Vivo Por Ela escrita por MayLiam


Capítulo 10
Sem Ela


Notas iniciais do capítulo

Voltei!
Boa Leitura!



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Duque. – é Rebekah na porta de meu quarto. -O doutor Smith está lá embaixo para vê-lo. – me encolho na cama.

–E porque diabos ele não subiu de uma vez? – ela se aproxima da cama.

–Bem, senhor, ele estava acostumado a recebê-lo em seu escritório ultimamente. Eu também pensei que...

–Pesou errado, Rebekah. Não quero descer. Mande ele subir. Imediatamente!

–Como quiser. – mal posso ouvi-la.

Já faz quase três semanas que ela partiu. É quase o maldito mês inteiro da temporada de bailes e ela ainda não voltou. O pior foi que nem sequer, nenhuma vez, teve a decência de me enviar uma carta, ou ao menos responder às minhas.

Dane-se!

Ouço o médico chegar à porta de meu quarto.

–Duque de ValeFord. Acordou preguiçoso. – ele brinca ao soltar a maleta perto da mesinha no canto de minha cama. Rebekah observa da porta e eu apenas fico olhando para ele da cama.

–Menos gracejos e mais profissionalismo Elijah.

–Hum. Vejo que mal humorado também. O que deu em você estas semanas? Eu realmente notei uma melhora em você, mas agora... – ele hesita.

–O quê? Me diga que vou morrer e acabe logo com isso. – ele me olha com repreensão, eu acho.

–Duque, por favor. – se queixa Rebekah e eu a ignoro.

–Você bem que gostaria, certo? – ele pisca e eu bufo. – Pode nos dar licença senhorita? – Rebekah me olha e eu aceno pra que obedeça e só assim ela nos deixa. – Essa jovem parece um cão de guarda. Eu sempre odiei esse tipo de pessoa, mas pelo menos no seu caso é uma vantagem. – ele começa revirando a maleta para tirar de lá suas geringonças.

–Vantagem? – nem sei por que quero saber.

–É o cão de guarda mais bonito que já vi na vida. – típico.

–Está apaixonado, Elijah?

–Ela é bonita, mas eu tenho amor próprio. Está bem evidente para mim que, na verdade, a jovem dama morre de amores pelo senhor, caro duque.

–Não é como se fizesse alguma diferença para mim. – ele me encara sorrindo e vem até mim com seu estetoscópio e outras coisas mais.

–Está muito cansado para ficar sentado? Garanto que facilitaria o processo. – sem muita vontade me esforço para obedecer. Sinto o quarto inteiro girar e meus pulmões se apertam, me fazendo tossir agudamente. – Você não se cuida mesmo. Como posso confiar que segue minhas instruções, duque? – ele reclama, afastando o tecido de minha camisa e escutando meu coração, depois inverte a posição e fica me mandando respirar, soltar e prender o ar. A mesma coisa cansativa e desnecessária de sempre. – Se você não se cuidar mais vai acabar ficando tão doente quanto a senhorita Gilbert estava. – é impossível evitar que meu corpo estremeça quando ele fala seu nome. Eu poderia ser menos obvio? – Damon eu conheço você a um tempo...

–Alguns anos. – falo cortante.

–O que há de errado com você? – ele pergunta enquanto continua a me examinar.

–A que se refere?

–Vamos ser honestos. Você muda da água pro vinho, depois de anos. Adquire uma melhora considerável e, do nada, você regride tudo outra vez. – ele suspira – Bem, não foi do nada. Foi ela? – eu o encaro neste momento.

–Ela? – ele me encara olho no olho. – O quê?

–A noiva de seu irmão. De alguma forma a companhia dela lhe fez muito bem. A preocupação, os cuidados. Cuidando dela você acabou cuidando de você.

–Elijah, eu respeito muito o seu trabalho e você é o único médico de toda a província que eu ainda consigo respeitar. Por favor... Me diga que pretende deixar assim.

–E o que exatamente eu estaria fazendo para perder este posto? – ele pergunta todo esnobe. Que paspalho.

–Falando coisas desnecessárias e desagradáveis. Foque em sua tarefa e deixe de importunar-me com insinuações patéticas sobre o suposto bem estar que observou em mim.

