Era uma manhã fria de inverno, o despertador tocou em um apartamento em Manhattan, o apartamento era simples, porem aconchegante e organizado, perfeito para alguém que estava começando a vida em uma cidade grande, Vivian acordou com o toque do despertador e jurou para si mesma que hoje seria um dia diferente dos demais, ela precisava acreditar nisso e ainda que isso se imaginasse, trabalhava há anos, mesmo sendo jovem no auge de seus 23 anos, tinha sido demitida há uma semana por conta do orçamento da empresa e a cada dia procurava desesperadamente um emprego novo, não que precisasse, mas por questão de orgulho, era orgulhosa demais para pedir aos próprios pais dinheiro e essa era uma das razões por ter chegado tão longe e depois ter caído tanto.

Ela se levantou e foi ao banheiro sem pressa, pois não havia necessidade de correr naquele momento, chegando ao banheiro, despiu-se e olhou-se no espelho, respirou bem fundo e disse em voz alta: ’’ é só mais um dia’’, tomou seu banho, se vestiu e ali estava ela pronta para encarar ‘’mais um dia’’ e resolver de vez seus problemas. Estava olhando o jornal quando ouviu o toque do seu celular com a música ‘’wonderwall’’ e sorriu ao ouvi-la, mas logo percebeu que era seu pai e resolveu deixar de lado, mas depois de 6 chamadas não atendidas e não conseguir achar nenhum emprego importante nos jornais, pensou: ‘’é só uma ajuda ‘’ e atendeu

‘’alô? Querida, é você?’’

‘’ Oi, pai, como é bom ouvir sua voz, sou eu sim. ‘’ falou sincera, ela amava o pai, só não queria que ele a visse nessa situação, muito menos a mãe porque ambos iriam querer usar os ‘’contatos’’ deles e ela poderia tirar a vaga de pessoas também qualificadas.

‘’ Eu liguei para saber se está tudo bem, como você está? Faz tempo que não nos falamos. ’’

‘’ Estou bem, anh! O senhor gostaria de almoçar comigo hoje? É porque eu estou ocupada’’ ela mentiu.

‘’Claro! Vamos, te pego às 12h30min no trabalho?’’

‘’ Acho melhor não, que tal nos encontrarmos no restaurante?’’ ela falou desejando que ele dissesse sim.

‘’ Mas... ’’

‘’ Pai, por favor? Eu tenho que te contar uma coisa’’ ela o cortou

‘’ Ai meu Deus! Você está grávida?’’ ele perguntou com um tom de curiosidade

‘’ O QUE? Pai você está bêbado? Eu não saio com alguém, há um bom tempo e você sabe disso e o porquê também’’

‘’ sim, eu sei, mas nunca se sabe os jovens de hoje em dia são tão diferentes’’

‘’PAI’’ ela falou em um tom brincalhão

‘’ok, ok , essa é a minha menina, sempre focada no trabalho’’ falando isso ele desligou, ela não conseguiu conter o sorriso, era tão bom saber que o seu pai sentia orgulho dela, mas mal sabia ele a situação do trabalho dela, ela não tinha culpa se o chefe dela tentou apalpar seus seios durante um abraço e ela deu uma surra nele, certo, talvez, só talvez, ela tivesse culpa. O chefe ficou tão chocado que não prestou queixa e também algumas pessoas haviam visto isso, apesar de Cat, sua melhor amiga, ter dito que ela devia tê-lo denunciado, ela não achava aquilo justo com ele, pois sempre foram bons amigos no ponto de vista dela, aquilo devia ter sido só o excesso de hormônios e o segundo divórcio, pena que ele tinha escolhido a mulher errada. Depois de algumas horas pesquisando empregos na ala científica e sem bons resultados, quando ela desistiu sabendo que não encontraria nenhum emprego resolveu buscar seu cachecol verde–musgo que realçava o cabelo castanho acobreado e seus olhos verdes, dando uma última olhada no espelho saiu ao encontro do pai.

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Chegando ao restaurante italiano onde sempre comia com o pai quando marcavam um encontro no dia de quarta, pois o pai tinha uma agenda pontual e invejável aos outros empresários, ele não podia "repetir" o restaurante na mesma semana, um hábito um tanto peculiar,cumprimentou os donos do estabelecimento, Francesco,o italiano galanteador e sua esposa, Maria, que era um amor de pessoa, sempre prestativa e educada que apontaram mostrando onde o pai dela estava, como sempre no fundo da loja sentado cheio de pessoas bajulando-o, ela revirou os olhos e seguiu seu caminho.

– hey! Pai, que saudades- disse indo abraçá-lo.

– Vivs! Você está tão linda e não está grávida também- ele disse rindo e ela sorriu- Vivs, esse é Tony Stark, quer dizer ‘’O Tony Stark’’- ele disse rindo como se fosse uma piada antiga entre eles, e pela primeira vez ela percebeu que o pai não estava só, havia mais duas pessoas na mesa, ‘’o Tony Stark’’ e um loiro de olhos bem azuis que a olhava com certa curiosidade. – e esse é Steve Rogers, também conhecido como capitão América, o original, aquele que você tanto admirava e era apaixonada quando criança- falou o pai e riu da cara da filha quando viu as bochechas dela ficarem vermelhas como um pimentão. Vivs olhou para Steve e o viu sorrir e ficar vermelho e pensou: ’’ que fofo!’’

– Pai! Isso não é coisa que se conte no almoço, ainda mais já que você disse que iria guardar meu segredo, estão vendo? Isso que dá quando se confia muito- falou sorrindo para o pai que piscou o olho pra ela- Prazer senhores- disse apertando a mão de cada um.

– Isso está muito formal, não ganho nem um abraço?- perguntou Stark sarcasticamente.

– Vou pensar no seu caso, quem sabe um dia?- Vivian falou e riu com seu jeito bobo

O almoço ocorreu normalmente como se já fossem velhos conhecidos e de certa forma, ela sentiu como se fossem, ocorreram eventuais trocas de sorrisos entre ela e Steve e ela devia admitir que estava encantada por ele e ele por ela.

– Então querida? Qual era a novidade que você queria me contar?

– ah! Anh! Hum! Sabe...- ela começou falando nervosa- eu fui demitida- falou de uma vez

– Como assim? Você é boa no que faz, é inteligente, o que aconteceu? Foi aquele desgraçado do George? – ele percebeu que havia algo errado porque ela mordeu o lábio inferior nervosamente.

– Podemos falar disso em outro local? Ou pelo menos a sós?- Ela perguntou aflita

– Por favor! Estamos entre amigos, adoraria saber que culpa George tem, para não cometer o mesmo erro que ele- falou Stark- vi seu currículo e o achei incrível, você é muito nova para ser formada em física, biologia e astronomia, principalmente astronomia

– o que eu posso fazer? Eu amo estrelas – ela falou descontraída fazendo com que todos rissem.

– Vivian, não mude de assunto – ela percebeu que agora era sério, ele nunca a chamava pelo nome...

Ela começou a contar toda a história, mesmo com as piadinhas de Stark ela conseguiu terminar de contá-la, ninguém ficou preocupado, apenas Steve que a olhava com admiração ainda maior que no início, além de bonita e inteligente, ainda luta por justiça, ele logo pensou que ela era perfeita para ele, ele não se sentia atraído por uma mulher desde Peggy ...

CONTINUA...