Almost Human escrita por MsNise


Capítulo 15
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Acho que eu não demorei muito dessa vez haha
Bom, obrigada à Wanderer por me ajudar mais uma vez e à MsAbel que sempre revisa pra mim *-*
Nos vemos lá embaixo ♥



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Incursão. Novamente. Estamos em nosso grupo de sempre: eu, Peg, Mel e Jared. Entretanto, outros foram incluídos. Isso foi decidido noites atrás, quando percebemos que o suprimento estava começando a faltar. Estávamos eu, Jeb e Jared em uma discussão simples e com uma única solução, até sermos flagrados e nossas ideias mudaram ligeiramente.

- O suprimento está começando a faltar – comentou Jeb, aproveitando um momento em que ficamos sozinhos.

- Percebi – respondeu Jared tranquilamente, já preparado psicologicamente para uma nova incursão. Como sempre.

- Bom, então vai o mesmo grupo que foi das últimas vezes? – Jeb perguntou retoricamente, já sabendo da resposta.

- Creio que sim – dei de ombros, acostumado com as saídas com Peg, sabendo que eu daria minha vida para protegê-la.

- Então está tudo certo – Jeb repetiu meu gesto, sem muitas palavras para expressar o que já se estava dito.

- Espera – pediu Susi delicadamente, encostando-se a uma parede de areia com os braços cruzados, parecendo meio constrangida.

- Susi? – perguntou Jared, surpreso.

- Eu... – ela balançou um pouco os braços para a entrada e depois tornou a cruzá-los sobre o peito. Ela suspirou, parecendo meio ansiosa e nervosa. – Eu estava escutando a conversa. Foi sem querer – completou rapidamente. – Eu só passei e parei quando a conversa me interessou. Eu juro.

- Tudo bem – disse com o intuito de acalmá-la.

Ela estava agitada, movendo os pés sem parar e beliscando seus próprios braços, tentando canalizar os excessos de seu nervosismo.

- Mas por que você pediu para esperarmos? – perguntou Jeb, sendo direto como de costume.

- Eu... – mais um suspiro e quando tornou a falar, sua voz estava mais baixa, mas ainda assim incontrolada. – Eu... eu quero ir junto. Eu... eu posso ir junto? – ela passeava com seus olhos nervosamente entre mim, Jared e Jeb.

- Mas... – nem comecei a falar direito e ela já me interrompeu.

- Eu sei o que quer saber. – ela balançava a cabeça de um lado para o outro, seus gestos contradizendo suas palavras. - Sim, eu estou preparada. Eu... estou cansada de ficar trancada. Passei boa parte de minha vida peregrinando e agora estou presa aqui dentro. Eu preciso sair. Eu preciso de ar.

Com o canto do olho percebi quando Jared e Jeb trocaram um olhar significativo, mas eu permaneci encarando Susi. Entendia ela, sabia o que era se sentir preso. Já me senti preso antes. Preso dentro de mim. A pior prisão, pois dessa você não tem escapatória. Uma vontade estranha de atravessar o local e abraçá-la me tomou, mas eu não o fiz. Eu entendia que o clima entre nós ainda não era um dos melhores, mas essa era a minha chance pra provar que eu estava mudando. Que eu estava aceitando a condição de convivência com ela. Que eu estava começando a me orgulhar de minha atitude. Que eu estava começando, sinceramente, a gostar dela.

- Susi, eu não sei... – começou Jared, mas sua frase não se fez ouvir, pois a minha a sobrepôs.

- Você quer de verdade? Você tem certeza?

Ela me olhou de uma maneira estranha. Especulativa, mas ainda assim cheia de certeza. Ela me olhou de uma forma que indicava que ela também estava começando a me compreender. Ou começando a compreender que para tudo o que eu faço tem um motivo. Olhava-me de um jeito terno, meigo. Puxava minha memória para algum lado, mas eu não conseguia identificar qual.

- Sim, eu quero. Eu preciso.

- Eu não vejo mal algum – desviei meus olhos para Jared e Jeb, percebendo outra troca de olhar entre os dois.

Jeb suspirou.