–Suposto? – ele ironiza. – Sei que não gosta de me considerar assim, mas eu me considero seu amigo...

–Ah, pela misericórdia divina, não recomece... – eu tento, mas ele continua.

–Sabe que também é possível morrer de tristeza? – eu o olho como se ele tivesse contado uma piada. Justamente pra mim?

–Sei bem disto. Acredite-me. Sou praticamente um fantasma de um homem que morreu deste mal.

–Oh, agora você deixou-me comovido. – é impossível não sorrir, ele sorri também.

Ele continua com todos os exames. Minhas articulações, pressão arterial. Tudo.

Eu poderia considerar o que Elijah disse. Deixando todo o pensamento de raiva de lado, eu estava mesmo era magoado, com saudades e sim, triste. Porque ela não me respondeu? Certamente também não pretende cumprir a promessa. Talvez ela não volte mais. Melhor assim.

Sinto sua falta...

Fico com estas questões em minha mente. Rondando e mal percebo quando o doutor parte e Rebekah volta com meu almoço. Eu não quero comer. Eu não quero fazer nada. Tudo o que quero é ficar aqui, em meu quarto.

Eu não toco mais o piano, pois quando olho pro instrumento só consigo visualizar ela ao meu lado, com olhos cálidos e empolgados, atenta ao movimento de minhas mãos, com um belo sorriso na face. Não consigo descer até a biblioteca, pois cada parte daquele maldito lugar me lembra ela.

Mesmo meu quarto, que era meu único refúgio, virou um tormento, pois consigo vê-la em toda parte, em cima de minha cama, cuidando e mim.

Preciso esquecer esta mulher. O que diabos acontece comigo? Ela está longe e tem que ser assim. Ela não me pertence.

Noite ou outra me peguei descendo até a passagem secreta. Me peguei olhando pro seu quarto vazio. Posso jurar que senti seu perfume escapar pelas fretas ocultas e invadir minha face como uma droga letal. Essa droga está envenenando minha razão e me deixando doente. Sim, é ela a causa da minha doença. É uma doença que já foi capaz de me destruir, uma a qual eu jurei nunca mais me deixar ser pego. Eu evitaria este vírus, esta praga, esta bactéria que aninha-se no coração de um homem e o faz perder a razão, os sentidos... Essa doença que chamam amor.

Amor sim. Como eu pude deixar isto acontecer?

Daria tudo para ter ela comigo. Mas ela não é minha. Ela nunca será. E agora a realidade de sua distância me atingiu como uma adaga. Ela está cravada em meu peito, sufocando minha respiração, diminuindo meus dias e sugando minha essência.

Essência... Posso jurar que a anos eu não tinha mais nenhuma. Mas de alguma forma, com ela, eu redescobri.

Como me faz falta. Como eu a queria aqui.

–Duque... – ouço uma voz distante me chamar. – Duque?- está distante, mal a ouço. – Kol!?

Kol? Porque estão o chamando? Quem está o chamando?

Eu estou entorpecido?

–Eu preciso que me ajude... Ele precisa de um banho... Duque? Vamos colocar ele na banheira... Está tudo bem, eu estou aqui... Eu te amo!

–Elena?! – eu chamo. É ela? Ela voltou?

Minha mente está girando... Onde estou?

–Duque! – vejo ela diante de mim. – Vai ficar tudo bem. – forço a vista, eu preciso vê-la.

O rosto da bela Elena vai se tornando em um familiar... Rebekah.

–Rebekah?!- isso está errado. Que diabos!

–Shh. Tudo bem. Estou aqui.

–Onde está Kol? Finn? – luto contra o peso que meu corpo sente. Porque não consigo levantar? Porque tudo gira e meu corpo doi?

–Shh. Está tudo bem. Vou cuidar de você.

Não! Isto está errado... Não é ela...

–Elena! – eu sinto seus braços e sinto o perfume. Mas está me escapando.

Sua pele está quente, tão quente... Algo macio toca meus lábios. Um beijo! Sim ela me beijou.

–Elena...

–Sim. Estou aqui.

E é como se todo o meu mundo, minha vida, fosse entregue de volta pra mim.

....

Acordo. Meu quarto está escuro. Ao pé de minha cama vejo Rebekah, me observando. Eu me acomodo nas almofadas e tento sentar. Meu corpo está todo dolorido.

