Vivo Por Ela escrita por MayLiam


Capítulo 21
Toda entrega tem dois lados


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu não pude postar antes, mas amanhã eu posto mais um de Vivo Por Ela e outro de Rainha do Egito, certo?
Boa leitura!



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–Eu não quero pensar... – minha mente projeta por meus lábios esta expressão quase desesperada, enquanto os lábios dele estão percorrendo meu pescoço, seus dentes roçam em minha mandíbula quando ele volta a me encarar.

–Não pense, Elena, eu só consigo pensar em sua pele e seu gosto em meus lábios agora. – a voz dele está rouca e baixa, a voz mais sensual que já ouvi em minha vida. – Eu só quero te sentir. E quero que sinta como eu estou apaixonado por você, e todo o amor que tenho para lhe dar.

Todos os meus músculos estão sofrendo espasmos, eu apenas permito que ele me pegue em seus braços e me guie até a cama, esquecendo do mundo lá fora, esquecendo culpa e medos.

Quando sinto a cama, e o encaro parado diante de mim, me olhando com tanta intensidade, sua mão acariciando meus cabelos, a outra presa à minha cintura, eu respiro fundo.

–Damon... – ele põe o dedo em meus lábios.

–Eu sei. – diz sussurrando, percebendo minha hesitação. Enquanto uma parte de mim quer gritar e correr de seus braços, a outra o deseja ardentemente. Nessa batalha interna em meu ser, sinto que quem está ganhando é o olhar intenso dele em mim.

Quando ele volta a me beijar, eu estou totalmente rendida, apenas absorvendo seus toques, me aquecendo em sua respiração. Ele me segura com firmeza, seus beijos são cálidos, e possuem um certo desespero. Sentindo o quanto me deseja, minha entrega é cada vez maior, e então eu o seguro, trazendo-o mais a mim. Minha mão sobe para seus ombros e eu afasto seu sobretudo, ele se agita e fica de joelhos na cama, livrando-se do sobre tudo, casaco, ficando apenas de colete. Assim que volta a me beijar, ele afasta a alça de meu vestido, expondo ainda mais meus ombros, e me beija ali, com doçura, me fazendo arrepiar.

Nos minutos seguintes eu passo a conhecer a habilidade do duque em despir uma mulher, mesmo com todas estas roupa que vestimos, e ele também me permite mostra-lo como retirar sua gravata em um único movimento. Ele é um homem lindo, intenso, um amante dedicado a sua parceira, me faz sentir desejada, querida e amada. Desfrutando de todas as sensações que me causa, me vejo sorrindo entre seus carinhos e ele me encara.

–E esse sorriso? – ele tem um sorriso tímido nos lábios, seus olhos expressam ansiedade, suas mãos acariciam minha face om ternura.

–Nunca me senti assim. – minha voz soa tão doce em meus ouvidos.

–Assim? – ele questiona engolindo.

–Eufórica, ansiosa, com tanto desejo. Como na primeira vez.

–É a nossa primeira vez. – ele diz, sua voz sutilmente fica grave, eu solto minha respiração, e estamos os dois agora, embaixo dos lençóis nos amando. O cheiro da pele dele, o calor que emana dela, o suor que começa a surgir entre nós, seus beijos...

Eu vou afundando em cada sensação, meu coração disparado. A adrenalina do momento se mesclando com as batidas do coração dele, fico imaginando se alguém vai invadir o quarto, e isso torna tudo mais intenso do que posso descrever. Quando Damon me faz dele, o sentimento de plenitude se antepõe a qualquer outro, os olhos dele estão nos meus, ele me encara com uma paixão abrasadora, lábios entreabertos, expressão de desejo e cuidado, ele fecha seus olhos por um momento, e encosta nossas testas sem parar de se mover dentro de mim.

–Elena... – suspira meu nome, como se tivesse voltado pra casa, depois de anos numa guerra.

