Street Dance escrita por kuelinho


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

pois e agora galera... sasuke e sakura levaram uma facada quando foram comprar o casarão... vamo ver agora oqq vai dá disso!
boa leitura...



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Akane: Pronto... aqui está o cadastro... querem o valor certo?! Bem... atualmente a casa está avaliada em cinquenta mil pratas!

                Sasuke e Sakura levaram um susto ao ouvirem o que a moça acabou de falar. Cinquenta mil pratas?! Isso era muito mais do que eles tinham!

Sakura: Er... desculpe... eu acho que não ouvi bem!

Akane: Er... eu disse que o valor da casa é cinquenta mil! Já incluso numerários para legalização junto ao Estado.

Sasuke: Cinquenta mil?! Por aquela baleia encalhada?!

Akane: Sim... foi feita uma avaliação recentemente!

Sakura: Akane... aquela casa está lá esquecida a anos... como ela ainda pode valer tanto assim?!

Sasuke: Itachi disse que aquilo não valia mais nada!

Akane: É que está em uma localização boa... e as multas e impostos atrasados também pesam muito.

Sakura: Hum... e... assim... esse valor não dava pra parcelar... numas... cinquenta mil vezes?!

Akane: Desculpem... imóveis sob penhora somente pagamento a vista.

Sasuke: Esquece Sakura... essa ideia de comprar o Casarão foi realmente ridícula! – falou frustrado – Vamos embora!

Akane: Ham... desculpem falar isso mas... não acham que ainda é cedo pra morarem sozinhos?!

Sasuke: Não íamos morar sozinhos...

Sakura: Íamos comprar a casa pra nossa turma poder se reunir toda noite... como fizemos até agora! Todo mundo deu um pouquinho de dinheiro pra gente comprar! – falou mostrando a caixinha com o dinheiro que juntaram

Akane: Entendo... e só por curiosidade... quanto conseguiram juntar?!

Sakura: Três mil! – respondeu envergonhada

                Akane olhou para a garota com um certo pesar. Era bonito ver que ainda haviam jovens que se uniam e lutavam por algum objetivo, mas era triste quando toda essa luta acaba sendo em vão

Akane: Eu sinto muito!

Sasuke: Anda Sakura... vem logo! – chamou já dentro do elevador segurando a porta

Sakura: Obrigada pela ajuda! – agradeceu e saiu dali cabisbaixa

Akane: Sakura... – chamou fazendo a garota olhar para trás – Se quer saber... a casa nem vale tanto assim! Foi uma construtora poderosa de fora que solicitou a avaliação e orçamento do imóvel com o chefe do departamento... meu chefe cotou um valor maior pra poder embolsar parte!

Sakura: Não me surpreende... posso ser só uma adolescente mas sei bem o sistema corrupto que existe nesse governo! – rebateu – De qualquer forma... obrigada Akane!

                Desanimados com o fracasso, Sasuke e Sakura voltaram para casa, nem tiveram vontade de ir para a aula naquele dia. A tardinha, depois da escola, a musica estava mais baixa do de que costume no Casarão. Todos os jovens estavam reunidos para saber no que havia dado a ideia da compra e muito tristes, Sasuke e Sakura explicaram tudo que tinha acontecido naquela manhã

Sakura: E foi isso galera... o dinheiro que a gente conseguiu juntar não foi o suficiente pra comprar o Casarão!

Sasuke: A secretaria falou que o valor da casa foi aumentado pra aquele bando de urubus poderem ficar com uma parte!

Konan: Quer dizer então que não teve jeito de comprar o Casarão... – falou a garota dos cabelos azulados

Pain: Mas o valor da casa é muito alto?! – perguntou um rapaz de cabelos alaranjados com diversos piercings que estava abraçado a Konan – Poderíamos fazer alguma coisa mais pra arrecadar mais dinheiro!

Suigetsu: É... poderíamos lavar os carros dos vizinhos! – sugeriu um rapaz de cabelos prateados

Sakura: A casa hoje vale cinquenta mil!

