_Willian. –Ela diz com total desgosto.

_Vamos minha querida, você já teve a sua despedida, agora, por favor, me entregue o pen-drive.

_Deixe- nos ir, não falamos nada até hoje, e não falaríamos agora sem ter prova nenhuma.

_Eu posso pensar nisso, mas antes, me acompanhem, eu quero que vocês vejam uma coisa.

Os três saíram daquele cômodo escuro, sendo guiados pelo senador, e foram levados para outro lugar, uma televisão com uma enorme tela estava ligada, havia duas cadeiras em frente à televisão.

_Sentem-se, por favor. –Willian indicou as duas cadeiras, eles obedeceram. –Permitam que eu apresente a vocês Steven Carter e David Mosley. –Na grande tela da TV apareceram as imagens dos dois. –Creio que vocês já os conhecem.

Nenhum dos dois respondeu a nenhumas das provocações feitas pelo senador, eles apenas se entreolharam temerosos.

_Eu vou começar contando uma história, e quem sabe senhor Castle com a ajuda da nossa querida detetive Katherine Beckett, você não a complete para mim, já que os dois são ótimos nisso.

_Vá para o inferno. –Kate falou, o senador apenas riu.

_Bom sem interrupções por favor, deixe-me começar. Havia uma linda e jovem detetive, que meteu seu grande nariz onde não foi chamada, e junto com o seu companheiro escritor que era igualmente curioso, eles procuraram pelo assassino de uma tal de Johanna Beckett, foi uma busca incansável, alguns amigos do mandate do assassinato da mãe da detetive foram atrás da mesma, mas ela tinha uma sorte e tanto, eles acabaram mortos, todos os que o belo senador enviou para mata-la morreram.

“Katherine Beckett sendo igualmente irritante como a mãe não desistiria até que o verdadeiro culpado fosse pego pelo brutal assassinato dela, então ela junto com o escritor metido a besta encontraram o mandante de tudo, e adivinhem só? Era eu, mas que surpresa não é mesmo. Katherine Beckett foi atrás do senador, ela o ameaçou, fez com que eles selassem um acordo ridículo, ela manteria os arquivos escondidos e a boca fechada, e eu não poderia toca-la”

“Tudo estava indo bem, mas eu acabei cansando desse joguinho, detesto viver ameaçado, ainda mais por uma criatura qualquer, esperei um tempo, procurei alguém para fazer o trabalho sujo para mim, não foi muito difícil, e na penitenciara eu achei esse alguém perfeito. Um cara que estava preso por roubos, que desconfiaria dele? Afinal seria só mais um em sua enorme lista”.

“O meu plano tinha tudo para dar certo, seria apenas Steve entrar na casa e pegar a droga dos arquivos, mas claro que ele tinha que inventar algo mais, não tinha coragem de ir sozinho e acabou chamando o amiguinho, David eu acho, o idiota contou tudo o que sabia sobre mim para o amigo, um incompetente”.

“No dia em que eles fariam o roubo, aqueles outros dois idiotas resolveram aparecer, parece que era apenas para me sacanear, afinal eu estava planejando isso já algum tempo, por que é que esses dois imbecis tinham que surgir naquela noite”?

_Desculpe por isso, noite dos garotos! –Castle disse sorrindo irônico, o senador decidiu ignorar o comentário do escritor.

_Agora, como eu disse é com vocês, complementem a história, vocês não gostam disso?

_Não precisa de muito para adivinhar o que aconteceu após os meninos chegarem à casa de Castle, Steven saiu da casa dele você o obrigou a matar o próprio amigo não é mesmo? O que fez, o que falou para ele?

_Mesmo que você não faz ideia Kate? –Rick se pronunciou. –Ele com toda a certeza disse que o mataria se ele não tirasse David do caminho.

_Mas você o matou mesmo assim. –Beckett falou.

_Ops... Erro meu querida, esqueci-me de falar que ele não tinha alternativa, desde o começo ele nunca teve. –Ele nunca deixava aquele sorriso cínico de lado, Kate sentia uma enorme vontade de sair daquela cadeira e arranca-lo com as próprias mãos.

_Não era para o David estar nessa Kate, digamos que ele foi um efeito colateral dos planos desse desgraçado.

_Eu tenho pena dele agora Rick.

_Ah vamos crianças, de que adianta toda essa lamentação? Eles estão mortos mesmo. Continuem, vocês estão indo bem.

_Você mandou matar o Steven.

_Isso mesmo. –Willian disse triunfante!

_Canalha.

