Almost Human escrita por MsNise


Capítulo 5
Ansiosa


Notas iniciais do capítulo

Oi! Bom, aqui está um novo capítulo. Ficou ruim porque é do tipo de capítulo que só é escrito pra história seguir e fazer sentido. Ficou sem graça mesmo, não esperem muita coisa dele ADUHASDISAD Mas calma, terão melhores ainda, esse é só o começo e que começo não é chato? Quero apresentar pra vocês a minha nova beta, MsAbel, que vai me ajudar a revisar e me dar ideias quando elas faltarem. Digam olá!
Nos vemos lá embaixo :*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/361035/chapter/5

– Ian, Ian, Ian... - alguém chama meu nome, mas a voz está muito distante, longe de minha cabeça, porém perto de meu ouvido. Mãos grandes e fortes me sacodem sem nenhuma delicadeza. - Ian! - é uma voz masculina, agora eu posso distinguir. Uma voz masculina que eu conheço... - Ele não vai acordar nunca - resmunga Jared. Sim, agora eu sei quem era.

– Deixe eu tentar - a voz de Peg fala. Meu coração dá uma acelerada. - Ian - ela me chama. Mas espera, essa não é Peg, é? O tom que ela está usando é diferente do que eu me lembrava...

– Mel... - começa Jared.

– Shh, eu sei o que estou fazendo - responde ela. Mel? Mas não era Peg? Era por isso que o tom era diferente, mais duro, áspero? - Ian! - diz ela irritada.

Ah! Pisco contra a escuridão e espero até meus olhos se acostumarem. Só consigo ver duas sombras escuras na minha frente. Uma maior, com ombros grandes e pronunciados e outra menor, mais delicada e feminina. Jared e Melanie.

– Enfim - resmunga Jared. - Ajude-nos com isso. E acorde elas também - disse bruscamente, andando em direção ao porta-mala. Não consigo ver suas expressões, mas a bochecha de Mel se ergue ligeiramente antes dela sair. Ela sorri.

Suspiro e tento me orientar. Eu estou no carro, isso é realmente óbvio. Peg está encolhida abraçada a mim. Eu estou com um braço a envolvendo e outro sobre a minha perna. Uma de suas mãos está pousada em minha barriga e outra perto de minha cintura. Sua cabeça está encostada em meu ombro. Tiro a mão de minha perna e a coloco sobre o rosto de Peg, quase cobrindo-o inteiramente, e o levanto um pouquinho. Quando ela está dormindo seu rosto fica muito infantil, como uma criancinha pequena de oito anos. Surpreendi-me quando descobri que ela tinha 18. Acaricio seu rosto e me aproximo dele, juntando nossos lábios delicadamente, com a leveza de uma pena. Afasto-me um pouquinho e vejo que suas pálpebras piscam. Junto nossos lábios novamente e ela move os dela também. Sua mão minúscula sobe de minha barriga para meu pescoço, mas não posso estender demais esse momento. Separo nossos lábios e vou um pouquinho para trás, querendo rir de sua carinha desorientada.

– Onde estou, Ian? - pergunta-me com uma voz rouca.

– Estamos no lugar de descarga, temos que acordar para ajudar Mel e Jared - ela me olha confusa por um momento, mas então compreende. Ela se espreguiça e o movimento faz com que bata em Susan, que resmunga algo. Ela me olha com interrogação no olhar. - Tem que acordá-la também - confirmo, em seguida lhe dou um selinho. - Vou ajudá-los.

– Tudo bem, eu já vou também - ela sorri para mim quando eu saio do carro e começo a pegar os suprimentos para descarregá-los onde era sua antiga prisão. Estremeço com a ideia de Peg presa, sem poder falar ou fazer nada, apenas ficar encolhida dentro de um buraco. Mas isso é passado e, como disse a ela algumas horas atrás, estamos juntos e felizes, não posso pedir mais nada, apenas que ela nunca pare de me amar.

...

– Vocês moram em uma caverna, é isso? - perguntou-nos Susan, maravilhada com o lugar.

– Sim - respondeu Peg animadamente.

– Vão me mostrar tudo, não é? - se eu pudesse ver seus olhos agora, aposto que estariam brilhando.

– Depois, quando amanhecer - respondo. Sua expressão se entristece. - Não conseguiríamos ver nada agora e, além do mais, todos estão dormindo.

– Todos? - pergunta ela. - Tem mais?

– Você não tem nem ideia - riu Melanie. - Mas concordo com Ian, devemos mostrar a ela quando amanhecer, não dá para ver nada de noite e estamos cansados.

– Mas eu queria tanto ver...

– Você verá - garante Peg.

Susan suspira, meio decepcionada com a ideia.

– Por que não acordamos os outros humanos? - pergunta ela animada.

– Porque queremos surpreendê-los com a nossa chegada, porque trouxemos você - explico

– E onde irei dormir?

A pergunta nos faz parar para pensar. Onde ela irá dormir?

– Eu posso dormir em qualquer lugar, já estou acostumada, não preciso de grandes acomodações - ela nos diz se encolhendo.