- Tudo bem, tudo bem. Mas Ian, procure não bancar uma de herói novamente e Susi, não se meta com Buscadores.

Dei um sorriso malicioso e olhei para Susi, que deu uma risadinha baixa e abafada. Jared revirou os olhos e saiu da sala, acompanhado de Jeb. Dei de ombros e avancei para segui-los, porém senti uma mão em meu cotovelo, me restringindo delicadamente. Olhei para Susi, confuso.

- Obrigada – disse baixinho, com um sorriso tímido e inocente. – Você sabe que eles não teriam deixado.

Franzi o cenho e notei em seu olhar uma coisa conhecida. Reconheci em seu jeito de falar uma lembrança, uma pessoa, contudo eu não conseguia saber quem. Era apenas seu jeito meigo, delicado, explosivo e determinado que me fazia lembrar de alguém.

- Não foi nada – insisti. E antes de sair eu sorri, querendo que ela soubesse que eu não me arrependeria daquilo. Não dessa vez.

De alguma forma, Jamie foi incluso em nosso grupo dessa vez. Quando perguntei para Peg como iríamos se o carro era para cinco, ela me respondeu como se eu tivesse problemas mentais.

- Ora, Ian, e o furgão?

Cocei minha nuca, tentando entender como eu havia deixado passar esse detalhe despercebido.

Era verão e seguimos para o sul. O sol em nosso rosto ardia e provavelmente nos deixava corados, mas isso não era muito importante quando a visão de florestas e desertos preenchia nossos olhos. Eu, Peg, Jamie e Susi estávamos nos bancos traseiros do furgão, nos divertindo bastante, devo dizer.

Durante o dia tínhamos feito as compras necessárias e no outro dia faríamos mais, mas por ora só queríamos achar algum descanso.

Paramos em um hotel de beira de estrada, todos no mesmo quarto. Estava óbvio que eu dormiria com Peg e Jared dormiria com Mel, então sobrou somente uma cama de casal para Jamie e Susi, que eles teriam que compartilhar.

Susi pareceu envergonhada, mas pelo jeito Jamie gostou da ideia. Quando percebemos que os dois dividiriam a mesma cama, ele deu de ombros e olhou para o outro lado para poder sorrir discretamente para si mesmo.

Comemos o que Peg havia pegado durante o dia e depois fomos descansar, cada um a seu modo.

Eu e ela estávamos parados perto da janela, eu sentando em uma cadeira e ela em meu colo. Diferente da última vez nós olhávamos a estrada e os carros, acompanhados com um por do sol magnífico. Sua cabeça estava apoiada em meu ombro e volta e meia conversávamos um pouco. Não era uma conversa contínua, pois nós sentíamos que enquanto estivéssemos na companhia um do outro poderíamos apreciar isso sem muitas palavras ditas.

- O crepúsculo é lindo e triste ao mesmo tempo, como a vida. Já parou para pensar nisso? – ela me perguntou, brincando com a gola da minha camiseta.

- Como a vida? – franzi o cenho, encarando seus olhos que estavam perdidos em seus dedos na minha camiseta.

Ela levantou um pouco o rosto com uma expressão serena.

- É – confirmou. – Como a vida. Ela é linda, mas por vezes fica triste.

- Não entendi a parte do triste também – confessei.

- O crepúsculo é triste porque é o fim do dia, é a hora que o Sol se esconde, é o momento em que as coisas se renovam, às vezes para uma coisa boa, mas outras vezes para uma coisa ruim. Já a vida é triste por outros motivos. Motivos de cada um. Cada um tem sua razão para a tristeza, mas temos a certeza de que todos ficam tristes.

Tirei minha mão que estava na base de suas costas e pousei em seu pescoço, afagando o cabelo calmamente.

- E qual é a tua razão para a tristeza? – perguntei atento aos seus olhos, que sempre falavam mais que sua boca.

Quando é questionada dessa forma ela sempre desvia os olhos, mas excepcionalmente hoje ela sustentou meu olhar enquanto pensava. Talvez para mostrar que não esconderia nada de mim, ou talvez porque a resposta estivesse em meus olhos.

