O Destino escrita por Benihime


Capítulo 27
Me deixe realizar seu sonho




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PDV Annabeth

A festa do casamento de nossos pais estava simplesmente fantástica. Não sei por quando tempo dancei com Percy, mas foi bastante

— Parece cansada. - Ele comentou.

— Não estou conseguindo dormir muito bem ultimamente. - Falei, fitando seus olhos cor de mar. - Que horas são?

— Quatro e meia.

— Quatro e meia da manhã?!

— Vem, vou te levar em um lugar.

— Onde? - Perguntei, pegando sua mão.

— Você vai ver quando chegarmos lá. - Ele disse, sorrindo enquanto caminhávamos e revirei os olhos. Fomos até nossos pais.

— Já estamos indo. - Percy avisou.

— Para casa, certo? - Minha mãe perguntou, com uma cara desconfiada.

— Sim, para casa. -Percy afirmou. Poseidon riu.

—Deixa os dois se divertirem, amor. - Ele disse, puxando-a para mais uma dança.

— Já vão embora?! - Ouvi a voz de Ailyn atrás de nós.

— Vamos logo. - Percy falou e notei um sorrisinho em seus lábios. - Tchau para todos.

Caminhamos para a saída de mãos dadas. Eu tentava imaginar aonde ele me levaria. Assim que entrou no carro, Pers ligou o rádio e colocou Beatles pra tocar. Era nossa banda favorita. Logo seguíamos pela estrada extremamente escura. Eu fechei os olhos, sentindo Percy segurar minha mão.

— Onde estamos indo? - Perguntei novamente.

— Logo saberá.

Era para eu estar com medo, pois já passavam um pouco das cinco da manhã e estávamos em uma estrada escura e vazia. Não me importei. Ali dentro estava confortável e, com a jaqueta de Percy em volta de mim dava até vontade de dormir. Percebi que entramos um uma estrada um pouco inclinada, meio íngreme e novamente a curiosidade quase me matou. E então ele encostou o carro e desligou o motor.

— Onde estamos? - Perguntei, ardendo de curiosidade.

— Vamos ter que esperar um pouco.

Revirei os olhos, desistindo de fazer perguntas. Ficamos alguns minutos em silencio, Percy analisava cada detalhe em meu rosto e seus dedos acariciaram minha bochecha.

PDV Percy

Assim que entramos no carro, Annabeth fechou os olhos, o que facilitou minhas frequentes consultas ao mapa que Calipso me entregara. Agora, ali, com o carro estacionado, admirava Annie enquanto esperava a hora do nascer do sol. Olhei no relógio e sai do carro, indo abrir a porta para minha Sabidinha.

— Vem. - Falei, estendendo a mão.

— Aonde?

— Vem logo.

— Está escuro.

— Mas dá para enxergar.

Annie colocou os sapatos e saiu do carro. Guiei-a entre algumas arvores e chegamos à beira do enorme penhasco, no mesmo momento em que os primeiros raios solares apontaram no horizonte, iluminando as águas escuras. Annabeth estava parada a minha frente, então abracei-a, entrelaçando meus dedos nos seus e depositando um beijo em seu pescoço, sentindo seu perfume, sua pele macia e sorri ao notar que sua pele se arrepiou ao meu toque. Assistimos o nascer de mais um dia ali, sentados nas grandes pedras. Annie admirava cada raio solar que se infiltrava pelas águas salgadas do mar e iluminava a noite, transformando-a em dia. As estrelas desapareceram e deram lugar para um céu azul.

— Isso é surreal. - Ela afirmou.

— Annie, lembra quando falou que seu maior sonho era se casar? -Ela me olhou nos olhos, confusa. – Me deixe realizar esse sonho. Casa comigo, Annabeth.

Ela não respondeu, apenas começou a chorar baixinho. Puxei-a para meus braços e depositei um beijo no topo de sua cabeça. Observamos a linda vista por mais algum tempo até que percebi como Annabeth estava cansada.