Meus dedos estão pressionando sua nuca, suas mãos estão enterradas nos lençóis ao nosso lado, ele move-se com uma firmeza que me faz responder ao movimento com meu quadril, ele solta um som, semelhante a um homem prestes a brigar com tudo o que lhe resta. Neste momento minhas mãos começam a acariciar suas costas, ele abre seus olhos e segura meu rosto me beijando com tanta, mais tanta paixão, que tudo dentro de mim responde e eu começo a ofegar, sinto uma vontade crescente de mais e mais dele, os sons que estamos soltando juntos me entorpece, é como estar prestes a pular em um precipício, cravo as unhas em suas costas e ele rosna.

–Damon. – o nome sai de minha boca, mas é um grito da minha alma, me sinto estremecer enquanto ele me segura mais firme, respirando pesadamente contra meu pescoço.

Depois de uns segundos ele fica diante de meu olhar, eu quero guardar cada detalhe da expressão dele.

–Meu Deus! – ele sorri pra mim, e sinto que quero esconder-me entre os lençóis.

–O quê? – estou sentindo uma emoção e satisfação tão grande, que acho que deveria estar me mortificando de culpa por isso, mas não estou.

–Estou perdido. – ele sorri e deita-se ao meu lado, fica encarando o teto enquanto o encardo, o silencio permanece até ele voltar a olhar para mim.

–Você está perdido? – pergunto com tom sugestivo.

–Não venha com ironia agora. – ele fala sorrindo pra mim e eu viro em sua direção e ele faz o mesmo. – Eu vou querer fazer amor com você de novo, e não tenho certeza se você vai querer.

–Acho que concordamos que nesta situação, querer não é o nosso maior problema.

–Bem, é o único problema que pode me impedir. – ele fala sério. E depois acaricia meu braço em silêncio, pensativo. – Como se senti agora? Culpada? – seu olhar está triste, e eu sei que o certo seria dizer a ele que tudo foi um erro, mas depois do que acabei de fazer, pensar no que seria certo é muito hipócrita, e também, seria mentira.

–Não. – ele demonstra surpresa e alegria no olhar, está sorrindo. Por alguma razão eu começo a rir também e corro pro seu colo, descansando a cabeça em seu peito, ele me abraça apertado. – Poderia estar me sentindo horrível, mas não estou. Eu queria isso.

–Você tem um jeito estranho de demonstrar que me quer.- fala iniciando uma caricia em minhas costas.

–Damon... Você sabe porque eu hesitei. Aliás um motivo que era pra fazê-lo hesitar também.

–Tive mais motivos para insistir. – escutando ele é impossível não sorrir e me aconchegar melhor em seu peito.

Os minutos passam e ele é o primeiro que quebra nosso silêncio.

–Precisamos descer, em breve teremos o almoço. Você precisa se aprontar.

–Almoço? – sobressalto-me e o encarando, ele sorri e afirma. – Ficamos quanto tempo aqui? – ele faz uma expressão divertida.

–Bem, para você ter uma estimativa faz uma hora que você está em meu colo, acariciando meu peito e beijando meu pescoço.

–Você está falando isso com tom esnobe, duque. – digo levantando, mas sem sair de cima dele, ele apenas assenti e então nos beijamos novamente, de maneira apaixonada.

–Vou deixar você agora. – ele me beija mais uma vez e então levanta, e eu apenas o observo vestir-se, quando terminar, ele afunda a mão em seus cabelos bagunçados tentando discipliná-los. Enquanto arruma a gravata, começa a procurar seus sapatos pelo quarto.

Olhando para Damon agora, vejo nele um homem jovem e cheio de disposição, lindo e gentil, com atitudes e semblantes leves e descontraídos.

–Vou esperar você lá embaixo. – a frase me lembra uma parte desagradável deste dia.

–Com a condessa de Medsi. – ele cerra os olhos e se aproxima da cama, se curvando e me dando outro beijo.

–E pensando em você. – sorrimos e ele se vai e eu afundo nas amolfadas, suspirando.

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Quando desço pro almoço, vejo Damon e Andie conversando na sala, ela sorri de algo que ele diz, e eu noto como ele fica à vontade com ela. Ao me notar, ele fica de pé e sorri.

–Demorei? – pergunto e ele nega.

