Violetta

Não consegui dormi a noite inteira quem conseguiria depois do que vi. Minha irmã? Não podia acreditar que o que Louis me disse era verdade. Minha mãe, por outro lado, não se importou. Aquela garota não era normal, em apenas três dias de nascida parecia ter três meses. Mas, ninguém se admirava com a rapidez com que Esther vinha crescendo. Era tão estranho. Quando minha mãe falava para cuidar dela. Ela me olhava como se me conhecesse, muito bem. E as únicas pessoas para qual ela sorria era minha mãe e Taite.

Constance não se desgrudava um minuto da Esther, tão pequena e tão terrível. Ás vezes eu perguntava se ela não notava o crescimento precoce de Esther. Ela não falava nada. Talvez eles queiram que eu enlouqueça. Ou não querem encarar a verdade como eu.

Conversei muito com Louis sobre minha irmã. Ele disse que se tudo isso realmente está acontecendo e melhor ter cuidado. Esse bebê não é tão inofensivo quanto eu imagino. Mas minha mãe está achando ótimo. Por quê? Meu pai voltou para casa. E o aviso de vende-se foi retirado. Pelo menos até agora Esther parece um bebê quase normal.

Vivian

O tempo estava voando. Esther já estava engatinhando, tão perfeita. O dia de ação de graças se aproximava. E ver minha família junta de novo me causava alegria. Tom havia voltado para casa, algumas vezes ele lembrava que não era pai de Esther, mas se não era ele. Quem era? Isso não importava muito, porque para mim sempre seria Tom.

Violetta não gostava de passar muito tempo com a irmã. Deve ser porque estamos dando toda a atenção à ela. Já expliquei várias vezes que Esther é um bebê e por mais que eu fale ela sempre diz coisas estranhas a respeito dela. Tudo bem, adolescentes gostam de chamar atenção.Então eu ignorava. O importante era ver minha família feliz.

Taite

Eu não queria lembrar, não! Mas minha mãe dava um jeito, um jeito de me lembrar a verdade, acho que isso seria minha punição por fazer as coisas erradas. Vivian não era Violetta, apesar da semelhança, da pele macia, do cabelo castanho claro e dos olhos escuros penetrantes. Elas não eram as mesmas pessoas. Violetta era Vivian no passado, Vivian era Violetta no futuro. E as duas tinham a mesma perfeição. Eu nunca poderia imaginar que teria um filho. Desde quando os mortos podem ter filhos? Não isso estava errado. Tudo estava errado. Eu deveria ter atravessado o portal à tempos, mas algo me fez ficar. Foi a casa. Ela atrai as pessoas para si. Nunca nos deixaria sair. Nunca.

Esther era minha filha, se era. Então porque não sinto nada por ela? Eu não deveria ama-lá incondicionalmente? Mas, não. Eu a odeio por ter acabado com tudo. Não demorara para Violetta descobri. Afinal Esther se parece comigo, mas comigo do que com Vivian. Ela e loira e tem os mesmos olhos que os meus. Ela me olha como se soubesse quem sou. Já com doutor Tom, Esther parece não gostar dele. O que não me admira porque Violetta também não. Mas Esther. Parece que ela sabe o que faz. Apesar de ter alguns meses.

Vivian e minha mãe estão muito amigas. Vivian nos convidou para passarmos o dia de Ação de Graças aqui. Minha mãe aceitou e claro e disse que me levaria junto. Estava por ai quando encontrei com Violetta.

– Vamos por porão antes que meu pai te veja aqui – chamou ela.

– Tá. – Respondi descemos até o porão, onde começamos a procurar por algo.

Achei uma caixa.

– O que é isso? – Me perguntou Violetta.

– Vou abrir para ver – falei puxando a tampa. – São fotos – eu peguei e comecei olhar e passar para Violetta.

– Quem são esses? – Ela me perguntou curiosa.

– É o Doutor Charles e sua mulher. – Quando passamos para a próxima foto ficamos surpresos.

– Esther? – Gritou Violetta para si mesma.