Guardiões: O Retorno Das Trevas escrita por Annabel Lee
Notas iniciais do capítulo
Guys, quero muito agradecer os comentários de vocês. Tem incentivdo bastante e espero que gostem do capítulo!
Depois que a conexão com o tal “Coelho da Páscoa”, Merida sugeriu que os Guardiões presentes dormisse antes de começar a busca pela tal adaga.
Rapunzel e Merida procuram se manter o mais perto da fogueira o possível para dormirem. E Jack Frost parecia buscar o extremo oposto, pois se acolheu nos galhos frios de uma árvore.
Soluço se juntou a Banguela e se abrigou dentro de suas negras asas, como já havia feito muitas vezes. O dragão se moveu um pouco, mas se aquietou quando reconheceu Soluço.
Em poucos segundos, talvez com ajuda do cansaço, Soluço fechou os olhos e adormeceu. Revivendo em terríveis sonhos o dia em que Astrid terminara com ele de forma tão estranha.
“Você é só um coração mole que não sabe como lutar”, ela havia dito. “Eu mereço um guerreiro!”.
Mesmo no sonho, as palavras continuavam machucando-o. Como as espadas que Astrid tanto insistia que ele aprendesse a manusear.
“Eu não vejo necessidade em lutar e machucar alguém”, Soluço disse. Mas pareceu só piorar tudo. Ela tinha obsessão por lutas. Soluço já deveria ter previsto que aquele relacionamento não duraria. Ela ainda usou a desculpa que ele andava mais com Banguela do que com ela.
“Dragões não são armas”, ela disse.
“Não! E também não são garotas!”, ele respondeu.
Depois disso Astrid nunca mais olhou na cara dele. Aquilo foi completamente estranho. Mas ele não queria mais saber. Se a mãe dele ainda estivesse viva, saberia o que dizer. Saberia a resposta para tudo.
E Soluço acordou pior do que havia dormido, ainda sem saber a resposta.
Mas quando acordou, havia algo que o deixara feliz.
- Ei, viking! – disse Merida, de pé na frente dele – quer buscar o café?
Soluço sorri.
- Claro!
Ele se levanta e balança o Banguela. O amigo iria querer comer alguma coisa depois do cansaço e de ter dormido por mais de 10 horas.
O dragão abre os grandes olhos amarelos e se levanta. Merida parecia encantada.
- Merida, esse é o Banguela.
Ela sorri.
- Ei, amigão! – ela diz se aproximando – como você tá?
Banguela estica a cabeça e Merida faz carinho nela, ainda falando como se estivesse com um cachorro ou uma criança.
- Você é muito lindo! É, sim!
Banguela abanou o rabo. Ele havia gostado dela!
- Vamos comer alguma coisa, amigão? – pergunta Soluço, já sabendo a resposta.
Banguela abana mais o rabo, fazendo Merida rir mais. Depois ela diminui o tom, olhando para Jack Frost e Rapunzel.
- Vamos – ela sussurra.
Bem devagar eles entram na floresta, agora bela e iluminada pelos raios de sol, buscando o lago que haviam visto quando chegaram.
Banguela saiu voando e mergulhou no lago, fisgando os peixes num só movimento e comendo com felicidade.
- Não é uma má ideia comer peixe, hoje... – diz Merida com uma expressão divertida.
- Só se for para colocar numa fogueira!
Ela ri.
-Tudo bem.
Eles se aproximam do lago e Soluço se lembra de uma coisa.
- E Rapunzel?
- A senhora “vegetariana”? – Merida ri com o comentário – procuramos alguma coisa para ela...
Merida amarra o vestido na altura dos joelhos e começa a atirar nos peixes com muita rapidez. A cada peixe morto, ela retira a flecha do lago e o joga para a margem.
Soluço os põe na improvisada cesta de galhos que fizera. Observando Merida e Banguela, pensando no que Jack Frost dissera:
“Você daria um bom Guardião da Amizade!”.
Ficou feliz com isso.
Então ele sente um puxão na mão, que o leva até o lago. Molhando ele da cabeça aos pés.
- MERIDA! – ele grita não resistindo à vontade de rir.