–Estávamos apenas lhe esperando, Jenna já chamou para a mesa. – Andie fala para mim, com um sorriso fraco. Eu não gosto dela.

–Então vamos. – digo e Damon indica que ela vá, e eu em seguida, quando ea se adianta um pouco mais sinto a mão dele em minha cintura e seu sopro em meu ouvido.

–Você está linda. – eu fico nervosa encarando a condessa poucos metros de nós e bato em sua mão, ouço seu riso.

O almoço foi calmo, a comida estava deliciosa, e por mais que não suportasse a ideia daquela mulher na casa, eu tinha outras coisas em mente. Coisas como a mão de Damon, tocando-me sob a mesa.

Eu fui para o quarto logo depois do almoço. Damon veio umas horas depois, me chamar para o chá, mas eu recusei, preferindo tocar no quarto, quando a empregada veio chamar para o jantar eu estava pronta para descer. Comecei a interagir melhor cm a condessa, ea e Damon falavam de tudo, ela conseguia manter uma boa conversa por horas, é uma mulher extremamente culta, e eles dão-se bem.

A noite se estenderia mais não fosse meu cansaço, mas para os dois parecia estar só começando, então resolvi me recolher, vesti minha roupa e estava penteando-me para deitar quando ouvi as batidas na porta. Já sabia que era ele.

–Você está bem? – ele perguntou se aproximando depois que o deixei entrar.

–Estou.

–Recolheu-se cedo. – diz sério – Você sentiu-se deslocada? – eu o estava encarando pelo espelho, então virei e fiquei frente a frente para responder.

–Consigo conversar sobre assuntos da coroa tanto quanto ela Damon, eles apenas não me interessam. Tenho muito disso, quase todos os dias, com seu irmão. – ele assenti e baixa a cabeça. Em meses convivendo com Damon, eu nunca vi nele antes o olhar que ele me dirigiu em seguida. – O que foi? – pergunto o olhando, há quase dor em sua expressão, e mesmo sabendo o que causou, eu quero que ele diga.

–Então esse é o momento em que você pensa em Stefan? – ele põe suas mãos nos bolsos esperando minha resposta. Eu viro e coloco a escova de volta na penteadeira, para depois ficar de pé e caminhar até onde ele está.

–Estou dizendo que poderia ficar mais tempo com vocês, mas estou cansada, porque o dia foi cheio de emoções. Mas não afasto a ideia de que temos que conversar sobre Stefan e sobre nós.

–Temos que conversar sobre isso.

–Temos. – afirmo indo pra mais perto e abraçando seu pescoço. – Mas outro dia, agora, já que veio me desejar boa noite... – ele me afasta.

–Quem disse que vim desejar boa noite? – desafia.

–Bem, já que veio até meu quarto fazer não se que coisa...

–Questioná-la sobre ter vindo se recolher tão cedo. - ele me interrompe.

–Já que veio até meu quarto buscar explicações... – digo e ele sorri abraçando minha cintura.

–E desejar boa noite. – completa sorrindo. Reviro os olhos.

–Já que veio me pedir explicações e desejar boa noite...

–Sim... – ele pede.

–Que tal fazer a segunda coisa que veio fazer agira?

–Agora? – assinto. O sorriso dele é como o de uma criança travessa.

–Boa noite! – ele diz e me solta.

–Ah! Damon... –falo sorrindo enquanto o vejo se afastar, para depois e ver votando até mim sorrindo. Ele me ergue ato e gira-me, me fazendo gritar de susto. Quando me põe no chão eu bato minhas mãos em seu peito. – Não faça mais isso eu quase... – e ele me beijar, um beijo intenso e maravilhoso, me sinto tonta quando ele se afasta.

–Boa noite, senhorita Gilbert. – seu sorriso é sedutor e maroto.

–Boa noite. – minha voz soa pateticamente fraca e vacilante. Ele vai até a porta.

Eu volto para a penteadeira, me encarando no espelho, tenho um riso tolo na face, estou corada, com o coração disparado e me sentindo mais viva do que nunca. Ele me faz bem, tanto que nem lembro a última vez que me senti assim. Interrompo meu riso, tomada por uma lembrança que evitei todo o dia. Stefan! O que vou fazer com Stefan?

