Alisson:

-Então recapitulando... Estavamos fazendo compras quando a Tori teve uma visão sobre o tal caçador e de repente ele está na nossa frente, sendo todo gentíl. Um dia depois ele aparece do nada no nosso colégio e diz que tem algo para mostrar pra Vick e ele tenta atacar ela. Então agora temos que matar ele... -Madisson tagarelava como se nenhuma de nós soubessemos o que esteve acontecendo nos ultimos dias.

-Ok. Ok. Nós já entendemos tudo isso, Mad. Temos que matar o caçador, mas como? -Vick parecia pensar.

-Primeiro temos que descobrir onde ele mora e atacarmos ele de surpresa. Será bom porque o caçador estará dormindo e nós usaremos a escuridão da noite como nossa aliada. -Vick deu sua ideia.

-Não vai dar certo. -Murmurei.

-Porque não Alisson? -Victoria me perguntou.

Como ela poderia ter ouvido? Ah é claro, os vampiros ouvem a distância. Temos um ouvido muito apurado.

-Porque primeiro sua ideia é ridícula. Pois a casa do caçador deve ser lotada de armadilhas para vampiros e vamos ser presas e mortas novamente. Segundo, é quase impossível nós conseguirmos ganhar de um caçador que tem um pacto com o diabo. Só acho que irmos até aquela casa será o mesmo de tentarmos um suícidio. -Expliquei.

-Tem um plano melhor? -Madisson provocou. Odeio quando ela se junta com a Victoria para me fazer concordar com elas.

-Não... Na verdade tenho. -Elas se espantaram. Provavelmente tinham medo do que eu estava prestes a dizer. -Já que o caçador gostou um pouco da Vick ou sei lá o que ele queria com ela. Ela poderia fingir estar interessada nele e chamar ele pra sair. Marcar um encontro em um lugar vazio, nós faziamos uma armadilha, sercavamos ele e matá- lo seria bem mais fácil. -Contei. Na verdade eu acho que meu plano seria melhor executado do que o da Vick.

-Primeiro: Ele não gostou de mim, ele queria me matar. Segundo: Você está maluca? Nunca que eu vou me arriscar tanto assim. Não vou fazer isso nunca. -Vick falou decidida.

-Podemos fazer do seu jeito, mas tenho certeza de que não irá dar certo. -Decidi concordar logo com elas. Assim essa conversa chata não iria se prolongar.

[...]

-Eu sei que ele é jogador de futebol americano lá na escola. -Maddie Falou.

-Como você pode saber disso? -Vick e Ali perguntaram ao mesmo tempo. As duas se olharam divertidamente ao perceber o que haviam feito e depois voltaram sua atenção a Madisson.

-Dias atrás eu estava conversando com as líderes de torcida, minhas amigas. Então o time de futebol americano passou por nós, as meninas começaram a se derreter por eles. E adivinha quem estava no meio deles? -Maddie esperava pela resposta.

-O caçador, nós sabemos. Continua logo Maddie. -Pediu Victoria.

-Exatamente, o nosso odiado caçador. As meninas me contaram que ele é jogador do time desde quando entrou no colegio à dois anos. -Terminou Madisson.

-Então o que concluímos? -Vick perguntou.

-Primeiro: Nosso caçador gosta de esportes. Segundo: A Maddie está hipnotizando as líderes de torcida para ser suas amiguinhas zumbis. -Falei me segurando para não rir. Vick fazia o mesmo. Maddie me mostrou o dedo do meio e fez careta. -É sério, no que isso vai nos ajudar? Grande coisa ele ser jogador de fultebol.

-Falando sério.. Por favor. -Vick pediu agora recuperando sua postura séria. -Podemos "conversar" com um dos amigos dele e descobrir onde ele mora. -Ela fez aspas com os dedos quando disse conversar ,obviamente ela estava querendo dizer que iriamos hipnotizar os amigos dele.

-Então o que estamos esperando? Vamos nessa. -Disse já pulando do sofá e indo rapidamente até a porta. -Vocês não vem?

[...]

Victoria:

O campo de futebol americano estava lotado de jogadores suados, sem camisetas e com certeza gatos. Entre eles um certo jogador que nos interessava, e muito. 

