Atena
– Vocês entenderam?
Ártemis, Apolo, Hermes e Héstia estavam na sua frente.
– Mas... Como ela consegue estar viva? – perguntou Apolo.
Ártemis revirou os olhos.
– Ela é imortal, cabeça de vento – retrucou ela.
– Ah é.
– Bem... Eu entendi, mas porque vocês me chamaram? – disse Hermes.
Poseidon apertou a mão de Atena.
– Você sabe mais sobre elas. Você mesmo disse, naquele dia que trabalhou com Hefesto. E você vai nos ajudar – respondeu Poseidon. Hermes levantou as mãos em um sinal de rendição.
– Certo, já entendi.
– Agora – Atena soltou a mão de Poseidon. – Você vai me falar tudo, mas tudo que sobre as deusas menores da beleza.
– Certo, já fiquei com muitas delas – falou ele. Héstia lançou um olhar fulminante a ele (N/A: Coincidência? Eu acho que não).
– Vá – disse ela, friamente. – Poseidon, explique isso direito – e fez um gesto para o lado.
Atena só conseguiu ver Ártemis e Apolo discutindo algo e Poseidon explicando o plano para Héstia quando Hermes sugeriu que fossem para o seu apartamento.
– Apartamento?
– Exato. Venha – e se teletransportou.
Quando eles chegaram, Atena percebeu que estavam no mundo mortal.
– Ah ta. Achei que estava falando do Olimpo.
O apartamento de Hermes era algo. Tinha cartazes dele por todo lado, um deles com ele sem camisa escrito Deus da sedução e um painel cheio de fotos.
– É Héstia? – ela perguntou, apontando para o painel.
O deus ficou vermelho igual um pimentão.
– Hã...
– Hermes!
– Tá. É ela sim. Por quê?
– Por nada – a deusa deu de ombros, tentando não imaginar os dois se beijando.
– Olha só, não é o que você está pensando e...
– Me fala o que você sabe logo.
Ele se atirou num sofá.
– Bem, senhorita, quer que eu comece a falar das deusas que fiquei em ordem alfabética?
– Como é? Com quantas deusas você ficou?
Deu de ombros.
– Não contei.
Atena assobiou.
– Para quem se interessa em uma deusa só, você parece ser bem pegador.
Novamente o pimentão.
– Você quer saber logo?
– Claro – e ela se sentou no sofá que estava na frente dele. – Comece, por favor.
– Bem, quando eu namorei a Cloe...
– Você namorou a Cloe?!
– Quer saber ou não?
– Quero.
– Então fique quieta.
– Você me mandou calar a boca? – ela estava espantada.
–... ela dizia sobre Gaia e não sei o que mais.
– E você não contou isso para ninguém?
– Você é doido.
– Obrigado.
Poseidon
– Por qual motivo me chamou Poseidon? – perguntou Héstia.
– Hermes não falaria nada se não te chamássemos.
– Como é que é?
A deusa estava corada.
– É. Ele mesmo falou isso.
– COMO É QUE É? EU SOU UMA DEUSA CASTA! Eu vou matar aquele deus, estraçalhar e...
– Héstia, também tínhamos motivos para te chamar.
– Quais?
– Você não era do grupo de Anfitrite?
Se der para alguém ficar mais corada do que ela estava...
– Isso foi há...
– Tempo, diríamos – respondeu Poseidon.
– Tempo – concordou ela. Ele ia falar mais alguma coisa quando...
– VOCÊ NÃO PRESTA MESMO NÉ! – berrou Ártemis.
– Você gostou – justificou Apolo.
– POR FAVOR! ZEUS ME LIVRE! – e saiu batendo o pé no chão.
– Eles têm um clima – falou Poseidon, um pouco alto demais.
– O QUE? – gritou Ártemis. – NADA DISSO! – e se teletransportou.
– Eta. Deusa raivosa... – disse Apolo.
– Quem me dera – comentou Poseidon.
– O que você fez com ela?! – perguntou Héstia para Apolo.
– Nada não...
– APOLO! – berrou Héstia.
– Calma calma... Eu só... Beijei-a.
– Como é? Ela é casta! Que nem eu!
– Mas é que...
– Pessoal, não é hora para brigas amorosas – interrompeu Poseidon.
– Olha quem fala – bufou Héstia.
– Vamos para o que interessa agora?
– ÁRTEMIS! – Apolo correu e se teletransportou.
– Vamos deixar os dois pombinhos lá, por enquanto. Depois você pode matar Apolo, mas antes ele tem que nos ajudar – falou Poseidon.
– Mas Têmis... – começou Héstia.
– Héstia.
A deusa suspirou.
– Fale logo.
– Você pode dizer o que sabia sobre Jena?
– Jena?
– Atena leu sobre isso num livro que mostrava as deusas menores da beleza.
– Ela era o braço direito de Cloe.
– Perigo – observou Poseidon.
– Perigo – repetiu Héstia.