É esse pensamento que veio me assombrar na hora do dia menos apropriada. E lutando com ele sobre meu travesseiro, aos poucos eu adormeço, imaginando a face vermelha e desolada de Stefan enquanto caio num sono perturbado.

.................................................

A rotina na casa de Damon acabou sendo mais agradável do que eu pensei ao vir para cá. Mesmo estando brigados quando cheguei e depois encontrando aquela mulher aqui, devo admitir que estes últimos dias estavam sendo agradáveis. Damon e eu conversamos sobre Stefan, ele aceitou me deixar contar para o irmão dele do meu jeito, e eu aceitei que ele me contasse tudo o que estava resolvendo com a condessa quando achasse melhor.

Nós éramos, agora, como adolescentes num romance proibido. Nos escondíamos dos olhos da condessa, dos empregados, das pessoas ao sairmos. Ele vinha em meu quarto quase todas as noites e por mais que eu quisesse me sentir mal, era impossível quando ele me beijava e eu correspondia, tudo parecia certo e tudo fazia sentido. Stefan me escrevia, escrevia para nós dois e dizia que as coisas estavam complexas na França, as que estavam caminhando para um resultado positivo.

Numa manhã, Andie saiu cedo da mansão e até a hora do almoço não havia retornado. Eu notei que Damon mal tocou na refeição, e então, perto do fim da tarde ele recebeu uma mensagem e saiu quase sem dar explicações, retornou depois do jantar, trazendo Andie no coo. Eu não quis perguntar nada. No outro dia ela não desceu, Damon dedicou muito de seu tempo a ela. Quase não deixava o seu quarto, levou pessoalmente cada refeição e não me dava muitos detalhes, o dia seguinte foi igual e o terceiro dia, e um quarto. Até que no fim da tarde do quarto dia, eu fui até seu escritório onde ele lia atentamente.

–Você não almoçou. – falei ao sentar. Seu semblante era tristonho.

–Não estou com fome, Elena.

–Me acompanha em um passeio?

–Não estou com ânimo para sair. – tento segurar minha raiva, mas foram quatro dias em total escuridão.

–E vai resolver lembrar que eu existo quando? – ele franze o cenho e abre a boca pra falar, mas não sai nada. Levando irritada.

Quando estou alcançando a porta sinto seu braço me puxar.

–Espere! – solto minha respiração, me livro de seu toque e me volto para encará-lo. – Me perdoe.- ele parece afito, tem estado assim estes dias. – Não posso partilhar com você algo que não me pertence, Elena, mas também não posso lhe tratar assim, me perdoe. – suavizo, porque ele está atormentado enquanto fala.

–Teve momentos nestes dias que você parece ter me esquecido totalmente. Por mais que tenha brigado comigo mesma, foi impossível não considerar que talvez, depois do que houve, seu amor por mim tivesse sido só um conto. – ele me olha de maneira mortal.

–Nem sequer deveria ter passado pela sua cabeça. Por mais que eu esteja angustiado com estes problemas, eu não paro de pensar em você. – ternamente ele segura meu rosto com carinho, e me olha intensamente. – Tenho tua imagem nos meus olhos, teu nome nos meus lábios, a tua lembrança no meu coração. Passe pelo o que passar, coisas assim são impossíveis de evitar. –fecho meus olhos e desfruto de seu toque. – Então, - ele me faz encará-lo – como você pode julgar que estais ausente de mim ou de minha vida, quando na verdade você é toda ela? – eu apenas nego suspirando. Fui tola.

–Me desculpe. Sua falta deixou-me insegura.

–Eu te amo, Elena. – diz e me beija docemente. Depois me abraça tão apertado, e eu me sinto segura outra vez.

–Eu também te amo.

–Vamos passar por isso, juntos. – apenas assinto, sentindo o cheiro de sua pele, aconchegando-me em seu pescoço.

Sinto que estamos caminhando pra um campo de batalha, só espero ter a força necessária para enfrentar tudo o que precisaremos.


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Notas finais do capítulo

Até amanhã, se for possível.
Beijos!



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