–Que horas são? – pergunto para ela.

–Pouco mais de sete da noite, senhor. O senhor teve febre, logo depois que o doutor saiu. Mas agora já parece bem melhor. – ela explica e se levanta. – Eu lhe trouxe uma sopa bem quente. Será bom fortificar o organismo.

Eu estou confuso. Posso jurar que estava com Elena ainda pouco. Esta mulher está me desestruturando ao ponto de me fazer delirar por ela. Que maldição!

–Aqui. – Rebekah, oferece a bandeja. Não tenho a mínima fome, mas eu preciso comer. A comida pode me ajudar a pensar melhor. Não posso deixar estes sentimentos causarem isto em mim. Não mesmo.

Eu me disponho a tomar a sopa. E ela é bem vinda em meu estômago. Acredito que estou com fome, ao fim das contas.

.........

–Você já está pronta? – Stefan surge na porta de meu quarto, para mais uma saída até a corte.

Damon tem toda razão. As pessoas na corte são vazias e superficiais. As mesmas conversas, as mesmas pessoas. Me senti entediada em minha primeira noite aqui.

–Só mais uns segundos, eu já vou descer. – falo e ele se resigna, saindo para me esperar no saguão.

Damon... Minha última esperança era que ele me respondesse. Ele ficou assim tão magoado com minha vinda? Ele não acreditou em minha promessa que voltaria? Cartas e mais cartas enviadas sem resposta alguma. Eu queria ao menos que ele preenchesse estes dias vazios. Nem mesmo Stefan com todo seu esforço vem sendo capaz de o fazer. Em meio aos seus compromissos com o rei. Os círculos que ele frequenta. É tudo tão enfadonho. Suspiro. Olhando novamente mais uma carta que possivelmente não terá resposta. Ao menos eu me sinto desabafar escrevendo-as.

Porque você não me responde?

Deixo o papel em minha escrivaninha. Amanhã, na primeira hora mandarei que levem até a cidade. Me encaro no espelho uma última vez. Me sinto cansada. O espartilho aqui é mais justo. Seria falta de compostura usar um mais frouxo. Sinto meus pulmões comprimidos e por vezes é quase impossível respirar. Me sinto sufocada no sentido literal e abstrato da palavra.

Por que você não me responde?

Vai se fechar de novo para mim?

Respiro fundo e meus pulmões reclamam em forma de tosse. Quando me recomponho saio do quarto e encontro Sage nos corredores a minha espera.

–Tudo bem, senhorita? – ela me encara com seu típico olhar maternal.

–Sim. – minha voz sai tão baixa.

–Ele ainda não lhe respondeu? – assinto – Isto é estranho...

–Talvez nem tanto. – falo enquanto caminhamos para o saguão.

–O duque realmente preza sua amizade, senhorita. É muito estranho ele não lhe responder.

–Bem, amanhã eu vou enviar-lhe outra. Para anunciar minha volta. Se ele não me responder então, talvez, seja melhor eu não partir. Meu lugar é ao lado de Stefan.

–O menino Stefan e você concordam que a corte não lhe fez muito bem. Você está aqui, com ele, mas as pessoas a sua volta não lhe agradam. Garanto que ele está ansioso para que volte. Por que acha que ele não lhe trouxe com ele desde o começo? Preferir deixar a noiva na companhia de criados e um irmão mal humorado... – Ela fala sugestiva e sorrimos juntas ao alcançar a entrada do saguão, onde Stefan nos espera.

–Preciso que peça para alguém levar uma carta a Damon amanhã. – digo a ele.

–Farei isso bem cedo.

–Sim, por favor.- ele me encara curioso.

–Ele lhe respondeu. – nego em silêncio.

–Não se sinta tão mal por isso. Se eu fosse contar as vezes que fiquei sem resposta às cartas que enviei a meu irmão... Bem, eu nunca mais pararia de contar. – ele diz sorrindo, me oferecendo o braço. O aceito de bom grado e saímos juntos, com Sage logo atrás rumo a mais uma noite na corte.

Minhas noites têm sido salvas pela companhia de Sage. Foi uma ótima ideia trazê-la. As moças na corte só sabem falar sobre os títulos de seus pais ou futuros maridos. E as senhoras não ficam atrás. É realmente cansativo.

