Agora volte pro jogo.

– Eu ia dizer perfeito, mas inesperável também foi então...


Ela riu.

– Vai jogar, garoto!

– Você não pode simplesmente me beijar e me mandar voltar ao jogo como se nada tivesse acontecido.

– Ela não pode, Potter, mas eu posso. - A voz de madame Hooch bem perto deles os fez virarem rapidamente, Lily corou de vergonha percebendo agora que havia beijado na frente não somente de alunos, mas também de todos os professores de Hogwarts. - Ou volta pro jogo ou sai dele - E apontou para o chão.

– Já estou indo, professora. - Ele deu mais um selinho em Lily e se afastou dizendo: - Me encontre na sala Comunal, ruiva!


Madame Hooch apitou e o jogo recomeçou.


Mas James não cumpriu sua promessa por que eles não se encontraram novamente só no Salão comum já que James voltou para beijar Lily nos seus próximos cinco gol's feitos. Afinal, nada como algo inesperável para inspirar qualquer um a fazer qualquer coisa.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, assim como eu gostei de escrever.

Eu realmente adorei escrever, mas não gostei muito do resultado. Espero que esteja errada.

Comentem bastante *---------------------------*