Pedaços Da Vida - Bônus De Meu Amor escrita por Morgana


Capítulo 3
Excerto


Notas iniciais do capítulo

Extra do capítulo 08, depois que Nalla sai da sala de recuperação de Andhras.



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Andhras e Pheonia

Quando Nalla saiu da sala, Andhras respirou fundo. Oh, querida Virgem do Fade, seu peito doía muito. Parecia que lhe tinham arrancado o coração. Fechou os olhos e deixou a cabeça pender para trás sobre o travesseiro.

Estava cansado. E nem havia feito nada para se forçar.

“Ainda deseja se alimentar, senhor?” Pheonia murmurou.

Andy a olhou. Parecia ansiosa. Remexia a manga do roupão freneticamente.

“Sim” pigarreou. A garganta estava seca, e o estômago, dolorido. “Por favor”

Ela sentou na beirada da cama, e abriu mais a lapela do roupão que usava.

O coração do guerreiro disparou. A visão do pescoço branco e macio da fêmea fez seu estômago contrair fortemente em antecipação. Mas estava alarmado, também. Queria se alimentar, mas sentia que estava traindo Nalla, aqui, sozinho com a Escolhida.

“O que estás fazendo?” sua voz um misto de raiva e indignação quando ela se inclinou para baixo. “Posso tomar de seu pulso.”

A fêmea ficou desconcertada por um segundo, olhando para suas próprias mãos.

“Precisa de mais sangue, meu senhor. E como do pulso não parece ter sido suficiente, achei que...” ficou mais vermelha que antes. Andhras se compadeceu. Ela só queria ajudá-lo, então?

“Tudo bem, Escolhida. Aceito seu presente. Obrigado”

Pheonia sorriu brilhantemente, ajeitou os cabelos presos no coque e inclinou-se para o macho, expondo a garganta.

Andhras estremeceu ao sentir o corpo da fêmea sobre o seu. Não porque ela o estava machucando, mas porque não queria aquele contato. Queria que fosse Nalla. Desejava poder sair correndo e pedir desculpas.

Não foi o que fez, no entanto. Ao sentir o cheiro de Pheonia, o instinto do Irmão falou mais alto: desnudou as presas e a mordeu com força, fazendo um barulho como de uma pantera. Uma mão segurou a cabeça da Escolhida com força, no lugar, e a outra estava em suas costas, apertando o corpo frágil.

Andhras gemeu quando sentiu o gosto do sangue. Precisava daquela força.

*

Pheonia assustou-se com a força do agarre. Estava surpresa em como, mesmo depois de tanto tempo debilitado, o Irmão ainda era forte. Quando ele gemeu, sentiu-se aquecer por inteiro; e quando ele sugou, os espasmos foram direto para o meio de suas pernas.

Aproveitou que ele a segurava no lugar, e começou a tocá-lo. Primeiro passou as mãos pelos ombros, depois pelo peitoral, e desceu para a barriga. Era lindo, e pela primeira vez, desejou um macho para si. Um amor. O Irmão Andhras.

Mexeu-se para tocá-lo mais, porém ele travou os braços e a manteve parada. O que fez o calor em seu baixo ventre aumentar, e um formigamento delicioso se instalar em seus seios.

O ritmo da sucção foi tão contagiante para a Escolhida, que logo ela estava inquieta. Precisava se mover. Precisava de...

O guerreiro rosnou, ainda agarrado a ela, e desceu a mão que segurava sua cabeça para acariciar o outro lado do pescoço, e depois o ombro. Pheonia sentiu a pele queimar nos lugares onde os dedos dele passaram.

Orou à Virgem Escriba que ele a quisesse tanto quanto o queria. Poderiam ser felizes.

Andhras se remexeu na maca, gemendo, e a acariciando no ombro, costas e quadril.

O cheiro da excitação dele a atingiu e estimulou. Voltou a acariciar o peito do macho. Queria ser dele. E quando saísse dessa cama de hospital, deixaria-o possuí-la como quisesse.