Vejo uma mulher diferente adentrar o grande salão, logo depois que chegamos. Ela rapidamente chama a atenção dos demais. O rei em pessoa vai cumprimentá-la. Stefan chega até mim e Sage parece ter perdido a fala.

–Preciso que você conheça uma pessoa. – olho para Sage e ela está paralisada. Aceno para que nos siga e ela se demora um pouco antes de se mexer, mas finalmente o faz. Stefan me coloca diante do rei e da bela jovem. – Condessa Star, está é minha noiva, senhorita Gilbert. – ele diz em seu melhor tom cortês. – Elena, está é Condessa Andie Star.Temos a honra de vê-la de volta a corte após alguns anos em Paris.

Por que este nome não me é estranho? Ela me olha dos pés a cabeça, enquanto ambas nos curvamos em cumprimento.

–É uma bela jovem, caro duque. Uma beleza diferente da que estamos acostumados nas províncias. Você não é inglesa, é? – ela tem um tom altivo e arrogante, de certa forma ela me lembra alguém.

–Americana. – respondo forçando um riso e ela ergue a sobrancelha.

–Ora, ora. – diz e sorri. – Você foi longe duque. – diz a Stefan que parece muito constrangido.

–A condessa é muito bem sucedida em conquistas amorosas. Por isso troça assim de mim. – ele me explica. Ela sorri.

–É verdade. Consegui o impossível por várias vezes. Amoleci do coração mais duro ao homem mais saliente e sem princípios. O segundo caso inclui o nosso rei aqui. – ela fala e juro que notei o rei corar.

–Não seja tão má condessa. Meu marido superou sua fase. – diz a rainha ao se juntar ao grupo. – Acredito que seu maior feito foi com os duques de Vale Ford. – ela diz e eu pisco, encarando meu noivo que encara os pés. – Você sabia, senhorita Gilbert? – a rainha me indaga. – Stefan e Damon já foram apaixonados pela condessa. Embora eu considere apenas Damon um feito digno de premiação. Ele era muito descompromissado na época. – ela explica e acho que meu queixo cai mais.

–Sim. Recebi seu pedido com grande surpresa. – a condessa explica.

–E logo o rechaçou.- a rainha responde. – Andie, ouso dizer que você foi capaz de fazer o impossível de fato. O duque era mais cobiçado que meu marido, o príncipe na época. E você o rechaçou sem hesitar.

Andie... Sim! Eu me lembro. Ah meu Deus! A Andie dos pesadelos de Damon.

–Julgo ter feito o melhor para ele. Damon não estava pronto para se casar.

–Damon, hun?! Vejo que a sua noção de intimidade é desmedida seja com quem for. – e só agora eu noto que a rainha não agrada-se muito da companhia da condessa.

–Se me derem licença. – o rei pede e oferece o braço a esposa no tempo certo. Eu me viro para Sage atrás de mim e ela está ainda em choque.

–Vejo que Hayley não mudou muita coisa. – a condessa sorri para meu noivo.

–Você está fazendo uma volta triunfal. – Stefan brinca.

–Bem, deixe-me ver mais umas pessoas. Se me der licença... Duque, senhorita. – ela diz e se vai após se curvar.

–Pela sua cara acho que meu irmão lhe falou dela.

–Uma vez, mas não deu muitos detalhes.

–Ela estava fora. Acaba de voltar a corte. E já vai chegar causando um pouco de confusão.

–Isso é verdade?

–O quê?

–Você e Damon apaixonados por ela. – ele sorri.

–Não. Acontece que meu irmão e eu temos esta fama na corte, por causa de uma outra dama. Mas isso foi a muito tempo. E Damon desistiu dela logo que viu como eu era apaixonado. Acontece que ela não desistiu de Damon. E depois de tanto desprezo, ela deixou a Inglaterra e não soubemos mais dela.

–Outra dama?

–Sim. Vamos conversar com os Stenford. – ele diz apressado encerrando o assunto.

Pelo resto da noite não consigo parar de observar a condessa. Ela é uma mulher muito bonita, de fato. Mas são seus modos, suas atitudes e feições que a fazem se destacar. Certamente ela foge o padrão das mulheres que encontrei ao longo deste mês na corte.