Nós tivemos que pegar alguns colchões de casal, para mim e para Peg, para Kyle e para Sunny, mas os únicos colchões de solteiro que sobraram estão sendo ocupados por Lacey e Candy. O que nos resta são os catres de Doc, mas provavelmente ele se assustaria se chegasse de manhã na ala sul e desse de cara com uma garota de 13 anos dormindo em seu consultório. E agora?

– E se... - a sugestão de Peg minguou antes mesmo de se concretizar.

– Eu posso dormir no chão, não preciso de um colchão e nem nada - diz ela, parecendo desesperada.

– E o colchão que Jamie dormia? - perguntou Peg, provavelmente se lembrando de quando ela, Mel, Jared e Jamie dividiam o quarto.

– Ele o está usando - dispensou Jared.

– Não tem nada no quarto de Jeb? - pergunto.

Isso os faz parar novamente.

– Eu... eu acho que tem - diz Melanie. - Lembra de quando Jamie chegou com um colchonete em nosso quarto na primeira noite que dormimos nele? - Mel peguntou para Peg. Ela se esqueceu do pequeno fato de que elas não dormiam mais juntas.

– Era exatamente nisso que eu estava pensando - responde Peg.

– Nós podemos ir lá conferir - diz Jared, sem muita cerimônia.

– Nós todos? - pergunto. - Isso não irá acordá-lo?

– Se ele consegue dormir com seu próprio ronco acho que não irá acordar conosco - comenta Melanie. Peg dá uma risadinha.

– Então vamos logo - digo e seguro na mão de Peg, não que eu realmente precisasse guiá-la.

Quando estamos começando a andar, Susan fala em um fio de voz:

– E eu? Ainda não conheço os caminhos.

Viro-me e percebo que ela está encolhida, como quando os Buscadores a encontraram naquela rua. Acho que ela está assim por causa do tamanho do lugar, da quantidade de humanos e tudo isso. Ela está muito, muito assustada. Resolvo ser legal. Ela é uma boa pessoa e está tentando se adaptar. Seu ataque quando conheceu Peg não me magoa mais, porque sei que minha reação foi parecida. Estendo-lhe minha mão livre e ela a olha indecisa.

– Venha. Nós te mostramos o caminho - digo calmamente, não querendo assustá-la. Finalmente ela cede, entrelaçando sua mão na minha. Sua mão não é muito pequena e nem muito grande, posso sentir que está gelada e que ela está suando. Sorrio um pouco para ela e me viro, seguindo nosso caminho atrás de Mel e Jared.

– Esse lugar é tão grande e escuro... - reflete ela. - Como vocês não se perdem?

– Costume - respondo.

– Esses túneis também já me intimidaram - diz Peg, provavelmente tentando tranquilizá-la. - Mas não demora muito até você aprender o caminho e logo é como se você estivesse andando pelas ruas de sua cidade. Afinal, isso aqui é uma cidade. Que não consta em nenhum mapa, mas ainda assim...

Susan relaxou. Pude sentir que ela não segurava mais minha mão tão forte e que ela suspirou baixinho. Sim, isso aqui é uma cidade. Nossa cidade. Será que algum dia isso irá ser colocado no mapa, como Peg disse? Não creio. Isso é só nosso, como uma ilusão de ótica. Quando passam por aqui pensam que é só mais um vulcão, nunca passa pela cabeça que possa ser um lugar onde abriga mais de 30 humanos vivos.

Continuamos andando até o quarto de Jeb e antes de chegarmos lá, escutamos seu ronco ecoando pelas cavernas. Faço uma careta quando escuto. Como consegui dormir anos e mais anos com Kyle, se o ronco dele era parecido com o de Jeb?

Peg solta minha mão e anda na ponta dos pés até a porta da caverna dele. Ela procura por algum colchão com os olhos e quando acha, se vira para nós e faz sinal positivo. Faço menção de soltar a minha mão da de Susan para pegar o colchão, mas a mesma continua segurando minha mão, um pouco mais forte agora. Viro-me para olhá-la, mas apenas consigo ver uma sombra. Queria tanto ver sua expressão...

No final, não é preciso da minha ajuda para pegar o colchão. Silencioso como só Jared consegue ser, ele deslizou para dentro do quarto e o pegou, sem Jeb perceber. Não parecia ser muito grande e nem muito confortável, mas era a única coisa que tínhamos por enquanto.

Em silêncio, voltamos para a grande praça, onde nos direcionamos para nossos corredores. Peg ofereceu nosso quarto para Susan dividir e sem muita cerimônia ela concordou, logo se deitando no colchão sobre o chão duro.

Deitei-me em minha cama com Peg e dei-lhe um beijo de boa noite. Ela correspondeu, mas não por muito tempo, provavelmente constrangida por causa de Susan.

– Durma bem - sussurrou segundos antes de eu afundar na inconsciência.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse capítulo não ficou bom, eu sei, mas como eu já disse, é só pra história seguir pelo rumo certo. Comentem. Digam no que eu posso melhorar e tal e não deixem de falar suas opiniões, são muito importantes pra mim. Até o próximo capítulo :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Almost Human" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.