- Antes era que eu não me encaixava em lugar algum, mas agora eu me encaixo. Antes era porque eu não podia viver minha vida como eu queria, mas agora eu posso. Antes era porque eu não podia ter o que precisava, mas agora eu posso ter tudo. Fico triste em saber somente que vocês não podem ser livres e viver na civilização, como todos os outros – ela estava sendo sincera, abrindo seu coração para mim de maneira tão franca. Sorri e a abracei, apoiando minha cabeça sobre a sua. – Mas e você? Qual é o seu motivo para a tristeza?

Pensei um pouco sobre o assunto, pesando os prós e contras. Suspirei.

- Provavelmente... saber que eu não posso te dar mais que uma vida escondida na caverna.

- Ian, você já me dá tudo o que eu preciso – ela se afastou um pouquinho e pegou meu rosto entre suas mãos. – Olhe nos meus olhos. Veja que eu não estou falando por falar. Eu sou feliz. Você me dá a sua presença. Eu tenho amigos, pessoas que fazem eu me sentir à vontade. Você é a minha âncora. Acredite nisso.

E por um segundo eu acreditei de verdade. Por um segundo, a culpa não foi uma presença silenciosa me corroendo por dentro. Por um segundo, eu sabia que ela estava falando a verdade. Eu confiava nela.

Sorri e a abracei mais forte, enterrando meu rosto em seu cabelo loiro.

Sentia alguma coisa crescendo em mim. Entendia que era a certeza de que a Peg me mudaria, de que a Peg veio pra cá para me fazer acreditar em mim. Era um lembrete de que as coisas melhorariam, independentemente se você quer isso. Se você não quer você não vai perceber; será tomado devagar, engolido, afogado em um mar onde se pode respirar. Se você quer a mudança se tornará presente e você se sentirá orgulhoso. Eu quero e agora sinto a mudança, a força de um amor. Ele está presente.

Naquela noite, durmo abraçado à Peg e não tenho sonhos, e quando percebo já estamos na alvorada.

Comemos os restos de ontem e seguimos viagem para o sul, com muito sol em nossa cara.

- Sabe, quando Pet vivia nesse corpo, ela foi a uma cachoeira perto daqui – comentou Peg, uns trinta minutos depois de nossa saída do hotel.

- Pensei que ela fosse patricinha, do tipo que só pensa em unha e cabelos – disse.

- Ah, sim, ela era – Peg ri. – Ela odiava ir nessa cachoeira, mas é um lugar bonito.Eu não odiaria ir a essa cachoeira e aposto que muito menos vocês.

O assunto morre aqui, por alguns suficientes minutos. Percebi que Peg ficou esperando uma resposta, mas quando notou que não teria isso, dispersou seus pensamentos, encarando a paisagem através da janela. Queria responder algo a ela, mas não consegui pensar a tempo de se encaixar no contexto e a oportunidade escapou de minhas mãos.

Entretanto, o contexto e o esquecimento do assunto não importaram para Jared.

- Em que lugar é essa cachoeira? – perguntou ele, olhando pelo espelho retrovisor para Peg.

- Ah... é aqui perto. Nesse... isso. Bem nesse entroncamento – ela indicou com a mão direita o lugar e Jared virou na direção apontada.

- Nós iremos? – perguntou Mel, com um sorriso divertido em seu rosto.

- Não vejo mal algum em se lembrar de como o mundo era antigamente – e pela primeira, vi um sorriso sincero de diversão pintando o rosto de Jared.

Já o sorriso de Peg era impossível medir. Revirei meus olhos e apertei sua mão, sendo retribuído por ela fracamente.

Era uma estrada de terra, que avançava cada vez mais fundo na floresta. Peg disse que saberia o lugar para entrar quando chegasse a hora e que avisaria quando isso acontecesse, porém com antecedência afirmou que não era perto do lugar onde estávamos.

Não nos importamos. Estávamos nos divertindo, dando boas gargalhadas pelo caminho, imaginando o que faríamos quando chegássemos finalmente ao lugar desejado.

Olhei de soslaio quando, discretamente, Jamie tomou a mão de Susi na sua. Ela corou de vergonha e satisfação e escondeu as mãos dos dois da maneira que podia, para não surgir comentários maliciosos sobre o assunto.

