Guardiões: O Retorno Das Trevas escrita por Annabel Lee


Capítulo 10
Um Dia de Diversão.


Notas iniciais do capítulo

Guys, quero muito agradecer os comentários de vocês. Tem incentivdo bastante e espero que gostem do capítulo!



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Depois que a conexão com o tal “Coelho da Páscoa”, Merida sugeriu que os Guardiões presentes dormisse antes de começar a busca pela tal adaga.

         Rapunzel e Merida procuram se manter o mais perto da fogueira o possível para dormirem. E Jack Frost parecia buscar o extremo oposto, pois se acolheu nos galhos frios de uma árvore.

         Soluço se juntou a Banguela e se abrigou dentro de suas negras asas, como já havia feito muitas vezes. O dragão se moveu um pouco, mas se aquietou quando reconheceu Soluço.

         Em poucos segundos, talvez com ajuda do cansaço, Soluço fechou os olhos e adormeceu. Revivendo em terríveis sonhos o dia em que Astrid terminara com ele de forma tão estranha.

         “Você é só um coração mole que não sabe como lutar”, ela havia dito. “Eu mereço um guerreiro!”.

         Mesmo no sonho, as palavras continuavam machucando-o. Como as espadas que Astrid tanto insistia que ele aprendesse a manusear.

         “Eu não vejo necessidade em lutar e machucar alguém”, Soluço disse. Mas pareceu só piorar tudo. Ela tinha obsessão por lutas. Soluço já deveria ter previsto que aquele relacionamento não duraria. Ela ainda usou a desculpa que ele andava mais com Banguela do que com ela.

         “Dragões não são armas”, ela disse.

         “Não! E também não são garotas!”, ele respondeu.

         Depois disso Astrid nunca mais olhou na cara dele. Aquilo foi completamente estranho. Mas ele não queria mais saber. Se a mãe dele ainda estivesse viva, saberia o que dizer. Saberia a resposta para tudo.

         E Soluço acordou pior do que havia dormido, ainda sem saber a resposta.

         Mas quando acordou, havia algo que o deixara feliz.

         - Ei, viking! – disse Merida, de pé na frente dele – quer buscar o café?

         Soluço sorri.

         - Claro!

         Ele se levanta e balança o Banguela. O amigo iria querer comer alguma coisa depois do cansaço e de ter dormido por mais de 10 horas.

         O dragão abre os grandes olhos amarelos e se levanta. Merida parecia encantada.

         - Merida, esse é o Banguela.

         Ela sorri.

         - Ei, amigão! – ela diz se aproximando – como você tá?

         Banguela estica a cabeça e Merida faz carinho nela, ainda falando como se estivesse com um cachorro ou uma criança.

         - Você é muito lindo! É, sim!

         Banguela abanou o rabo. Ele havia gostado dela!

         - Vamos comer alguma coisa, amigão? – pergunta Soluço, já sabendo a resposta.

         Banguela abana mais o rabo, fazendo Merida rir mais. Depois ela diminui o tom, olhando para Jack Frost e Rapunzel.

         - Vamos – ela sussurra.

         Bem devagar eles entram na floresta, agora bela e iluminada pelos raios de sol, buscando o lago que haviam visto quando chegaram.

         Banguela saiu voando e mergulhou no lago, fisgando os peixes num só movimento e comendo com felicidade.

         - Não é uma má ideia comer peixe, hoje... – diz Merida com uma expressão divertida.

         - Só se for para colocar numa fogueira!

         Ela ri.

         -Tudo bem.

         Eles se aproximam do lago e Soluço se lembra de uma coisa.

         - E Rapunzel?

         - A senhora “vegetariana”? – Merida ri com o comentário – procuramos alguma coisa para ela...

         Merida amarra o vestido na altura dos joelhos e começa a atirar nos peixes com muita rapidez. A cada peixe morto, ela retira a flecha do lago e o joga para a margem.

         Soluço os põe na improvisada cesta de galhos que fizera. Observando Merida e Banguela, pensando no que Jack Frost dissera:

         “Você daria um bom Guardião da Amizade!”.

         Ficou feliz com isso.

         Então ele sente um puxão na mão, que o leva até o lago. Molhando ele da cabeça aos pés.

         - MERIDA! – ele grita não resistindo à vontade de rir.