Suigetsu: Putz... íamos ter que lavar muito carro!

Sasuke: Esquece galera... não vamos conseguir juntar dinheiro suficiente! Daqui a quarenta dias vai ser fechada a venda do Casarão de vez... e a  construtora que está comprando vai derrubar isso aqui!

Ino: Eu não acredito que vai acabar assim!

Sakura: Não tem mais o que fazer pessoal... agora só resta é aproveitar nossos últimos dias aqui!

Itachi: Então...  bora dançar galera!!! – falou correndo até o equipamento de som e ligando-o

                Itachi colocou musicas bem animadas pra agitar todo mundo, mas mesmo assim o clima de tristeza e fracasso dominava o lugar. Ninguém queria dançar, estavam todos amuados, as panelinhas e grupinhos conversavam entre si em seus cantos. Sasuke, Sakura e o resto dos adolescentes pegaram as folhas onde anotaram os nomes de cada um mais cedo e começaram a devolver o dinheiro do pessoal, agradecendo a ajuda

Itachi: Poxa gente... desculpa pelo lance da compra! – pediu quando recebeu seu dinheiro de volta – Eu achava que ia dar certo!

Sakura: Não tem do que pedir desculpas Ita! – falou solidaria – Não é culpa sua se o dinheiro não bastou... é culpa daqueles idiotas da prefeitura...

Itachi: Er... mas é que foi eu quem botou pilha na galera... agora a parada não deu certo... todo mundo ficou triste! Eu estou malzão com isso!!!

Sakura: Não esquenta... a gente vai encontra outro lugar bacana pra se encontra! Talvez na quadra de basquete da rua de cima!

Itachi: É... pode ser!

???: Sakura! Sakura!!!

                A rosada vira pra trás para ver quem a chamou e dá de cara com seu irmão mais novo, se espremendo entre os jovens para chegar até ela

Sakura: Saito... o que faz aqui?! – perguntou – A mãe já não disse que você é muito novo pra vir aqui a essa hora!

Saito: Mas foi a mãe mesmo que me mandou vir aqui chamar você!

Itachi: Saito... meu irmãozinho como é que vai?! – falou animado fechando o punho e esticando na direção do garoto – Toca ai Manolo!

Saito: E ai Itachi! – respondeu correspondendo ao cumprimento de Itachi – Tudo em cima?!

Itachi: Tudo na paz!

Sasuke: Saito... meu camarada! – falou se aproximando do garoto e fazendo o mesmo cumprimento do Uchiha mais velho – Tudo na boa?!

Saito: Na boa Sasuke! E ai... quando é que vamos jogar mais uma partida de Street Fighter?!

Sasuke: Temos que marcar cara... ainda quero minha revanche... dessa vez vou acabar com a sua raça!

Saito: Ah... eu é que vou te ensinar como se derruba um cara de verdade!

                Para a infelicidade de Sakura, seu irmão mais novo Saito se dava muito bem com os Uchihas, principalmente com Sasuke. Mas era lógico que eles tinham que se dar bem, pois como Sakura mesma sempre diz, Saito e Sasuke tem a mesma idade mental

Sakura: Tá legal... guardem seus instintos sanguinários pra esse jogo inútil de vocês! – resmungou – Fala Saito... o que a mãe quer?!

Saito: Ela quer que você vá pra casa agora mesmo!

Sasuke: Uhu... vai levar bronca da mamãe!

Sakura: Cala a boca Uchiha... ela quer que eu vá pra casa?! Mas ainda nem anoiteceu! Sakura... o que você andou aprontando?! – se perguntou tentando lembrar o que poderia ter feito ou deixado de fazer – A mãe estava brava Saito?!

Saito: Não... eu não entendi direito... mas parece que o papai vai receber a visita de um cliente... e ela quer que você esteja em casa!

Sakura: Papai vai receber visita de cliente... e o que eu tenho com isso?!

Saito: Quer que eu diga isso a ela?! – perguntou com um sorrisinho de traquina no rosto

Sakura: Claro que não sua peste! Vamos embora... melhor eu ir agora antes que ela mesma resolva vir me buscar!