Mas eu percebi. Eu vi. E, mesmo que escondessem suas mãos, todos sabiam que estavam apaixonados. O olhar nunca mente.

Finalmente chegamos à tão esperada cachoeira. Quando saí do carro tive de me espreguiçar, estalando todas as juntas de meu corpo por ter ficado tanto tempo na mesma posição. E só então que eu percebi o paraíso onde me encontrava.

A queda d’água era alta, mas essa estava mais ao longe. Perto de onde estávamos, havia uma queda d’água pequena, enfeitada por várias pedras menores em sua volta. Tinha uma espécie de mini caverna, onde se podia entrar somente um metro adiante, mas que ainda assim era magnífica. As águas eram claras, transparentes, se podia ver a superfície do rio através delas. Eram calmas também, seguindo seu curso preguiçosamente.

Aproximei-me da queda maior, para vê-la melhor. O rio era mais fundo nessa parte e provavelmente eu não teria suporte para meus pés. Essa era mais para a diversão, do que para apreciação, mas as duas eram incríveis. Enchiam nossos olhos com sua beleza exuberante.

- Aos olhos de Pet esse lugar não era tão bonito – comentou Peg, com os olhos cinza-prateados brilhando de fascinação.

- Peg – disse Melanie, meio atordoada também. – Essa foi a melhor ideia que você já deu – e em seguida a abraçou, com um sorriso no rosto, a cabeça preenchida por uma lembrança distante.

- Não iremos aproveitar? – perguntou Susi, analisando os rios onde se podia nadar.

- Eu não vou naquele grandão – disse Peg. – Me contento com esse – e apontou para o que o fundo era visível.

- Ah, mas você tem que ir comigo – falei em tom de pedido e resgatei as mãos de Peg que estavam largadas ao lado de seu corpo, puxando-a alguns passos.

- Não, eu não vou, eu não tenho altura – insistiu ela, tentando lutar contra a minha força.

- Não tem altura? Que tipo de resposta é essa?

- É a minha resposta.

- Deixa de ser medrosa.

- Não estou com medo.

- Sim, você...

- Não.

- Sim.

- Não!

- Sério?

- Sério.

- Então você não vai se importar se eu... – um plano se formou em minha cabeça. Ela não podia ter medo dessa água, só porque não tinha suporte para os pés. Ora, eu também não teria.

Aproximei-me dela lentamente, fazendo suspense. Agachei-me e tirei meus sapatos, ainda a encarando. Ela recuou alguns passos, no mesmo ritmo que eu. Tropeçou de costas

- Você sabe que na hora que eu quiser eu vou te pegar – afirmei, todo cheio de mim.

- Não vai, não – afirmou com certeza, ainda recuando.

- Jura? Tem certeza? – e então eu avancei para ela.

Ela soltou um grito quando eu dobrei seus joelhos antes de resgatar seu tronco. Ela apertou firme meu pescoço, tentando puxar meus cabelos.

- Você não vai fazer isso – rosnou, me encarando com um olhar feroz.

- Ah, sim, eu vou.

- Não.

- Tire os seus calçados.

- Eu não... – mas não foi preciso que ela terminasse a frase. Susi já estava sendo minha cúmplice e tirando seus sapatos, mesmo que ela esperneasse. E ainda, inconscientemente, contribuiu para o trabalho, porque quando esperneou um de seus sapatos voou longe

- Ian, me solte – ela grunhiu.

Gargalhei e me posicionei.

- Nem pensar – e então corri com ela para o rio.

Ela gritou enquanto estávamos no ar, mas quando a água nos engoliu ela foi obrigada a fechar a boca e parar de respirar. Mergulhamos e o impacto fez bolhas d=se formarem na água, além de as nossas roupas automaticamente se colaram ao nosso corpo, mas tão logo eu havia caído já estava com a cabeça fora da água, respirando penosamente.

Peg apareceu segundos depois, lutando contra o seu cabelo molhado que grudava em seu rosto. Sua respiração estava ofegante como a minha, mas quando se normalizou minimamente ela avançou sobre mim em sua revanche.