- Desculpa – ela disse, também toda molhada – não resisti!
Soluço pegou um punhado de água com as mãos em forma de concha e rapidamente jogou-a no rosto da ruiva. Ela fecha os olhos, com o reflexo, antes que a água atingisse-a. E um jato de água é jogado no rosto dele próprio. Agora quem ria era Merida.
Ela nada até a borda do rio e sai dele. Depois ajuda Soluço a sair. Banguela parecia ter se divertido bastante com a guerra de água dos dois.
Merida e Soluço viraram para trás e se deram com Rapunzel e Jack olhando para eles com os braços cruzados.
- Diversão em uma missão para salvar o mundo... – diz Rapunzel em tom sério dificilmente contido – o que faremos com eles, Jack?
Jack tentou disfarçar o sorriso.
- Que tal um pouco de neve, Punz?
- Concordo!
Jack criou uma bola de neve com seus dedos e atirou-a em Merida. O impacto foi forte e a ruiva caiu de volta no rio. Soluço ficou assustado, pensando que a amiga tinha desmaiado ou algo assim.
Mas quando ela se tornou visível, estava vermelha de tanto gargalhar.
Soluço sentiu uma bola macia e gelada atingindo o próprio rosto. Espalhando uma sensação de felicidade por todo o corpo do viking. Era tanta que ele mesmo não conseguiu evitar a vontade de rir!
Mas do que ria? Ria de Merida? Da situação? De finalmente algo animado e feliz estar acontecendo depois de tantos problemas? Ele não saberia responder, e se tentasse cairia na gargalhada.
Soluço pulou no rio, bem próximo a Banguela.
- Faz nevar, Jack! – gritava Rapunzel na margem do rio, que pulava no próprio cabelo.
- Vocês querem que eu faça nevar?
Merida tinha todo o cabelo molhado e ruivo tampando o rosto, ela puxa uma mecha para observar Jack e grita um ansioso “SIM” ao mesmo tempo em que Soluço.
Jack bate o cajado no chão com delicadeza. E, ao fazê-lo, pequenos flocos de neve começaram a cair na grama verde.
Merida e Soluço saem as pressas do rio, seguidos por Banguela e começam a se jogar na neve como se nunca tivessem visto aquilo na vida.
Rapunzel os seguiu.
Depois de guerras de bolas de neve, piadas se sentido, cosquinhas no Banguela e infinitos anjos de neve o grupo se cansou completamente.
Eles fizeram a fogueira na margem do lago e Soluço se ofereceu para assar o peixe, enquanto Rapunzel fechava os olhos para não ver a cena.
Foi o dia mais divertido que ele tivera.
- Então, Jack – diz Rapunzel ainda de olhos fechados – que caminho seguiremos?
- Não sei sobre esses amigos do Coelhão... Mas ele já deu informações suficientes para viajarmos em bolas de neve.
- Bolas de neves? – pergunta Merida de boca cheia – tem como?
- Aham! Os yetis amam fazer isso. Já me enfiaram num saco de batatas uma vez...
Soluço deixou o peixe cair de tanto que ria.
- Foi mal – ele diz quando consegue se controlar – só estou imaginando a cena.
Jack dá de ombros.
- Tudo bem! Maioria das pessoas tem essa reação...
- O que faremos quando chegarmos lá, Jack? – pergunta Rapunzel, preocupada.
- Achamos o tal Flyn Rider, pegamos a adaga, entramos em contato com Norte e enviamos a adaga para ele antes que Breu nos encontre.
- Onde está o Norte?
- Esta na Toca do Coelhão.
Soluço fez força para não rir novamente. Ele terminou de comer o próprio peixe e se virou para lavar as gordurosas mãos no rio. Ao fazê-lo, Soluço viu algo estranho na água.
- Pessoal... Tem alguma coisa ali...
Rapunzel se aproximou, espiando. Aproximava-se perigosamente das águas misteriosas.
- Também estou vendo – ela diz.
- Punz – diz Jack – melhor tomar cuidado com isso.
Rapunzel se aproxima e, num movimento rápido e medonho, uma mancha cinzenta a puxa para dentro do rio.
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