Sasuke: Hihihi... Sakura Haruno vai ficar de castigo!!! Depois me conta o lance Saito!

                Sakura mostrou a língua em resposta a provocação do moreno, já Saito fez um sinal de positivo com o polegar e ambos saíram dali. A caminho de casa, Saito ia falando como o Casarão era um lugar legal e cheio de gente, e dizia que não via a hora de ter idade suficiente pra poder ir ali

Sakura: “É uma pena que quando você tiver idade o Casarão não vai mais existir Saito!” – pensou frustrada

                Quando chegaram a frente da casa dos Haruno, Sakura reparou em um Porsche preto estacionado no acostamento. Tanto a rosada, quanto o garoto mais novo ficaram de queixo caído quando viram a maquina na frente de sua casa. Será que a Haruno Materiais de Construção já estava tão bem colocada no mercado para atender clientes dessa classe?!

Sakura: Nossa... vem cá Saito... o pai está recebendo a visita de um cliente... ou do presidente da republica?! – perguntou ainda vidrada no carro

Saito: A mãe falou que era o dono daquela construtora que vai fazer aquele prediozão! Uau... o cara é cheio da grana mesmo!

Sakura: Vem... vamos entrar! – puxou o irmão pelo braço – A mãe vai ficar uma fera se ver a gente aqui secando o carro do magnata!

                Apressados, Sakura e Saito deram a volta pelo jardim até chegarem no quintal de casa, para entrarem pelos fundos. Na cozinha, a mãe deles preparava um refresco para servir a visita, quando avistou os dois filhos chegando em casa

Mãe: Por que demoraram tanto?! O cliente do pai de vocês já chegou e quer conhecê-los!

Sakura: Mas que saco... por que esse cara quer conhecer a gente?!

Mãe: Ele acha que estreitar os laços entre as famílias ajudam nos negócios... trouxe o filho dele também!

Sakura: Affs... é comigo que ele vai fazer negocio por acaso! – resmungou

Mãe: Não Sakura... mas custa vocês fazerem esse favor?!

Saito: Sabe se esse cara vai embora logo mãe?! – perguntou pegando uns dos copos que a mãe colocou na bandeja

Mãe: Acho que não... seu pai o convidou pra ficar pro jantar!

Sakura: Ah não! – resmungou

Saito: E a gente vai ter que ficar fazendo sala?! Mas logo hoje que vai passar um episodio importante de Bleach!!!

Mãe: Escutem aqui os dois... – falou entre os dentes com um olhar assassino – Vocês vão ficar naquela sala quietos e comportados... ou se não... Saito um ano sem video game... e Sakura um ano proibida de ir sair com os amigos! Agora vamos!!!

                Sakura e Saito se entreolharam espantados, se tinha uma coisa que a mãe deles sabia fazer era “convencê-los” a obedecê-la. A senhora Haruno pegou a bandeja com os refrescos e voltou para a sala acompanhada dos filhos. Sentados no sofá, estavam o pai de Sakura e Saito conversando animado com um senhor de aparência séria e importante, de cabelos grisalhos entre algumas mechas ruivas combinando com o espesso bigode nos mesmos tons e usava um par de óculos antiquado e fora de moda

Pai: Ah... aqui estão meus filhos! – falou quando percebeu a chegada dos filhos na sala – Sakura... Saito... esse é o Senhor Akasuna... presidente da empresa Akasuna Empreendimentos.

Sr. Akasuna: Olá... é um prazer conhecê-los! – falou se levantando do sofá para apertar a mão das crianças

Sakura: Prazer em conhecê-lo! – respondeu tímida

Sr. Akasuna: Seu pai me disse que tinha uma filha... mas não tinha me dito que era tão linda! – comentou enquanto apertava a mão de Sakura fazendo-a corar – Você e meu filho devem ter idades próximas!

Mãe: Seu filho é um rapaz adorável Sr. Akasuna... – falou oferecendo a bandeja de refrescos - Por falar nele... estava aqui a pouco! Onde ele foi?!