         - Desculpa – ela disse, também toda molhada – não resisti!

         Soluço pegou um punhado de água com as mãos em forma de concha e rapidamente jogou-a no rosto da ruiva. Ela fecha os olhos, com o reflexo, antes que a água atingisse-a. E um jato de água é jogado no rosto dele próprio. Agora quem ria era Merida.

         Ela nada até a borda do rio e sai dele. Depois ajuda Soluço a sair. Banguela parecia ter se divertido bastante com a guerra de água dos dois.

         Merida e Soluço viraram para trás e se deram com Rapunzel e Jack olhando para eles com os braços cruzados.

         - Diversão em uma missão para salvar o mundo... – diz Rapunzel em tom sério dificilmente contido – o que faremos com eles, Jack?

         Jack tentou disfarçar o sorriso.

         - Que tal um pouco de neve, Punz?

         - Concordo!

         Jack criou uma bola de neve com seus dedos e atirou-a em Merida. O impacto foi forte e a ruiva caiu de volta no rio. Soluço ficou assustado, pensando que a amiga tinha desmaiado ou algo assim.

         Mas quando ela se tornou visível, estava vermelha de tanto gargalhar.

         Soluço sentiu uma bola macia e gelada atingindo o próprio rosto. Espalhando uma sensação de felicidade por todo o corpo do viking. Era tanta que ele mesmo não conseguiu evitar a vontade de rir!

         Mas do que ria? Ria de Merida? Da situação? De finalmente algo animado e feliz estar acontecendo depois de tantos problemas? Ele não saberia responder, e se tentasse cairia na gargalhada.

         Soluço pulou no rio, bem próximo a Banguela.

         - Faz nevar, Jack! – gritava Rapunzel na margem do rio, que pulava no próprio cabelo.

         - Vocês querem que eu faça nevar?

         Merida tinha todo o cabelo molhado e ruivo tampando o rosto, ela puxa uma mecha para observar Jack e grita um ansioso “SIM” ao mesmo tempo em que Soluço.

         Jack bate o cajado no chão com delicadeza. E, ao fazê-lo, pequenos flocos de neve começaram a cair na grama verde.

         Merida e Soluço saem as pressas do rio, seguidos por Banguela e começam a se jogar na neve como se nunca tivessem visto aquilo na vida.

         Rapunzel os seguiu.

         Depois de guerras de bolas de neve, piadas se sentido, cosquinhas no Banguela e infinitos anjos de neve o grupo se cansou completamente.

         Eles fizeram a fogueira na margem do lago e Soluço se ofereceu para assar o peixe, enquanto Rapunzel fechava os olhos para não ver a cena.

         Foi o dia mais divertido que ele tivera.

         - Então, Jack – diz Rapunzel ainda de olhos fechados – que caminho seguiremos?

         - Não sei sobre esses amigos do Coelhão... Mas ele já deu informações suficientes para viajarmos em bolas de neve.

         - Bolas de neves? – pergunta Merida de boca cheia – tem como?

         - Aham! Os yetis amam fazer isso. Já me enfiaram num saco de batatas uma vez...

         Soluço deixou o peixe cair de tanto que ria.

         - Foi mal – ele diz quando consegue se controlar – só estou imaginando a cena.

         Jack dá de ombros.

         - Tudo bem! Maioria das pessoas tem essa reação...

         - O que faremos quando chegarmos lá, Jack? – pergunta Rapunzel, preocupada.

         - Achamos o tal Flyn Rider, pegamos a adaga, entramos em contato com Norte e enviamos a adaga para ele antes que Breu nos encontre.

         - Onde está o Norte?

         - Esta na Toca do Coelhão.

         Soluço fez força para não rir novamente. Ele terminou de comer o próprio peixe e se virou para lavar as gordurosas mãos no rio. Ao fazê-lo, Soluço viu algo estranho na água.

         - Pessoal... Tem alguma coisa ali...

         Rapunzel se aproximou, espiando. Aproximava-se perigosamente das águas misteriosas.

         - Também estou vendo – ela diz.

         - Punz – diz Jack – melhor tomar cuidado com isso.

         Rapunzel se aproxima e, num movimento rápido e medonho, uma mancha cinzenta a puxa para dentro do rio.


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Notas finais do capítulo

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