_Vamos Kate, reclame o quanto quiser isso não vai trazê-los de volta a vida, nem eles, nem a sua mãe, nem o Roy, nem ninguém.

_Você é nojento, tudo o que sai dessa sua boca é lixo.

Willian revirou os olhos teatralmente, ele estava pouco se importando com qualquer coisa que Kate falasse.

_Bom vamos a segunda parte do nosso pequeno, porém proveitoso filme. –Ele espetou um pen-drive, abriu uma pasta, o caso do assassinato de Johanna estava todo nele, na mesma hora Kate tateou o bolso, como ele teria todo o arquivo se o pen-drive ainda estava em seu bolso?

_Como você conseguiu isso? O pen- drive ainda está comigo. –Willian arqueou a sobrancelha para Rick.

_Então estava tentando dar uma de esperto senhor Castle? –O escritor virou o rosto para o lado oposto de Kate, e fecho os olhos.

_Eu não queria que você machucasse-a.

_Que pena então para você, sabe quais serão as consequências disso, não sabe? –Castle não falou mais nada.

_Do que vocês estão falando, Castle o que ele quis dizer?

_Você não está mais interessada em saber como eu consegui esses arquivos minha querida? –Kate esqueceu-se de suas duvidas e prestou atenção no que Willian dizia.

_Certo.

_Bom, eu não gosto de coisas incompletas Kate, então eu o fiz voltar a casa do escritor, vocês já estavam investigando a morte do outro garoto David, então ele voltou. Os outros dois ainda estavam lá, mas estavam bêbados, nem notaram a presença do garoto, ele encontrou o tal pen-drive. Ele quase foi pego pela ruivinha.

_Alexis? –Castle disse surpreso. –Se ele tocou nela eu juro que...

_Acalme-se, ele não encostou em um fio de cabelo da garota. –Kate estava alheia a conversa dos dois, lembrou-se do que Ryan havia dito a ela.

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_Não faz sentido. –Ryan falava, ele estava intrigado desde que Kate achou o verdadeiro pen- drive.

_O que não faz sentido? –Ela questiona.

_Kate, pense bem, Steven não conseguiu realizar o roubo, então como esse pen- drive do Castle foi parar no apartamento dele?

_E porque é que isso importa agora, Ryan? Nós já temos o que aquele desgraçado quer.

_Certo. –Ryan nada mais disse, mas ele sentia que algo estava estranho.

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_Esse era o seu plano não era? Você tinha o pen-drive, mas ainda assim queria que eu viesse até aqui para me matar.

_Que bom que entendeu rápido querida. Vou deixa-los a sós um pouco, preciso fazer uma ligação.

Willian saiu da sala e Kate se levantou da cadeira, assim como Rick, não poderiam fugir, pois haviam milhares de trogloditas esperando para atirar neles se ele fizessem isso, e Keylan estava vigiando os dois. Ela andava de um lado para o outro com a mão na cabeça.

_Droga, droga, droga, como eu fui estupida. Ryan tentou me alertar, realmente era de se estranhar que o seu pen-drive tivesse ido parar no apartamento dele.

_Ele conseguiu efetuar o roubo, e assim que entregou o pen-drive para o senador, ele morreu.

_Droga. –Ela repetiu, dessa vez batendo a cabeça na parede.

_Ei para com isso. –Ele pediu segurando as mãos dela.

_O que ele quis dizer com “você sabe as consequências”? –Castle tentou disfarçar, mas Kate fez com que ele olhasse para ela, ele acabou contando.

_Certo eu falo. Eu falei para ele que não havia mais nenhum arquivo, ele me disse que se eu estivesse mentindo, me mataria primeiro. –Kate arregalou os olhos.

_Castle, me des-cul-pe. –Ela pedia gaguejando. –Castle eu não sabia, caso contrário eu nunca teria dito nada e...

_Kate para de se desculpar. –Ele a interrompeu. –Você nunca imaginaria algo assim.

_Mas por que você disse que não havia outro?

_Em primeiro caso para te proteger, assim ele te deixava em paz, ou assim eu pensava. E depois porque eu nunca imaginaria que você fosse encontrar o arquivo. Aquele pen-drive que Steven roubou também continha o arquivo, ele enviou o mesmo para o senador e o apagou.

_E por que ele não deu o pen-drive todo? Era mais fácil.

_Você está se esquecendo que o senador fez Steven matar o próprio amigo, ele provavelmente sabia que ia morrer, então enviou apenas o arquivo, assim se alguém encontrasse o pen- drive, poderia de alguma forma recuperar os arquivos.