Sr. Akasuna: Ele foi na varanda ver se conseguia melhor área para o celular... esse suco está uma delícia sra Haruno! Que fruta é essa?!

Mãe: Que bom que gostou... é uma receita de família... morango com romã!

                Todos voltaram a se sentar no sofá. Sakura e Saito olhavam entediados enquanto os adultos voltavam a conversar sobre os assuntos chatos deles, a rosada nem fazia questão de procurar ouvir qual era o tema de tanto falatório. Seu olhar estava perdido num abajur no canto da sala, quando de repente a porta se abre e por ela passa uma pessoa que ela nunca imaginaria encontrar ali

Sr. Akasuna: Ah... até que em fim você voltou! – falou se levantando e pousando a mão no ombro do recém chegado – Sakura... Saito... eu quero que vocês conheçam meu filho...

Sakura: Sasori?!

                Sakura encarou atônita o rapaz dos cabelos vermelhos e esse parecia tão surpreso quanto ela. Nunca na vida Sakura poderia imaginar que iria rever Sasori e muito menos que ele fosse filho de um empresário tão rico. De fato olhando para o Sasori na sua frente, vestido com roupas finas e caras, não dava pra dizer que era o mesmo Sasori usando roupas largadas como as suas que conheceu graffitando o muro outro dia

Sr. Akasuna: Ué... vocês já se conhecem?! – perguntou surpreso

Sakura: Já!!!

Sasori: Não! – respondeu prontamente causando um choque em Sakura

Sakura: Como não?! – indagou confusa – Não lembra de mim... a Sakura... rsrsrs... a destrambelhada que te atropelou com o skate outro dia!

Saito: Como que é?! – se manifestou ao ouvir mencionarem o seu skate

Sasori: Eu não sei do que você está falando! – rebateu um tanto desconfortável – Acho que você está me confundindo!

Sakura: Não... claro que não! Tenho certeza que é você! – respondeu convicta – A gente se esbarrou... não lembra?! Você estava fazendo aquele graffiti!

Sr. Akasuna: Como é que é?! – perguntou encarando o filho – Sasori... você estava pixando muros de novo?!

                Um clima pesado e estranho se estabeleceu na sala. Sakura tinha certeza que era o mesmo Sasori, impossível de ela se confundir. Mas por que Sasori fazia questão de dizer que não era ele?! Qual era o problema em afirmar que eles já haviam se conhecido anteriormente?!

Sasori: Não pai... claro que não! Essa garota está enganada!

Mãe: Filha... será que você não está confundindo o Sasori com outra pessoa?!

Sakura: Não não... eu tenho certeza! – repetiu batendo pé já começando a se irritar – Sasori... faz só dois dias... você não lembra de mim mesmo?!

                Todos na sala voltaram seu olhar para o ruivo que em resposta apenas balançou a cabeça negativamente

Sasori: Eu realmente não sei do que você está falando!

Sr. Akasuna: Háháhá... – riu com um tom de deboche – Sabe que por um momento eu quase acreditei na versão da moça! Háháhá... imagina... Sasori pixando os muros por ai!

Sakura: Não é pixando... é graffitando Sr. Akasuna! – corrigiu de forma educada porém firme

Sr. Akasuna: É a mesma coisa... o mesmo vandalismo! – rebateu de forma rude fazendo o estomago da garota se contorcer de raiva – Até teve uma época... quando Sasori estava entrando na adolescência... que ele inventou que queria fazer essas idiotices... mas com o tempo... e com meu pulso firme ele aprendeu qual era o caminho certo a seguir! Não é filho?!

Sasori: É pai! – respondeu baixo

                Sakura encarou o ruivo com um olhar de desgosto devido a atitude frouxa dele. O rapaz por sua vez preferiu olhar para o chão a ter que encarar a garota tão cheia de si

Sakura: É... realmente eu acho que estava enganada! – falou seca – Você definitivamente não é o Sasori que eu conheci!