Ele estava sentado no canto esquerdo do campo, sem camisa. Seus lindos cabelos pretos estavam caídos e grudados ao suor em sua testa. Seus olhos azuis brilhavam com a luz do sol que batia em seu rosto. Seu corpo definido. Ele tinha uma aparência totalmente angelical. Tudo me deixava ainda mais apaixonada por ele.

Quando olhei novamente para ele tomei um breve susto. Ele fitava seus olhos por mim. Isso me deixou constrangida e um pouco irritada por sentir essas coisas por ele. 

Nossos olhos se encontraram. Eu havia me esquecido totalmente qual era o motivo de eu estar ali com minhas amigas. Minhas amigas. Droga! Elas já estavam no meio do campo, conversando com alguns jogadores.

Tinha uns quinze jogadores rodeando elas. Desci a arquibancada correndo e fui até o encontro delas.

-Perdi alguma coisa? -Perguntei quando cheguei ao centro da roda onde as meninas estavam.

-Já cansou de olhar pro caçador gatinho? -Alisson provocou. Apenas ignorei.

-Madisson?- Chamei.

-Não perdeu nada, apenas estamos tentando descobrir qual deles sabe o que precisamos. -Madisson começou a falar. -Aquele. -Ela apontou para um garoto de cabelo loiro meio dourado, olhos castanhos claro, que estava sentado na arquibancada. -Ele é o melhor amigo do caçador.

Fomos até ele. O garoto pareceu assustado por ter nossa compania. Alisson se sentou ao seu lado na arquibancada, Maddie abraçou seu pescoço por trás e eu fiquei parado na sua frente.

-Venha conosco. Não se preocupe. Não iremos te machucar. -Disse olhando no fundo de seus olhos. Ele apenas assentiu e nos acompanhou para fora do campo. Fomos até o estacionamento.

Sei que não havia sido uma coisa muito inteligente hipnotizar um garoto na frente de um caçador de vampiros, mas não tinhamos escolha. Com certeza, se ele não sabia quem nós eramos, agora ele descobriu. Tentamos ser discretas. Mas tinha um mal presentimento.

-Madisson volte para o campo e fique de olho no caçador. Não deixe ele sair de lá. Ele não pode saber o que estamos fazendo. -No mesmo momento Maddie foi em disparada de volta pra o campo.

-Por onde começamos? -Alisson perguntou.

-O que vocês fizeram comigo? Porque não consigo me mexer. -O garoto choramingava. -Me deixem ir, por favor.

-Depois que conseguirmos a informação que precisamos. Eu vou me alimentar dele. Sangue fresco é sempre melhor do que os congelados. -Alisson mostrou suas presas para o garoto que imediatamente começou a chorar.

-Não vai comer ele. -Disse taxativa. -Podemos precisar dele para planos futuros. E também... Ele é amigo do caçador e é claro que o Liam sentiria a falta dele.

-Táh. Fazer o que?!

-Então... Onde o Liam mora? -Hipnotizei- o.

-Ele mora perto de uma floresta. A oeste. Do outro lado do lago. A casa é uma grande mansão dos anos 50, mas a casa é muito bem cuidada. É um lugar bem sombrio. Eu nem gosto de visitá- los. Tenho medo. -O garoto contou.

-Ótimo. Volte para seus amigos. Se perguntarem diga que você estava apenas tomando um ar. Você não nos viu, não conversou conosco. Você nem se lembra de nós. Essa conversa nunca aconteceu. Agora vai. -Alisson hipnotizou- o e apagou sua memória brevemente. Esperamos o garoto sair de perto para depois voltar a conversar.

-Ele mora do outro lado do lago? Depois da floresta? -Alisson praticamente gritou. Deu para perceber o desespero em sua voz.

-Ele mora do outro lado da floresta. À uns mil quilômetros da nossa casa. Droga! -O destino estava de brincadeira conosco.

-Descobriram alguma coisa? -Maddie já chegou perguntando.

-Parece que somos vizinhas do caçador. -Disse ficando um pouco nervosa. Ela se assustou.

-O nosso caçador nem desconfiou? -Perguntou Alisson.

-Não. Ele continuou sentado no seu lugar durante uns dez minutos. Depois foi jogar.

-Ótimo. Hoje à noite iremos atacar ele.

[...]

/duas horas da madrugada/ Noite/