_Garoto esperto.

_Sim, mas agora me diga como você conseguiu recuperar os arquivos em tão pouco tempo?

_Eu não consegui.

_Então como achou o outro, a dica estava no fim do próprio arquivo.

_Eu achei o outro por causa daquela pasta com um documento que continha o meu nome. Estava escrito “As flores estavam erradas, não é mesmo?”. Então eu entendi, você disse que as flores do nosso primeiro assassinato estavam erradas, e por isso estávamos com o cara errado, ninguém que tinha tanta vibração em você cometeria esse erro, eu peguei “Flowers for your grave” e encontrei o outro pen- drive lá.

_Eu nunca pensei que você fosse lembrar disso, era uma chance em um milhão. –Castle estava extremamente feliz e até um pouco emocionado, Kate achou muito fofo. Ele foi até ela e a abraço com toda a força que ainda tinha, ignorou qualquer dor que sentiu naquele momento.

_E por causa disso ele vai te matar.

_Ele faria isso de qualquer forma Kate.

_Eu não quero estar viva para te ver morrendo, não quero Castle.

_Shhh. –Foi a vez dele de cala-la. –Não fale besteira Kate.

_Não é besteira.

_É sim Kate.

_Será que você não consegue imaginar que eu não vou suportar te perder. –Ele olhou no fundo dos olhos dela e beijou o canto de sua bochecha.

_Você acha que eu conseguiria? –Nesse ponto Kate já estava com os olhos cheios de água. –Mas fico feliz de certa forma, vou morrer perto de você.

_Você não vai morrer, cale essa boca Castle. –Ela empurrou ele na parede, estava irritada que ele repetisse isso toda hora, virou de costas e depois virou- se para ele, alguns breves segundo se olhando e ela fez o que seu coração mandava, aproximou-se dele, e encostou seus lábios no dele. Ficaram assim por alguns segundos e depois a língua de Castle pediu passagem, Kate cedeu sem problema algum, entrelaçou suas mãos nos cabelos dele.

Eles pararam por um breve segundo, se encararam queriam fazer isso há algum tempo, entretanto faltava coragem. Ambos sorriram e Castle a puxou pela cintura, ainda extasiada, ela voltou com a mão para a posição anterior. Eles então começaram uma batalha muito intensa entre suas línguas, era um verdadeiro jogo de sedução entre ele, um querendo dominar o outro, o que não percebiam é que quanto mais tentavam tomar controle, mais se entregavam. Ficaram assim por um bom tempo, com pequenas pausas apenas para retomar o folego.

Quando enfim se desgrudaram, cada um encostou-se a um canto da parede, ainda não acreditavam no que haviam acabado de fazer, Kate levou os dedos até os lábios, como uma adolescente que beija pela primeira vez, ela sorria boba.

Castle por sua vez, fechou os olhos e em momento algum parou de sorrir, estava absorvendo toda a cena, os lábios de Kate tinham gosto de cereja, e ele encaixou-se perfeitamente a ela.

_Sabe detetive, eu queria dizer que eu gostaria de ter feito isso há um tempo.

_Eu posso dizer o mesmo para você. –Eles ainda sorrindo, aproximaram-se novamente e recomeçaram toda a loucura de segundos atrás. Castle interrompeu o beijo e olhou para a porta.

_Keylan, será que duas pessoas que estão prestes a morrer não podem ter um tempo a sós? –O cara saiu sem dizer nada, estavam os dois sozinhos naquela nova sala. –Por mais que eu fique um gato com esse seu sobretudo, acho melhor tira-lo.

Kate mordeu o lábio, mas não sabia dizer se era pelo fato dele tirar a camisa, ou pela expectativa do que poderia acontecer.  Já com o peito descoberto, Kate pode ver as marcas no corpo dele, com certeza ele estava sendo torturado. Ela colocou a mão sobre o peito dele e pediu desculpas. Castle por sua vez desculpou- a arrancando sua camisa. Ela era linda sem duvidas, ele distribuía beijos por todo o seu pescoço, chegava muito perto de seus seios e depois voltava para o pescoço, e depois para a boca. Kate estava achando tudo aquilo uma grande tortura.

_Eu vou ter que implorar por isso Rick? –Ele sorriu, claro que estava achando tudo muito divertido.

_Está muito apressada!

_E você vai me deixar louca. –Ele ia atender ao pedido dela quando são interrompidos.

_Por favor, tenham o mínimo de decência e se vistam. –O senador pediu. Kate o amaldiçoou até a décima geração.