Ela segurou minha cabeça com suas duas mãos e forçou para baixo, me obrigando a mergulhar e quase engolir da água do rio. Entretanto, ela estava em desvantagem nisso, por eu ser mais forte que ela. Abracei sua cintura e voltei para a surpefície da água, girando com ela pendurada em meus ombros como um saco de batatas.

Escutava as risadas atrás de nós, ecoando pelo lugar até chegar a nossos ouvidos molhados. Peg esperneava e socava as minhas costas, ao mesmo tempo em que gritava comigo para eu soltá-la, mas seus gritos se misturavam às suas risadas e não cumpriam o efeito desejado.

Quando cansei de girá-la eu a pousei novamente na água, com calma. Ela me olhava sorrindo, mas tentava se fazer de zangada. Ri de sua expressão indecisa e lhe dei um selinho seco.

- E agora, está com medo? – perguntei maliciosamente.

- Nunca estive com medo – respondeu, dando de ombros.

- Não?

- Não.

- Nunca?

- Nunquinha.

Quando comecei a planejar outro plano para sacanear com Peg, Jared, Mel, Jamie e Susi vieram correndo e se jogaram na água. Eles reapareceram segundos depois, tentando acalmar a respiração. Todos riam olhando um para o outro, com a leveza da brincadeira em suas mentes.

Susi e Mel haviam ficado apenas com suas roupas íntimas, enquanto Jared e Jamie ficaram somente de calção. Eu e Peg estávamos com nossas roupas normais e não pretendíamos tirá-las tão cedo.

As brincadeiras e a diversão seguiram seu curso pelo dia. Estávamos brincando de um tentar derrubar o outro. Peg subia em meus ombros e Mel subia nos ombros de Jared e elas lutavam em cima de nós, dando boas gargalhadas. Eu e Peg quase sempre perdíamos, considerando o tamanho de Peg perto de Mel, mas quando Peg foi competir com Susi – que estava nos ombros de Jamie – as duas empataram e caímos na água todos juntos.

Aos poucos os grupos se dispersaram.

Eu e Peg tentávamos nos vingar um do outro de todos os jeitos possíveis em um canto separado e demos boas risadas por conta disso. Mel e Jared estavam mais calmos, conversando seriamente sobre algo e às vezes rindo baixinho. E Jamie e Susi estavam se divertindo em outro canto, ele tentando ensiná-la a boiar. Ele a pegava no colo e tentava soltá-la devagar, mas ela quase se afogava todas as vezes e por isso Jamie achava uma nova desculpa para abraçá-la apertado.

- Minha roupa está grudando em mim, ugh – resmungou Peg, perto de nossa hora de ir.

- A minha também – concordei, sentindo a minha roupa por baixo da água.

- E isso tudo é por sua culpa – acusou Peg, tentando passar direto por mim para sair da água.

Segurei em sua cintura e a ergui um pouco acima de minha cabeça, abraçando forte sua cintura fina.

- É o quê? - perguntei com uma sobrancelha arqueada.

- Sua culpa.

- Repita.

- Sua culpa.

- Você não vai repetir isso de novo, confie em mim – disse de maneira galanteadora e a beijei delicada e rapidamente, considerando que estávamos em um lugar onde tinha outras pessoas.

- Tudo bem, eu não vou repetir – suspirou ela, saindo da água finalmente, aparentando cansaço.

Lembrar desse dia me faz perceber que eu posso me divertir muito ainda. E que a felicidade pura e verdadeira existe, e ela chega nesses simples momentos, nos fazendo sorrir com sinceridade e leveza.

Pelo visto hoje essa mesma felicidade irá se repetir, porque logo que terminamos de almoçar, Jeb se levanta e anuncia, depois de dois anos, com a voz alta e clara:

- Hoje é dia de jogo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem reviews ): Senti falta de vocês nas minhas atualizações no último capítulo e não quero que isso se repita, então comentem e voltem a gostar do que eu escrevo ): Tá ficando muito repetitivo? Muito grande? Me falem o que vocês acham ):
Até o próximo capítulo :*



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