O Destino escrita por Benihime


Capítulo 18
Acampamento -Dia 2




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PDV Percy

Acordei, tomei um banho e fui para a cozinha. Annabeth já estava lá. Seu rosto estava cansado e com olheiras. Tomei meu café e Piper nos convidou para fazer trilha. Annabeth, Thalia, Ailyn, Rachel e eu topamos. As meninas foram trocar de roupa e Annabeth apareceu com aquela sua mochila preta enorme. Começamos a andar pela floresta. O tempo estava nublado, deixando a floresta escura e fria. A trilha tinha várias ramificações que confundiam, mas Piper parecia saber aonde ia.

— Você viu a Annabeth? - Rachel perguntou enquanto andávamos.

— Não. Por que não vai procurá-la?

— Qual é, Perseu?! Vai lá você.

— Ok! - Falei, antes de ela começar a me perturbar. Comecei a ir no caminho contrário e a encontrei pouco atrás de nós. Ela estava andando devagar, distraída.

— Vai acabar ficando para trás.

Annabeth deu de ombros, sem responder. Começamos a caminhar seguindo os outros, quando passamos por outra entrada de trilha. Olhei para onde a floresta se abria e vi que era uma trilha sem saída. Parei imediatamente quando vi o que tinha no final daquele lugar. Annabeth continuou andando.

— Ei, Sabidinha.

Ela parou e olhou para trás.

— O que?

— Vem aqui.

— Vamos acabar nos perdendo.

— É rápido, alcançamos eles depois.

— Nossa é um lírio dourado!

— Existem flores douradas?

— Há uma lenda muito antiga sobre o lírio dourado.

— Qual?

— É... Um símbolo de... Boa sorte.

Ela corou e baixou a cabeça para que seus cabelos escondessem sua expressão. Ao longo dos anos, esse era um hábito que ela não perdera.

— Legal! Podemos pegar?

— Não!! Ela é rara, se você arrancar vai ter má sorte.

— Que pena.

— Vamos. - Ela falou já voltando para a trilha principal. Começamos a andar e pelo jeito os outros já estavam bem na frente. O tempo ficava cada vez pior. Até que chegamos a um lugar onde a trilha se dividia em duas.

— Ah, que ótimo! - Falei.

— Não disse que a gente se perderia?

— Está tudo bem. Vamos pela trilha da direita.

— Por que da direita?

— Então vamos pela esquerda.

— E se estiver errado? - Ela parecia assustada. - Ok! Vamos pela direita.

Andamos um bom tempo até que chegamos em um lugar onde haviam três trilhas.

— Está de brincadeira, né? - Falei.

Então começou a chover.

— Não, não e não!

Annabeth quase chorava.

— Vem! - Falei e puxei ela para qualquer trilha. Tínhamos que sair dali. Começamos a correr, e achamos outra duas ramificações. E fomos pela direita. Até que chegamos a uma clareira pequena no meio da floresta, onde havia uma casa pequena, com vidros quebrados, com certeza abandonada. Chegamos na varanda, olhei para dentro da casa e estava vazia. A porta estava trancada, então empurrei com força e consegui abri-la, quebrando a fechadura já enferrujada.

PDV Annabeth

Entramos na pequena casa e vimos que havia uma sala pequena, o piso como toda a casa era feito de madeira já esfolada. Tirei meu casaco que havia molhado e tive que ficar só com uma blusa pólo. Ele também tirou sua jaqueta, ficando com uma camiseta. Não havia nenhum móvel, só mais duas portas. Fomos até elas e vimos que uma dava acesso a cozinha e outra levava a um banheiro, se é que aquilo podia ser chamado de banheiro. Minha cabeça não parava de doer.

— Tudo bem?

— T-tudo. - Minha voz falhou.

— Desculpa pelo modo que falei com você, lá na floresta.

— Tudo bem, não foi nada. Sorte a nossa que eu lembrei de pegar minha mochila.

Ele se sentou no chão e me sentei também. Abrimos a mochila. Peguei meu celular, mas vi que estava sem sinal.

— Sem sinal! -Informei e reclamei ao mesmo tempo.

— Água? - Ele perguntou mostrando o cantil que havia trazido.

— Obrigada.

— Pelo jeito ficaremos aqui até a chuva passar. - Ele falou e olhei para fora, vendo a chuva que parecia piorar a cada segundo. Tremendo de frio, peguei uma manta em minha mochila e me cobri com ela. Usei meu casaco como travesseiro e deitei-me em um canto da sala. Fechei os olhos e deixei o cansaço me carregar para um mundo surreal, para o mundo dos sonhos.

PDV Percy

Observava ela dormir. Seu rosto tranquilo e um pouco rosado, sua respiração calma, sua pele clara e lisa. Queria tocá-la, sentir sua a maciez de sua pele.

PDV Annabeth

Arfei quando acordei assustada com um trovão.

— Está tudo bem? - Percy perguntou. Eu assenti. Me encostei na parede e olhei pela janela, uma tempestade caia do lado de fora. Já havia escurecido. Estava com medo. Voltei a olhar para Percy.

— Que horas são? - Perguntei. Ele conferiu o relógio em seu pulso.

— São sete e meia.

— Ah! - Fechei os olhos e cobri o rosto com as mãos quando outro trovão soou - Que susto!

Abri meus olhos e vi Percy se levantando. Ele caminhou até onde eu estava e se sentou ao meu lado. Ligou o celular e com isso iluminou um pouco.

— Medo de tempestades.

—Não. Claro que não. Você sabe que só tenho medo de a-a-a - A primeira letra da palavra aranhas se transformou em um grito agudo quando vi uma aranha perto de mim. Percy a mato rapidamente. Ficamos um momento em silêncio e então ele falou:

— Sabe, acho que o universo está conspirando a nosso favor. Estamos perdidos aqui, sozinhos...

— E...?

— Acho que é uma ótimo momento para nos conhecermos melhor. Eu tenho até o final do acampamento para mostrar a você que eu sou de confiança e que mereço sua amizade, lembra?

— Eu sei.

Então um relâmpago iluminou a pequena sala, imediatamente segurei a mão do Percy me preparando para o estrondo do trovão que veio logo.

— Está tudo bem. - Ele disse, soltando minha mão e passando o braço ao redor de meu corpo. Aquele gesto fez com que um arrepio percorresse meu corpo. Me senti segura em seus braços. Era como se todos os meus medos tivessem ido embora. Involuntariamente encostei minha cabeça em seu ombro. Ele acariciou meus cabelos.

— Descanse mais um pouco.

Fiz o que ele falou e fechei os olhos para descansar. Eu sabia que não devia baixar a guarda, mas acabei adormecendo nos braços de Perseu Jackson.


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