Sob Medida escrita por Bells


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Bem vindos, a minha quarta original.
Desejo a todos uma boa leitura.



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– Que desgraça Dean! – Grito correndo para seu lado.

Eu estava dormindo quando começo escutar barulhos do lado de fora da porta do apartamento e só pelo som dava para se perceber que era uma multidão enfurecida, brava e grande.

– Não é minha culpa se seus vizinhos querem nos lixar. – Ele responde abaixado atrás do sofá.

– Agora os vizinhos são meus, mas quando você pegou a garota do sexto andar eles eram todos seus. Não eram? – Eu digo revirando os olhos.

– Você tem que ver pela ótica do momento, entendeu? – Ele falou. – Agora, dê um jeito nos seus vizinhos.

– Eu não. Foi você que causou todo esse estresse, isso é sua responsabilidade. – Digo.

Ele fica em silêncio e conseguimos ouvir direito o que gritavam. Alguns gritavam “Peguem eles!”, outros “Joguem na fogueira!” e só o Senhor Brown que gritava “São jovens. Deixem que aproveitem a vida.”. Temo dizer, que ele seria lixado igualmente a nós quando arrombarem a porta da minha casa.

E agora, eu te pergunto por que meus vizinhos estão bravos com o Dean? Simples, o idiota além de ficar com a garota do sexto andar, do quinto e do sétimo, ainda rouba as calcinhas das velhas para levar para o tarado do décimo andar, derruba as flores das velhinhas, congestiona o elevador e sempre está com uma nova vagabunda pelos cantos do prédio. Além da poluição visual, sonora e intelectual.

– Delilah, sua incompetente. Faça alguma porra! – Dean gritou para mim.

– Está com medo de enfrentar vizinhos furiosos? – Eu pergunto rindo de sua expressão. – O máximo que podem fazer é te levar a força daqui para um quarto de tortura e rasparem seu cabelo.

– Meu cabelo não. – Dean falou temeroso.

Era claro que eu estava me divertindo com tudo aquilo. Depois de tanto aquele garoto me infernizar, alguma hora eu tenho que dar o troco. E bem, os vizinhos vieram a calhar para minha vingança.

Chamem a policia, o sindico, os bombeiros e até mesmo a Mãe Dina... Mas peguem esse garoto corrompido em nome de Jesus Cristo.” Gritou Fernanda, a mãe da menina do sexto andar que eu não sei o nome. Ela frequenta todos os dias a igreja e leva sua filha sempre junto, e pensar que o meu inquilino desvirtuou sua filha de todos os caminhos certos a faz enlouquecer.

– Porque você tem que ser tão cafajeste? – Pergunto sem esperar uma resposta.

– E porque você tem que ser tão imprestável. – Ele comenta imitando o meu tom de voz.

Morar com um garoto pode ser pior do que qualquer outra coisa na sua vida, porque ele além de ser um imprestável, idiota e galinha, tem que bagunçar sua casa toda, não abaixar a tampa da privada, beber todo o seu leite e comer tudo dentro da despensa. Além é claro, da sujeira que fica o banheiro quando ele sai dele e as roupas fedendo por cima dos moveis. E o pior de tudo que ele nem é meu namorado, e sim o melhor amigo de Emanuel.

Maldita hora que eu aceitei passar seis meses com essa anta imprestável.

– Vamos garoto, seja homem uma vez na sua vida e morra com honra. – Digo imitando uma frase de algum filme que vi em uma de minhas madrugadas com insônia.

– Vai se fuder Oswald. – Ele resmunga.

Abram essa porta, ou eu irei derrubar. – Gritou alguém enfurecido da multidão.

– Boa sorte. – Eu gritei de volta só para irrita-los.

– Você é doida! – Ele comenta.

– Você me deve cinco favores, não se esqueça. – Digo revirando os olhos e caminhando em direção à porta.

Uma mulher tem que fazer o papel do homem, de vez em quando.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do pequeno prólogo? Querem que eu continue? Sim? Não? Deem suas opiniões e me façam felizes.