Mãe: Bem... então... já que esse mal entendido foi resolvido... eu vou botar a mesa pois o jantar já deve estar quase pronto – falou se levantando do sofá – Sakura... me ajuda?!

Sakura: Claro mãe!

                Sem dizer mais nada, a rosada deu as costas aos que estavam na sala e seguiu para a cozinha com a sua mãe

Mãe de Sakura: Sakura... mas que teimosia foi aquela lá na sala agora?! – perguntou quando chegaram na cozinha – Quase que o Sr. Akasuna perde a paciência!

Sakura: Mãe... eu tenho certeza que aquele Sasori... eu já conheço ele! A gente se esbarrou outro dia!

Mãe de Sakura: Mas filha... ele mesmo disse que não era ele! E depois... imagina... um rapaz fino como ele pixando muro!

Sakura: Não é pixando mãe... é graffitando! Era ele sim... mas parecia diferente... usava roupas diferentes... ah sei lá! Nem sei de mais nada agora!

Mãe de Sakura: Bom... se era ou não... é melhor não tocar mais nesse assunto... você viu a cara que aquele homem fez quando você falou aquilo não viu?! Quase que você coloca o coitado do rapaz em apuros com essa sua mania de agir e falar sem pensar!

Sakura: Que seja! – respondeu indiferente ajudando a mãe com as louças

                Em questão de minutos, elas já haviam aprontado a mesa para o jantar, o Sr. Akasuna havia dito que gosta de uma comidinha bem caseira, então a mãe de Sakura fez uma bela macarronada a bolonhesa com uma salada crua como acompanhamento. Durante o jantar, o clima estava descontraído, o pai de Sakura e o Sr. Akasuna conversavam animados sobre assuntos qualquer, a mãe de Sakura ria e dava sorrisos com o papo dos dois, já os filhos estavam cansados dessa baboseira toda. Depois de terminarem de limpar a cozinha, Sakura e sua mãe voltaram para a sala, onde os dois homens falavam sobre os negócios

Sr. Akasuna: Então está fechado... a Haruno Materiais de Construção será a fornecedora da mais nova filial da minha empresa!

Pai: Que ótimo... não sabe o quanto fico contente com essa parceria! Pode ter certeza que farei de tudo para corresponder as expectativas!

Sr. Akasuna: Ah... mas eu tenho certeza que vai! – afirmou com um sorriso simples e discreto – E você Saito... vai ajudar seu pai na loja não vai?! – perguntou direcionando seu olhar para o garoto que parecia estar sonhando acordado

Saito: Hãm... e-eu... ajudar?! – balbuciou confuso

Pai: Rsrsrs... Saito ainda é muito novo pra me ajudar na loja... e depois... ele já disse que quando crescer vai ser jogador de futebol!

Saito: É isso ai!

Mãe: Rsrs... esse é o nosso craque! Mas e você Sasori... já decidiu que carreira quer seguir?!

                Sasori foi pego de surpresa com a pergunta, preferiu internamente que ninguém falasse nada com ele em momento algum. Quando abriu a boca para falar algo, seu pai tomou a frente

Sr. Akasuna: Sasori acabou de completar dezoito anos... ainda não tem cabeça suficiente para tomar suas próprias decisões e fazer escolhas! – respondeu olhando para o filho – Mas é pra isso que eu estou aqui... pra decidir que rumo ele vai tomar!

Pai: Ham... é mesmo?! – indagou um tanto espantado com o autoritarismo do Sr. Akasuna – E que rumo vai ser esse?!

Sr. Akasuna: Quando fizer vinte e um anos... ele vai assumir a vice presidência da construtora... assim quando eu morrer... ele toma conta de todo o império que eu ergui!

Mãe: Que bacana... e você gosta desse tipo de trabalho Sasori?!

Sasori: Er... bem...

Sr. Akasuna: Não precisa gostar... basta fazer o trabalho com eficiência e dedicação! – rebateu – Até porque... se todo mundo gostasse do seu trabalho... não faria sentido ganhar o dinheiro como recompensa não é?!

