Broken Wings escrita por Angie x3


Capítulo 12
Capítulo Oitavo


Notas iniciais do capítulo

Oi, geeente!
Um milhãao de desculpas pela demora!
Faculdade e estágio me maatam, eu não tenho tempo neem para comer! Hahahaha.
Espero que gostem!
Ficou um pouquinho maior que o de costume, mas vale a pena ler.
Chegou a hooora do babado! Hahahahah.
Queria agradeçer por todos os lindos reviews que eu recebi de vocês, lindas! Muuuuito obrigada mesmo! Continuem mandando, heein?
Aproveitem! Boa leitura!
Beijõooes.

PS: Desculpem os erros! A urgência para postar não me permitiu uma revisão, tô sem beta e o BR. Officer aqui do serviço não tem corretor.



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Eu caminhava sozinha por uma estrada extensa, porém deserta. Campos de trigo se estendiam pelos dois lados da rodovia, fazendo-me sentir em uma imensidão dourada. Um dourado fosco e envelhecido. O céu escurecia a medida que nuvens turvas e pesadas pendiam sobre mim. Eu andava cada vez mais rápida e desesperada, mas não via um final, um destino. Meu caminho era infinito. Eu estava perdida, sozinha...

Despertei assustada. O relógio marcava 03h15min da manhã e o vento lá fora remexia violentamente as copas das árvores que ricocheteavam contra os vidros da minha janela me fazendo tremer. Aquela noite parecia mais fria e chuvosa do que de costume, intensificando o acelerar do meu coração e meus pensamentos inconstantes.

Aquilo estava me consumindo por dentro. O sentimento de culpa latejava minhas faculdades e fazia com que eu não tivesse a capacidade de pensar em qualquer outra coisa. Eu precisava vê-lo. Contar para ele. Sim, contar para ele. Eu não ia suportar viver com aquilo para sempre. Mesmo que não tenha sido nada de muito grave, eu o traí. Traí sua confiança, traí a mim mesma e traí o meu amor por ele.

Era loucura, mas eu precisava vê-lo imediatamente. Eu não ia conseguir esperar até o amanhecer. Levantei-me rapidamente e agarrei um par de calças de moletom que estavam sobre minha cadeira, vesti meu agasalho e calçei meus tênis. Estava frio e meu nervosismo apenas me deixava mais atordoada. Peguei as chaves da Chevy e fui descendo as escadas em um ritmo desorientado, porém discreto. Com o molho agarrado contra o peito saí na chuva em direção ao meu carro.

As gotas de água gélidas em minha testa de nada adiantavam; Tentativas frustradas de me acalmar. Dei partida no motor, ele engasgou, ameaçou pegar e, por fim, desligou. Novamente fiz o mesmo, mas não adiantava. Seguidas vezes tentei desesperada, com a esperança de conseguir sair dali e finalmente tirar aquele peso das minhas costas e consciência, mas nada do que eu fazia ou poderia fazer parecia adiantar. Já eram quase quatro horas da manhã e eu não ia conseguir ajuda, muito menos cogitar a possibilidade de despertar Charlie uma hora dessas apenas para uma carona.

Recostei a testa sobre o volante e respirei fundo. Precisava desacelear meu coração e pensamentos. Eu inspirava e expirava dentre soluços, foi quando percebi que meu rosto estava molhado, e não era somente de chuva.

***

Os primeiros raios de alvorada que vararam o céu por dentre as densas nuvens escuras me despertaram. Após alguns segundos para recobrar minha consicência me dei conta de que tinha dormido dentro da picape. Era bem cedo da manhã e era Domingo, motivo pelo qual tudo ainda estava no mais pleno silêncio. Tentei despretenciosamente ligar a Chevy novamente, pré-julgando qual seria a resposta que o motor me daria. Erro, ela ligou. Por que raios essa maldita estava contra mim no meio da noite? Detesto esses sinais cretinos.

Saí do veículo e fui diretamente para casa. Eu cheirava a mofo, estava toda dolorida e com fome. Claramente, e posso agradecer por isso, Charlie ainda estava dormindo a sono solto. Subi devagar, medindo o peso dos meus passos e fui diretamente para um banho. Um banho quente e reconfortante, que normalmente seria gelado mesmo com a temperatura que estava, mas desta vez eu não precisava de uma luz nem de coragem, e sim de uma oportunidade.

O calor da água queimava minha pele fazendo-a ficar rósea. Dor externa era a última coisa que me preocupava ali. Era o último tipo de dor que eu esperava sentir. Vesti meu roupão e fui correndo para meu quarto. Entrei debaixo da minha floresta de edredons e me enrosquei, buscando me agarrar a pensamentos felizes e tentar adormecer até o meio da manhã.

