"-Porque ela tinha que ser tão curiosa? Eu avisei a ela que aquelo iria nos matar, mas ela não ouviu. -Victoria dizia entre soluços. Seu travesseiro já estava encharcado por suas lágrima.

–Agora essa maldição nos perseguirá pelo resto de nossas vidas. -Madisson completou.

Ouve- se barulhos vindos do andar de baixo da casa, as meninas rapidamente se levantam da cama da amiga.

–É ele, ele veio nos matar. -Victoria começou a choramingar.

–O que vamos fazer? Não temos chances contra eles. -Madisson confirmou.

–Mas vamos ter que tentar, não vamos desistir. -Alisson invadiu o quarto, entrando pela janela do quarto da amiga. -Eu sinto muito. -Lamentou. -Vamos passar por essa juntas.

–Como um grupo. -Madisson completou.

–Vamos acabar com esse cara agora mesmo... -Victoria olhava para a porta com convicção. Ela agora sabia que poderia vencer, pois as amigas estavam unidas.

A porta se abriu, tudo estava prestes a começar... "

/Abril de 1913/

Era um fim de tarde frio e escuro na cidade de Dallas. Alisson andava apressadamente pelas ruas já escuras. O medo da chuva que havia ameaçado cair durante o dia todo fazia ela praticamente correr.

Seu vestido branco voava de seu corpo, Alisson sentia o vento gelado em seu rosto, fazendo a mesma tremer de frio.

Alisson sente pingos gelados de chuva caindo sobre seu rosto, logo tudo a sua volta começa a ficar molhada, a mesma começa a andar cada vez mais rapido. E acaba entrando na primeira loja que vê pela frente.

Uma livraria! Ela havia entrado em uma livraria. O lugar mais abominado e odiado pela mesma. Não é que ela fosse burra ou não gostasse de ler. Como ela mesma dizia: "Não gosto de livros porque eu odeio a ansiedade e curiosidade que isso me causa, me dá vontade de ler o fim do livro logo, e muitas vezes me decepsiono com o final, então percebi que livros são perda de tempo".

Alisson estava com a testa encostada na janela, olhando para o lado de fora. Logo percebeu que aquela chuva não acabaria muito cedo, então decidiu dar uma olhada nos livros da loja.

Passava de corredor em corredor, olhando cada uma das pratileiras, nada chamava sua atenção. Alisson já estava ficando chateada, poderia estar em uma grande baile de fim de ano na casa de sua amiga Victoria, mas não, estava presa ali naquele lugar dessintereçante e deprimente.

Ouvia os sons que viam do céu, trovoadas, a chuva deveria estar parando.

Sentou em uma das mesas no fundo da loja, pegou algumas jornais e começou a folear. Foi procurar mais jornais e acabou entrando em um corredor estranho, a garota não o reconhecia. Olhou para as prateleiras, livros com nomes como "Demonios", "Possesão", "Rituais", "Anjos e Demonios" ... Tudo a deixou bem assustada.

Ela ouviu um barulho atrás dela, se virou com cautela, tinha medo do que havia atrás dela, se virou... Não havia nada, apenas um livro pequenino que havia caido da prateleira. Olhou para a capa preta, o nome era "Imortalidade", desenhado um cadeado na capa, escrito em latim logo a baixo "Duis iste liber aperto vales vitam mutaveris in aeternum" (tradução: Tenha certeza do que esta fazendo, quando você abrir esse livro sua vida mudará para sempre). Alisson estremeceu ao terminar de ler, o que isso significava? Ela precisava saber.

Uma coisa que todos sabiam sobre Alisson é, ela pode ter medo, mas é a mais curiosa de todos, se coloca uma coisa na cabeça, ninguém pode tirar.

Alisson queria saber o que tinha no livro e faria de tudo para descobrir... Abriu sua pequena bolsa e colocou o livro com bastante cuidado, para ter certeza que ninguém iria reparar.

Foi até a porta, se despediu do dono da loja (Amigo de seus pais). Aproveitou que a chuva havia parado e continuou seu caminho até a casa de sua amiga.