                Uma imensa vontade de gritar “não” se apoderou da rosada. Que raio de homem era aquele que tomava as decisões sobre a vida de um filho de dezoito anos?! Sakura agradeceu internamente por ter pais que não só liberam como apoiam suas decisões. Por um momento uma sensação de pena tomou o coração da garota

Sr. Akasuna: Está ficando tarde... acho melhor irmos Sasori! Sra Haruno... obrigada pelo jantar... estava maravilhoso! Sr. Haruno... é ótimo fazer negocio com você!

                Os dois homens se levantaram do sofá e apertaram as mãos

Pai: Eu digo o mesmo! Já tem uma data pré determinada pra quando começaram as obras do novo projeto?!

Sr. Akasuna: Eu estou esperando o processo de regulamentação do terreno... eu creio que em uns quarenta dias já vai estar liberado para compra e então mãos a massa!

Pai: Ótimo... não vejo a hora de começarmos!

Sr. Akasuna: Aliás... até esqueci de comentar... o terreno que vou comprar fica pelas redondezas... é uma área grande e plana com uma casa velha abandonada!

                Sakura se alarmou com o que o homem acabara de dizer. Uma casa velha abandonada nas redondezas?! Será que era o Casarão?!

Sakura: Ham... desculpe... em que rua exatamente fica esse terreno?!

Sr. Akasuna: Vejo que se interessa pelo negocio Sakura! A casa que eu falo fica na Rua Sete... no final... numero quatrocentos e doze!

                Sakura sentiu seu estomago despencando quando ouviu o nome da rua e o numero do lote. Era mesmo o seu amado Casarão

Pai: Tudo bem filha?! – perguntou ao notar a cara da rosada

Sakura: O senhor não pode comprar aquele terreno! – falou prontamente

Sr. Akaruna: Oras... e por que não?!

Sakura: Tem gente morando lá!

Sr. Akasuna: Como que é?! – se espantou – Não... não tem... a casa está abandonada na prefeitura!

Sakura: Não... não morando legalmente... é que... eu e os meus amigos... a gente vai nessa casa todos os dias! A gente se encontra lá pra dançar... ouvir musica... essas coisas!

Sr. Akasuna: Rsrsrs... ora essa que bobagem! Não quer que eu compre o terreno porque um bando de adolescentes se encontra lá pra festar?!

Sakura: Não... não é só pra festar! – explicou – A gente descobriu essa casa quando ainda éramos crianças... ela é... meio que nosso refugio! É a nossa fortaleza!

Sr. Akasuna: Sinto muito mas vão ter que encontrar outro lugar pra se refugiar! – rebateu seco

Sakura: O senhor não entende?! – falou perdendo a calma – Crescemos todos juntos naquele casarão... temos lembranças lá... não consigo lembrar de algum momento feliz na minha vida que não tenha sido lá... ao lado dos meus amigos!

Sr. Akasuna: Momentos felizes ficam na memória pra sempre... mas as coisas precisam evoluir! Vou demolir aquela casa velha e construir um imóvel!

Sakura: NÃO PODE!

Pai: Sakura... minha filha... controle seu tom! – pediu firme

Sasori: Pai... vamos embora! – pediu tocando o ombro do pai

Sr. Akasuna: Eu vou demolir o Casarão minha querida! Quer você queira ou não!!!

Sakura: NÃO!!! EU NÃO VOU DEIXAR!

Mãe: Sakura! Abaixe a voz ou vá pro quarto!

Sakura: Mas mãe!!!

Pai: Sakura... pro quarto agora!

                Sakura ficou sem palavras com a atitude do pai e da mãe. Essa era a primeira vez que eles não ficavam do lado dela e doeu muito saber que eles apoiavam a destruição do Casarão. A passos firmes a rosada subiu as escadas em direção ao quarto, trancou a porta e se jogou na cama. Uma tímida lágrima escapou de seus olhos, estava triste por saber que jamais viveria os momentos que viveu com os amigos no Casarão. Embalada pelo choro e pelas lembranças a garota adormeceu, queria esquecer um pouco o dia terrível que foi aquele.


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