Shark escrita por ervilha
Notas iniciais do capítulo
Poisé, mais um capítulo.
Obrigada a quem continua lendo ;*
- Karl… eu realmente, te quero. – O órgão dele estava ereto, eu sentia isso. Ele estava pronto para cometer as maiores loucuras comigo. Mas… eu não sou yaoi.
- Vicent, me desculpe, mas… você devia saber que eu não quero nada com você. Você é como um irmão para mim, então, não tente fazer sexo com seu irmão. – Eu me soltava dele e vestia uma camisola que ele tinha trazido para mim. – Isso é… errado.
Vi a depressão depressa chegando nos olhos dele, depois em todo rosto e, em breve, já todo ele estava em profunda tristeza. Ele controlava o choro, mas… era muito difícil para ele. Nada eu podia fazer, já que ele se aproveitara de mim ontem, e eu não queria isso de novo. Como eu já falei, tenho que manter minha reputação de heterossexual.
- Hum, senhor Karl, finalmente chegou! – Bella mastigava uma bolacha de água e sal.
- Err, bom dia senhorita Bella. O que a traz por cá? – Eu me sentava na cadeira da frente dela.
- Meu marido, seu arrendador, me falou de que nosso apartamento, ou melhor, o apartamento que o senhor Karl arrendou, está… digamos, vazia.
- Como vazia?! – Eu tinha pegue em uma bolachinha.
- É… os vizinhos de baixo e de cima relataram que um senhor, provavelmente um ladrão, entrou lá com uma equipe de mudanças e levaram de lá tudo. – Ela pegava em uma pasta. – Tem noção que terá que pagar tudo o que falta lá? – Bella desviava o olhar de meu rosto cada vez que eu apanhava ela olhando para mim.
- Sobre isso… não tem seguro de assalto? – Eu ria em seco, procurando apelar à bondade dela.
- Receio que não, senhor Karl. Terá que pagar tudo o que foi roubado.
- Estamos a falar de mais ou menos quanto…? – Na realidade, eu não queria nem saber. Será que dá para pagar em horas de “trabalhinho”?
- Quanto eu não sei… mas a gente tinha lá muita coisa. Muita mesmo. Penso que nem se você vender sua alma vai dar para pagar tudo.
- E… a senhorita, não pode fazer um desconto, não? – Eu sacudia meus cabelos marrom, com um leve tom loiro. Seduzir mulheres sempre foi meu forte. Principalmente com meus olhos verde-vivo.
- Mènage à trois? – Bella me atirava seu olhar sedutor. Com quem será que ela quereria fazer sexo a três?
- Com quem?
- Você… eu… e seu amigo, que, pelos vistos, é bem gatxénhô. – Ela enrolava seus cabelos em um dedo, procurando que eu achasse ela atraente. Mas… nem peito tinha.
- Não sei se o Vicent alinharia.
- Se o Vicent não participa, você terá que vender sua alma para o diabo e seu corpo para um monte de putas para conseguir pagar a merda da mobiliária!! – Ela estava muito estressada, e havia se levantado da cadeira.
- Bella… você é casada. – Eu clicava, sem fazer algum barulho, no gravador que tinha do lado da cadeira, que eu tinha descoberto logo depois de sentar lá.
- Sou casada e daí? – Bella sacudia seus longos cabelos pretos. – Não posso nem sequer fazer sexo com dois homens tão gostosões e bem-dotados?! – Ela se sentava. – Queria ver se você fosse casada com meu marido. Ele não dá nem para uma rapidinha. É daqueles de pouca potência. Minha vida precisa de mais ativo, se é que me entende.
- Claro… mas nunca experimentou falar isso para o seu marido? – Eu me certificava que o gravador estaria gravando tudinho da conversa.
- Acha que aquele cachaceiro quer saber alguma coisa de mim?! Ele só quer saber da merda dos negócios dele, e me usa que nem uma cachorra para fazer o que ele quer!
- Então, porquê ainda não se divorciou?
- Porque eu preciso do dinheiro dele, oras! Você acha que mulher vive sem dinheiro?! Ele me dá tudo o que eu quero… menos sexo, é certo, mas isso eu consigo com seus clientes!
Desliguei por fim o gravador.
- Você é realmente uma puta safada. – Eu me levantava da cadeira, com o gravador já no bolso.
- Sou mesmo, por isso que você vai fazer sexo a três comigo.
- Isso que vamos ver. – Eu acompanhei ela até a porta e me despedi com um sorriso malvado. – Agora eu vou vender isso ao marido dela. E vamos ver quem vai vender sua alma ao diabo.
- Vicent, você vai continuar aí choramingando durante muito mais tempo? – Eu falava da parte de fora da sala de visitas. – Temos que estar na empresa daqui a 30 minutos, e só temos 10!
- Certo, vamos indo então. – Ele se levantou, apoiando na mesa.
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Esse foi o último de hoje.
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