Em alguns minutos, Alisson já estava na porta da casa de sua amiga, tocou a campainha, não demorou muito e Victoria e Madisson abriram a porta.

–Olá Ali. Entre por favor. -Madisson abriu passagem para que Alisson pudesse entrar.

–Porque demorastes tanto para chegar? -Victoria perguntou. Todas se sentaram no sofá da sala da casa de Victoria.

–Estava a caminho de sua propriedade, quando a chuva me pegou de surpresa. Tive que esperar até a mesma parar. -Alisson logo respondeu.

–Aonde esta seu baile de maravilhosa? -Alisson perguntou já se animando. A garota amava bailes.

–Está acontecendo em meu quintal, estas incrivel. Vamos lá. -Victoria chamou as duas garotas.

As garotas se levantaram e foram aproveitar o baile. Algo simples, mas muito bonito. O quintal da casa de Victoria era muito espaçosso e tinha muita natureza... Algumas mesas espalhadas pelo local, elas estavam lotadas de comida. O lugar estava cheio de gente, dançando musicas lentas. Estava um clima bem agradável.

–Quase esqueci. -Exclamou Alisson. -Tenho uma coisa muito importante para mostrar para vocês. Acho que iram amar. -As duas garotas a encararam com curiosidade.

As três voltaram para dentro da casa, Alisson procurava pelo livro. Sua bolsa era tão grande, que um livro pequeno como aquele poderia se perder (N/A: Essa ultima parte foi ironia, sua bolsa era pequena,ok??? :)).

–O que tens em sua bolsa? -Victoria, curiosa como sempre perguntou.

–Como persebestes que tens algo de estranho em minha bolsa? -Perguntou desconfiada.

–Esta estufada, e tu está com cara de culpada. E estas procurando com muita preocupação, algo estas muito errado. -Logo Madisson respondeu. -O que você fez?

–Acabei parando em uma livraria, achei este livro estranho. E o peguei emprestado. -A garota disse emprestado fazendo aspas com os dedos. Ela parecia orgulhosa. As amigas a olharam assustada. Elas sabiam que Alisson não era uma boa influencia, mas roubar era novidade.

–Tu roubastes. Estas louca? -Victoria gritou.

–Sr. Thomas é amigo de meus parentes, não vejo problema nisto. Afinal ele é tão ladrão quanto qualquer pessoa desta mesma cidade. -Alisson se explicava. As amigas perceberam que não adiantaria em nada brigar com a mesma, então decidiram ignorar o fato do livro ser roubado.

–Deixe me ver este tal livro estranho que roubastes. -Victoria pediu. Alisson pegou o livro dentro de sua bolsa e o entregou a Victoria.

–"Imortalidade" -Victoria e Madisson leram ao mesmo tempo. Parecia até ensaiado.

–Estranho, não?- Alisson exclamou. -Em baixo disses para não abrir, pois jogaram um feitiço que mudará nossa vida para sempre. -Alisson disse passando a mão sobre as pequenas letras em latin escrito na capa.

–Devemos abrir? -Madisson perguntou. Alisson deu de ombros. Victoria não havia parado de olhar para o livro desda hora que o entregaram a ela.

–Este éres um livro de maldições, não devemos abrir. Ele nunca deveria ter saido do lugar aonde foi encontrado. Este mesmo livro destruira nossa vida se o abrirmos. Ali deve devolvê- lo agora mesmo. -Ordenou Victoria.

–Como tu sabes tanto sobre esse tal livro? -Madisson perguntou.

–Minha avó era sensitiva, ela sabia muito sobre essas maldições, ela me contava sobre várias maldições, e uma algumas eram feitas por rituais que vinham escritos em livros, assim como este. -Ela dizia séria. -Apenas acho uma má ideia. Mas vocês decidem.

As garotas ficaram discutindo sobre se deviam abrir o livro ou não. Descobrir o secredo maligno que aquele livro escondia seria incrivel, mas o medo da maldição ser verdadeira, as atormentava.

–Tudo bem, Tudo bem. Vamos abrir o livro. -Victoria se rendeu.

Continua....