_Laine, hora da morte? –Perguntou Kate ainda abismada. Era um daqueles casos estranhos o qual ela não gostaria de estar envolvida.

_Ele morreu há uma hora. –Laine falou.

_Espo, temos testemunhas?

_Tudo o que sabemos até agora Beckett é que ele estava caminhando por aqui, parecia nervoso, alguns corredores o avistaram, mas não deram muita atenção.

_Eu acho que eu sei o porquê dele estar nervoso. –Castle disse apontando para um pequeno vidro no bolso da calça de Steven. Laine retirou o vidro com cuidado e colocou dentro de um saco.

_Você acha que isto foi o que matou David? –Beckett perguntou.

_Pode ser de qualquer forma eles terão que ver o que é essa substancia, mas eu aposto em morfina. Agora por que ele matou o amigo?

_Ei vocês dois, estão esquecendo-se desse morto aqui, nenhum dos dois parou para prestar atenção em Steven? –Beckett e Castle olharam com mais atenção o corpo e entenderam o que Laine queria dizer, a marca do tiro que ele levou no peito esquerdo não era uma coisa que desse para ignorar facilmente.

_Quem fez isso, queria realmente machuca-lo. –Espo disse.

_Sinais de luta, Laine?

_Não, quem quer que tenha feito isso, nem chegou perto do Steven. Kate, eu vou levar o corpo para o laboratório, assim que eu obtiver mais informações eu te ligo.

_Certo. –Kate sorriu.

_Sou só eu, ou está tudo muito estranho por aqui?

_Vamos voltar para a delegacia Castle.

_Beckett, pelo menos achamos o assassino do David.

_Ainda não temos certeza se foi ele, e mesmo se foi o Steven, não sabemos o seu motivo, e nem por que ele acabou morto.

_Certo.

Eles foram todo o caminho para a delegacia em silencio, nenhum dos dois estava se importando em quebrar esse silencio. Tudo intrigava Kate.

Quando chegaram a delegacia, tentaram saber um pouco mais sobre aquela conta que fora desativada a dezoito anos atrás. Quem quer que fosse o dono dessa conta sabia encobrir seus rastros muito bem.

O telefone tocou.

_Beckett.

_Ei garota, é a Laine, tenho boas noticias para vocês.

_Estamos a caminho. –Kate pegou seu casaco que estava pendurado na cadeira e Castle a seguiu. Foram até o necrotério e Laine os esperava.

_Qual boa noticia?

_O tecido encontrado em baixo das unhas de David era realmente de Steven, e o conteúdo do vidro era realmente morfina. Não demorou muito, demorou?

_Apenas duas horas dessa vez Laine.

_E Kate, precisamos da confirmação da balística, mas aparentemente foi uma quarenta e cinco milímetros.

_Certo obrigado Laine.

_Não há de que garota.

Beckett e Castle voltaram para a delegacia. Já estava tarde, e tudo o que Kate queria era um bom banho e sua cama.

_Ei Castle, eu já vou indo, estou cansada e ficar aqui não vai me ajudar em muita coisa.

_Certo. –Ele disse sorrindo.

_Nos vemos amanhã?

_Não posso amanhã Kate, reunião com a editora. Vemo-nos na quarta-feira então, ok?

_Até quarta-feira Castle. –O escritor apertou a mão da detetive um pouco desajeitado. Ele ia saindo quando do nada voltou e a abraçou.

_O que...? –Ela começou, mas Castle apenas balançou a cabeça e sorriu abertamente para ela.

_Até quarta Kate. –Dessa vez ele se virou e foi. Kate ficou com um sorriso muito bobo no rosto, depois de alguns minutos ela pegou seu casaco e foi para casa, tomar seu banho relaxante e desligou-se totalmente do mundo.