— Vem, vou te levar para casa.

Voltamos ao carro. O caminho de volta foi silencioso e percebi que ela havia adormecido. Eram quase sete da manhã quando estacionei em frente a casa de nossos pais, saí do carro e abri a porta dela lentamente, com medo dela ter se apoiado ali. Passei meu braço direito sob suas pernas e coloquei meu outro braço em suas costas tirando-a do carro com facilidade. Annabeth apoiou a cabeça em meu ombro e eu a carreguei para dentro. Meu pai estava na cozinha e nos viu chegar.

—Bom dia, filho. Parece que não deu sorte. -Ele disse, ao ver minha expressão. Eu acabei sorrindo um pouco.

—E quando eu dou sorte?

—Melhor subirem logo. Atena dormiu no caminho pra cá, mas não vai demorar muito a acordar.

—Valeu, pai.

Subi as escadas silenciosamente e coloquei Annabeth na cama, vendo a saia levemente rodada do vestido se espalhar sobre o colchão, logo em seguida tirei os sapatos pesados de seus pés, colocando-os no chão. Antes de sair do quarto, fui até a janela e fechei as cortinas, para o ambiente não ficar tão claro e sem fazer barulho encostei a porta.

PDV Annabeth

Acordei atordoada e olhei no relógio Já eram duas da tarde e ainda me sentia muito cansada. Levantei-me, fui direto para o banheiro e tirei aquele vestido, tomando um banho e lavando os cabelo, sem esquecer de tirar a maquiagem. Ao entrar em meu quarto, caminhei até a poltrona que ficava perto da janela. Sentei-me de modo confortável, abraçando meu próprio corpo e dali pude observar, através da janela, os carros que passavam na rua. Mesmo usando uma blusa de mangas compridas, uma calça de moletom e meias, ainda sentia frio. O tempo tinha mudado tão de repente, olhei para o céu e vi grandes nuvens, as quais pareciam fazer parte de uma tempestade.

— Bom dia, minha princesa. - Ouvi a voz que eu mais amava no mundo bem perto do meu ouvido e senti um arrepio, enquanto praticamente pulava da poltrona.

—Seu chato. Pare de me assustar. -Eu disse, fingindo estar zangada, enquanto cruzava os braços.

—A culpa não é minha se você se distrai facilmente.

Eu o fuzilei com um olhar.

—Vai se ferrar, Perseu.

Ele se sentou na minha cama, de frente para mim.

—Lembra que, uma vez, você me perguntou o porque de eu te amar e eu não soube responder?

—Lembro, sim.

—Eu achava que te amava por ser diferente de todas as meninas com quem já saí, mas percebi que não é só por isso.

—O que quer dizer com isso, Pers? -Indaguei.

— Estou falando do fato de te querer ao meu lado todos os dias, de poder ouvir sua voz quando acordar, de poder te fazer feliz em cada minuto, em realizar cada sonho seu... - Vi Percy tirar do bolso uma caixinha de veludo preto e acho que meu coração parou e voltou a bater rapidamente. Acho que parei de respirar quando ele se ajoelhou à minha frente e começou a falar:

— Annabeth Chase, você aceita se casar comigo?

 

— Sim. - Falei, e minha voz falhou, saindo bem baixinho, mas o suficiente para ele ouvir e dar o sorriso mais lindo do mundo. - Sim, eu aceito. - Repeti e ele se levantou, me abraçando e girando-me no ar. Quando ele me colocou no chão novamente nossos lábios se tocaram em um beijo doce e calmo, mas que logo foi quebrado, pois Percy se afastou, pegando minha mão direita e deslizando um lindo anel pelo meu dedo anelar.

— Eu te amo.

Eu tinha me enganado quando pensei que não tinha como ficar mais perfeito, pois Percy conseguiu deixar tudo mais que perfeito.


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