Ele diminuiu o ritmo e parou de sugar, lambeu-lhe o pescoço para cicatrizar, e a olhou.

Pheonia perdeu o fôlego.

Querida Virgem Escriba, os olhos mais lindos... Quentes e líquidos, cheios de paixão.

A Escolhida começou a sorrir, e estava pronta para dizer como se sentia, quando viu que a paixão se tornou terror, e que ele não mais a segurava. De fato, estava tentando se afastar dela.

*

Andhras empurrou a fêmea para longe de si o mais delicadamente que pode, e passou as mãos nos cabelos.

Virgem, ia fazer uma merda grande, não?

Estava tão levado pelo instinto, que imaginou Nalla no lugar da Escolhida. Os cheiros da fêmeas eram bem diferentes, mas o lado animal foi tão mais forte, que o arrebatou. Ficara excitadíssimo ao imaginar que era sua fêmea ali, e mais ainda quando a excitação da Escolhida o apanhou.

Deeeeeeeus, e pensar que poderia ter colocado tudo a perder.

Cobriu o rosto com o braço esquerdo e pensou se não seria melhor só atirar em si mesmo. Na boca. Assim acabava com essa merda toda.

“Está... tudo bem, meu senhor?” e aí está: a fêmea era mais corajosa que ele. Andy suspirou e baixou o braço, não querendo encará-la.

“Não, não está” pigarreou. Ah, diabos, ela merecia ao menos um pedido de desculpas olho-no-olho. Então a fitou. “Sinto muito pelo que houve aqui, Escolhida. Não deveria ter acontecido, e prometo que não se repetirá. Jamais quis ferir sua hon-”

“Está tudo bem.” Ela o cortou. Um sorriso se insinuando. “Não feriu minha honra, guerreiro. Eu...” ela desviou o olhar e respirou fundo. “Eu o desejo, também.”

Andy sentiu seus olhos se esbugalharem. Eeeeeeeeeeeeeeeee a merda era pior do que ele pensava. Abriu a boca, mas não sabia o que dizer. Ou melhor, até sabia... Mas como?

Esfregou os cabelos e olhou o teto. Virgem, não poderia ser mais fácil?

“Sinto muito, senhora.” Começou. Estava apavorado com a ideia de magoá-la, mas não Havia nada que pudesse fazer. Eram tão frágeis... A encarou mais uma vez. “Eu não... ah... eu desejo outra pessoa.” Murmurou. Sabia que doía. Não era insensível. “Não quis iludi-la, só... Me desculpe. Eu a confundi... Eu...” Desgraça! Cada palavra só parecia piorar! “Porra... Digo... Me desculpe. Mesmo. Nunca quis magoá-la, só não esperava.”

Pheonia encarava o chão, agora. Estava pálida e tremente. Mesmo assim, sorriu um pouco, o encarou por um segundo, e depois se curvou na altura da cintura.

“Eu agradeço, guerreiro, por seu serviço à raça. És muito valoroso. E as Escolhidas tem o prazer de servi-lo e à Irmandade.”

“Pheonia, espere...”

“Devo ir, agora.” Ela continuou ainda curvada. “Boa noite e boa recuperação, meu senhor.”

“Pheonia...” Andhras sentou com dificuldade e estendeu a mão para a fêmea, que recuou e saiu do aposento sem olhara para trás.

Andy ainda encarou a porta uns minutos mais, antes de se deitar novamente.

Aquele, definitivamente, não era seu dia.


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Notas finais do capítulo

Muito beem! Muito beem!
Olá, Finalmente um novo capítulo!
Adianto logo
que já tem mais três no "forno"! ahsuahus
Férias = produtividade!
Espero que tenham gostado, e não me matem, por favor!
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http://meuamorfanficofficial.tumblr.com/

Beijo beijo!!

11 de junho de 2013