***

Já passavam das dez quando percebi uma movimentação incomum no andar de baixo. Vozes, barulho de TV e passos na cozinha fizeram com que eu fosse obrigada a me levantar. Ainda estava de roupão e com o cabelo notoriamente amassado por ter dormido com ele molhado, mas não me procupei muito. Talvez fossem simplesmente Billy e Charlie comendos alguns aperitivos, tomando cerveja e vendo o jogo de Baseball.

Desci, delirando por um misto quente e um copo bem rechonchudo de chocolate, mas o sentimento que tomou meu corpo no momento em que adentrei a cozinha foi inexplicável. No lugar de Billy, no lugar de aperitivos, no lugar de qualquer coisa que eu tinha imaginado, estava Charlie sentado na mesa da cozinha, bebericando uma cerveja e Edward fatiando algumas cebolas na bancada.

Era a última coisa que eu esperava para uma primeira imagem matinal. Eu tinha ensaiado o primeiro encontro depois da coroação um milhão de vezes e aquela sem dúvida fora a única que não tinha passado pela minha cabeça treinar. A surpresa me fez perder o ar e ficar estática, necessitanto de um apoio lateral na sobreira da porta. Minha presença silenciosa fez, inexplicavelmente, com que eles me notassem.

- Bom dia, princesa! - Charlie foi o primeiro a comprimentar-me, mas infelizmente, as palavras saíram como câmera lenta da boca dele. Por um momento eu me peguei presa no olhar de Edward, que me fitava com paixão e saudade. Meu estômago se revirou, a ansiedade começou a apertar e minha face ferveu. Minha expressão provavelmente deve ter delatado meus pensamentos, visto que aquele olhar caloroso deu lugar a uma feição de dor e curiosidade, como se sentisse que algo me afligia.

***

Almoçamos o frango que Edward havia feito no mais puro silêncio, apenas nos limitando a direcionar olhares profundos e indecifráveis um para o outro. Por fim, Edward e Charlie foram assistir TV e eu fiquei para terminar de lavar a louça e pensar só mais um pouquinho, como se já não fosse o bastante. Após o jogo da tarde, Charlie acabou por subir para um banho meio desgostoso por deixar eu e Edward sozinhos. Desgosto por desgosto, eu também evitaria tal situação se pudesse. Um momento a sós era o que eu precisava – não queria – para conversar com ele sobre tudo aquilo que estava me corroendo lentamente.

A TV estava ligada e o ar de tranquilidade pairava na sala, somente no lado do sofá em que ele estava sentado. Pegava minha mão gélida e a esquentava por entre as suas, me olhava carinhosamente e beijava-me a face a cada comercial. Não tinha uma boa maneira de começar o assunto e, claramente, nenhuma boa maneira de terminar também. Por fim, respirei fundo, fechei os olhos e soltei:

- Edward, nos precisamos conversar... - falei em um tom mais agudo do que o normal.

- Pode falar, Bella. - colocando a TV no mudo, girou o corpo para ficar quase que completamente de frente para mim, desnecessariamente me deixando mais nervosa.

- Eu... - começei sem conseguir olhá-lo nos olhos.

- Sim? - falou calmamente

- Eu... Eu e o Jacob... Nós... - meu coração acelerava ainda mais a cada palavra. Minhas bochechas ferviam e minhas mãos estavam geladas. Um som agudo me tirou do prumo, me assustanto e fazendo com que meu coração desse um salto até minha garganta. A campainha. Não sei se me sentia feliz ou incomodada por ter dado espaço a uma interrupção, mas eu ainda não tinha forças para ouvir tudo aquilo sair da minha própria boca.

Levantei-me tentando demonstrar calma e me direcionei à porta. Sem olhar pelo olho-mágico, abri. Um sentimento urgente me instigou a fazê-lo e logo percebi por que. Um indivíduo de cabelos negros e pele dourada me olhava com dor e segurava delicadamente uma corrente de ouro. Como ato reflexo levei minha mão até meu pescoço. Era meu cordão aquele que Jacob segurava. Minha cabeça tinha andado tão atordoada nestes últimos dois dias que eu não percebi a falta daquela medalhinha que Renée tinha me dado pouco antes de me mudar para Forks.

- Eu sei que me pediu para não nos vermos mais, mas achei que tinha que lhe devolver isto. - o olhar dele perdeu o meu e fitou sua própria mão, estendendo-a em minha direção – Encontrei na clareira quando voltei lá ontem. Deve ter se soltado enquanto dormíamos....

- Vocês dormiram juntos na clareira? - as voz de Edward soou áspera e repulsiva atrás de mim.


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Notas finais do capítulo

E aíi, queridoonas?
Agoora que a coisa vai pegar meesmo, não acham?
Hahahaha. E então, mereço presentinhos?
Beijooooss



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