Ela é um diferencial.

O que pra mim explica o fato de Damon gostar tanto dela. Ela com seu estilo polido e língua afiada, consegue deixar no chão os mais imponentes cavalheiros no salão. Ela é inteligente. Noto por sua conversa. Instruída e parece que estudada também. Conversa de investimentos e projetos melhor que muitos homens. Stefan me confidencia que é de agrado do rei tê-la no conselho, mas ele se retém pela visível antipatia que sua rainha nutre por ela.

O rei queria Damon e a quer. Eles podem aparentar menos como são perfeitos um para o outro?

Não sei porque o pensamento me inquieta. Talvez eu não goste dela. Certamente Damon segue tocado com o envolvimento que tiveram e o não que recebeu. Claramente a condessa não se sente igual. Nem ao menos perguntou sobre ele ou como tem passado. Será que ela sabe como ele está? O que ele tem vivido nestes últimos anos?

A volta a para casa é silenciosa. Quando estou sozinha no quarto com Sage encontro a hora perfeita para algumas perguntas.

–Ela sabe dele? – Sage interrompe por uns segundos o que faz e suspira.

–Sabe. – minha boca cai.

–Ela é tão fria.

–Ela não o ama. A condessa é feliz com sua fama de mulher destruidora de corações. Ela se orgulha disto. Como a rainha bem colocou, o duque foi certamente sua maior conquista. Eu ainda lembro de como ele esnobava ela no início e como ela se empenhou em desafiá-lo, e com isso, ganhou não só a sua atenção, mas também seu respeito, admiração, e por último, seu amor. Incondicional.

–Você acha que devo avisar sobre ela em minha carta? Posso colocar como uma nota ou algo assim.

–Não sei menina... – ela está duvidosa.

Depois de minutos pensando resolvo reescrever toda a carta. Espero que ele me responda desta vez.

“Caro, duque...

Não sei ao certo porque insiste em ignorar minhas correspondências, mas certamente esse deve ser mais um instinto seu, e de sua falta de cortesia. Não importa.

Espero que esta carta chegue a você em um bom momento. Onde esteja desfrutando de saúde e tranquilidade. As coisas aqui na corte estavam bem enfadonhas.

Sim, estavam.

Ontem à noite, em mais um baile, tive o prazer de ver enfim uma pequena agitação no círculo social da coroa. A volta de uma certa condessa.

Sinto sua falta. Espero que esteja bem. E que me responda. Devo estar de volta a sua casa poucos dias depois que esta carta chegar em suas mãos.

Fique bem.

Devo adiantar que a certa condessa de que falei e agitou o palácio do poder ostenta o nome de Andie Star?

Sim. Essa condessa.

Até breve.

Com estima e carinho, Elena.”

.............

Mais uma carta chega até minhas mãos... Ela não vai desistir.

Eu abro a correspondência de forma enfadonha.

–Prima, sabe que isso pode nos custar bem caro. – Kol resmunga.

–Eu negarei. Se você for tolo o bastante para nos entregar pode acreditar que aí sim, você estará em problemas.

Quando passo as vistas nas linhas escritas por ela meu coração dispara.

–O quê?

–Ela vai mesmo voltar. E a condessa Star chegou a corte. – boca de Kol se abre.

–A condessa Star? Tem certeza? – assinto. – Você tem um duplo problema.

–Só me incomodo de fato com um. O outro eu posso contornar, pois o duque esperava que ela não ligasse pra ele e ela acreditaria certamente na rudeza do duque. Mas quanto a condessa... É uma coisa ruim.

–Como vai fazer pra se livrar dela?

–Não vou precisar. Ela não liga para o duque. Não como a senhorita Gilbert. O problema será se o duque ainda se importar com ela.

–E eu repito a pergunta. Como pretende se livrar disso?

–Primeiro por partes. Primeiro a Gilbert.

–Já falei que você me dá medo Rebekah?Todos te acham tão doce e dedicada.

–Eu sou. Até demais. Mas é apenas para conseguir o que quero. Quero ser duquesa. Quero ser a esposa da casa de Vale Ford e não vou parar até conseguir.


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Notas finais do capítulo

Até logo!